Pov.Hermione

Meus olhos abriram-se para a claridade do dia. O refúgio que a Sala Precisa se tornou para mim era agradável, porém eu precisaria sair... Ontem o Lorde das Trevas saiu da clandestinidade, todos os meus amigos estão feridos e eu não posso sumir do nada...

Quando retornei ao salão comunal da grifinória, vi Gina brincando com Bichento, meu gato de estimação. Ela me falou que Harry, Rony e Neville estavam bem, esta informação me deixou muito feliz. Não tive coragem de comentar com ela, nem com ninguém o que ouvi noite passada...

No meu quarto nenhuma das meninas estavam, todas já arrumaram suas coisas e devem está esperando o banquete de encerramento para partirmos. Meu destino era a casinha no centro de Londres onde meus pais, dentistas trouxas, moravam...

Apressei-me em arrumar meus livros com perfeição, empilhando-os na ordem que pretendia ler nas férias. Depois de organizar o malão tomei um banho demorado e me preparei para o banquete... Eu realmente não estava interessada nele, mas teria que ir... Sem falar que nada comi desde ontem e estava louca para saber o que aconteceu com a sapa velha a Umbridger.

No banquete não ocorreu nada de novo, Dumbledore falou sobre a acensão de Voldermort, sobre a necessidade de nos unirmos, bom, o de práxis, né? A sapa velha foi resgatada, agora me lembro do vulto volumoso que estava na ala hospitalar e não poderia ser nenhum dos meus amigos...

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A viagem de volta para casa foi tudo menos o que eu esperava. Cara, Aquele que não deve ser nomeado retornou e o Harry estava mais preocupado com os lábios de Cho Chang, a apanhadora da Corvinal do que com isso... Ele deve está em choque ainda e não raciocinando direito... já o Rony permaneceu dormindo, o meu pobre amigo ruivo sofreu muito com aqueles cérebros. Passei a viagem fingindo que lia um livro, Hogwart: uma história, o meu livro favorito.

Quando chegamos na King Cross meus pais trouxas vieram me receber, eles eram pessoas gentis e boas. Realmente, se não sou filha deles, sou grata por ter sido deixada com pessoas tão boas. Quando entramos no carro eles começaram a me interrogar sobre os estudos, tentei demonstrar exaltação e alegria, tudo que não sentia naquele momento. Falei das coisas "normais" que aconteceram comigo. Sim, para trouxas nada que acontece em uma escola de magia e bruxaria passa nem perto do dito normal. Mas é melhor falar de aulas de porções e feitiços do que compartilhar as aventuras perigosas e quase letais que eu sempre tenho com meus amigos.

Quando chegamos em casa a porta estava entreaberta e vi um vulto movendo-se rápido. Em questão de segundo vi uma luz verde cortar o ar e aos meus pés jaziam os corpos de meus amados pais trouxas...

–- Quem está aí? -- perguntei com voz engasgada pelas lágrimas.

–- Sei que é amiga de Harry Potter -- surgiu um homem encapuzado detrás da escrivaninha -- Vim te matar em nome do...

No mesmo instante a luz, tal qual nos meus pais trouxas, deixou seus olhos. Pela porta entrou outra figura encapuzada, não tive tempo de sacar minha varinha, mas ouvi algo como "Viemos te buscar, Milady" antes de perder totalmente a consciência.

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Quando recupero a consciência estou em um local desconhecido. Sinto um frescor no meu corpo como se alguém tivesse me banhado, meus cabelos estão sedosos e desprendem um aroma de rosas. Minhas vestes também foram trocadas, agora visto um vestido negro e esvoaçante de tecido leve.

Quando olho envolta vejo uma figura imponente. Ele é alto, deve ser um ou dois anos mais velho do que eu. Sua pele é clara, cabelos castanhos, olhos negros e intensos, cercados por cílios longos. Ele sorrir para mim e posso ver que seus dentes são retos a não ser por suas presas que são um pouco maiores que o normal e lhe dão um ar brincalhão. Em todos os sentidos ele era lindo.

–- Quem é você -- consigo gaguejar estas palavras e ele sorri.

–- Não desejo falar quem sou neste momento, senhorita Black. -- ele sabe do meu segredo, como ele pode saber? -- Mas sou seu salvador.

–- Onde estou? O que aconteceu com meus pais? -- a última vez que os vi estavam no chão... talvez não tenham morrido... Torço para não terem morrido.

–- Também não desejo falar... -- ele eleva uma das sobrancelhas e isso faz ressaltar seus traços belos -- Mas gostaria de falar sobre o acordo que fiz com seus reais antepassados.

–- Como assim?

–- Você, Hermione Black, é minha jurada prometida... -- fiquei atônita, como assim? Prometida? -- Seus antepassados me prometeram a neta, você é o meu par ideal, minha prometida.

–- Se é meu noivo -- era muita informação para mim, precisava saber o que estava acontecendo -- Tenho o direito de saber seu nome e também onde estou, mesmo que não deseje, meu caro senhor.

Ele sorriu, isso era um bom sinal, parece que estava vencido -- Certo, milady, meu nome de batismo é Tom Riddle, mas atualmente atendo por Lord Voldermort..

–- Você é aquele que não deve ser nomeado? -- era impossível, ele era um bruxo de pelo menos 70 anos.

–- Poder, minha cara, faz milagres... Serei para sempre jovem e belo, se assim o desejar... -- Ele se aproxima sedutoramente de mim, procuro minha varinha mas não a encontro, olho em seus olhos -- Para você, sempre serei belo e atraente.

Sinto o seu hálito, nele havia um cheiro agradável de menta e alecrim -- Eu nunca me casarei contigo!! -- falo com convicção.

–- Veremos -- ele se afasta de mim com o mesmo sorriso sedutor -- Falarei com sua mãe.

–- Quero minha varinha -- exigi.

Ele me olha da porta sorrindo -- Acha mesmo que sou tolo? Nunca daria uma varinha para alguém tão poderoso e capaz como você... Será mantida sem ela. Agora durma, lady Black.

Não entendi o que ele fez, talvez uma magia que desconheço, mas me perdi em um sono profundo.

Pov. Bellatriz

Fui até a casa dos trouxas que acolheram minha filha, a casa estava destruída, haviam corpos pelo chão... Onde Hermione está? Será que algum Comersal retardado tentou atacá-la? Não pode ser... Se Hermione morrer estou perdida, já a prometi para meu Mestre.

Sinto uma dor na minha tatuagem, sim, o Lorde das Trevas me chama. Desaparato para a sala principal, ele está sentado utilizando-se da sua forma jovem e sedutora, segurando uma taça de vinho vermelho na mão.

–- Milord -- não posso revelar que não sei o paradeiro de minha filha.

–- Olá, Bella -- ele sorri para mim, parece está de bom humor -- aceita uma taça?

–- Claro, Milord, quão gentil tu és -- pego desajeitada uma taça e me aproximo dele -- Vejo que estais feliz...

–- Sim, estou... Ainda não sabe da ilustre visita na mansão?

–- Não...

–- Hermione Black, sua filha, ocupa um dos aposentos do segundo andar -- seu sorriso é ainda mais satisfeito.

–- Então ela está bem -- sorrio junto com ele.

–- Sim, está, mas não graças a você... Crucio -- sinto uma dor crocitante no meu ventre, caio no chão e começo a implorar perdão, então a dor para -- Proteja melhor minha prometida da próxima vez...

–- Sim, milorde, claro, milorde -- arrasto-me até seus pés, ele me olha com desdém.

–- Traga Sirius Black para minha presença... Devemos preparar as bodas...

Meu Mestre está feliz, então eu estou feliz...