Clarity escrita por Mafê


Capítulo 25
The Final Chapter Exposed


Notas iniciais do capítulo

Então gente, é isso. Amei escrever essa fic e espero que vocês tenham gostado. Quase chorei escrevendo esse capítulo, porque vai ser o ultimo.
Sem mais delongas,
Enjoy!



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“Oh my my, hook you with a brand new high

Don't be shy, I just wanna live tonight

Live a little F. U. N, fun”

–FUN, Pitbull

Quando pousamos no México, já quis ir correndo nadar com os golfinhos. Sim, é bem infantil da minha parte, mas veja só: agora, com dois bebês em casa eu não posso me dar ao luxo de ser infantil. Então vamos logo realizar esse sonho antes que eu me case.

Eram cinco horas da tarde. Isso que você ouviu, cinco horas. Saímos de Ibiza às seis da manhã, com um voo de mais ou menos quatro horas, o que faria com que chegássemos aqui umas dez horas da manhã, certo? Errado. Adiciona um fuso horário de umas sete horas.

Perdemos o dia e a maior parte da tarde num avião, que desperdício você diria. Mas não com a família Cahill. Não mesmo.

No avião bebemos champanhe, experimentamos de novo todas as roupas que havíamos comprado na Califórnia, jogamos verdade ou desafio e contamos novamente todas as histórias de Ibiza. Relembramos todas as musicas tocadas em volta da fogueira e tudo mais.

Fomos direto nadar com os golfinhos, e deixamos tudo no carro mesmo (para Ibiza a limusine não iria, mas para o México? Dois tempos e já tava lá). Eu devo ter nadado com uns três golfinhos, e foi tudo que eu esperava: peles pegajosas, água cristalina e maravilhosa e acima de tudo refrescante.

–Vamos, não querem perder a festa né? Sai desse golfinho Amy!

Natalie me arrastou para o carro novamente onde pegamos as nossas roupas e colocamos por cima dos biquínis que usamos na Espanha. Sério, nunca vi tanta gente com preguiça de fazer um check-in num hotel.

Quando íamos entrando no salão demos de cara com... Sim, eles mesmos.

–O que vocês estão fazendo aqui?

–Eu não estou acreditando – lamentou Nat – Daniel! Você roubou meu itinerário, não foi? AH, espera só o casamento passar e você vai ver...

–Oi pra você também, estressadinha! Olá garotas... Amy.

–Olá Daniel. Você pode me dizer o que pensa que está fazendo ao tentar estragar a minha despedida de solteira?

–Estragar? Eu? Imagina! Agora vamos vocês não vão querer perder a festa, né?

Reviramos os olhos e fomos com eles até um salão que literalmente vibrava por causa da música. Conseguia até distinguir qual era dali de fora.

–AVICII! DE NOVO! Vamos vamos vamooos!

Corri para dentro do salão e cheguei bem perto do palco, dançando como se não houvesse amanhã. Logo minhas primas chegaram e começaram a dançar também. Os meninos ficaram por ali, pulando e dançando estranhamente como os meninos fazem.

Vai entender.

O salão era bem grande, com uma espécie de camarote para o DJ, bem acima de nós, na parede. Num canto havia um bar e todo o resto era coberto por uma pista de dança transparente, mas que brilhava em cada lugar que era pressionada quando pisávamos.

Era uma daquelas que geram energia, então quanto mais a gente pisasse, mais bem estaria fazendo para o meio ambiente. Dá pra ficar melhor?

No meio de “The Nights” senti uma mão na minha cintura e uma respiração no meu cangaço e logo me assustei. Pulei pra longe e gritei (o que se iguala a falar, com aquele barulho todo):

–EU ESTOU NOIVA!

Ian riu e me puxou para perto de novo, selando nossos lábios com um beijo que seguia o ritmo da musica. Quando as coisas começaram a esquentar, o grito de Natalie nos interrompeu.

–Não, vocês NÃO vão se pegar na despedida de solteiro dos dois! Eu não acredito! Tanto trabalho para vocês arruinarem tudo! Ah mas não vão mesmo!

Nat me puxou para longe de Ian que só deu uma piscadela e disse “divirta-se”. Logo depois que disse isso me olhou alarmado como se dissesse “não tanto assim” e eu ri.

Quando me virei estava novamente dançando com as garotas ao som de FUN, do Pitbull. Rebolei e desci como se nunca mais fosse dançar na vida. E foi maravilhoso.

