Entre Nós Dois escrita por sta_gaby


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Qualquer dúvida, só comentar que eu falo. Boa leitura.



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POV Leah...

    O avião acabara de desembarcar no aeropoto de Port Angeles. É, vai ser um desafio e tanto. Olhei no meu relógio de pulso e marcava apenas 9h30 da manhã. A ansiedade chegando e a saudade sambando dentro do meu peito. Já faz mais de 3 anos que não venho aqui visitar a família, eu acho! Ah, não tenho certeza. Esqueci de salvar na minha agenda (que é rosa!) e registrar essa informação. Brincadeira, não sou tão burrinha assim. Na verdade, sou ótima em gravar datas...Em outras coisas também. Ri comigo mesma fazendo com que os passageiros a minha volta, olhassem para mim com aquele cara de "Maluca!" ou qualquer coisa mas não me importei.
    Olhei pela janela do avião e um sol brilhava no céu. Percebi que o avião já estava finalizando o pouso. Vendo uma grande parte da cidade, lembrei da última vez que vi minha família, foi antes de viajar para o curso de circo que foi num lugar perfeito, Europa. Apesar de ter ido com apenas 15 anos e sem a permissão de minha querida mãe, não podia abrir mão de meu sonho, de algo que eu tanto amo. Além da ótima oportunidade que recebi com a ajuda do meu tão amado padrinho, Billy Black.

- Caro passageiros, devo lhes informar que chegamos ao destino da viagem. As aeromoças vão lhes mostrar a saída.- Ouvi o piloto avisando.

    Levantei da minha cadeira e peguei a minha bolsa. Saí do avião e fui pegar minha pequena quantidade de malas. Deveriam estar muito pesadas e isso seria um grande esforço para mim. Carregar malas pesadas depois de uma longa viagem, não é para mim.
    Olhei ao redor, procurando um bom homem (e forte de preferência) que pudesse ajudar uma pobre garota como eu. Tinha muitos homens e garotos andando pela central do aeroporto mas o que me chamou a atenção foi um loiro.

- Olá, caro senhor.- Falei me aproximando dele.
- O...Oi.- Ele parecia meio confuso.
- Poderia me ajudar com umas malas. Estão tão pesadas e eu preciso tanto de uma ajudinha para chegar pelo menos, na saída do aeroporto.- Fiz a minha melhor cara de coitada, e funcionou.

    Fui até minhas malas o conduzindo e assim que chegamos lá, pude ver sua expressão de espanto. Ah, nem são tantas malas. Olhei para ele, sorrindo. Um sorriso e um beijo no rosto (sim, sou cruel!) foram tudo para convecê-lo. Depois dele ter arranjado um carrinho para colocar as malas que pelo que ele demostrava, estavam pesadas, fomos andando até a porta de desembarque do aeroporto. Chegando lá, avistei um garoto forte. Pele moreninha, não tão escura e nem tão clara. Aquele cabelo que eu amava quando estava perto pra deixa todo bagunçado. Com aquela cara de malvado que era só fingimento encostado no seu carro, um Porsche Preto. Bem básico. Mas eu não estava reparando tanto no carro, não muito e sim nele, Ethan Houston. O meu namorado.

Ethan Houston: http://images.fanpop.com/images/image_uploads/The-Gorgeous-Jensen-Ackles-jensen-ackles-40869_600_900.jpg
Carro: http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/25/9909Boxster.jpg



    Tentei disfarçar ao máximo até o loirinho largar as minhas malas. Quando o mocinho parou o carrinho perto de mim o agradeci.

- Mas é só isso? Só um muito obrigada?- Ele falou frustado.

    Nossa, parecia tão gentil. Esses rapazes de hoje em dia.

- Desculpe-me mas em momento algum eu disse o que era.- Falei tranquila.

    Sinto muito se ele julgou ser outra coisa. O agradeci novamente para depois, correr para os braços de quem merece algo de mim.

- Amor, senti sua falta.- E como senti.

    Dei um longo beijo nele mas fui afastada pelo mesmo. Estranhei o modo como ele estava me tratando mas não me importei.

- Também senti sua falta, Alexia.- Ele falou...O que? Alexia?
- Quem é Alexia?- Perguntei confusa, sem entender nada.

    Ele não podia estar me traindo mas se estivesse, seria bem óbvio devido a minha ausência neste namoro.

