back to the past escrita por mareana


Capítulo 9
Fallen


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM ATRASOU DE NOVO, EU! RSRSRSRSDesculpem, de verdade. Minha vida está uma bagunça! Tenho a feira daqui 2 semanas, tenho provas na próxima semana e HOH SAI TERÇA, MINHA GENTE! Além das provas/feira, me bateu preguiça (rsrsrs) e eu tava terminando de ler GoT (e caso alguém queria me dar A Fúria dos Reis, tô aceitando!)OBRIGADO AOS 60 LEITORES E AOS REVIEWS DO ÚLTIMO CAP! AMO VOCÊS ♥Fiquem com o capítuloooo ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409077/chapter/9

Annabeth POV

Meu pai está morto.

Morto.

Uma semana atrás ele estava aqui. Rindo, trabalhando, enchendo a mim e minha mãe de carinho.

E agora está coberto por um lona preta, deitado no meio da rua, em um sono profundo. Morto.

Não lembro de como fui parar no meu quarto, só alguns flashes. Minha mãe e eu sentadas no sofá, abraçadas, enquanto eu chorava feito uma criança e ela murmurava algumas palavras que eu não conseguia entender. Depois de um tempo, uma amiga dela chegou e Max também. Ele me levou para o quarto e deixou que eu ficasse abraçada nele. Thalia e Percy chegaram um pouco depois e ficaram quietos, enquanto Max tentava me fazer dormir.

Acordei e encontrei o quarto vazio. Quer dizer, até eu levantar e encontrar Thalia deitada num colchonete ao lado da minha cama. Resolvi deixá-la dormindo e fui tomar um banho.

Entrei no banheiro e me despi. Fiquei encarando meu reflexo no espelho por um tempo e vi que meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Mordi os lábios e balancei a cabeça, entrando na banheira, já que descartei o chuveiro. Assim que a água começou a escorrer pela torneira, enquanto a banheira enchia, o choro voltou.

Devo ter ficado um bom tempo ali, pois Thalia apareceu no banheiro e me puxou para fora do banheiro, me cobrindo com um roupão felpudo e levando-me para fora do banheiro.

– Não precisa fazer nada hoje, tudo bem? - ela disse numa voz calma - Hoje você não vai pra aula e eu vou ficar aqui com você - ela me sentou na penteadeira - Pode ficar tranquila que eu mesma te arrumo.

Não respondi. Fiquei em silêncio enquanto ela penteava os meus cabelos até ficarem macios. Ela me vestiu com uma blusa azul e um short jeans. Depois foi tomar banho.

– O-O que f-fizeram c-com o corpo... - fechei os olhos - dele?

Thalia mordeu os lábios e vestiu o moletom preto.

– Quando você adormeceu, Max e eu descemos e fomos ver como estavam as coisas - ela disse - Os peritos estavam examinando a cena do crime e procuravam vestígios que o assaltante possa ter deixado.

– Mas e o corpo? - perguntei com a voz trêmula.

– Foi levado pra autopsia - ela respondeu rápido e se sentou ao meu lado - Meu pai disse que o corpo deve ser liberado amanhã para o enterro.

Assenti e me levantei. Fui em direção a minha mesinha de cabeceira e abri a gaveta que tinha nela. Lá dentro estavam alguns papéis importantes e no meio deles, uma caixinha preta. Levei-a até a cama e me sentei, colocando ela entre mim e Thalia.

– O que é isso? - ela perguntou.

Abri a caixinha e dentro havia uma pulseira prata, com um pequeno pingente de coruja pendurado. Nos olhos dela, haviam duas pedrinhas verdes, as quais o meu pai me ensinou a identificar: Esmeraldas.

– Meus pais me deram essa pulseira quando eu fiz dez anos - expliquei - Eles disseram que ela é importante e que deve ser usada em momentos importantes. E acho que, a morte do meu pai, é um momento importante - passei a pulseira pelo meu pulso - Não importante de feliz, mas importante, por ficar marcado pra sempre na minha memória. E acho que agora eu devo usá-la sempre, já que ela me lembra dele. É um pedaço do meu pai que vai estar sempre comigo.

Thalia me olhou com os olhos cheios de lágrimas e eu a abracei. Não chorei. Apenas fiquei abraçada a minha melhor amiga, enquanto pensava em meu pai.

* * *

Percy POV

– Quando você terminar a entrevista, você pode voltar lá - Apolo reclamou - Agora vê se melhora essa cara, parece que comeu algo estragado - e saiu do camarim.

Suspirei e deixei que a maquiadora passasse mais pó no meu rosto.

Eu estava em um estúdio de TV, me preparando para dar a minha primeira entrevista em semanas. Durante o tempo em que Apolo ficou cuidando da papelada para eu entrar pra Goodie, tive duas semanas de férias em uma praia particular. Foram as semanas mais tranquilas da minha vida.

Apesar de estar ali, minha mente estava focada em Annabeth e a morte de Frederick. Fiquei na casa dela até ás 3h da manhã, quando ela acabou adormecendo no colo de Max.

