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– Definitivamente você está empenhada nesse diário! – Disse ele enquanto tomávamos café da manhã

– Porque diz isso? – Perguntei

– Bem porque normalmente no seu tempo livre está sempre lendo e agora só tem tempo para escrever – Respondeu

– Mas é que é tão bom poder reviver tudo, desde os tempos de Hogwarts. O começo do nosso namoro, nosso casamento, Rose, Hugo. Até das nossas brigas eu sinto falta às vezes. – Disse sorrindo ao lembrar.

– Bem, as brigas só eram boas na hora de reconciliação! – Respondeu marotamente.

– Rony! – Ralhei – Olha as crianças!

– Tá, desculpa. Mas você sabe perfeitamente que é verdade! – Disse e não tive como negar. O que ele falara era a pura verdade.

– Mione, eu gostei de escrever sobre o nosso casamento, será que posso escrever sobre o nascimento de Rose e de Hugo? – Perguntou esperançoso.

– Claro que sim. Estou mesmo chegando nessa parte. – Respondi

– Mãe eu posso ler quando estiver pronto? – Perguntou Rose

– Sim, mas somente quando estiver pronto. Na verdade não falta muito, acho que antes de você ir pra Hogwarts eu consigo terminar. – Disse.

***

POV Rony

O dia estava fresco, decidi fazer um piquenique surpresa pra Hermione. Preparei tudo enquanto ela ainda dormia, o final da gravidez estava deixando-a mais preguiçosa que nunca e eu louco para ver logo o rostinho da nossa menininha. Subi as escadas calmamente para acordá-la.

– Mione, acorda preguiçosa - disse dando beijos suaves que a fez despertar com um largo sorriso.

– aaah não! Hoje quem não quer sair da cama sou eu. - disse manhosamente - vem, deita aqui comigo - pediu.

– se eu deitar ai, vamos acabar fazendo outras coisas e estragaria toda a surpresa que eu preparei pra você - respondi vendo sua reação de curiosidade.

– que surpresa? - perguntou

– bem se eu contasse não seria surpresa, estou te esperando lá embaixo - disse por fim dando-lhe mais um beijo. Ela mais que rapidamente se levantou. Enquanto eu esperava, ela se arrumava. Quando desceu as escadas estava linda, parecia um anjo com um vestido simples branco, os cabelos presos em um coque frouxo e um sorriso torto no rosto procurando alguma coisa que indicasse qual seria a surpresa.

– Então, qual a surpresa? – Perguntou curiosa

– Vem comigo – Peguei-a pela mão e a levei até o jardim. Os raios de sol estavam fracos. Havia colocado uma toalha grande na grama com uma espécie de tenda enfeitiçada para fazer sombra, uma grande cesta com comida e doces diversos. – E então, gostou?

– Eu adorei! – Respondeu me dando um longo beijo. Me sentei encostado na árvore enquanto ela estava deitada em meu colo. Enquanto conversávamos, eu acariciava seus cabelos.

– Só em pensar que falta tão pouco tempo, eu fico com medo – Ela dizia calmamente

– Medo porque? Logo teremos nossa princesinha nos braços – Respondi no mesmo tom – Tenho certeza que ela será linda como a mãe e ruiva como o pai! – Tinha plena convicção que seria assim

– Me desculpe então senhor conhecedor das coisas! Temos que escolher logo o nome, daqui a pouco ela nasce e ainda não decidimos – Falou.

– Bem, eu pensei em Rose Jean! O que acha? - Perguntei fazendo uma careta, que a fez sorrir. Com certeza ela havia gostado, mas preferiu não dizer nada. Ficamos naquela calmaria por um bom tempo, até que peguei no sono. Só acordei porque ouvi um forte grito, Hermione estava chorando, me chamando loucamente.

– Rony... Rony acorda, minha bolsa ... estourou! Me leva pro hospital agora! - Dizia ela entre um grito e outro de dor. Desesperadamente fui até o quarto pegar as coisas enquanto ela me esperava no lado de fora. Era uma sorte ter aprendido a dirigir carros trouxas porque não poderíamos simplesmente aparatar em frente ao hospital. Coloquei-a no banco traseiro, mandei um patrono para Gina pedindo que avisasse aos outros e dei partida no carro. O trajeto não era longo e a rua estava tranquila. Consegui chegar em poucos minutos. Enquanto Hermione era levada para a sala de parto fiz sua ficha. Ela havia me explicado como fazer tudo. Em pouco tempo todos chegaram apreensivos.

