Matters Of Fate And Loyalty escrita por V01D


Capítulo 2
Matter Of Fate - Part I


Notas iniciais do capítulo

E ao som de Iron Maiden, as últimas palavras desse capítulo são escritas e postadas. Peço desculpas pela demora, mas acho que todo mundo sabe ou lembra como provas acabam com a gente, e eu andei sem tempo pra nada. Eu resolvi dividir o capítulo em dois porque não queria fiar ainda outra semana sem postar. E por fim, mas definitivamente muito importante, MUITO OBRIGADA por quem leu e deixou rewiew. Realmente me motiva a escrever.

Enjoy.



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Regina moveu o pulso de leve, finalmente deixando Emma cair ao chão, quando o rosto geralmente pálido da loira estava perto de um tom nauseante de roxo. As pernas e braços geralmente ágeis da xerife não foram o bastante para sustentar seu corpo, deixando-a cair da superfície fria da parede diretamente para o chão de mármore, branco como todo o resto naquele lugar. Lutando para recuperar a respiração entre tosses e arquejos, perguntou-se mentalmente sobre a ironia de o que parecia ser um lugar de refúgio para a rainha ter o branco tão forte ali, quase como que como uma presença.

Aos poucos, a loira foi recobrando força o suficiente para primeiro ajoelhar-se ainda apoiada nas palmas das mãos e depois sentar-se contra a parede, fechando os olhos por apenas um momento e ainda tentando regularizar sua respiração. Regina brincara com ela pelo que parecia ter sido uma eternidade, mas que deveria ter sido apenas a última meia hora. A prefeita prendera-a à parede, sua magia sufocando-a até a loira quase perder os sentidos, e então Regina a deixaria respirar apenas o suficiente para que ela mantivesse-se acordada. E Emma deixara-a fazer o que quisesse com ela, simplesmente porque não importava, ela simplesmente entendia a outra mulher bem demais para privá-la até do conforto e saciação doentios que apenas uma vingança física poderia trazê-la. Ela já havia estado quase que na mesma posição de Regina por mais vezes que poderia ou gostaria de lembrar e contar. Podia sentir os olhos de Regina queimando-a enquanto a Rainha sem dúvida alguma a observava.

Segundos apenas se passaram, mas a tensão no ar, quase densa o bastante para ser tangível, fizera com que parecessem horas. Os olhos verdes finalmente se ergueram para encarar os negros mais uma vez, antes de sua dona levantar-se de chão.

-O que você quer?- O tom baixo e frio da voz de Regina fez Emma arrepiar-se. Aos poucos, a xerife entendia que a Regina que conhecera podia estar agora dando lugar à Rainha Má. E a força e o ódio naquele olhar e naquelas poucas palavras eram tão fortes que ela sentiu medo o bastante para sentir seu coração bater furiosamente em seu peito.

-Eu sei o que Snow fez, Regina, e eu sinto muito. Eu realmente... -Emma foi cortada quando as costas da mão de Regina atingiram seu rosto, e o que agora tirava-lhe o ar era a própria mão de Regina em seu pescoço. Ela podia sentir as unhas cravando a carne macia, mas ela não se moveu.

-Você não sente, Swan. Você não vai simplesmente entrar aqui e me dizer que sente muito, porque você não sente. Você não entende. Eu não preciso da sua pena, eu não preciso de nada que venha dela. -Regina rosnou tão perto do rosto de Emma que a loira podia sentir sua respiração em seu rosto. Por um segundo a xerife teve medo, quando o aperto ao redor do seu pescoço se intensificou por um momento, antes de Regina empurrá-la e virar-se, as mãos apertadas em punhos fechados ao lado do corpo como que para se impedir de atacar a loira mais uma vez.

-O que você quer, então?

-Que você saia daqui. Da minha vida, da minha cidade, da vida do meu filho. Eu quero meu filho e minha vida de volta, como eram antes de você arruiná-los. Mas eu não posso ter o que quero, posso? - Regina se voltava para a xerife, se aproximando a cada palavra, até estar perto o bastante para pousar uma mão sobre o coração acelerado de Emma. - Então eu preciso do coração de Snow. Eu preciso esmagar a felicidade dela, como ela sempre fez com a minha. E você vai me ajudar, de um jeito ou de outro, você vai me ajudar.

oOo

6 dias. Esse foi o tempo que se passou, desde que Emma saíra do túmulo da família Mills, confusa o bastante para não se importar com as marcas ou o sangue que manchavam sua blusa, ou o corte em seu lábio. O caminho de volta até onde ela havia deixado o carro de Ruby pareceu infinitamente mais longo, e mesmo quando entrou no mustang vermelho, nada das últimas horas parecia real. Se alguém perguntasse, ela não saberia dizer como chegara em casa, lembrando-se até de usar um cachecol vermelho que encontrou no banco traseiro do carro para encobrir as marcas que aos poucos ela começava a sentir. Ela ignorou os chamados de Snow, Charming e Henry quando entrou no apartamento, indo direto para seu quarto. Por enquanto, ela precisava apenas tomar um banho e dormir.

Os dias se arrastavam devagar. Rumpelstilskin sumira da cidade, e ninguém mais ouvira de Regina, embora Emma tivesse certeza de que a ex-prefeita estivesse em sua casa. E aos poucos, as palavras de Regina começavam a fazer sentido. E quando você não suportar mais, eu vou estar esperando, foi o que ela disse. Quando você não aguentar mais ver que nada do que eles fazem é realmente bom ou sem egoísmo, você vai fugir de novo, querida, porque você sempre foi livre, e essas pessoas que você nem conhece vão tentar prender você. Você pode ser tão ruim quanto eu, e você sabe que é. Eles vão querer que você seja a princesinha deles. E quando você não suportar mais, eu vou estar esperando.

E cada vez mais isso era verdade. Nem Henry, nem ninguém na cidade, preocupara-se com o fato de que Snow havia mentido, manipulado Regina para matar Cora. A justificativa era a de que ela era uma pessoa boa. Um dos mocinhos, na definição de Henry. Então quando ela levantou o assunto em uma determinada noite, o tópico obviamente não foi bem recebido. O fato de que Charming, que era praticamente um estranho para ela, agia como se Emma tivesse 5 anos e fosse uma criança mal comportada, ou de que tudo que eles foram capaz de falar sobre naquela semana era sobre como eles regeriam o reino quando voltassem, não ajudou em nada os ânimos já fora de controle. Antes que se desse conta, Emma havia agarrado seu casaco e estava andando pelas ruas escuras e frias da cidade.

Quando Regina abriu a porta da mansão, ela apenas sorriu.


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Notas finais do capítulo

Explicações e um capítulo decente na próxima atualização. E o que acharam até aqui?

Bjoos