Brown Eyes. escrita por Bee


Capítulo 1
Your brown eyes.


Notas iniciais do capítulo

Ola muchachas! Como vão? Espero que alguém leia, sinto falta de fics Seddie, e eu escrevi a minha :)
Espero que alguém leia e goste.
Indico que leiam com a musica: http://www.vagalume.com.br/lady-gaga/brown-eyes-traducao.html
Pra dar um efeito e tals.
Sem mais delongas. Enjoy it.
In 5, 4, 3, 2 and action.



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- Sam, eu preciso te contar algo. – Carly disse com a voz culposa que fez Sam temer um minuto.

- Só não me diga que foi você quem roubou meu bacon. – a loira tentava descontrair para que o clima daquele telefonema fosse mais leve.

- Sam, eu estou falando sério. – a morena reclamou, e então após respirar fundo, ela lhe confessou – Eu beijei o Freddie.

- E?

- Amiga, escute, eu beijei antes de sair de viagem, não sei por que fiz isso, apenas fiz.

- Tudo bem, Carly. – Sam disse desfazendo o nó em sua garganta. – Olha, eu preciso ir. – a garota loira desligou seu PeraPhone.

E então foi isso. Sam respirou fundo. Ele havia conseguido tudo que queria, ele tinha beijado a morena que ele desejava. Aqueles olhos castanhos que ela adorava eram na verdade profundezas traiçoeiras.

Sam tomou uma perigosa decisão em sua vida, talvez ela se arrependesse daquilo. Mas ela nunca saberia se não tentasse.

Jogando tudo que possuía em uma mala, ela decidiu que iria para uma longa viagem, tirar um tempo para si. Pegou as chaves de sua moto. E sentiu a sensação de vazio dentro de si. Ela tinha que avisar Spencer. Mas e se o moreno estivesse na frente de seu apartamento lamentando a partida da amada?

- Spencer é mais importante, Sam. – ela sussurrou para si mesma, pegando sua mala e suas chaves. – Vou viajar, e não sei quando volto. – gritou para sua mãe enquanto abria a porta.

- Me mande um postal. – Pam gritou – E tranque a porta.

Sam subiu em sua moto, sentindo o peso de seu corpo aumentar a cada metro que ela se aproximava do prédio. Sentiu seu coração na mão, mesmo depois de acreditar que não o tinha mais. Quando desligou o motor, sentiu uma hesitação dentro de si, o que estava fazendo?

- Spencer, é isso que está fazendo. – a loira disse andando até o elevador, e hesitando novamente, elevador nunca era algo bom. Foi pelas escadas.

Chegando ao apartamento de Spencer – isso soa muito estranho – ela se deparou com o seu irmão de longa data sentado no sofá, abraçando um travesseiro e com lagrimas nos olhos.

- Spencer. – Sam disse com um sorriso carente no rosto.

- Sam? – o homem respondeu com voz chorosa, e então a chamou para perto. Ela sentou-se ao lado dele, apoiando a cabeça em seu ombro. – Eu sinto falta dela.

- Eu sei Spo. Eu sei. – ela lhe sorriu – Eu também sinto. – não era inteiramente verdade, ela sentia, mas estava mais odiando a amiga neste momento que qualquer outra coisa.

- O que você veio fazer aqui, baixinha? – ele disse tentando se recompor.

- Vim conversar contigo. – ela sorriu impossibilitada de dizer o real motivo.

- Sobre o que? – ele sorriu a olhando.

- Carly me ligou. – Sam confessou, sem levantar os olhos do sofá. – Parece que ela e Freddie se beijaram, e eu não sei se estou bem quanto a isso.

- Ah Sam. – ele a abraçou forte.

- E eu acho que vou viajar por uns meses. – Sam lhe contou tristemente, recebendo um olhar triste dele. – Preciso pensar sobre isso.

- Samanta, faz o que for preciso para ficar bem. – Spencer lhe sorriu.

- Tudo bem. – ela sorriu – Você é meu melhor irmão.

- Eu te amo. – ele sorriu abraçando a irmã.

- Eu também, Spo, eu posso usar o banheiro?

- Desde quando você pede?

Ela sorriu antes de sair em direção ao banheiro. Quando se olhou no espelho notou os olhos vermelhos, mas se impediu de chorar, ou pensar nisso. Depois de uns cinco minutos, ela voltou para a sala. Mas no lugar onde havia deixado um moreno, encontrou outro. Um que não queria ver. Encontrou Freddie Benson e seus olhos castanhos traiçoeiros.

Sam encarou aqueles olhos castanhos, e aquela boca, mas focou seu olhar naqueles olhos que a faziam viajar. Mas então ela notou que aqueles olhos que há tanto a deixavam feliz, hoje a faziam entristecer.

