So Cold escrita por Kelly
Notas iniciais do capítulo
Novo capitulo, ando a postar regularmente hein ? :))
Comenteeeem lobinhos/as lindos/as :b
Como sempre,
Kiss ♥
Anteriormente em So Cold:
–Sim, ela vai ficar bem. Deve curar-se logo que se tirar os vidros, visto que ficou com uns genes temporários de lobisomem.
Stiles não entendeu, mas sabia que teria uma explicação mais tarde.
A verdade é que ninguém entendia. Até o Dr. Deaton sabia o que ela era, logo que Scott falou nela, e todos os seres sobrenaturais conheciam a Lenda. Talvez não toda, mas conheciam.
Porque nunca ninguém esquece uma coisa interessante que ouviu, não uma lenda destas. Seja ela verdade ou mentira.
Atualmente em So Cold:
~dia seguinte, quinta-feira~
Pov. Alexia
Tomei consciência, mas ainda não tive coragem para abrir os olhos, tenho medo. Mas não posso ficar assim para sempre.
Resolvi abrir os olhos e estava num género de hospital, olhei à volta e não vi ninguém. Tentei levantar-me, mas gemi de dor.
-Ela já acordou! - exclamou um senhor e entraram a Allison, o meu pai e o Stiles. Eu sentei-me a muito custo, e notei que estava numa mesa.
-Querida, estás melhor? - perguntou o meu pai, colocando-se à minha frente.
-Ainda me dói. - sussurrei e baixei a cabeça.
-É porque as feridas dela, sararam por fora, por dentro ainda estão em recuperação. - explicou o Dr. e eu olhei-o. - Sou o Dr. Deaton.
-Patrão do Scott? - perguntei e ele assentiu. A Allison chegou perto de mim, e o meu pai colocou mão no ombro dela.
-Foi minha culpa. Ele foi atras de ti, por minha culpa. - disse ela e começou a chorar.
-Não, Allison. Ele foi atras de mim, porque eu estava lá. Não teve nada haver contigo. - expliquei e tentamos nos abraçar , mas gemi de dor - Ups... - ela riu fraco.
Ouviu-se a porta a abrir e todos olhamos para a esquina, a tempo de ver o Scott entrar, onde estávamos.
Eu olhei-o e arregalei os olhos saindo de cima da mesa e correndo para me colocar debaixo da mesa , encostada à parede do fundo.
Todos ficaram a olhar-me, enquanto eu comecei a chorar.
-Que se passa com ela? - perguntou Scott, e eu encolhi-me mais.
-Deve estar com um trauma, devido ao que viu ontem à noite. - explicou o Dr. Deaton - Trauma temporário.
Ontem? Tive a dormir a noite aqui, oh meu deus.
-Têm de ir para a escola, e já vão atrasados. - avisou o Chris para eles - Eu levo-a e vou buscar também a tua mãe, Allison.
-Mas pai... - começou Allison, mas o pai lançou-lhe um olhar de repreensão, então ela calou-se.
-Mais tarde, Allison! - avisou ele, eu apenas me mantinha escondida.
-Eu preciso de falar com ela, Sr. Argent. - pediu o Scott e eu encolhi-me mais, mesmo estando a doer-me as costas devido às feridas internas.
- Não, Scott, não agora. - disse o Dr. Deaton e então ouvi o Stiles despedir-se:
-Adeus, Alexia e as melhoras. - e eu sorri entre as lágrimas, mas não respondi.
Ouvi eles os três saírem e depois o meu pai chegou-se à mesa, vi-lhe apenas os pés e lembrei-me do Matt naquela noite, então gritei alto. Mas vi uma mão estendida para mim.
-Anda, filha. Sou só eu. - falou ele, docemente. Toquei-lhe com a minha mão e ele agarrou-a , ajudando-me a sair debaixo da mesa. Já só tinha sobrado eu, o meu pai e o Dr. Deaton - Está tudo bem, Lexi.
-Senta-te aqui, Alexia. - pediu o Dr. e o Chris ajudou-me a sentar na mesa onde estava anteriormente. - Agora diz-me de que te lembras?
-Não quero. - sussurrei.
-Calma, respira e fecha os olhos. - pediu ele e eu fechei - Estás na delegacia , o que vês?
-Ele tem uma arma . - disse eu alarmada e senti mãos agarrem-me os pulsos.
-Calma, estás em segurança, ele não te pode fazer mal. Continua... que vês, Alexia? - perguntou aquela voz.
-O Scott viu-me a escapar para a zona das celas. - expliquei, vendo a imagem diante de mim.
-Muito bem, que mais? - disse ele.
-Gente morta... - sussurrei e vi tanto sangue no chão - O pai do Stiles está numa das celas.
-Que fizeste? - perguntou ele, calmamente .
-Eu... eu dobrei a esquina e vi o Stiles e o Derek no chão e... - sussurrei eu, e conseguia ver tudo que dizia.
-Continua, estás a ir bem... - elogiou ele ,então continuei:
-E aquilo, eu vi aquilo e agarrou-me, mas o Matt chegou com o Scott e a Melissa que ficou presa e depois ouvi tiros. Eu ouvi! - exclamei, assustada e senti a força nos meus pulsos se intensificar.
-Shiuuu... - sussurrou o Dr. - Respira. E depois? - e eu respirei fundo e continuei:
-Depois escondi-me e ouvia gritos e... - sussurrei e encolhi-me - E vi olhos dourados , é ele! Olhos vermelhos!
-Calma, Alexia . Eles não te podem magoar aqui! - exclamou alguma voz.
-Alguém me achou ! Ele leva-me para as traseiras! POR FAVOR, AJUDEM-ME! Por favor! - gritava eu e tentava me soltar da força nos meus pulsos.
-Abre os olhos. - disseram e eu abri, ofegante.
-Está tudo bem, filha. - acalmou-me o meu pai e abraçou-me.
-Ela está com um trauma temporário porque não consegue entender o que viu. - explicou o Dr. para o meu pai, que me largou e assentiu e disse:
-Quando lhe explicarmos ....
-Ela vai entender e não ficar com o trauma. - completou Deaton e sorriu abertamente. Eu apenas olhava.
-Leva-me para casa. - pedi ao meu pai e ele olhou-me.
-Está bem, mas primeira temos de passar pelo hospital. - explicou o Chris e eu assenti.
Despedimo-nos do Dr. e agradecemos , antes de partirmos no carro em direção ao Hospital.
Quando chegamos, entramos rapidamente e o meu pai mandou-me esperar no guiché. E já estou à espera à 45min., sem exagero. Ele foi buscar a minha mãe.
Percebi alguém sentar-se ao meu lado, mas não liguei, até que a pessoa falou:
-Bom dia. - eu olhei e reconheci a Melissa com uma cara péssima, só sorri - Como estás? Soube que te magoas-te a valer.
-Estou bem, obrigada. - respondi e agradeci. Ela voltou a falar:
-A culpa foi minha. Eu pedi para me levares até lá e podias ter ....
-Não! Não foi sua culpa, Melissa. