Naruto e Konohamaru haviam se juntado aos ciganos. Pouco depois, estes fizeram de Naruto seu líder por conta da sua bondade e ternos cuidados. Mais ele nem imaginavam que ele era o rei de Konoha. Isso somente foi descoberto no momento em que finalmente conseguimos reunir minha família de uma vez por todas.

O homem que tinha certo receio evidente e lutou contra Konohamaru chamava-se Ítalo. Ele era o antigo líder dos ciganos e só abriu mão disso por notar a habilidade de comunicação, liderança e bondade que Naruto dispensava a todos. Mais em momento algum ele demonstrou que gostava de Konohamaru. Eles pareciam inimigos mortais pelo modo como se olhavam.

- Onde você esteve todo esse tempo? Tem idéia do quanto eu tive que aturar os choramingo da Sakura? _ Reclamou Ino.

- Não se preocupe você não foi à única que ouviu choramingo. _ Reclamou também Konohamaru.

- Afinal de contas, onde vocês dois estavam?_ Pergunta Neji impaciente.

- Longa historia! E acredito que ninguém vai querer ouvir. _ Konohamaru falava sem graça. Isso aguçou minha curiosidade.

- Fiquei quase três anos sem meu marido. E o mesmo tempo sem meu cunhado querido. Acha mesmo que não vou querer saber o que aconteceu?

- Ele só esta com um pouco de receio de contar. Mais não faz mal! Eu mesmo conto. Não tenho vergonha de dizer que fui salvo por meu irmão mais novo. _ Disse Naruto me abraçando. Posso dizer com toda certeza que depois do nosso beijo seguido do Abrão em família Naruto parecia uma criança com um brinquedo novo. Era certo que ele estava exausto assim como todos. Mais estávamos animados demais para dormir. Naruto mantinha-me no colo dele e Yoichi e Arashi no meu colo e abraçava a nos três. As crianças nem se mexiam. Eu, claro estava amando aquilo.

- Konohamaru te salvou? _ Perguntou Moegi surpresa.

- Naruto é exagerado. Vai ver ele só diz isso por que Konohamaru lhe deu um copo de água. _ Ironizou Ino.

Ítalo se afastou. Parecia que já conhecia a historia e cor e não precisava ouvi-la de novo. Konohamaru corou e tentou levantar-se mais Moegi o prendeu pelo braço enquanto os demais de nós faziam um circulo ao redor de Naruto. Sentei-me ao lado de Naruto apesar da insistência pra que eu e as crianças ficássemos em seu colo. Yoichi ficou no meu colo e Arashi pulou para o do pai.

- Não exagero! Konohamaru mostro-se mais forte e valente do que eu ou qualquer outro de Konoha poderia imaginar. Se não fosse por ele com certeza eu jamais poderia conhecer meus filhos ou ver novamente o olhar que tanto amo. – Ele disse segurando minha mão. Senti que assim como eu, ele precisava sentir nossa aproximação.

Conforme narrado por Naruto.

Flash back on:

- Aproveite enquanto pode pirralho. _ Ele se abaixou e disse próximo de meu ouvido. – Tenho um recadinho pra você. Sasuke mandou te dizer que não se preocupe com sua morte, por que ele promete cuidar de sua mulher e ser mais homem do que você jamais seria.

Meu sangue ferveu na veia. Tudo o que eu menos esperava estava acontecendo. Sasuke me traia mais uma vez. Sabia de meu amor por Sakura e mais uma vez, apesar da misericórdia que lhe demonstrei, ele mostrou-se indigno dela.

- Maldito! _ Gritei . Meus homens se aproximaram e me seguraram. Ele me deu um soco no estomago. Pude notar a decepção no olhar dele por parecer que sua mão doeu mais d que o soco que ele me deu. Nada doía mais do que saber que Sakura pudesse estar em perigo nas mãos de Sasuke.

- Não é o trabalho de um servo cuidar bem do seu amo e de todos que o pertencem? É exatamente isso o que vai acontecer com Sasuke e sua amada esposa. Tirem-no da minha frente. Levem ele para o calabouço da floresta.

- Mais senhor não será melhor levá-lo junto com os outros prisioneiros? _ Perguntou um soldado.

- Quer que os soldados de Konoha planejem um resgate e consigam? Não! Ele não deve permanecer com os outros e ninguém deve dizer nada de onde ele está e que um surdo cuide dele. Eu quero ter o prazer..._Ele olho em meus olhos e pude ver o ódio neles existentes.  – De acabar com ele pessoalmente.