- Benson. – ela disse nada cordialmente.

- Sam. – ele sorriu.

- Onde está Spencer?

- Ele subiu pegar uma coisa para mim. – Freddie disse sorrindo, e Sam apenas olhou o chão. – Eu queria falar com você.

- Sobre o que?

- Hm, sabe, eu não sei como falar isso... – Freddie sentia a garganta seca, o que houve com Carly fez com que ele notasse algo, ele não queria Carly, não mais.

- Era esse aqui que você desejava? – Spencer gritou descendo as escadas. Freddie desviou o olhar e encarou o mais velho.

- Sim, era esse, obrigado Spencer. – ele se aproximou e pegou o que havia esquecido na casa.

- Sam, quando você vai? – Spencer perguntou se direcionando para a loira.

- Daqui alguns minutos. - ela evitava encarar aqueles olhos castanhos que Freddie possuía.

- Está levando tudo que precisa?

- Está tudo na moto. Mas Spo, você se preocupa mais comigo que a Pam.

- Ela sabe que você vai sair de moto?

- Eu gritei pra ela, e ela mandou mandar um postal. – Sam riu docemente.

- Espera, postal de onde? – Freddie se pronunciou pela primeira vez desde aquele momento.

Sam encarou Freddie e aqueles olhos de perdição. E então como uma estratégia de se manter forte ela voltou a encarar Spencer. – Você não falou pra ele?

- Falar o que?

- Ela vai viajar sem rumo. – Spencer respondeu.

O silêncio se instaurou no lugar. Ninguém se atrevia a falar nada. Sam evitava encarar Freddie, enquanto os olhos de Freddie encaravam a imensidão loira a sua frente. O silêncio foi interrompido pelo celular de Spencer tocando. Ele se levantou dizendo que Socko precisava dele. E o ambiente ali se tornou pesado como uma bigorna.

- Sam... – a voz do garoto foi calma e serena, ele falava com tamanho cuidado que parecia que a loira quebraria ao menor toque. Ela levantou os olhos, encarando os olhos que ela evitava. E se deixando levar.

- Eu sei que beijou a Carly. – Sam desabafou, desviando o olhar. O olhar do garoto se tornou culpado.

- Olha Sam...

- Eu não quero saber Freddie. Torne as coisas fáceis, eu vou partir, não sei quando volto, não sei onde vou parar, eu apenas preciso ser a velha Sam novamente.

- Mas Samanta. – ele tentou novamente.

- Apenas me diga adeus, e deixe que eu o responda, não torne nossa vida mais difícil. Veremos pelo lado bom, você sempre quis a Carly.

- Sam... – Freddie tentou novamente. Sendo impedido pela garota.

Eles não se falaram mais, evitaram trocar olhares, evitaram qualquer contato. Sam encarava o elevador à espera de Spencer, não via a hora de sair daquele espaço que diminuía a cada suspiro que ela dava. Freddie fingia encarar um canto qualquer, mas sempre com a garota loira em seu pensamento.

- Finalmente. – Spencer disse entrando no apartamento de maneira cansada. – Ele vai me enlouquecer.

- Eu acredito que esteja na hora de partir, Spo. – Sam sorriu docemente para o amigo, e Freddie apenas se levantou, rumando ao exterior do apartamento.

A despedida foi longa e cansativa, se despedir de Spencer era difícil, ele sempre fora pra Sam o responsável que Pam nunca fora. Ela via naqueles olhos uma sinceridade fraternal que a comovia, e ela amava se sentir daquela forma. Quando teve de partir, embarcou no elevador com um peso sobre seu coração, e o local pequeno e metálico pareceu ser o mais lento do mundo.

Freddie estava desolado, o moreno nunca admitiria, mas Carly, e seu beijo, foram sem graças para ele. Sim, em momentos ele achava amar a morena, mas então ele a via, sua loira, sempre tão autentica, sempre tão ela que fazia com que ele a amasse mais e mais. Ele nem ao menos abriu a porta de sua casa, nem ao menos conseguia, faltava força de vontade. O moreno pensou em correr atrás dela, mas assim que abriu a porta do apartamento, notou que ele estava vazio. Ela havia partido.

Depois do que pareceu meia hora no pequeno retângulo metálico, Sam se sentiu pesada ao dar um passo em direção à saída. Nunca havia sido tão difícil, mas talvez fosse por ela estar abandonando toda uma vida naquele lugar.

A loira subiu em sua moto. A sensação de liberdade não a possuía mais, ela se sentia presa, e não era para ser o contrário? Em um ultimo olhar, Sam o viu. Ele ofegava, e estava suado, ela deduziu que ele havia corrido escadaria abaixo, mas isso dependia dele.

