Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 30
Ninguém Está a Salvo do Soro da Verdade


Notas iniciais do capítulo

Heeey amores. Td bem com vcs? Espero que sim.

FELIZ NATAL ATRASADOOOOO!!!

Mais um cap pra vcs, desculpem... eu não gosto dos lideres da franqueza. Creio que não fui imparcial nesse cap ;// espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411801/chapter/30

Agora é a vez de Tris Prior. Ela caminha até Niles. Eles sussurram algo e ela injeta nela própria. Alguém se aproxima com uma lata de lixo e ela joga a seringa fora. Estou batucando no banco, minha vontade de ficar constantemente em movimento cresce cada vez mais.

Ela tropeça e Niles a guia até sua cadeira.

– Qual é o seu nome? – ele começa com as perguntas.

– Beatrice.

– Mas você responde por Tris, certo?

– Sim.

– Qual o nome dos seus pais, Tris?

– Natalie e ... Prior.

– Você também é uma transferida de facção, não é?

– Sim. – ela diz e olha para Tobias.

– Por que se transferiu?

Ela hesita por um momento. Espero uma resposta chocante, como a de Tobias, mas ela apernas diz:

– Eu não era boa o suficiente para a Abnegação, e eu queria ser livre.

– Por que você não era boa o suficiente?

– Por que fui egoísta.

– Você foi egoísta? Você não é mais?

– Claro que eu sou. Minha mãe disse que todo mundo é egoísta. – Sua mãe está certa, penso. É um mundo egoísta. - mas eu me tornei menos egoísta na Audácia. Descobri que havia pessoas que eu iria lutar. Morrer, mesmo.

– Tris, por favor, nos diga o que aconteceu no dia do ataque?

– Acordei e todos estavam sob a simulação, então fingi estar também até encontrar Tobias.

– O que aconteceu depois que você e Tobias foram separados? – senti minhas mãos ficarem geladas. Eu sei muito bem o que aconteceu.

– Jeanine tentou me matar, mas minha mãe me salvou. Ela costumava ser um membro da Audácia, então ela sabia como usar uma arma. - Meu corpo começa a pesar e minha cabeça a doer. Eu vi tudo, eu assisti tudo com uma vista privilegiada. Sem fazer nada. Sinto nojo de mim mesma. - Ela distraiu os soldados da Audácia para que eu pudesse fugir, e eles a mataram.

Sim, eles a mataram, assim como ela matou minha mãe.

Involuntariamente tremo. Noah olha para mim e me puxa para mais perto dele.

– Eu continuei correndo. – ela continua. – E... – por um momento ela luta. Posso ver suas mãos agarrando o braço da cadeira. Ela está escondendo algo. - E eu encontrei o meu irmão e pai. – sua voz está tensa. - Formamos um plano para destruir a simulação. Nós nos infiltramos na sede da Audácia, e meu pai e eu fomos até a sala de controle. Ele lutou contra um membro e morreu. Eu fui isso para a sala de controle, e Tobias estava lá.

– Tobias disse que lutou contra ele, mas depois parou. Por que você fez isso?

– Porque eu percebi que um de nós teria que matar o outro- ela diz – E eu não queria matá-lo.

– Então você se rendeu?

– Não Me lembrei de algo que eu tinha feito na minha paisagem medo na iniciação da Audácia... Em uma simulação, uma mulher exigiu que eu matasse a minha família, e eu morri em seu lugar. Eu pensei... Eu estava tão frenética, mas tudo que eu conseguia pensar era que havia algo a ela, havia uma força nele. E eu não poderia matá-lo, então eu tinha que tentar.

– Então, vocês nunca estiveram sob a simulação?

– Não. Não, eu sou divergente.

– Só para esclarecer - disse Niles. - Você está me dizendo que você quase foi assassinada por eruditos – Neelie olha em minha direção. – E então lutou no caminho até a sede da Audácia e destruiu a simulação?

– Sim.

– Acho que falo por todos- diz ele - quando eu digo que você ganhou o título de membro da Audácia.

