Coincidências Ou Destino? escrita por Everlak


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

HEEYY!!! Cá está mais um capitulo fresquinho!! Ele é pequenino e lamento desde já por isso. Mas não se preocupem, o próximo valerá a pena, tá? Beijos fofos



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A agua fria do mar rodeava meu corpo, cada pedacinho do meu ser enquanto eu tentava voltar à tona para respirar. Eu não via Katniss em lado nenhum. Tenho um vislumbre de um tecido vermelho, dou umas braçadas contra a corrente esperançoso que tivesse encontrado ela. Mas estava errado, era apenas um pedaço de pano rasgado. Olhei em volta. Mais uma pequena evidencia de tecido mas desta vez percebo pele sendo adornada por ele. Katniss. Nado o mais depressa possível até ela. Me surpreendo ao ver que ela está quase como que boiando, de olhos abertos e respiração entrecortada. A agarro, puxando-a para mim e ela me encara em choque.

– O que está fazendo? Me larga! SOCORRO! – ela começa a gritar, o que é inútil, visto estarmos numa zona sem pessoas na redondeza.

– Cala a boca. Eu vim te ajudar, você ligou a pedir ajuda lembra? – Falei quando por fim chegamos ao areal, longe das ondas malditas.

A coloquei no chão, e reparo pela primeira vez no seu estado. Seu vestido estava aos farrapos. Com certeza aquele tipo de estrago não foi feito pelas ondas. Sua cara, que outrora deveria estar perfeitamente maquilhada, estava como um borrão. Seus olhos pareciam ter olheiras de tanto rimel e eyeliner borrado sob eles. Ela tremia, não sei se de frio ou de temor.

– V-você? – ela perguntou num sussurro.

– Meu pai, na verdade, mas meu ele me encarregou de vir resgatar você.

– De volta ao covil de lobos – Ela suspirou pesadamente.

– Ei, eu sei que pensa que somos uns monstros e realmente o que fizeram… fizemos com você foi desumano. Mas nós só víamos sede de vingança. E acredite, nós não somos os maus da fita aqui. Seu pai não é quem você pensa.

Ela ficou a olhar para mim, em pé na minha frente como se estivesse tentando decidir se acreditava na minha palavra ou não. A morena desviou o olhar para uma rocha atras de mim e vi seu rosto tomar uma feição de dor. Era também doloroso ver uma garota assim na nossa frente. Finalmente Katniss olhou para mim com os olhos marejados e explodiu num pranto caindo de joelhos no chão e enterrando as mãos na areia. A tirei do chão a apoiando contra meu peito e acariciando seus cabelos e comecei a andar devagar para o carro.

Agarrei nos meus ténis, vesti meu casaco em Katniss, tapando a imensa pele da morena que estava descoberta. Eu queria saber o que tinha acontecido com ela mas agora não era o momento. Quando chegamos ao carro retirei uma cobertor da bagageira e enrosquei na pequena garota que ainda soluçava ainda que apenas levemente. Ela se caminhou para o lugar de pendura ainda que eu achasse melhor ela ir no banco de trás. Não queria discutir com ela visto estar num momento tão frágil.

Liguei o carro e dirigi de volta com a garota. Olhei para ela de canto e senti dó. Em poucos dias sua vida havia virado do avesso. Roubaram sua própria vida e os culpados havíamos sido nós. Mas no final, ela fora mais uma vitima de Snow. Como ele poderia tentar matar sua filha? Sem mencionar o que quer que ele havia feito agora para deixar ela desse jeito. A menina ao meu lado foi tomada pela sonolência e aos poucos adormeceu. Sua cabeça balançava de um lado para o outro sem um ponto seguro e acabou caindo no meu ombro. Mesmo eu estando conduzindo isso não me incomodou. Acreditem, já havia coisas mais complicadas e arriscadas. Ela era tão leve que mal dava para notar que estava tombada sobre o meu corpo. Ela se enroscou mais no cobertor e se encostou ainda mais a mim. Pelo menos ela estava a descansar e confortável. O pior foi quando chegámos à mansão. Eu não sabia como sair do carro sem a acordar. Seus olhos fechados estavam vermelhos e inchados, seus lábios cortados e mordidos, seu cabelo uma bagunça. Acabei por me retirar lentamente e pousei a cabeça dela no banco. Isso não a fez despertar. Rodeei o carro e abri a porta do lado dela a retirando. A levei no colo para dentro. Encontrei meu pai na entrada.

– Como ela está? – Meu pai questionou enrugando a testa preocupado.

– Desolada, quebrada em pedaços, mas nenhum ferimento, alguns arranhões apenas. – declarei – Em relação ao que aconteceu, ainda é uma incógnita. Ela não estava em condições para explicações.

– Entendo… - Meu pai falou acariciando a bochecha da morena. – Leve-a para o quarto mais confortável que tiver. Essa menina já passou por mais do que deveria passar.

* * *

Bati à porta umas vezes mas não obtive resposta. Entrei mesmo assim e ela dormia de barriga para baixo, com o cabelo coberto pelo seu sedoso cabelo loiro. Retirei as sapatilhas e me deitei ao seu lado com cuidado e suspirei.

– Missão difícil? – Glimmer murmurou por entre os cabelos.

– Intensa – Foi o que respondi apenas. Ela ergueu a cabeça arrumando os cabelos e me encarou.

– Eu imagino amor. Vem cá! – Ela agarrou a minha nuca e me puxou para um beijo. Confesso que esses beijos dela me faziam esquecer até meu próprio nome. Sem interromper o beijo a puxei para cima de mim. Adorava quando ela assumia o controle, o que era, uns 95% das vezes. Ela interrompeu o beijo ofegante mas com um sorriso malicioso. Começou a abrir os botões da minha camisa bem devagar, me torturando. Passou a observar meu abdómen como se de uma pintura se tratasse. Seus olhos brilhavam de ansia. Ela subiu em mim para me beijar novamente. Minhas mãos passeavam pelas suas coxas desnudas pela camisola preta de seda que ela estava usando. Com um toque delicado subia minhas mãos das suas coxas para sua cintura, empurrando o tecido junto com elas. Fui subindo o tecido até não estar mais no corpo dela. Ela arranhou dolorosamente meu peitoral me fazendo arregalar os olhos, ainda que estivesse habituado pela imprevisibilidade dela. Isso fez algum sentido? É, provavelmente não.

Ouço meu celular tocar mas o ignoro. Glimmer olha para mim em aprovação. Puxo sua cintura mais para mim e ela rebola me deixando completamente louco. Um outro toque de celular. O de Glimmer. Ela tampouco dá menção de o atender. Por um momento o silêncio volta a reinar, como eu disse, por um momento. No momento seguinte ambos os celulares combinam e tocam juntos numa tortura sonora.

– AAARRGGHHH- Glimmer esbraceja irritada e se inclina por meu corpo tentando pegar o aparelho e eu retiro o meu do bolso da calça. Ambos começamos a falar para os respectivos aparelhinhos do capeta. Ela se manteve em cima de mim durante a conversa.

– Ok, estou aí num minuto. – digo sem animo. Glimmer termina também sua chamada. – É… Eu tenho de…

– É, eu também… - ela reclama saindo do meu colo e indo para o banheiro e fechando a porta com força desnecessária. Eu já falei que ela é intempestiva? Bem, ela é.

Saí do quarto colocando de volta a camisa e corri para o quarto da Katniss, que acordara. Pelo que meu pai comunicou, ela só falará alguma coisa comigo e mais ninguém. Ahh Katniss, custava muito esperar uns minutinhos?


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