Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 7
Capítulo 6 - Rescue Me


Notas iniciais do capítulo

Hoooy !

Bem devem ter notado que mudei os títulos dos capítulos para inglês, mas quero dizer que são nomes de músicas e a partir desse capítulo eu vou colocar que música eu me inspirei para escrever. A de hoje é:

Kerrie Roberts - Rescue Me

Boa Leitura ♥



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Para mim Tessa parecia me esconder algo.

Eu estava indo até o hospital ver Clary quando Isabelle começou a me seguir como uma sombra, depois de brigarmos sobre o fato de que ela deveria ficar finalmente concordei em deixá-la ir.

Nós chegamos até a localização desejada, entrei primeiramente e logo depois Isabelle.

Assim que avistei Clary meu coração quase parou de bater, ela estava literalmente largada na sua cama toda machucada. Sua roupa branca tinha manchas de sangue, seus cabelos estavam bagunçados, seu rosto estava um pouco inchado e seu lábio inferior estava cortado.

Corri até ela me agachando ao seu lado, Isabelle fez o mesmo.

-Clary – chamei gentilmente.

Ela não se mexeu, gemeu alguma coisa e tornou a chorar. De dor eu suponho.

-Já chega, eu vou tirá-la daqui – disse pegando Clary em meus braços.

-Jace vão dar falta dela, nós vamos ter problemas – disse Isabelle.

-E eu vou esperar o que Isabelle? Eles matarem ela?

Isabelle ficou quieta e me olhou piedosa.

-Vamos levá-la para o instituto.

[...]

Isabelle abriu a porta e nós corremos até a enfermaria do Instituto, logo Alec apareceu fazendo perguntas sobre a garota. Não demos atenção, colocamos Clary na cama.

-Quem é ela? – perguntou Alec.

-É uma caçadora de sombras – disse Isabelle – É uma longa história Alec.

-Mamãe vai matar vocês – disse ele.

Abri a minha boca, mas antes disso Maryse entrou sorridente.

-Porque terei que matar Isabelle e Jace? – perguntou.

Assim que viu Clary deitada pareceu perder o ar, ficou pálida e quase não conseguiu nos dar uma bronca.

-Aonde encontraram essa garota? – perguntou dando um passo para trás.

Isabelle olhou para Maryse e perguntou:

-Você a conhece mamãe?

-Não querida... É só que vocês não podem trazer uma mundana para o instituto isso é errado – algo na sua voz me chamava atenção.

-Clarissa W... – começou a dizer Isabelle.

-Clarissa, apenas – disse cortando-a no meio – Ela nos disse isso antes de desmaiar, e ela não é uma mundana é uma caçadoras de sombras.

Maryse e Alec olharam desconfiados para nós dois.

-E como sabem disso? Como a encontraram? – perguntou Alec.

-Nós nos conhecemos no Taki’s, mantemos contado por um tempo não é crime nenhum ter uma amiga caçadora de sombras – disse Isabelle sendo convincente como sempre – Ela é da Flórida, e foi encontrada atrás de um beco devia estar lutando com algum demônio suponho eu, então ela me mandou uma mensagem pedindo ajuda antes disso – continuou, ela tinha se empolgado na mentira – Comecei a procurá-la e pedi a ajuda de Jace, e só então soube que ela foi parar em um hospital mundano.

Maryse encostou perto da cama onde ela estava, olhou-a com atenção.

-Os ferimentos são superficiais, mas deve ter apanhado bastante para ficar desse jeito – comentou Maryse.

-Porque não me chamou Izzy? Eu poderia ter ajudado... – disse Alec magoado.

-Vem, vamos conversar irmãozinho – antes de ir Izzy me olhou e eu concordei com a cabeça de que ela podia contar ao Alec o que estava acontecendo de verdade, só então os dois foram embora.

Olhei para Maryse, estava pronta para pedir outro favor a Tessa caso ela decidisse expulsar Clary daqui. Eu não deixaria que ela fosse colocada novamente naquele lugar, nunca mais.

-Ela pode continuar aqui? – perguntei sem tirar os olhos de Clary.

-Ela deve receber os cuidados necessários, mas tem que ir antes do seu pai chegar de Idris – disse Maryse – Sabe como ele não gosta de estranhos, mas como ele quase nunca vem certifiquei-se de que a garota se acomode aqui.

Maryse levantou-se e saiu graciosamente fechando a porta. Eu estava sozinha com a Clary, ela ainda estava muito machucada e por isso peguei uma garrafa de soro e uma gaze. Passei gentilmente onde estava machucada, Clary nem se mexeu direito.

-Ninguém nunca mais vai te machucar, Clary – sussurrei para ela – Eu prometo.

Ela começou a acordar seus olhos verdes aos poucos se abriam. Clary olhou confusa para o local onde estavam seus olhos se encontraram com os meus e eu senti uma paz invadir ela por dentro.

