Amizade... Ou Não? escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 10
Estado de Choque


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a AmandaPaiva por favoritar a fic.

Estou postando mais um para compensar os dias em que não postei!

Lá vai! ;)



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      Anne e Johnny estão andando pela mata com uma lanterna, enquanto Johnny fala:

      - Não acredito que nós temos que andar por aí procurando por um carona que nem sabemos se existe e, sozinhos. Eu queria estar vendo filme. – Diz, fazendo bico.

      - Olha gatinho, eu também queria, mas, sabe como é a Iron Gates não é? Então vamos continuar procurando, porque, quanto mais cedo acharmos o tal “carona”, mais cedo voltamos para o “filme”. – Diz Anne, dando uma piscadinha.

      - O-ok, vamos.

      Eles seguem as buscas por horas, até que eles percebem o céu escuro. Anne respira fundo e diz:

      - Certo, acho melhor nós irmos embora, já passa das 21h e está bem claro que não existe... – Anne tropeça e cai em uma poça de sangue. Ela aponta a lanterna para o rosto da vítima e se afasta, gritando. – Não! Não pode ser! Johnny! Me diz que não é ele o carona que estamos procurando!

      - Olha, ele é o único que bate com a descrição, mas o que tem ele de tão especial?

      Não adiantava perguntar nada à Anne, pois, ela estava escorada em uma árvore com uma expressão de terror. Johnny pega o celular e liga para o Espo:

      - É melhor que não tenha me ligado para me atormentar.

      - Não, liguei para dizer que achamos o nosso carona. E também para pedir que você ligue para a Kate ou o Rick.

      - Por que a Anne não liga?

      - Porque, Kate ficou com o celular dela. Achamos que só seria necessário um celular. E também porque ela está em estado de choque.

      - Ok, Johnny. Já estamos indo. Fiquem onde estão.

      No loft, Castle está brincando com bicarbonato de sódio, vinagre, sal e um isqueiro. Kate está lendo e Alexis está no quarto, estudando. De repente o telefone toca. Kate atende:

      - Alô.

      - Kate, é o Espo.

      - O que houve? A Anne não explodiu nada não é?

      - Não, é só para dizer que estou na frente do prédio do Castle e pedir que vocês desçam. E rápido! Eu explico no caminho!

      - Ok, já vamos.

      - Quem era? – Pergunta Rick.

      - Espo, pediu para nós descermos rápido.

      - Já estou indo. ALEXIS, EU E KATE VAMOS SAIR. NÓS JÁ VOLTAMOS.

      - OK, NÃO DEMOREM.

      Eles entram no carro e Espo arranca como se estivesse correndo na NASCAR.

      - Espo, me diz o motivo de tanta aflição. – Pede Kate, preocupada com o amigo. – E por que precisa de nós?

      - Anne e Johnny acharam o corpo do carona.

      - Eu ainda estou tentando entender o porquê de nós precisarmos ir junto. – Diz Rick.

      Espo suspira e diz:

      - Johnny me ligou aflito, pedindo que eu fosse até lá, e com vocês. Parece que Anne está em estado de choque. Ela nunca viu uma pessoa morta antes?

      - É claro que já. Ela viu uma pessoa cortada em pedaços. Só vamos até lá. – Conclui Kate.

      Espo para o carro a alguns metros da localização de Anne e Johnny. Eles logo veem Johnny sinalizando com a lanterna. Então correm até eles. Ao ver o estado de Anne, Kate se direciona até ela e pergunta:

      - Anne, você está me ouvindo? Se estiver, pisque os olhos duas vezes.

      Anne pisca os olhos duas vezes, indicando que a sua audição está intacta.

      - Ela está bem, o cérebro dela só está tentando analisar a cena. Johnny, por que ela está com a roupa coberta de sangue?

      - Ela tropeçou no corpo, no momento que desligou a lanterna, e caiu numa poça de sangue. Então, reacendeu a lanterna. Quando viu o rosto do homem, ela me perguntou se era ele o carona desaparecido. Eu disse que batia com a descrição que nos entregaram e ela ficou nesse estado. – Disse, apontando para ela.

