E aqui estou eu, sozinho acho que pela primeira vez em minha vida, com medo, cansado, mas sabendo que preciso fazer algo para salvar meus amigos!

Suspirei ao me lembrar das palavras de Dumbledore para Snape, ou melhor dizendo morcegão das masmorras, que eu ouvira na penseira durante a batalha.

Fui procurar por Harry para dizer a ele que não tínhamos medo de continuar lutando e que não era para ele se entregar ainda, mas quando cheguei na sala dos diretores vi que não havia mais ninguém ali, porem uma memória que rondava na penseira me chamava quase que magneticamente e eu, sem pensar nas consequências para variar, fui até lá e coloquei minha cabeça na penseira, absorvendo a memória.

- Mas alvo, o garoto não vai conseguir! Ele vai morrer de verdade, você sabe disso! – Disse Snape olhando preocupado para tio Dumby.

- Severo, meu amigo, tudo ira terminar bem, confie em mim – Disse o velho caduco com aquele brilho louco no olhar que só ele possuía.

- Alvo, entenda, quem será forte o suficiente, rápido o suficiente e estaria disposto a morrer para salvar o mundo realmente? – Perguntou o ranzinza, olhando assustado para Dumby.

- Ah meu querido, isso pode lhe surpreender, mas muitos fariam isso, a senhorita Granger por exemplo, é inteligente e fiel o suficiente para isso, porém não acho que seja a escolha certa para isso, o Senhor Ronald também é inteligente, mas seria muito atrapalhado para fazer uma magia tão antiga. O senhor Longbotton também não seria a melhor escolha, creio que um dos gêmeos Weasley seria o mais indicado, são inteligentes, fieis, fortes e rápidos para tal trabalho, mas apenas um deverá agir, sem que ninguém saiba – respondeu Dumbledore, e o que ele disse me assustou, eles estavam mesmo discutindo quem seria a melhor pessoa para se matar pelo bem maior?

- os palhaços? Está falando sério Alvo? Não sei se qualquer um deles seria capaz de algo assim, estaria amaldiçoado a morrer no primeiro feitiço que o atingisse depois disso! – falou o morcegão exasperado

- Eu sei meu caro, mas eu tenho certeza que eles fariam tudo o que pudessem para acabar com a guerra – Explicou Dumby e guardou um pergaminho em uma gaveta – Quando chegar a hora meu caro amigo, quando a hora chegar um deles achará o feitiço e saberá o que fazer.

E logo tudo girou e voltei ao tempo presente, sabia o que precisava fazer, mas será que eu seria capaz? Desenrolei o pergaminho e olhei o feitiço, não era algo complexo, algumas palavras em latin e sangue derramado. Suspirei pela vigésima vez àquela noite e segui pela floresta como estava pedindo que eu fizesse no pergaminho, la comecei a recitar as palavras enquanto com minha varinha, que eu havia transfigurado em um punhal, fazia um corte um tanto profundo na palma de minha mão, aos poucos senti minha vista escurecer e meu sangue sendo drenado por algo que sabia ser antigo, logo eu estava com meus sentidos voltando e respirei aliviado, sabia que estava feito, sentia minha magia fraca, e sentia que minha morte estava próxima. Ao menos agora eu sabia que o mundo seria salvo, mesmo que ninguém soubesse realmente de minha contribuição, eu estava pronto para morrer pelos meus amigos a qualquer momento e eu o faria...