- Sam! – ele gritou seu nome, e a garota sentiu seu coração parar. Freddie correu em sua direção. E então quando estava próximo à ela, ele finalmente, olhos nos olhos, fez o que queria fazer desde que a viu.

Freddie fez a loira descer da moto, e com um puxão duro e repentino na cintura dela, ele colou o corpo da garota ao seu. Sam ofegou, não esperava por aquilo. Ela sentiu as mãos do garoto rijas sobre sua fina cintura, e a respiração leve e continua em contato com a sua.

Os olhos castanhos fitavam os olhos azuis, e Sam se sentia morrer naquelas profundas orbes castanhas. Ela sabia que precisava partir, mas aqueles olhos torturavam-na, e nunca a deixariam. Freddie a puxou mais forte, como se não quisesse deixa-la partir. Colando as duas testas ela se sentiu perder.

As nuvens sobre o prédio indicavam que uma garoa logo despencaria, o que faria a garota se arrepender de viajar. Mas ela não podia voltar atrás. – Por favor, não vá. – a voz do garoto saiu tão rouca e tímida que a garota acreditou ser fruto de sua imaginação. – Por favor, não me diga adeus.

- Me desculpe. – Sam disse calmamente, seu coração antes partido, agora era um órgão estraçalhado. – Me desculpe. – ela voltou a sussurrar.

- Sam, não me deixe.

- Desculpa, Freddie.

Sam levantou seus olhos azuis, marcando cada detalhe no rosto do moreno, seu queixo, seu sorriso, seus dentes, seu nariz, sua sobrancelha e principalmente aqueles olhos que eram a ultima coisa a povoar a mente de Sam todas as noites.

- Se nós fossemos um pouco mais velhos, teria funcionado. – Sam suspirou para ele.

Freddie de súbito a beijou, o gosto daqueles lábios eram êxtase para Sam. A textura daqueles lábios a levavam à loucura. A forma como eles pareciam perfeitos um para o outro deixava Sam maluca. E agora ela precisava partir.

Lentamente, e aproveitando os últimos resquícios do beijo, ela se separou. A loira encarou aqueles olhos castanhos que se abriam lentamente.

- Adeus, Freddie. – ela sussurrou se livrando do abraço dele.

- Até logo, Sam.

A garota subiu na moto, e dando a partida ela partiu. Com aqueles olhos castanhos em sua mente ela foi embora, gostaria de ter permanecido sempre lá com ele e seus olhos castanhos, mas ela precisava de um tempo para si. Naqueles olhos castanhos, ele perdeu as duas garotas de sua vida.

Freddie apenas se preocupava em saber o que deu errado com Sam, eles eram perfeitos um para o outro, eles tinham um futuro. Mas sempre tinha alguém para atrapalha-los. Ele queria que tudo fosse tudo, e agora aquele tudo que há tempos tiveram era um nada.

Sam saia de Seattle. Saiu sem saber se voltaria, desejando nunca ter saído. Na saída da cidade, ela escutou seu PeraPhone tocar em seu bolso, e decidiu parar no acostamento. Com uma certa dificuldade ela tirou o celular do bolso e atendeu sem mesmo olhar quem ligava.

- Alô?

- Sam, eu só queria dizer que não vou desistir de você. – ela ouviu Freddie falar rapidamente do outro lado da rua.

- Freddie, por favor. – Sam implorou. – Carly tem novas armas, e você pode tê-la. Não é o que sempre quis?

Um carro estacionou atrás de Sam no acostamento. Mas ela nem ao menos deu importância.

- Não, não é isso que eu sempre quis. – Freddie disse calmamente – Eu posso ter sido um idiota, e só ter notado agora, mas eu quero você. Eu sempre quis você.

- Freddie, eu preciso seguir viagem. – ela falou no telefone, mas o mesmo seguiu mudo, Freddie havia desligado.

- Você precisa se despedir de mim, e me prometer que vai me ligar e me visitar com frequência. – ela ouviu aquela voz, mas ela não vinha do telefone. Sam se virou assustada, e encarou aqueles olhos castanhos, mas ela simplesmente não conseguia se despedir dele.

If everything was everything

But everything is over

Everything could be everything

If only we were older


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Notas finais do capítulo

Na verdade o final era pra ser diferente, mas eu simplesmente não consigo deixar Sam e Freddie separados e fim.
Alguém leu? Alguém gostou? Deixar um review seria bom.
Bom, em algumas semanas postarei uma long fic, Seddie, claro. E bom, espero que alguém leia depois.



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