- Er, apenas uma amiga. Desculpe.- Ele falou rápido demais tentando se concertar.

    Cheguei agora, não queria problemas então não dei a mínima.

- Ok, vamos logo que tenho muitas novidades para te contar e também, para meu pai.- Falei para ele, percebendo sua expressão tranquila passar para uma mais preocupada.

    Teria alguma coisa acontecido ao meu pai? Não, meu pai é tão saudável quanto um recém-nascido. É de ferro e nada aconteceria à ele. Entrei no carro, deixando de lado as preocupações que já chegavam.


POV Jacob...

    Olhei no relógio da parede do corredor e marcava 9h50. Meu tio Harry (de consideração) andava de um lado para o outro com o meu pai, Billy. Ambos impacientes. Não sei porque se era só a chegada da chata da Leah.

- Será que dá pra vocês sussegarem num canto só?- Falei já estressado.
- Como sussegar se a Leah não chega?- Harry falou olhando pro relógio.
- Por acaso a coisa falou que horas chegaria?- Meu pai olhou pra mim com uma careta no rosto.- O que? Ela é mesmo chata!- Falei baixo, chegando perto dele.

    Meu pai nem deu a mínima. Virou o rosto e decidiu ligar para o celular da Leah. Colocou no viva-voz e isso já fez meu estômago embrulhar. Só de lembrar da voz irritante dela da época que ela me irritava quando tinha 15 anos e éramos da mesma turma.
    Apesar dela ter viajado faz 3anos. Eu não lembro de nada dela. A voz, aparência. Felizmente. Por mim, ela poderia continuar lá na...Sabe-se lá onde ela estava.
    A ligação dava ocupado até que uma garota falou.

"Alô, quem é?"
    A voz era linda demais para ser da bichenta. Não me importei, fiquei só ouvindo eles começarem a conversar.

"Leah, sou eu. Billy."
    Meu pai respondeu sorrindo enquanto Harry ia até o telefone para falar com ela.

"Oh, tio. Como você está? Quanto tempo...Espera, Ethan. Então, tio. Qual o motivo da...ESPERA! Eu, hein."
    Meu pai e meu tio se assustaram com o grito dela. O grito irritante e fino foi suficiente para provar que sim, era a bichenta.
    Soltei uma gargalhada alta.

"O vira-lata tá aí? Ah, tio. Sinto muito mas não vou então para sua casa."
    Meu tio bufou alto e riu.

"É brincadeira, já estou chegando! Tchaul."
    Meu pai nem conseguia falar com ela tagarelando na linha e quando ia desligar a ligação, ela o interrompeu.

"Ah, pai. Você concerteza está aí. Te amo muito, tá?"
    Ah? A Leah não era assim. Nunca foi sentimental. Meu pai desligou a ligação e olhou pro Harry, que parecia que ia chorar.
    De repente, lembrei de quando ela tinha apenas 12 anos. A única lembrança que eu tinha na cabeça. Ela era uma pirralha. Raquética. Uma criança. E irritante.

Leah antigamente: http://www.childstarlets.com/lobby/bios/portraits/emma_roberts12.jpg

    Fui tirado de meus desvaneios quando ouvi o barulho de um motor roncando em frente a casa. Meu pai e meu tio foram correndo atrapalhados até a porta. Pareciam duas crianças brigando para ver quem passaria primeiro pela porta.
    Ri vendo que finalmente eles entraram em acordo e abriram a porta. Chegando lá fora, vi um Porsche Preto muito lindo mas o que surprendeu foi a garota que estava dentro, ao lado de um cara que eu bem conhecia. Ethan. A garota saiu do carro e mal parecia tocar o chão quando começou a andar e vir em nossa direção. Parecia que tinha parado o tempo e agora, tudo tava passando lento demais. A garota era simplismente linda e naturalmente. Morena com alguns fios brilhando ao sol. Vestia um jeans um pouco surrado, blusa listrada e casaco da vovó que ficou uma graça nela.

http://www.exposay.com/celebrity-photos/emma-roberts-varietys-power-of-youth-event-benefiting-st-jude-childrens-hospital-0q2L6Y.jpg

- Pode babar mas aproveita que não vai ter outra oportunidade como essa.- Ela disse zombeteira.

    Mas...Como? Aí o disco arranhou e eu acordei pra realidade. Era a Leah, a bichenta. Ela parou a uns passos de distância e olhou séria para o Harry.