- Sim senhor! _ Disseram os soldados e me levaram.

Colocaram-me dentro de uma carroça. Além da dor que eu senti por conta da maldita espada que quase me traspassou, ainda tinha o desespero por pensar no que Sasuke tramava. Eu não poderia estar ali. Atirei-me contra a grade de madeira que me prendia em vão. Nada acontecia além das feridas que eu criava em mim mesmo. Tamanha foi à força com que me atirei contra elas da ultima vez que perdi os sentidos. Não sei quanto tempo isso durou mais quando acordei, estava dentro de uma minúscula cela de cerca de um metro e meio de altura e dois de largura. Minha ferida sangrava e a dor tornava-se cada vez mais insuportável. Foi então que um rapaz apareceu e me deu um pano limpo úmido. Apontou para minha ferida e eu o pus nela. O ardor que este me causou me fez gemer.

- Não seja fraco! O que os seus súditos pensariam disso? Quanto a mim não se preocupe. Não direi uma única palavra desse ocorrido.

- Konohamaru o que faz aqui? Deveria estar no castelo junto com Sakura e Moegi. Preciso que volte e diga a Shikamaru e Sakura que...

- Sem você? Nem em sonho! Não cheguei ate aqui pra te deixar morrer. Aquele homem que lidera os soldados da Akatsuki é o tal do Miseru não é?

- Isso não importa!

- Importa sim! Ouça me...

- Não! Ouça-me você! Sakura esta em perigo e você também. Deve voltar imediatamente para Konoha e cuidar de Sakura impedindo que Sasuke se aproxime dela.

- Sasuke não é o perigo. Orotimaru é! Foi ele quem contou ao Miseru que você estava no povoado. Acreditava que sua imprudência o tinha denunciado mais na verdade tudo não passou de um plano para tirar-lhe o reino. Sasuke não passa de uma marionete nas mãos dele.

- Não passava você quer dizer. Agora Sasuke age por si só. Necessito que volte para o reino. Se te descobrirem aqui...

- Não vão! Acreditam que sou mudo por isso me mandaram cuidar de você. Mais se eu permanecer aqui, não só poderei salva-lo na primeira oportunidade como também poderia saber os planos da Akatsuki.

- É perigoso demais.

- Não me importa! Não vou deixá-lo para morrer as mãos de Miseru. Tenho que ir ou minha demora poderia levantar suspeitas. Vejo-te depois.

Konohamaru partiu e isso me deixou ainda mais aflito. Como se já não basta-se minhas preocupações, ele tinha que me acrescentar mais uma. Sabia que sua teimosia não o permitiria partir. Essa era com certeza a pior parte que ele tinha aprendido comigo.

Dias depois, quando eu já me sentia mais disposto, Miseru surgiu. Ele com aquele sorriso sarcástico odioso mandou que me arrancasse de dentro de minha cela. Konohamaru atrás dele ficou observando tudo e eu temia que ele agisse de forma precipitada.

- Então principezinho, gostou de seus aposentos?

- Te convidaria para um café mais não tenho fogão ou onde ferver a água. _ Ironizei.

- Olhem bem para a desgraça em pessoa! _ Ele apontou para mim. Vi o rosto de Konohamaru parecer pegar fogo. – Está no fundo do poço e ainda assim pensa ter poder para sobreviver ou mesmo ter a ousadia de ir de mim. Mais isso vai acabar. _ Ele me deu um chute no estomago. Perdi o fôlego mas ainda pude vê Konohamaru se segurando para não revidar por mim.

- Por que não me mata de uma vez por todas? É esse o seu desejo não? Realize-o! Ou depois poderá ser tarde demais.

- O rei de Konoha é tão fraco a ponto de pedir tão rápido a própria morte? Sempre soube que sua pouse de força cairia diante de mim. Mais é tarde demais para isso. Não poderei ter piedade de ti ou de nenhum de seus homens. Sem contar que quero dar-lhe a noticia do matrimonio d Sasuke com seu tão adorada Sakura antes de sua morte. Ou quem sabe ate mesmo dar-te os parabéns pelos filhos que não são teus.

Perdi a cabeça e fui em cima dele. Konohamaru me segurou antes que eu o atacasse. Miseru aproveitou-se e me deu outro soco só que dessa vez na face.

- Vai presenciar a perda de tudo o que mais ama assim como fez comigo. Devolva-o a cela. _ Konohamaru ficou parado me segurando enquanto o olhava com ódio. – Maldito criado surdo mudo. Alguém coloque esse maldito em uma cela e de uma lição nesse criado para que aprenda a não me olhar mais assim.

