Sad, Beautiful And Tragic. escrita por Bruna Pattinson


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o primeiro capítulo. Esse fui eu (Malfoy) quem escreveu, mas no próximo já terá a colaboração da Bruna.
A citação do início do capítulo é da própria música tema da história.
:D



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Silencio, esse trem corre fora dos trilhos.


‘’Era tarde da noite e Agnes colocava as mãos em seus ouvidos para abafar os gritos que vinham do andar debaixo da casa.

Os berros estridentes de sua mãe faziam à pequena e indefesa menina chorar como nunca antes. Seu pai já estava morto e ela provavelmente seria a próxima á ser atacada. Mas por quem? Que espécie de ser humano acabaria com a felicidade de sua família tão facilmente? Essas perguntas pairavam na cabeça de Agnes Felhfier. Sem parar.

Rapidamente, ela se escondeu dentro do armário ao escutar passos pesados subindo as escadas, a morena temia a morte mais do que tudo naquele momento. Rezava todas as orações que conseguia lembrar e implorava a Deus que a deixasse viver. Sentiu a respiração gélida de alguém atrás dela, virou-se e deu de cara com uma mulher de dar medo. A moça vestia-se apenas de preto, em seu rosto havia um enorme sorriso estampado dando-lhe a vista completa daqueles dentes amarelos e sujos e os cabelos eram negros e todo embaraçado. Nesses poucos segundos que Agnes á observara notou uma tatuagem, não, uma marca escura na parte inferior de seu braço parecida com uma serpente junto á uma caveira. Porém aquilo não era importante, a pequena iria morrer.

Apenas fechou os olhos e deixou uma ultima lagrima escorrer por suas bochechas brancas como a neve.

– AVADA KE... – a mulher gritou com sua voz aguda e irritante, mas acabou por não terminar, de algum jeito ela havia sido jogada para trás, quebrando a parede que separava o quarto do banheiro.

Agnes abriu os olhos e suas íris azuis encontraram o corpo da assassina de seus pais caído e desmaiado dentro da banheira. Água escorria por todo chão de ladrilhos brancos se misturando com o sangue que saia das vestes daquele ser desprezível.

A menina conteu um grito e foi correndo para a sala, onde encontrou sua mãe sobre o sofá, sangrando até a morte, ela sussurrava palavras sem nexo e com a respiração falha conseguira pronunciar uma frase:

– Não seja como nós.

E então a mais velha segurou a mão da filha que se ajoelhava ao seu lado, pedindo aos prantos que não lhe abandonasse jamais. Infelizmente, alguns minutos depois Amélia Felhfier já não estava lá, pelo menos não sua alma. Ela, assim como seu marido, Gus Felhfier, morreram, deixando Agnes sozinha. Sem ninguém.

E a pequena sabia que eles não iriam voltar em um passe de mágica, pois essa tal de mágica não existia. ’’


A garota acordou suando frio. O que só acontecia quando tinha pesadelos como aquele. Quem dera ser apenas um pesadelo, era tudo verdade. Seus pais estavam mortos, ela estava sozinha em um trem para Hogwarts e ela era uma bruxa. Algo que descobrira dois anos depois do acidente trágico. Agora Agnes percebera que sua vida não poderia ser mais a mesma, nem se quisesse.

Ela encostou a testa no vidro gelado da janela e suspirou profundamente. Como uma menina de onze anos consegue aguentar tanto sofrimento? Todos se perguntavam isso quando á conheciam. Tudo isso era algo que ela tentava com todas as forças esquecer, o que parecia ser impossível porque até podemos fingir não lembrar, mas as memórias, ah, as malditas memórias não tinham como serem deixadas no passado. Seja como for, elas sempre voltavam á tona, em pesadelos ou em palavras.

Olhou para fora, admirando o céu ensolarado. Ela odiava sol, preferia um dia nublado e chuvoso a ter que aguentar a alegria alheia. A garota não sorria por motivos reais já fazia tempo.

No meio de um de seus devaneios ela foi bruscamente interrompida por um pigarrear. Virou o rosto e se deparou com um menino pálido, com cabelos loiros quase platinados e frios olhos cinza. Ele carregava consigo uma caixinha pequena e em seu rosto havia um sorriso debochado.

_______________________________________

Draco andava pelo corredor com pressa, entre as cabines lotadas, ele amaldiçoava mentalmente aquele maldito elfo. Graças á Dobby, Malfoy chegara atrasado demais e não conseguira encontrar um assento vago sequer.

O menino de cabelos loiros checara as horas.

Passava por uma cabine onde só havia uma garota de cabelos longos e castanhos, ela suspirara profundamente e observava algo que Draco não deu bola, pela janela. Ela era pequena, assim como ele.

Resolveu tentar a sorte, sorria por motivos desconhecidos, pigarreou, chamando a atenção da morena. Seus olhos se encontraram e Malfoy se recusou a admitir, mas por alguns míseros segundos se perdera naquele lindo e oceânico azul. Para disfarçar, fechou a cara rapidamente, ficando sério. Adentrou o espaço.

A menina o seguiu com o olhar, e pelo amor de Merlin, ele achou aquilo muito desconfortável! Revirou os olhos e se sentou na frente dela, pondo cuidadosamente sua caixinha de doces sobre seu colo. O barulho das guloseimas fora alto demais e a garota acabou percebendo.

Draco não deu importância e pegou um dos feijõezinhos.

– Eca! Cera de ouvido! – ele exclamou, engolindo com dificuldade. O gosto era horrível.

Pela reação de sua companheira de viagem, ela não fazia idéia do que ele estava falando. O loiro sorriu por dentro, ergueu o saquinho e ofereceu a morena que, um pouco receosa, enfiou a mão dentro do pacote e dali tirou um feijão. Colocou na boca e mastigou com cautela.

– Nossa! Isso é delicioso! – gritou a menina, dando um sorriso que dera a Malfoy à visão de seus dentes perfeitamente alinhados e brancos.

– Você deve ter dado sorte, eu sempre acabo pegando um com o pior sabor possível. – disse o menino puxando o saquinho de volta. A última coisa que queria era uma gulosa devorando seus feijõezinhos. Porém, a morena não chegou a pedir outro. Antes que ele pudesse impedir ou falar qualquer coisa a dona dos olhos azuis já estava sentada ao seu lado, o encarando atentamente. Draco odiou aquilo, a aproximação de pessoas que ele não conhecia o deixava apreensivo.

– Eu sou Agnes Felhfier. – esclareceu a garotinha estendendo a mão, como se estivesse dizendo para ele a cumprimentar. Draco o fez.

– Sou Draco Malfoy.

O menino foi curto e grosso, e logo virou o rosto para a janela, imitando o que Agnes fazia antes dele chegar, observar o nada. O lindo e magnífico nada.

Sim, é claro que ele tinha gostado dela, Agnes Felhfier era até que bonitinha em sua mente. Acreditando que como era seu primeiro ano em Hogwarts, não era necessário ele arranjar muitos amigos, principalmente se fossem menininhas...

Então o lugar foi tomado pelo silencio.



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Notas finais do capítulo

Então?



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