POV Leah...

    Já tinha me despedido do Ethan. Não precisava ficar tão grude com ele. Depois agente mataria a saudade. E o que importava era que já estava perto da casa do meu tio, perto da praia La Push mas em Forks.
    Olhei para frente e os vi me esperando. Meu pai e meu tio sorriam. O que? Não acredito. Aquele é o Jake? O vira-lata?

- Pode babar mas aproveita que não vai ter outra oportunidade como essa.- Falei zombeteira com o Jake.

    Sim, finalmente eu tinha chegado e agora estava de frente ao meu pai. Meu querido e tão amado pai. Não deu pra aguentar ao vê-lo derramar uma lágrima. Corri até ele e o abracei forte, também chorando.

- Meu anjo, que saudade.- Ele falou afagando meu cabelo.
- Eu também, pai. Não sabe o quanto. Já não aguentava ficar longe de você.- Falei agora olhando pra ele e sorrindo.
- Entra. Eu, Billy (n/a: O Billy não anda de cadeiras de rodas, ok?) e Jake pegamos suas malas pra você. Devem estar pesadas.- Meu pai falou me olhando.

    Não fiz pirraça nem nada. Entrei depois de concordar e pude ver uma expressão de surpresa. Ri internamente. Havia mudado meu gênio. Meu pai não merecia o modo que eu o tratava. Eu era apenas uma criança rebelde e agora amadureci.
    Passando pela porta, me surpreendi com a mudança da casa. O lugar onde era a sala, agora era a cozinha. Estava tudo mudado mais o ambiente estava muito agradável.
    Fui até a sala e sentei no sofá, safisfeita ao ver que finalmente havia chegado em casa. Que é onde meus amados parentes estão. Ai, hoje eu estou tão sentimental. Ri.
    Me apoiei no braço do sofá e os vi passando pela porta, com muita dificuldade. Gargalhei alto quando vi o vira-lata tentando evita a queda da maior de todas as malas. Ouvindo minha risada, ele lançou um olhar fulminante à mim, o que me deu mais vontade de rir. Parei de rir ao ver meu pai e meu tio se aproximando. Lembrei que não tinha falado com meu tio padrinho. Levantei do sofá e fui na direção do tio Billy.

- Oh, tio Billy. Vem cá, me dá um abraço. Nem o cumprimentei, desculpe a falta de educação.- Ele riu se surpreendendo ao modo educado que eu estava falando.

    O abracei forte e sorri.

- Como é bom poder vê-los novamente. Mas isso não inclui você, Jacob.- Ele bufou se jogando no sofa e ligando a Tv. Mal educado, nem cumprimenta. Só então fui perceber que ele estava de cabelo curto, arrepiado.- Tio, você tosou o vira-lata. É um milagre. Tudo está tão perfeito.- Falei rindo.

- Seja boa com o Jake, Leah.- Meu pai falou me puxando para mais um abraço.- Mas, fala. Como foram as coisas lá na Europa?
- Oh, pai. Foi tudo tão perfeito. Fui escolhida dentre um monte de pessoas. Estou numa escala de 20 a 50 numa lista de mais de mil pessoas que estão competindo para entrar pro circo.- Falei com os olhos brilhando.
- Que ótimo, filha. Você vai ficar aqui por quanto tempo? Tem previsão de dia que tem que voltar?- Ele falou um pouco triste.
- Vou ficar aqui até que eles me chamem para ser avaliada mas depois eu volto e só vou ir embora caso seja aceita.- Meu pai abriu um grande sorriso ao me ouvir dizendo que tinha chances de ficar aqui. Ele me abraçou forte. Parecia que ainda me via como uma criança, como seu bebê.

- Não quero vê-la ir embora outra vez. Pensei até que morreria sem vê-la uma nova vez, meu anjo.- Ele falou com tanta sinceridade.

    Estranhei o modo como ele falou "morreria". Até pareceu que iria morrer mesmo. Decidi não me preocupar quando o vi sorrindo de leve. Abri um sorriso bem grande e olhei pra ele, lembrando do presente que tinha comprado.

- Pai, o Seth quebrou mesmo aquela gaita do senhor, não é?- Por falar nele, cadê esse pilantra? Parece que não quer ver a irmã.
    