– Então como está Hermione? - Perguntou a Sra Granger preocupada

– Ela entrou tem poucos minutos foram prepará-la - Respondi ainda muito nervoso. Andava de um lado para o outro até que uma enfermeira de idade já avançada surgiu.

– Vocês são a família da Sra Weasley? – perguntou

– Somos! – Responderam todos ao mesmo tempo. A enfermeira se espantou com tantas cabeças ruivas juntas.

– Sou marido dela – Disse prendendo a atenção dela em mim.

– Aah sim. Ia mesmo lhe procurar, o Senhor quer assistir ao parto? Começaremos em poucos minutos - respondeu. Sem ao menos olhar para trás a acompanhei. Vesti toda a roupa que me deram. Quando entrei na sala nossos olhos se encontraram. Nosso nervosismo era nítido, mas quando peguei em sua mão, a calma tomou conta de nós de uma forma inexplicável.

– Vai ficar tudo bem – Eu dizia a ela. Quando o médico chegou, anunciou que faria uma cesárea, pois Hermione não estava com passagem o suficiente. Eu não entendi absolutamente nada. Minha única preocupação era com Hermione e com o bebê. Acho que perdi a noção do tempo olhando pra ela porque do nada o eco de um choro tomou conta da sala, o médico suspendia aquele corpinho tão pequeno e frágil no ar.

– Parabéns, é uma linda menina! Gostaria de cortar o cordão da sua filha Sr Weasley? - Na mesma hora fiz o que ele havia dito. A felicidade explodia dentro do meu peito. Comecei a rir e chorar ao mesmo tempo era uma coisa incontrolável. Hermione sentia a mesma coisa, dava pra ver em seus olhos.

– Sr precisamos que saia da sala para terminar os procedimentos e levar a sua esposa para o quarto - Disse uma das enfermeiras. Dei um beijo na testa de Hermione e saí. Enquanto andava pelo corredor ainda não acreditava que era pai de uma linda ruivinha, sim ela era ruiva! Quando cheguei à sala de espera fui bombardeado com perguntas.

– É uma menina - Foi a única coisa que consegui dizer. Não conseguia controlar nem o riso nem o choro.

– E ai maninho ela é ruiva? - George perguntou curioso.

– Ela é linda George, e sim, ela é ruiva! - respondi com um sorriso de orelha a orelha.

– Yeah! Mais uma Weasley legítima!

– Parabéns meu filho, estou tão feliz por você. – Foi a vez da minha mãe dizer.

– Obrigado mãe! – A abracei tão forte que ela quase perdeu o ar. Estava tão emocionada quanto eu.

– Qual o nome dela Rony? - Perguntou Gina

– Rose, Rose Jean! - Enquanto conversávamos novamente uma enfermeira veio até mim, dizendo que Hermione já tinha ido para o quarto e que poderíamos entrar. Eu fui à frente. Queria ter um momento só nosso. Ao entrar naquele quarto, me deparei com Rose nos braços de Hermione, ela sorria pra mim como se fosse uma criança que acabou de ganhar um brinquedo que queria muito.

– Obrigado pelo lindo presente, eu sinto como se toda a felicidade do mundo estivesse aqui nos meus braços - Dizia ela entre um sorriso e outro. Ficamos ali por um bom tempo paparicando a nossa princesinha até que chegaram todos os Weasley's e os Granger no quarto.

POV Hermione

– Mione, acorda preguiçosa – Despertei com Rony me dando beijos suaves.

– aaah não! Hoje quem não quer sair da cama sou eu. - disse manhosamente - vem, deita aqui comigo.

– se eu deitar ai, vamos acabar fazendo outras coisas e estragaria toda a surpresa que eu preparei pra você – respondeu ele me deixando totalmente curiosa.

– que surpresa? - perguntei

– bem se eu contasse não seria surpresa, estou te esperando lá embaixo - disse por fim dando-me mais um beijo. Levantei logo da cama e fui tomar um banho rápido. Fiquei imaginando o que ele poderia estar preparando. Peguei um vestido que ele adorava, prendi o cabelo em um coque frouxo e desci. Ele me olhava de forma doce e suave enquanto eu procurava ver algo que indicasse a tal surpresa. Mas não havia nada.

– Então, qual a surpresa? – Perguntei curiosa

– Vem comigo – Me pegou pela mão me levando até o jardim. Os raios de sol estavam fracos. Ele havia preparado tudo. Colocou uma toalha grande na grama para deitarmos com uma espécie de tenda para fazer sombra, uma grande cesta com comida e doces diversos. – E então, gostou?

