Não Pergunte, Apenas Não Me Esqueça... escrita por Anderson Vieira


Capítulo 5
Panteísmos à parte




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Enquanto caminhava para seu apartamento, Lucy leu as informações no verso do papel:

"Para me encontrar é simples: siga ao oeste de Magnólia de trem e desembarque nas montanhas que antecedem os vulcões. Minha residência é simples e se localiza nos sopés do 'Magma Giant'".

Lucy se espantou com o endereço: "Magma Giant é um dos maiores e mais perigosos vulcões de toda Fiore, como pode ser possível que alguém viva lá?"

Lucy apanhou suas bagagens e partiu para o oeste de Magnólia no trem das 14:00 horas.

Após duas horas de viagem, Lucy podia identificar as montanhas logo à frente. Desceu na estação vazia e aparentemente abandonada, apenas esperando viajantes que procuravam se aventurar. Caminhou por diversos caminhos, alguns eram cheios de flores e arbustos, outros eram cercados de pedra magmática devido às erupções vulcânicas, até conseguir ver uma casinha modesta bem no fundo de um cenário que vislumbrava.

Era um campo de flores de diversos tipos e tamanhos. A paisagem era tão bela que qualquer pessoa repensaria sobre o que era divino. Lucy caminhava pelo campo de maneira graciosa, compartilhando seus atributos femininos com a pureza das rosas e dos lírios que a rodeavam, como se estivessem se curvando e ovacionando a beleza da dama. Seus cabelos loiros juntavam-se aos girassóis e sua pele de veludo encantava os animais que a acompanhavam no seu caminhar.

Lucy se aproximou da casa e bateu na porta duas vezes. A casa era pequena, coberta por um telhado de palha sustentado por toras de madeira que sustentavam a estrutura da cobertura. Tinha duas janelas, uma na frente e outra nos fundos casa. O tapete de bem vindo era modesto, empoeirado e sem vestígios de que outras pessoas visitavam a casa. Até ali, nada era motivo para que Lucy suspeitasse das de forças malignas ou hostis, era tudo perfeito, queria ela que um dia pudesse viver daquela maneira.

A porta se abriu. A pessoa que atendeu era um homem, aparentemente com idade avançada, de estatura baixa e pouco viril. Possuía uma barba espessa e lisa, os olhos negros e baixos, trajado com uma túnica azul e calçado com sandálias de madeira. Logo que viu Lucy, observou as chaves que carregava e o seu inseparável chicote. O velhote era sábio e suas primeiras para Lucy foram:

–A senhorita deve ser a maga que leu meu pedido, certo?

–S-Sim! Respondeu Lucy espantada com a capacidade lógica do homem.

–Por favor, entre... É sempre bom receber mulheres bonitas na minha casa...

–Claro... Respondeu Lucy com tom de desconfiança.

O interior da casa era bem mais modesto do que sua fachada. Havia apenas um forno a lenha á esquerda da pequena sala, uma cama de madeira improvisada, mas aparentemente resistente. Havia também pinturas de diversos artistas pelas paredes e uma mesinha no centro da sala, com duas cadeiras.

Lucy se sentou em uma das cadeiras. O velhote trazia uma xícara de café fumegante e a serviu para Lucy, logo depois se sentou e disse:

–Fico feliz que alguém tenha lido meu pedido, afinal a situação não estava nada boa.

–Pode me dizer o que acha que está acontecendo?

–Bem, disse o velhote com tom narrativo, há muito que não pratico magia, certa de quarenta anos, e como consequência perdi todas as minhas habilidades.

–Que tipo de magia você costumava usar? Perguntou Lucy curiosíssima.

–Eu era um mestre na magia do fogo! Toda vez que a guilda me solicitava uma missão, eu nunca falhava, muitos diziam que eu chegava ao nível dos dragões!

Na mesma hora, Lucy lembrou-se de Natsu. Aquele bagunceiro fazia falta naquele momento. Todas aquelas missões feitas ao lado dele sempre transmitiam alegria para o seu coração, agora, determinada a ser autossuficiente, Lucy não queria mais a ajuda de Natsu, pelo menos naquela missão.

O velhote continuou:

–Vejo que és uma maga celestial! Eu adoro magas celestiais, geralmente são lindas, assim como você...

Lucy se sentiu lisonjeada, mas não deveria se animar muito para o ancião, afinal, já estava acostumada com essas frases vindas de Taurus.

–Agora vamos ao que interessa! Disse Lucy tomando as rédeas do diálogo.

–Se me permite senhorita... O velhote estava mais sério do que nunca.

–Há muitos dias essa casa não tem paz. Enquanto estou acordado nada acontece, mas quanto encosto minha cabeça para dormir, sinto uma intensa insegurança, como se fosse uma grande pressão feita sobre meu corpo e alma. O mais estranho nessas sensações é que, juntamente com elas, vem um frio forte e devastador, me pergunto como estou vivo ainda.

Lucy olhou para fora através da janela. O sol da tarde banhava em ouro a paisagem que via, logo seria noite e poderia ver o que estava acontecendo, afinal se manteria acordada e vigilante, assim como Katherine naquela noite em Carlilie.


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