Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 5
Isso sim é um "Boy On Fire"


Notas iniciais do capítulo

Pois é, aqui estou de novo. Muito legal ter uma leitora!!!
Pois é, a história tava parada até agora, mas a partir do próximo cápitulo começa a ficar mais interessante...
Espero que goste!



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Pois é, já terminei meu hambúrguer.

Olhei para baixo e percebi que Diana tinha ateado a fogueira. Ela foi rápida. Deveria estar por perto, pois eu deveria não ter dado a ela nada mais do que sete minutos e meio. Marcos não estava à porta e eu não sabia onde ele estava.

Evitei cuidadosamente o lado esquerdo da grade de proteção que eu sabia estar quebrada. Tinha que agir rápido antes do monstro ver a fumaça e me matar imediatamente.

Comecei a dizer:

–-Toda minha vida, sonhei em crescer e ter um futuro, mas hoje isso é tudo em vão. Não acredito que fui à escola todos esses anos por nada!

–-Seu futuro não seria possível nem ao menos que você não tivesse chegado aqui, já que seus pais estão mortos.

–-De que me adianta ficar viva para morrer? Dou um fim na minha vida agora!

Ameacei dramaticamente pular a grade de proteção, a passo que ele riu, dizendo:

–-Você não faria isso.

–-Quase fiz uma vez, enquanto dormia...

–-Mas, agra você está acordada, não faria isso. Se tiver coragem, pula!

Quando ele disse isso, senti uma leve insegurança em sua voz. Ele achava que eu era louca. E eu concordava.

–-Pois bem! Só espero que tenha uma boa desculpa para dar ao Marcos, seu vamp infeliz!

Taquei nele uma escova de dente que tinha em meu bolso (longa história), da qual ele desviou facilmente, mas acertei meu sapato, já que a escova foi só para distrair. Yeah, ponto meu, vamp!

Ameacei pular da grade (mas claro que eu nunca pularia em sã consciência).

Não sei se ele ficou bravo por eu o ter acertado ou chamado-o de vamp (talvez ambos), mas sei que ele tentou tirar-me de lá a força.

Consegui me desvencilhar de seus braços e me retirei da sacada (essa é uma das vantagens de ser baixinha e pequenininha), mas lá era muito apertado, e com sua estatura (de urso) ele não pôde fazer o mesmo.

Como eu esperava, sua força contra a grade foi tamanha que ela arrebentou, e sem a grade para impedir-lhe a queda, caiu na fogueira que ardia lá embaixo, e fiquei sentada á minha sacada vendo tranquilamente ele queimar, como se de camarote.

Assim matei meu primeiro vampiro.

Assim encomendei minha morte. Mas pelo menos Levei um.

Assim que minha grade foi arrebentada.

Assim que vim parar nessa lanchonete (de hambúrgueres deliciosos).

Assim paro por hoje.

*****

Marcos desapareceu. Daiana desapareceu. Meu hambúrguer desapareceu. Também quero desaparecer.

Esclarecendo: Faz uns dias desde a última vez que escrevi. É por isso que não coloco data em meu diário, já que se eu escrevesse o que aconteceu comigo no dia, você, querido diário, não iria entender nada do que quero dizer.

Quando eu entrei naquela lanchonete, pedi um hambúrguer, como você já deve saber, porque eu adoro hambúrgueres, como você também já deve saber. Fiquei sem saber o que fazer. Quem acreditaria no que fiz?

Lembrei-me do indivíduo que me ligara hoje. Resolvi ligar de volta, para ver o que o ser queria. Liguei três vezes e nada do desgraçado atender.

Paguei a conta e comecei a vagar, sem saber o que fazer, já que meus pais perderam contato com meus familiares antes de eu nascer, e eu sabia que não poderia recorrer a ninguém de minha escola. Veriam-me como a assassina de meus próprios pais.

Finalmente, meu celular tocou.

–-Alô, quem fala? –emendei.

–-Alô, aqui é o Tim – disse a voz do outro lado da linha— com quem eu falo?

Hesitei em dizer meu nome, mas estava sem opção. Precisava de um lugar para ficar e o nome não me soava desconhecido.

–-Tatinha- revelei—você me ligou?

Esperei uma resposta que demorou tanto tempo que quase pensei que a linha estava muda, se não fossem os murmúrios abafados do outro lado da linha.

–- Desculpe a indelicadeza – Disse impaciente— mas o gato comeu sua língua?

–-Não, desculpe. É que eu esperava que fosse outra pessoa...

–- Foi engano então?—Interrompi, sentindo minhas esperanças se esvaírem.

–- De forma alguma – Suspirei aliviada ao ouvir isso— mas eu esperava que o Sr. Rodrigues atendesse.

–-Meu pai? – disse com voz fraca – ele... Morreu?

Não foi minha intenção, mas soou como uma interrogação. Firmei a voz:

–- Digo... Ele Mor-r-reu – gaguejei.

Desisti de tentar fazer minha voz soar instável.

–- Sinto muito... pode me dizer como?

Frustrei-me:

–- Você não acreditaria.

Sua resposta (nada além de um murmúrio) me surpreendeu:

–- Foram eles?

–- Como voc... Espere, diga-me: o que você quer dizer com “eles”?

–- Pele pálida, assassinos, nada de vestígios, me entende?

Então ele os conhecia. Bem até demais...

–- Acho que posso compreender...

Silêncio.

–- Como você está viva então? Foi algum de nós te ajudar?

Ri ironicamente. Ajudar? Só minha amiga... Que havia desaparecido.

–- Não sei o que é “Nós”, mas “Nós” não veio me ajudar.

Uau! Ando assistindo muito Senhor dos Anéis.

–- Como você ainda está viva?

“Olha, na moral, nada de mais. Só estava voltando da escola quando achei uns caras pálidas (ignore o fato de eu parecer um índio dizendo isso, sem ofensa aos índios, só paz e amor. Espera, não são os hippies que dizem isso?) que tinham, por ironia, entrado sem convite e feito um banquete em minha própria casa. Ah, o banquete eram meus pais e minha irmã. Um cara fugiu, o outro virou churrasco e minha amiga que me ajudou tá desaparecida, nada de mais, deve estar tomando sorvete com o Papai Noel no Polo Norte. E eu comi um hambúrguer delicioso!”. Eu, definitivamente, não iria dizer isso.

–- Olha, não sei quem você é, nem se posso confiar em você, mas não direi nada por telefone.

–- Você tem razão. Já usei esse por tempo demais. Jogue seu aparelho fora, eles podem te rastrear. Vou te encontrar, não fuja por enquanto!

E então desligou o celular.


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Notas finais do capítulo

Achou que o celular ia ficar só nisso? hahahahaa...Espero que tenha gostado!!!!Reviews????