Tentei me desvencilhar dos soldados que me colocaram de volta a cela mais foi em vão. Temi por Konohamaru já que o levaram depressa.

- Ele evitou que você fosse machucado. Por que castigá-lo agora?

- Ele me desafiou com os olhos. Assim como você esta fazendo agora. Não permitirei que ninguém, muito menos um criado mudo, se ache melhor do que eu.

Miseru se retirou e eu fiquei impaciente. Konohamaru somente apareceu horas depois com uma sopa rala.

- Perdão Naruto! Não queria que ele te machucasse. O segurei para que você não piorasse a situação e só acabei piorando tudo.

- O que eles fizeram com você?

- Sabe, às vezes é bem difícil se fingir de surdo e mudo. Quando todos contam uma piada, por exemplo, você tem que se conter para rir mais tarde e longe de todos. Mais tem suas vantagens! Uma delas é que todos têm pena de você. Assim eles apenas me esconderam das vistas de Miseru enquanto ele estava por perto.

- Konohamaru, por favor, fuja enquanto ainda dá tempo.

- Não precisa temer por Sakura. Ele sabe se cuidar muito bem e tenho certeza de que tudo o que Miseru diz é simplesmente com o objetivo de lhe atacar. Sakura o ama! Fazem apenas quase um mês que estamos aqui e eu tenho certeza de que ela ainda chora sua falta.

- Não digo somente pela Sakura. Digo pelo reino e por Moegi. Acha que ela também não sente por você?

- Não poderei olhá-la nos olhos nem nos da Sakura se não cumprir minha promessa de te levar de volta a salvo. Jamais me perdoaria se te deixa-se aqui.

- Não pense dessa forma! Minha salvação está no bem estar de Sakura. Então, por favor, volte e lhe avise do perigo que corre.

- Não existe perigo decorrente por que ela te ama.  Confie nela! E pare de pedir o que não posso fazer.

- Você pode fazer isso Konohamaru.

- Você me abandonaria nas mãos de meus inimigos? Ainda que sim, o que acredito que jamais aconteceria, tal ação seria de algum modo motivo para orgulho ou para desonra? Não digo isso os olhos dos outros por que ninguém mais importa. Digo isso aos seus próprios olhos. Por favor, não me peça o que sabe que eu jamais poderei fazer.

Ao dizer isso, Konohamaru se retirou. Não pude mais argumentar com ele. Somente agradecer por sua coragem e ajuda.

Os meses passaram-se devagar demais para que eu possa citar ou comparam a algo. Quando dei-me conta, já havia passado nove meses desde que fui capturado. Konohamaru estava todos os dias ao meu lado e ficava cada dia mais nervoso com Miseru devido suas “lições diárias” Como ele chamava meus castigos.

Mais recordo-me de um dos dias em especial que me marcou bastante.

- Naruto, acha que um dia poderemos voltar para casa?

- Eu não Konohamaru. Somente desejo que você volte e seja feliz.

- Sabe que não vou sair daqui sem você.

- Infelizmente o sei. A teimosia é um dos fatores mais importantes para pertencer a essa família.

 - Por conta disso que Sakura e Moegi se encaixam tão perfeitamente nela. Jamais conheci mulheres de tamanha teimosia ou força como elas.

- Você ainda vai se surpreender muito com elas. Não as conhece como eu.

- Ainda que as conheça mais, não creio que isso seja um impedimento para que elas o surpreendam.

- Não sei se terei tal sorte. Não tenho certeza do meu futuro ou se pelo menos poderei novamente ver os olhos que tanto almejo.

- Verá estes olhos Naruto. Os verá prometo-lhe. Cumprirei isso mesmo que para que tal cumprimento aconteça eu realmente tenha que fica surdo e mudo para sempre.

Mais um ano e meio se passou dentro daquela cela que me aprisionava dentro de mim mesmo ate que eu tivesse noticias que me doeram mais do que qualquer outra coisa.

- Vamos comemorar! _ Chegou Miseru gritando feliz. - O pirralho finalmente conseguiu o que tanto almejou! Agora neste exato momento, ele está no castelo com sua esposa e filhos. Demorou muito mais agora tenho a certeza. _ Os soldados me tiraram de dentro da cela e Miseru me olhou sorrindo enquanto dizia as palavras de modo alegre. – Sasuke está como a rainha e os filhos deles no castelo.

