A Ultima Fuga 2 escrita por DM


Capítulo 16
Uma viagem Inesperada parte 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Amanhã tem mas.



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Spencer entrou na sala de seu iate, e encontrou Emily debruçada sobre alguns livros.

– Está esfriando lá fora - disse Spencer - Que está fazendo?

– Estou aprendendo árabe- diz Emily

– - Árabe! - exclamou Spencer, incrédula.

Emily riu olhando para ela, que estava de pé oscilando com o movimento do barco.

– Já sei um pouco- respondeu ela Emily - não é assim tão difícil. Espero falar com certa fluência quando chegarmos a Tânger.

– Você é incrível! -disse Spencer, sentando-se em uma cadeira- Nunca esperei que você não enjoasse em uma viagem por mar, com um tempo como o de hoje. Imaginei que você ficaria prostrada, suspirando por chegar em terra.

– Eu amo o mar sua boba- respondeu Emily- E quem poderia se queixar, em um iate magnífico como o seu?

– Nosso meu amor. Estou contente de que goste -retrucou Spencer- Ele é novo. E como a maior parte dele foi idealizada por mim, estou pronta a receber os seus cumprimentos. Eu pensei nas nossas próximas viagens querida.

– Você é muito inteligente e muito carinhosa- disse Emily com simplicidade. E Spencer gostou do tom sincero da voz, e do olhar de admiração que ela lhe lançou.

O Titânia era realmente um barco soberbo. Construído de ferro, o que por si só já era sensacional, fora feito de acordo com as exigências da Marquesa. Era a embarcação mais moderna e elegante de um particular.

O iate era grande e espaçoso. O salão onde elas estavam sentadas se estendia por todo o comprimento da popa. Havia dois camarotes principais, mobiliados com grande luxo, e cabines menores para hóspedes.

O tempo estivera muito bom durante os três primeiros dias depois da partida de Londres. Mas agora, embora houvesse sol, o mar estava agitado. Era difícil ficar de pé sem se segurar em alguma coisa.

Entretanto, sentada no salão, Emily parecia não se importar com as ondas que batiam contra as vigias, nem com o som do vento assobiando contra os três mastros finos.

Spencer observava o rosto de Emily, enquanto ela virava as folhas de um livro, de onde copiava palavras árabes.

Spencer estava pensativa sobre tudo o que tinha acontecido parecera uma missão fácil naquele momento. Mas agora, viajando em direção a Marrocos, ela a prever um número de dificuldades em que não pensara, enquanto estava na Inglaterra. A primeira era que ele não falava árabe!

– Sou considerada competente em aprender línguas- falou Spencer em voz alta- Acha que poderia me ensinar, ao mesmo tempo em que estuda?

– Por que não?- perguntou Emily- Se pudermos aprender juntas, será muito mais rápido, com toda a certeza, do que minha luta sozinha. Quantas línguas fala?

– Falo bem francês, italiano e espanhol -retrucou Spencer- Tenho um conhecimento razoável de alemão. Posso pedir uma refeição com bastante fluência em português. E na Grécia, quando estou zangado, sou muito loquaz.

– Que talento! - provocou Emily- Então o árabe será um brinquedo de crianças. A verdadeira dificuldade é, naturalmente, a pronúncia. Como no chinês, é bastante diferente do significado da palavra.

– Continue, professora - brincou Spencer- estou ouvindo com toda a atenção.

Spencer achou as aulas, para surpresa sua, muito interessantes. Ela sempre tivera facilidade em aprender línguas. E depois de alguns dias, ela e Perdita puderam começar a conversar em árabe.

Muitas vezes, o absurdo das frases as fazia rir. Mas algumas das histórias que Emily trouxera de Londres, faziam eram bem picantes.

–Amor estas historias são muito picantes- diz Spencer

–Eu sei- diz Emily tímida

O iate chegou a Lisboa em tempo recorde. Era uma distância de setecentos e sessenta quilômetros. A viagem mais rápida, feita por um barco da Inglaterra no passado, fora de setenta e duas horas. Contudo, o Titânia cobriu o percurso em sessenta e cinco horas. A corrente fora contrária ao iate quando atravessara a Baía de Biscaia. Mais tarde, porém, o Titânia fizera uma média de doze nós durante o resto da viagem.

– É uma média nunca alcançada antes por nenhum navio!- exclamara o capitão com entusiasmo. É um recorde!

O Embaixador Inglês em Lisboa ficou muito impressionado, ao fazer uma visita imediata ao Marquesa. Spencer trouxera consigo cartas de Lorde Palmerston. Elas foram recepcionados em grande estilo na Embaixada, antes de embarcarem novamente para a próxima etapa da viagem.

–Amor você esta gostando da viagem- diz Spencer

–Claro querida- diz Emily- passar os dias com você é sempre bom

–Eu amo minha esposa apaixonada- diz Spencer beijando Emily

As duas passavam os dias juntas e as noites eram recheadas de amor. O tempo começava a esquentar. Portanto, fora uma surpresa acordar certa manhã e descobrir que o iate estava jogando de popa a proa. Balançava de um lado para o outro, de maneira nunca vista anteriormente. Um vento forte soprava do Atlântico, parecendo querer arrebentar o iate.

– Será melhor ficar lá embaixo –disse Caleb para as duas

Elas obedeceram. A tempestade ficou muito feia e Emily sentiu muito medo.

–Emily querida não fique com medo, esta tempestade logo vai passar- diz Spencer abraçando Emily

–Eu sei mas não consigo evitar- diz Emily se apertando mas a Spencer

O Mar estava muito agitado e o barulho das ondas e do vento estavam ensurdecedores. Depois de um tempo que pareceu uma eternidade as duas ouviram batidas na porta.

– Entre -disse Spencer.

O Capitão e Caleb entraram:

– Como estão?- pergunta o capitão

– Estamos vivas- diz Emily

–Alguma avaria grave?- pergunta Spencer

–O Mastro principal se quebrou- informa Caleb

–Mas estamos consertando- diz o Capitão - Atracaremos amanhã à noite.

– Em que lugar?- pergunta Spencer

– Gibraltar- respondeu o Capitão- No dia seguinte atravessaremos o estreito até Tânger.

– Ainda bem- falou Spencer

– Se precisar de alguma coisa, Miladys devem me chamar- diz Caleb

– Claro que sim- diz Spencer

Eles saíram da cabine.

–Querida deu tudo certo- diz Spencer

–Que bom porque eu realmente fiquei muito preocupada- diz Emily

–Eu sei mas eu te protegeria de qualquer coisa meu amor- diz Spencer

–Eu sei disso- diz Emily

No dia seguinte, enquanto navegavam por águas mais tranquilas, o barco foi consertado em Gibraltar, e tinham percorrido trinta e seis quilômetros em direção a Tânger.

Spencer Havia contado a Perdita as razões por que Lorde Palmerston desejara que visitassem Tanger.

– Acha que poderemos descobrir a verdade? - perguntou Emily, horrorizada com a ideia de que mulheres brancas estavam sendo embarcadas como escravas para um país estrangeiro.

– Não há nada que possamos fazer só colher informações -respondeu Spencer- você vai ficar na embaixada, e levar uma agradável vida social. Eu me encarregarei de toda a espionagem que for necessária.

No entanto, quando encontraram Sir Jake Drummond Hay, este tinha planos muito diferentes.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor.



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