    Olhei pro meu pai e ele estava de cabeça baixa. Ah, ele nem imaginava que eu tinha levado junto comigo para concertar.

- Além de quebrar, a gaita sumiu. Não tenho idéia de onde esteja mas hoje em dia, já estou convencido de que perdi a gaita que seu avô me deu.- Nossa, ele não sabe mesmo que está comigo.

    Fui até as minhas malas que estavam perto da escada. Abri uma de carrinho e dentro dela, tinha uma caixa de vidro claro. Eu sabia tudo que tinha dentro mas não falaria à ele. Seria surpresa. Peguei a caixa que não era pequena e levei até ele.

- Bom, tenho certeza que o senhor vai adorar o que tem dentro.- Falei pro meu pai e vi seus olhos brilhando.
    
    Fui outra vez até as minhas malas e dessa vez tirei os outros dois presentes, já que o Seth não estava aqui. Escondi um dos presentes e peguei uma grande caixa decorada com alguns autógrafos. Olhei para o meu tio e estendi a caixa para que ele a pegasse.

- Oh, não pode ser. Você concertou a gaita.- Meu pai falou emocionado.
    
    O abracei e sorri, vendo o tio abrir a caixa.

- Não, eu não. Foi um carinha lá que disse ser uma ótima gaita.- Falei rindo.
- Não pode ser, os cds que você e o Jacob estragaram na última vez que brigaram antes de você ir embora.- Ele falou pasmo.- Eu procurei que nem louco esses cds e você encontrou.- Também o abracei forte.
- Foi fácil. Tinha uma grande loja cheia de cds, dvds, discos. O senhor iria enlouquecer, tio.- Ele olhava animado para cada cd.

POV Jacob...

    Eu não estava entendendo nada. Essa não era a Leah de antes. Estava muito mudada. Não, não mudou nada. Mas a bichenta não era uma pessoa caridosa, não se preocupava com as pessoas. Menos ainda com a própria família. Isso que eu estou falando não é elogio, é só uma observação. Aquilo poderia ser legal da parte dela só que estava meio, não, muito vomitante. Até parece que ela tinha mudado. Tá legal, eu confesso. Ela mudou, não tanto mas mudou. Argh.
    Bufei alto e percebi que ela estava me olhando. Foi até um espaço e pegou uma caixa vindo, na minha direção. Quando já estava bem na minha frente, me entregou a caixa sorrindo.

- Sabe, Jake. Eu te odeio mas não seria tão ruim a ponto de esquecer um presente para você. Er...tio. Onde é o banheiro?- Ela falou.
- Corredor de cima, terceira porta a direita.- Falou ainda mexendo nos cds.
    
    Leah subiu as escadas e pude ouvir ela gritar "Abra seu presente, Jake", ela estava muito estranha. Olhei para a caixa desconfiado de que fosse uma brincadeira dela. Percebi que a caixa era bem pesadinha. Procurei por barulhos de tic tac mas não havia sinal de nenhum relógio ou cronômetro. Então, não é uma bomba. Resolvi abrir o presente para ver o que tinha dentro. Quando este já estava sem o papel de enfeite, vi uma caixa dentro da mesma. Abri a nova caixa e dentro dela, havia outra caixa.

- Ah, não. Vai dizer que tem outra caixa aqui dentro?- Falei já ficando impaciente.

    Abri pro completo a caixa e fui surpreendido. De dentro da caixa saiu um macaquinho daqueles que fica batendo uns pratinhos, e estava cantando.

"SURPRESA! AHÁ, ENGANEI O BOBO NA CASCA DO OVO..."
    Ri do macaquinho irritante e também, por ter acreditado que a Leah me daria um presente. Mas o macaquinho não parava. Procurei por um botão que desligasse aquela odiosa voz do macaco que só agora fui perceber, era a voz da Leah. Achei um botão e o apertei. Do nada, o macaco pula. Olhei debaixo dele quando começaram a espirrar água em mim. Não, sentindo melhor o cheiro. Era perfume...De cachorro! Argh.

- LEEEEEEEEEEEAAAAAHH!- Gritei vendo o que ela fez e saí correndo escada a cima. Não sabia onde ela estava mas ouvi um barulho. Procurei pelo barulho e a achei.

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram da fic? Espero que sim. Se gostarem, comentem pra mim saber, ok? E se alguém comentar, eu posto o próximo capítulo. Beijinhos. Até a próxima. ^^



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