– Eu adorei! – Respondi dando-lhe um longo beijo. Deitei em seu colo enquanto alisava meus cabelos. Conversávamos sobre a tão esperada hora. A hora que nossa pequenina chegaria.

– Só em pensar que falta tão pouco tempo, eu fico com medo – Dizia a ele.

– Medo porque? Logo teremos nossa princesinha nos braços – Respondeu ele serenamente – Tenho certeza que ela será linda como a mãe e ruiva como o pai!

– Me desculpe então senhor conhecedor das coisas! Temos que escolher logo o nome, daqui a pouco ela nasce e ainda não decidimos – Falei. Tentei imaginar vários nomes, mas nenhum se encaixava perfeitamente.

– Bem, eu pensei em Rose Jean! O que acha? - Perguntou fazendo uma careta, que me fez sorrir. Realmente ela seria tão frágil e linda como uma flor. Preferi não dizer nada e apenas concordar com a ideia. Ficamos naquela calmaria por um bom tempo, até que Rony pegou no sono. Fiquei ali olhando para a cabeleira ruiva, ele ficava ainda mais bonito dormindo. De repente senti uma forte dor no ventre. Era uma dor aguda, me senti totalmente molhada e quando olhei para baixo havia água, muita água. A bolsa com certeza havia estourado. Tentei acordar Rony várias vezes, mas como ele tem o sono pesado só consegui acordá-lo aos gritos.

– Rony... Rony acorda, minha bolsa ... estourou! Me leva pro hospital agora! - Dizia entre um grito e outro de dor. Enquanto ele ia buscar as chaves do carro, eu tentava levantar, mas a dor só se intensificava. Assim que voltou com as chaves, entrei no banco traseiro pra ter um pouco mais de conforto, tudo em vão. A dor não parava, diminuía, mas logo depois voltava. De acordo com a médica, eram as contrações que causavam essas dores insuportáveis. Chegamos rápido ao hospital e enquanto ele fazia a ficha, eu era encaminhada a sala de parto.

– Aaaaaiiiiiiii

– Quer se acalmar senhora – Disse uma enfermeira rabugenta

– Como quer que eu tenha calma? Não é você que está sentindo dor, aaaiiiii – Respondi ríspida devido à dor.

– Não se preocupe com ela! Essa ai é uma amargurada que nunca teve filhos, não sabe a dor que passamos. Mas realmente precisa se acalmar, respire fundo cada vez que a dor aumentar. O médico já está a caminho – Disse a outra um pouco mais gentil. Não via a hora de Rony poder estar junto comigo, e foi nesse momento que ele passou por aquela porta, se não fosse pelo azul intenso de seus olhos eu não o teria reconhecido. Estava totalmente coberto por uma roupa cirúrgica. Estávamos totalmente nervosos e foi só pegar em sua mão que a calma nos atingiu.

– Vai ficar tudo bem – Disse a ele. Quando o médico chegou, anunciou que faria uma cesárea, pois eu não estava com passagem o suficiente. O parto foi tranquilo e em pouco tempo pude ouvir o som que por tanto tempo esperei. O choro de Rose ecoou pela sala. Pude ver Rony cortando seu cordão umbilical. Aquela cena encheu meu peito com uma felicidade absoluta, sem igual. Rony teve que sair da sala para terminarem os procedimentos cirúrgicos. Por poucos segundos colocaram Rose próximo ao meu rosto, foi a sensação mais maravilhosa que já tive em minha vida. Poder finalmente ver aquele rostinho depois de tê-lo carregado por nove meses.

– Oi meu amorzinho, mamãe tá aqui. Seja bem vinda minha princesa! – O choro de alegria corria solto pela minha face. Em pouco tempo fui para o quarto e uma enfermeira a trouxe. Rose era perfeita, tão pequena, tão frágil, tão ruiva, sim era ruiva como Rony.

– Precisa amamentá-la senhora – Disse uma das enfermeiras colocando-a em meus braços. A sensação foi ainda melhor que eu podia imaginar, as lágrimas corriam livremente enquanto acariciava aquele rostinho tão pequeno e tão sereno. Quando olhei para o lado ele estava lá, olhando pra nós.

– Obrigado pelo lindo presente, eu sinto como se toda a felicidade do mundo estivesse aqui nos meus braços - Dizia entre um sorriso e outro. Ficamos por um bom tempo paparicando a nossa princesinha que dormia calmamente até que chegaram todos no quarto.