-Jace – murmurou aliviada a me ver – Eu morri?

-Não, Clary – sorri passando as mãos nos seus cabelos – Você não morreu.

-Onde estou? – questionou.

-No instituto, você está a salvo agora – tranqüilizei-a – Aqui, vai ser sua casa agora.

Clary ficou quieta, apenas me observando. Levou sua mão gelada até o meu rosto, senti um pequeno choque térmico correndo na minha pele.

-Obrigado Jace – agradeceu – Obrigado, por me tirar daquele lugar.

-Eu tinha prometido não tinha? Um Herondale, ou um Jace nunca quebra sua promessa.

Ela sorriu e eu fiz o mesmo.

-O que houve?

-Descobriram que eu não estava tomando mais meus remédios, me levaram para ser eletrocutada – suas palavras eram carregadas de dor, como se ela as sentisse novamente ao me contar – Eu tentei resistir, então eles me bateram e conseguiram me levar até a sala eu levei choque Jace e mesmo assim eu não morria – disse Clary – E eles apenas me batiam mais me dizendo que não era humana.

Fechei os olhos e segurei nas mãos dela firme, entrelaçando nossos dedos.

-Se pudesse eu mataria todos só por terem feito isso com você, ninguém mais vai lhe fazer mal comigo por perto – sorri – Nunca mais

Ficamos em silencio por um tempo, apenas observando um ao outro. Eu sabia que nunca me cansaria de ver o rosto de Clary, era ótimo olhar para ela. Talvez, eu só gostasse de ter alguém para cuidar alguém para me importar.

A porta se abriu, Max entrou saltitando ao lado do atual namorado da Isabelle um vampiro chamado Simon. Ele era gente boa, mesmo eu sempre pegando no pé dele. Afinal, ele estava namorando minha irmã eu tinha que incomodá-lo de algum jeito.

-Oi Jace – disse Simon animado com as mãos nos bolsos – Oi garota que não sei o nome.

-Oi – respondeu Clary educadamente, notei que ela tinha vergonha de conversar com outras pessoas. Talvez isso se devesse ao fato de que ela ficou sete anos presa em um lugar sem falar com pessoas.

-Clary, sangue suga o nome dela é Clary – disse irônico.

Simon deu de ombros, ele era tão debochado que às vezes eu tinha vontade de socá-lo.

-Clary esse é o Simon o vampiro de plantão – disse gesticulando para ela onde Simon estava – E o que você quer em?

-Izzy me disse que você estava aqui cuidando de uma garota, Max apostou comigo que era verdade e eu perdi – disse fingindo estar magoado.

-Sim, perdeu e agora quero meus gibis – disse meu irmão.

Max me olhou e pigarreou. Ele também queria ser apresentado a garota do meu lado.

-E Clary, esse é o meu irmão mais novo o Max – disse sorrindo.

Clary não disse nada apenas sorriu, Max fez o mesmo educadamente.

De repente a porta se abriu novamente, bufei exausto. Eu só queria ficar sozinho com a Clary, era pedir de mais? Dessa vez quem entrou foi Alec, ele fez um sinal com a mão para que eu saísse com ele.

-Volto em um minuto, acha que consegue ficar longe de mim? – perguntei irônico.

-Vou me esforçar – disse ela abrindo um sorrisinho lindo.

Levantei da cama onde estava sentado ao lado de Clary e fui para o corredor onde Alec me esperava. Fechei a porta e o encontrei encostado na parede.

-Em que posso ajudar rapazinho dos olhos azuis? – perguntei.

-Porque não me contou sobre a garota? Eu teria ajudado Jace – disse sem rodeios.

Suspirei, como eu contaria ao meu irmão que eu não tinha lhe dito nada porque ele era um boca aberta a favor da Clave?

-Alec, você se conhece e sabe que você iria contar para a nossa mãe, e se você contasse seria impossível de eu tirá-la de lá ou descobrir quem ela era, entende isso não entende?

-É você tem razão – suspirou – Mas, mesmo assim deveriam ter me contado eu sou o irmão mais velho de vocês e teria ajudado.

-Eu sei Alec, eu sei – disse.

Alec colocou a mão no meu ombro.

-Saiba que pode contar comigo Jace, apoio que a garota fique aqui.

Sorri. Alec tinha ficado mais maleável depois que começou a namorar Magnus, ele era ranzinza, creio eu, por não assumir quem era e não poder ser feliz de verdade e agora que ele tinha tido coragem para ser quem queria ser. Era feliz.

-Clary – disse tranquilamente dando de ombros – O nome dela é Clary.

-Pensei que fosse Clarissa – constatou Alec.

-Isso porque ela é minha Clary e sua Clarissa – sorri.


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Notas finais do capítulo

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