Percebi que já estava ficando tarde quando meu corpo começou a falhar, com um único pensamento na cabeça: CAMA. Logo dissipei esse pensamento e fui atrás de álcool. Achei uns mexicanos iguais aos de Ibiza e quase gritei de tanta felicidade. Puxei Nat e Sinead e sentamos em banquinhos num bar, com os caras de chapéus mexicanos colocando tequila em nossas bocas e balançando nossas cabeças.

Voltamos correndo para a pista de dança onde todos pulavam e curtiam a música. Quando olhei o relógio no braço de um garçom, já eram mais de três horas da manhã, e meus pés não aguentavam mais nem uma mísera descida até o chão. Chamei todos os outros, que já não conseguiam mais ficar em pé, e saímos da boate cada um carregando seu par de sapatos.

Puxei Ian para sentarmos à beira do mar e o resto fez o mesmo. Ficamos calados até o primeiro raio de sol aparecer no céu. E era isso, dia do casamento.

Meu corpo estremeceu com a ideia de tamanha responsabilidade, mas logo esse pensamento foi embora e uma felicidade imensa me preencheu. Eu vou me casar com o homem que eu amo.

–Acho que já está na hora. – disse Natalie. Não entendi muito bem, mas logo ela puxou uma sacola preta.

– Amy, Ian, isso é um jogo. Preparamos perguntas muito difíceis e algumas fáceis também sobre você e sobre o Ian. Quem responder errado... – ela tirou alguns pratos de plástico, além de várias latas de chantili. Nem precisou terminar a frase.

–Tá ok, o Ian começa respondendo – disse, como condição.

–Está bem, cunhadinha. Dan se puder ler a pergunta, por favor.

–Qual é a cor preferida de Amy?

Essa era fácil, já tinha dito um milhão de vezes.

–Perguntinha coringa essa, né? Ela não tem uma cor favorita, se pudesse escolhia o arco íris.

Ai que orgulho da minha escolha. VAI MARIDÃO!

–Mas eu queria te dar uma tortada de chantili na cara!

–Próxima pergunta – disse Nat – Com quantos anos Ian deu o primeiro beijo?

–Ah ele pega cor favorita e eu pego primeiro beijo? Muito justo isso, dona Natalie! – todos riram e disseram que eu não podia desistir então eu chutei – Doze?

E Ian mirou uma torta na minha cara. Senti o chantili no meu rosto antes mesmo dele chegar. Doce e grudento, no meu rosto todo... E no meu cabelo.

–Resposta certa: nove. – Natalie.

–Nove anos? Que menino precoce!

–O que eu poderia fazer se todas queriam o gatão aqui?

Revirei os olhos e Dan soltou a próxima pergunta.

–Qual é o parentesco de Amy e Juliet?

–Todo mundo é primo nessa família – ahá! Te peguei, errou.

Joguei uma torta cheia de chantili na cara de um Ian muito surpreso. Não tão surpreso, porque quando eu ri da cara dele, Ian veio e me tascou um beijo de chantili.

Muito bom o beijo, mas extremamente doce.

–PRÓXIMA PERGUNTA, pombinhos! – gritou Nat. – Ian é nome ou apelido?

Pergunta coringa. Eu não faço a mínima ideia.

–Nome...?

YAY! Eu acertei ufa, essa foi por pouco. Parando para pensar, eu deveria saber esse tipo de coisa do meu futuro marido.

–Agora, as perguntas legais – disse Dan com um sorrisinho. Dan com um sorrisinho nunca é bom. – Se Amy fosse escolher uma decoração para a mesa de cabeceira, o que seria?

Óbvio.

–Um livro?

–NÃO! Uma luminária! Faça-me o favor, um livro – e dei-lhe uma tortada.

–Se Ian fosse escolher um lugar no mundo para passar a lua de mel, qual seria esse lugar?

Merda.

–Inglaterra?

Torta na cara, torta na roupa, torta no cabelo. Eu tinha chantili em partes que prefiro nem comentar.

–Não, Brasil, porque é quente e... Divertido. Nossa Ian, nem parece um adulto.

–Se Amy fosse comprar...

E o jogo continuou até umas seis da manhã, quando todos nós acabamos dormindo ali na praia mesmo, enrolados uns nos outros. O placar acabou empatado pelo que me parece. Mas eu devo ter ganho, obviamente.