Vejo meus antigos companheiros levantarem os punhos e gritarem. Estão saldando ela, como um dia me saldaram. Antes de eu os trair. Olho para os meus pés, a procura de respostas. Por que eu sai de lá? O que eu estava querendo?! Não eram respostas difíceis, eu sabia. Minha curiosidade em saber do passado do meu pai. Minha curiosidade de saber como era a vida em outra facção. Isso me fez trair minha família. Minha maldita curiosidade.

– Beatrice Prior. – Niles continua. – Quais são seus profundos pesares?

Ela para. Olha ao redor da sala. Deve ser difícil dizer os mais profundos segredos assim, tão abertamente a todos. Mas ela está se saindo bem.

– Will. Ela diz. – Eu matei Will. Ele estava sob simulação e iria me matar então eu o matei antes. – ela abaixa a cabeça e sinto que ela irá chorar.

– Obrigado pela sua honestidade. – diz Niles e todos nós repetimos suas palavras.

Todos levantam de suas cadeiras e nos direcionamos á saída. Quando estou passando pela porta, um guarda da Audácia me para.

Noah, Dan, Alex, Neelie, Ava e James se viram para olhar para mim.

– Senhorita Ruthless. – diz Jack, que permanece sentado.

Olho para ele, seu olhar pede para eu ficar. Aceno para meus colegas para eles irem.

– Ficarei bem. – sussurro rindo. Todos concordam e vão. Menos Noah. – Vai logo. – digo com um pouco de raiva. Ele assente e se vai junto aos outros.

– Senhorita, apesar de termos vistos a filmagem da simulação, ainda tenho duvidas sobre você... – ele caminha em minha direção. Olho ao redor da sala, apenas os lideres da Franqueza se matem aqui. – Se importaria em responder algumas perguntas sob o soro da verdade? – ele pergunta, sei que não tenho opção. Minhas mãos começam a suar.

– Sem problemas. – tento soar confiante.

Nelis se aproxima de mim com uma agulha. Ele passa o antisséptico em meu pescoço e aplica.

No mesmo instante sinto meu sangue se transformar em chumbo e meu corpo pesado. Entendo o por que Tris Prior tropeçou. A sala toda está meia turva e só escuto o som da minha própria respiração, mas não parece ser minha. Eu pareço estar distante de tudo e todos.

Sento-me com dificuldade na cadeira á frente dos lideres. Em segundos minha mente se torna um breu. Um terrível e assustador breu branco. Não consigo pensar em nada por mais que eu tente.

– Vamos começar. – diz Nelis. – Qual o seu nome?

A resposta sai da minha boca antes mesmo de eu terminar de escutar a pergunta. Sinto as palavras se derramando incontrolavelmente.

– Victoria Ruthless.

– Você tem muitos apelidos... Vicky, “Incrível Ruthless”... – ele diz e eu completo mentalmente “R”, antes de eu abrir minha boca eu paro. “R.” foi o que eu usei com os sem-fações. Não posso dizer a eles isso, pois saberiam que eu estive com eles e eu poderia estragar tudo.

– Sim... Atendo por muitos nomes. – digo.

– Qual o nome dos seus pais, Victoria?

– Morgana e Jonathan Ruthless. – digo, não estou acostumada a dizer o nome dos meus pais assim...

– Você é uma transferida de facção... Audácia para a Erudição, certo?

– Sim.

– Pelo o que eu soube você não chegou a terminar sua iniciação... – ele comenta.

– Sim. Então eu realmente não sei a qual facção eu pertenço. – digo sem pensar. Eu realmente odeio esse soro.

– Compreendo. – ele diz com falsa compreensão. – Por que decidiu mudar de facção?

– Pela minha curiosidade. – digo e paro. Não continuarei falando. Eles não saberão sobre meus sentimentos, mesmo que eles não sejam grande coisa, não darei a verdade a eles. Isso se tornou um desafio para mim. Adoro desafios.

– Sua curiosidade? Explique-se. – ele me olha desafiadoramente.

Respiro fundo e tento manter minha boca fechada. Nenhuma palavra sairá dela. Minha mente começa a girar e sinto que estou fazendo força demais. Minhas palmas ardem e eu olho para baixo, para minhas mãos fechadas em punho. Minha unha está perfurando minha pele e fazendo-me sangrar. Arfo um erro, pois assim que abri a boca as palavras saíram dela.