      - Você não encostou nela não é? – Pergunta Kate.

      - Nem. Minha mãe é psicóloga e disse que quando uma pessoa está em choque, não devemos tentar mover esta pessoa a nenhum lugar.

      - Ok. Espo ligue para a Lanie e veja se ela pode vir até aqui buscar o corpo. Rick me ajuda a levar a Anne até o carro.

      - E eu? – Pergunta Johnny.

      - Você, segura os pés dela, caso caia a ficha e ela tente se soltar.

      Assim, Anne é levada até o carro. Lanie chega logo em seguida para verificar o corpo, Espo revisa os bolsos dele, à procura de identidades. Esforço inútil, pois alguém havia levado. Provavelmente o assassino.

      - Espera Espo, tá me dizendo que ele simplesmente não tem identidade?

      - Sim, foi exatamente o que eu disse.

      - Ok, Lanie...

      - Ele levou um tiro na perna, morreu devido à perda de sangue. O qual agora está na roupa da sua protegida. Se ela tirar alguma peça daquela roupa eu posso usar em um exame de sangue. Antes que pergunte, é porque o sangue que está na roupa dela é o mais limpo. Não tem mais sangue nem no corpo e nem no chão.

      - Tá bem. Espo me empresta as chaves do seu carro?

      - Como é? E como eu vou voltar para casa?

      - Vá com a Lanie. Eu tenho que levar a Anne e o Rick em casa. Johnny você vai ficar?

      - JÁ ESTOU NO CARRO!

      - Ok, até amanhã então.

      Eles se direcionam até o loft. A viagem foi feita em silêncio. Ao chegar, Anne já estava agindo como uma pessoa normal, mas não falava e ainda estava com aquela expressão de terror no seu rosto. Foi para o quarto e trocou de roupa. Todos se acomodaram e foram dormir.

      Durante a noite, eles escutam alguém falar alguma coisa, mas não ouviam uma segunda voz. Kate vai, silenciosamente, em direção à voz. Abre a porta do quarto de hóspedes e vê Anne sentada na cama murmurando alguma coisa. Kate vai em direção a ela e pergunta:

      - Quer conversar? Ou precisa ficar sozinha?

      - Conversar com alguém seria uma boa agora.

      - Ok, então, qual o problema?

      - Vocês disseram que aquele homem não tem identidade, certo?

      - Certo, mas o que...

      - Eu sei quem é ele. Ele é Derek Jones, oficial do setor de imigração da 74th NYPD. Ele tinha 43 anos, era divorciado e tinha uma filha.

      Kate não disse nada, apenas engoliu em seco e puxou Anne para um abraço. Ficaram ali por uns minutos, até que Kate suspirou e disse:

      - Eu sei como você está se sentindo.

      - Sabe? Como?

      - Eu já passei por isso, mas foi com a minha mãe e eu tinha por volta de 19 anos quando aconteceu.

      - Como ela foi morta?

      - Esfaqueada em um beco.

      - Caramba! Que horror!

      - Hey! – Diz Johnny, que aparece com uma xícara de chá de camomila. – Para acalmar os nervos.

      - Obrigada Johnny, e obrigada Kate, por me ouvir.

      - Sempre.

      - E sempre que precisar, eu estarei aqui também. – Diz Rick que aparece na porta.

      - Obrigada gente. – Diz Anne, bebendo o seu chá. – Agora vamos todos dormir, e desculpa ter acordado vocês.

      - Sem problemas. – Diz Kate e Rick em uníssono. – Boa noite, vocês dois!

      - Boa noite. – Dizem Anne e Johnny, ao mesmo tempo.

      - Johnny.

      - Sim?

      - Dorme aqui comigo esta noite?

      - Claro.


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Notas finais do capítulo

Os créditos da ideia de momentos Kate e Anne vão para a Nelly Caskett!

Bj, ;)