Thalia, ele e eu conversamos normalmente. Ele parece ser um cara legal e parece gostar de Annabeth. Fiquei feliz por isso e um pouco incomodado por vê-los abraçados daquele jeito, mas resolvi deixar isso pra lá.

– Cinco minutos, Percy - Apolo disse e fechou a porta do camarim.

A maquiadora já havia saído e como não tinha outra opção, fiquei sentado esperando os cinco minutos, já que Apolo me tomou o celular.

– Por favor, siga-me, sr. Jackson - chamou uma mulher com um headset e uma prancheta nas mãos - Vou levá-lo até o cenário.

Levantei, dei uma última olhada no espelho (homens também podem ser vaidosos) e a segui. Andamos por vários corredores e várias pessoas me deram bom dia, me ofereceram bolinhos, apertaram minhas mãos e até me pediram fotos e autógrafos. Prometi que falaria com todos quando a entrevista acabasse. Ou tentaria.

– Quando o senhor Hefesto te chamar, você entra - ela conferiu meu microfone - Com licença - e saiu.

O programa que vou participar é o TV Hefesto, um programa conhecido em todo o mundo e comandando pelo meu tio, Hefesto. Na verdade somos primos, mas ele é bem mais velho que eu, então o considero como um tio. No início da carreira ele me ajudou bastante e sempre participou das coisas que faço.

– E hoje... - ouvi a voz dele vindo do estúdio - Temos um convidado mais que especial! Pela terceira vez, ou quinta, não sei - ele riu - Seja bem-vindo, Percy! - e eu entrei.

– Como vai, cara? - perguntei e ele riu.

– Estou bem cara! - ele disse e me sentei - Bom, Percy, ontem saíram algumas notícias sobre o término do seu namoro com a modelo Calypso... O que houve?

– Ela me traiu - respondi sem hesitar - Com certeza tem algum vídeo por aí. Tinha bastante gente lá.

Ele assentiu e balançou as mãos.

– Mas e as aulas? - ele perguntou - Vazaram informações de que você cancelou aqueles shows todos porque supostamente você decidiu fazer o último ano numa escola normal...

– Ah, - eu sorri - isso é verdade. Eu decidi que queria fazer meu último ano numa escola normal, ter um baile de formatura... - ergui uma sobrancelha - Isso ficou meio gay. Mas enfim, sim, eu cancelei todos aqueles shows pra poder voltar aos estudos normais.

– Mas o nome da escola é segredo, certo?

– Sim - respondi - Pra ser sincero, eu não sei como eles fizeram pra fazer com que mil pessoas não dissessem nada sobre isso. É tipo mágica.

Ele deu uma gargalhada divertida e eu dei um sorriso de canto.

– E nessa escola nova... - ele abaixou a voz - Alguma garota em especial?

Automaticamente corei. Espero que eu não esteja tão vermelho.

– Não - respondi e ele riu mais ainda.

– Sei - ele disse.

* * *

Annabeth POV

– Você tem certeza que está tudo bem? - Thalia perguntou, enquanto eu colocava um óculos escuro.

– Tenho - respondi com firmeza - Meu pai está morto e o culpado está solto por aí. Enquanto esse cara não estiver dentro de uma cela podre e fodida, eu vou continuar vivendo pelo meu pai.

Eu havia acabado de tomar essa decisão. Decidi que eu tenho que me esforçar para ajudar minha mãe e tentar descobrir algo sobre o assassino do meu pai.

– E o que você pretende fazer, Sherlock? - ela perguntou erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços - Esse cara queria alguma coisa da casa e graças ao seu pai ele não conseguiu. Se nem os policiais encontraram alguma coisa, quem te garante que nós conseguimos?

– Depois eu resolvo isso, Thals - respondi, suspirando - Agora eu vou naquele mercado, vou comprar alguma coisa e vou fazer um grande café da manhã pra minha mãe - mordi o lábio inferior tentando segurar o choro - Nós vamos passar por isso juntas - e não consegui manter a voz firme.

Balancei a cabeça e abracei Thalia. Ela não entendeu muita coisa, mas retribuiu o abraço.

– Eu estou bem - respondi e sorri para ela.

Fomos até a porta, e descemos as escadas em direção a sala de estar. Perséfone, mulher de Hades, um dos sócios do meu pai, estava sentada com minha mãe e as duas estavam conversando.

As duas olharam para mim e Thalia, nos convidando para sentar. Recusei.

– Vou até o mercado e vou comprar algumas coisas para o nosso café, ok mãe? - eu disse e lhe dei um beijo na testa - Eu amo você - sussurrei e ela soluçou - Não chora. Ele não iria gostar de nos ver assim.

Ela assentiu e eu a soltei, indo em direção a porta e Thalia me seguindo.

– Voltamos daqui a pouco! - gritei - Até depois!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

BEIJOOOOOOOOOOOOS ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "back to the past" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.