– Por que sempre tive curiosidade para saber o passado do meu pai, sempre tive curiosidade para saber como era a vida em outra facção, sempre tive curiosidade para saber as coisas. Mas foi um problema enorme, pois eu adoro a Audácia, então no meu teste deu os dois e isso só piorou as coisas.

– Deu os dois? – ele levanta uma sobrancelha espessa.

– Sim. Meus resultados foram Audácia e Erudição. – digo olhando para baixo. Desafio perdido, Ruthless.

– Outra divergente... – diz Jack. – Continue Nelis.

– Então, Victoria, o que aconteceu no dia da simulação?

Respiro fundo me entreguei.

– Eu havia pesquisado – junto com mais dois amigos, penso mas tento omitir essa parte. Não quero prejudicar ninguém. – Soube de coisas então, por impulso, fui para o campo de batalha. – digo. – Vi o que estava acontecendo e vi que eu não poderia ir até lá desarmada então fui até o complexo da Audácia e me armei. Encontrei Max e menti, disse que eu estava lá por ordens de Jeanine. Agi como Max. Mas estava lá somente para tirar minha família de lá antes que algo acontece. Então aconteceu. Eu estava com Erick e ele provocou Quatro, achando que ele estava sob simulação, mas eu sabia que ele estava acordado, assim como Tris. Ela atirou em Erick e Quatro atirou em mim. – olho para minha perna enfaixada. – Entreguei-os á Jeanine e ela me mandou controlar a morte de Tris Prior.

Jack olha para mim atentamente e me sinto culpada.

– Vi quando sua mãe entrou para salva-la e não soei o alarme. Pareceu-me errado e eu sabia que quando Jeanine soubesse que eu não soei o alarme, ela provavelmente me mataria então eu me armei e fugi. – digo meu rosto quente da força que fiz para não contar sobre minha mãe.

– Apenas isso? Essa era a sua única e verdadeira intensão? Salvar sua família? – Nelis pergunta.

– Sim.

– Okay... Quais são seus profundos pesares? – ele diz e eu fico tensa.

– Nenhum. – digo mordendo meu lábio inferior.

– Como alguém pode não ter nenhum pesar? – ele diz rindo sarcasticamente. – Vamos, diga-nos. O que você mais lamenta.

Sinto meus olhos arderem. Fecho minhas mãos em punhos e mantenho a postura tensa. Eles não precisam saber. “Lamento não ter parado a simulação. Lamento todas as mortes por que mesmo não diretamente, eu ajudei. Lamento ter visto minha mãe morrer sem fazer nada. Lamento ter sido inútil. Lamento fugir, viver fugindo. Lamento não ser da Audácia. Lamento não ser tão incrível quanto eles pensam.” Minha cabeça doi muito e as palavras giram, junto com imagens. “Lamento colocar Luna em risco, lamento a morte dela. “

– Vamos, Ruthless. – diz Nelis com um pouco de hostilidade.

– Não lamento nada. – tento ser firme, e pisco para afastar as lagrimas que se acumulam nos meus olhos.

– Eu sei que lamenta... – ele diz.

Respiro fundo. Sinto que se eu não falar agora serei capaz de desmaiar.

– Lamento viver fugindo. Lamento as mortes de todos. Lamento sobre Luna...

– A morte de todos? Quem é Luna?

– Lamento por que tinha uma solução e eu não fiz nada. Lamento ter fugido, se eu tivesse ficado tudo teria sido diferente. Talvez eu tivesse conseguido parar a simulação antes... – respiro fundo. – Antes de a minha mãe morrer. – digo inutilmente e começo a chorar.

– Chega. – diz Jack. Quando viu que Nelis ia abrir a boca novamente para mais perguntas. – Tivemos o suficiente por agora. – Por agora, “por agora”. Isso ecoa em minha cabeça vazia.

– Obrigado pela sua honestidade. - diz Nelis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vicky é tãaaao dramatica -.-'
Uma pergunta, vocês gostariam de um bonus de Natal? Alguma festa Natalina na Audácia... antes da Vicky se transferir... kk gostariam?

ahushauhs vejo vcs dia 31. Bjs com nutella



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reckless - Divergente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.