Nessie’s P.D.V.

O ano letivo está acabando e teremos de nos mudar logo. Mas antes, tem algo que eu quero fazer.

- O que você está pensando em fazer, Nessie? – Disse meu pai, do primeiro andar, depois de ler meus pensamentos.

Nossa, pai, eu acabei de acordar, você me assustou. Vou chamar o Jake e a gente já desce.

- O Jacob sabe o que você está planejando? – Perguntou minha mãe.

Sabe, sim. Agora esperem aí em baixo que nós dois já vamos.

- Tudo bem. – Concordaram os dois em uníssono.

Me vesti e corri para o quarto do Jake. Parei na porta e espiei para dentro. Ele estava jogado na cama, de shorts, roncando com a boca aberta, e uma aparência angelical e inocente no rosto. Entrei no quarto e me joguei com força em cima dele.

- Ai! – Ele gemeu, e passou as mãos na barriga, massageando.

- Bom dia, dorminhoco! – sussurrei no ouvido dele.

- Bom dia, Nessie. Precisava me deixar um hematoma? – Respondeu ele brincalhão.

- Precisava sim. Vamos lá para baixo, vou contar aquela idéia para o papai.

- Ah, legal!

- Pára de pensar nisso, Jake. É surpresa!

- Tudo bem, já parei. – Ele levantou as mãos na altura da cabeça, como quem se rende, e fechou os olhos. Eu inclinei meu rosto mais para baixo até nossos rostos ficarem quase se tocando. Ele abriu os olhos e acabou com a distância entre nós. Seus lábios se moldaram aos meus, como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Sua mão direita desceu para a minha cintura enquanto a esquerda segurava minha nuca. Eu enrolei os dedos no cabelo dele e deixei minha outra mão percorrer seu peito musculoso. De repente ele me virou para ficar em cima de mim, sustentando parte do seu peso com o cotovelo. Continuamos assim até ouvirmos um pigarro alto do lado de fora da porta.

- Tio Emmett! – Gritei.

- É melhor você descer, Nessie. Seu pai não agüenta mais ver isso na sua mente e na do cachorro.

Dei um suspiro alto.

- Estamos indo, tio Emmett. – Gritei para a porta. Depois me virei para Jake e sussurrei. – Vamos, Jake.

Nós dois descemos de mãos dadas e contamos nossa idéia para o resto da família.

- Quando estávamos na Península de Olympic, logo depois que eu nasci, – Tentei não ativar tanto assim a memória deles, pois ninguém na família gostava de ser lembrado do ‘incidente’ com os Volturi. – quando nossos amigos foram embora, Jake me contou que uma das Amazonas, Zafrina, pediu para que vocês me levassem para visitá-la. E é isso o que eu quero fazer.

- Você quer ir para o Brasil visitar Zafrina? – Confirmou minha mãe.

- Sim.

- Bom, então vamos. Quando quer partir, Nessie? – Disse minha tia Alice. Com certeza ela estava se animando com a idéia.

- Não sei, tia Alice. Quando pudermos ir, o mais rápido possível.

Depois de alguns segundos pensando, tia Alice olhou para toda a família.

- Façam as malas, vamos partir amanhã!

- Ótimo! – Respondi. Depois cheguei mais perto dela e lhe dei um abraço. – Eu te amo, Tia Alice.