Tanto eu como Konohamaru ficamos estáticos. Miseru fez questão de comemorar as novas com duzentas chicotadas. Eu não podia acreditar ou conter-me dentro de mim. Pela primeira vez durante todo o tempo que estive preso, eu chorei.

A noite, como fazia sempre, Konohamaru veio a cela e sentou-se com as costas encostadas na grade virado de costas para mim. Eu também me recostei de costas para ele.

- Como estão suas costas?

- Quando se leva tantas chicotadas como eu tenho recebido durante todo esse tempo, chega um momento que a pele caleja e não se sente mais nada.

- Não acreditou no que ele disse não é?

- Temo que seja verdade!

- Não pode acreditar. Ele somente quer te atingir! Sakura jamais seria capaz de fazer tamanha maldade. Ela te ama.

- Ela nunca me disse isso! Você não sabe de minha vida intima com Sakura.

- Sei que ela se entregou a você. Ela não é tão sínica a ponto de fazer isso contra sua própria vontade e bom senso sendo que você mesmo a disse que não deveria fazer. _ Olhei-o incrédulo. – Sim eu sei mais de sua vida intima do que deveria. Eu amo você e a Sakura. Sempre quis entender vocês dois e não descansei ate saber do que acontecia entre vocês.

- Não devia ficar vigiando a vida dos outros assim.

- Não me orgulho disso. Mais também não me envergonho. Sei que Sakura o ama e não desisto de dizer que Miseru o quis atingir. Ele só quer ver sofrer.

- Sei disso! Começo a achar que a única solução para tudo isso é a minha morte.

- Nem pense nisso! _ Konohamaru virou-se rápido e me cutucou. Virei e o vi com um olhar furioso. – Se algo te acontecer, juro que te mato.

- Como seu eu já estarei morto? _ Perguntei divertindo-me com as palavras dele.

- O seguirei e farei minhas palavras se cumprirem. _ Arregalei os olhos.

- Não se brinca com a morte Konohamaru.

- Então se cale e não diga mais bobagens.

Konohamaru nunca poderia imaginar o peso que aquelas palavras tiveram sobre mim. Sempre que eu pensei em desistir, lembrei-me disso e decidi seguir em frente.

Um mês depois, durante uma bebedeira, Miseru veio sozinho a minha cela. Ele me puxou e me arrastou ate uma parte mais distante da floresta. Eu estava fraco devido às sopas ralas que me eram servidas.

- Não existem mais motivos para sua existência. Sua via tornou-se inútil. Sua amada esposa agora esta nas mãos de Sasuke e já tem ate mesmo filhos com ele. Sua dor já é igual a minha e nada mais pode lhe dar felicidade. Minha vingança está cumprida. Agora devera morrer como eu sempre desejei que ocorresse: As minhas mãos

Ele apontou uma espada para mim. Ele a ergueu e eu fiquei o observando desferir seu ultimo golpe contra mim. Foi então que eu ouvi um forte som de algo batendo. Miseru caiu ferido ao meu lado e vi Konohamaru com uma pá em mãos.

- Vamos! Logo os outros virão procurar por ele. _ Disse ele apoiando meus braços em seus ombros.

Flash back Off:

- Andamos por horas a fio. Por varias vezes, sentimos os soldados da Akatsuki atrás de nós. Mais Konohamaru era mais rápido e espeto do que eu pensava. Ele sempre encontrava um jeito de fugir.

Dias depois nos encontramos com os ciganos que nos acolheram após contarmos parte de nossa história. Foi através deles que soubemos dos últimos acontecimentos de Konoha e que Sasuke estava de volta ao castelo agora como um general. Dias depois soubemos do anuncio do noivado. Ítalo disse que deveríamos vingar de nossa rainha por ter feito tal maldade com seu marido que com certeza deveria estar se revirando no caixão.

- Perdão Naruto! Eu jamais pensei em te trair ou te fazer sofrer assim. Somente aceitei o noivado por que me ameaçaram tirar Yoichi de mim se eu não concordasse com o noivado.  Disseram que você estava morto e encontraram seu anel junto a um corpo. _ Eu disse soluçando.

- Tiraram tudo o que pertencia a ele logo que o capturaram. _ Disse Konohamaru.

- Perdão Naruto!

- Tudo bem Sakura. Eu também tive culpa. _ Ele me abraçou. – Deveria ter confiado em você como Konohamaru me disse.

- Você foi muito corajoso Konohamaru. _ Disse Moegi.

- Não fui nada. Mais quer saber. _ Ele olhou para nós e sorriu. – Valeu a pena tudo o que fiz.