Abri meus olhos e fechei novamente, por causa de uma luz extremamente forte que furou meus olhos assim que os abri. Coloquei a mão na frente do rosto e então abri os olhos novamente, para encontrar todo mundo acordado e comendo.

Eu fui até o barzinho da praia e pedi um suco de laranja com waffles que sim, o cara da praia tinha na barraquinha dele. Estranho. Voltei com meu café da manhã e sentei na rodinha, onde todos comemos e brincamos até umas dez da manhã, hora agendada para o nosso voo de volta para San Diego.

Vejo dois comandantes virem correndo até nós, provavelmente para nos chamar para o voo. Quando eu vejo a cara de susto deles, até eu me assusto.

–O avião – disse um deles, que não era o nosso piloto – Foi roubado! Não está aqui e já procuramos por todo o lugar, senhor Ian! Ele sumiu!

–Como assim um avião sumiu? Sabe o tamanho daquela coisa?

–Foi durante a noite, estávamos dormindo e acordamos com o barulho da avião levantando voo. Estivemos procurando-o desde então, mas nem sinal dele.

–Calma – disse eu – o nosso ainda está aqui, não está?

–Sim senhora – respondeu o meu piloto.

–Rá! Arranjem um jeito de volta, que a gente vai de avião!

Todas nós meninas saímos correndo até o nosso avião deixando os meninos perplexos para trás. Quando alcançamos a aeronave os vimos gritando e correndo atrás de nós.

–Capitão? Finja que está dando partida. Esses meninos merecem um susto.

Ele fez que sim e sorriu, se dirigindo à cabine do capitão. Quando entramos, todos os nossos pertences que havíamos deixado no carro estavam lá e a limusine havia retornado para San Diego durante a noite.

A porta do avião foi fechada e levantamos do solo, mas só o suficiente para dar um susto. Os meninos bateram na porta do avião tão forte que eu achei até que fosse quebrar.

Mandei o capitão abrir a porta e eles entraram ofegantes com a corrida. Sentaram-se cada um do lado de uma menina e murmuraram um obrigado.

–Vocês mereceram seu lugar nesse avião, parabéns pelo folego- eu disse e explodi em risadas. Todos estavam com as caras vermelhas de sol e de correr, uma cena impagável.

Subimos voo e fizemos uma viagem tranquila até San Diego, onde pousamos e nos despedimos: Ian foi se arrumar na casa de Dan e eu fui para casa, junto com minhas primas.

Chegando a casa tudo o que eu queria era um banho, e foi isso que eu fiz. Tomei o melhor banho de banheira da minha vida e só não fiquei lá mais tempo porque estava morrendo de saudades dos meus filhos.

Saí do banheiro em um roupão e peguei os dois do berço. Tinham acabado de acordar, as coisinhas mais lindas desse mundo. Levei os dois para baixo e fomos todos almoçar, enquanto as tias babonas paparicavam meus bebês.

Como cabelo e maquiagem só chegariam por volta das cinco horas deitei no sofá da sala com as meninas (todas tomadas banho porque aquele cheiro de vodca e tequila já estava me matando) e meus filhos e todos dormimos tranquilamente.

***

Carlos (meu cabelereiro) prendeu um último pino por precaução no meu véu e eu olhei o relógio: sete e vinte. Droga, já estou atrasada.

–Vamos vamos!

Natalie gritou lá de baixo e eu desci, seguida pelas outras meninas e meus filhos nos braços de Sinead e Megan. Dei um beijo em cada um deles e entrei na limusine, junto com Natalie, que entraria comigo na Igreja.

As outras foram em um carro separado, um pouco na frente para avisar que eu estava chegando. Na limusine senti um calafrio serpentear pelo meu corpo e um pensamento: ainda dá para desistir.

Balancei a cabeça afastando o pensamento e chegamos a Igreja.

Desci do carro tremendo e as portas foram abertas enquanto a marcha nupcial tocava. Andei o corredor da igreja, vendo meus dois filhos na fileira da frente e tive certeza: é isso que eu quero.

Cheguei ao altar e fiquei de frente com Ian, enquanto o padre falava. Ele deu um sorriso do tamanho do mundo e eu respondi com um igualmente grande.

–Afinal, o que vocês fizeram na sua despedida de solteiro? – perguntei.

–Ah – ele respondeu – Isso é segredo.

E então era isso. Aqui vamos nós, vida de casada.


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Notas finais do capítulo

xoxo,
Gossip Girl
(ou Mafê, mas GG é mais estilo)



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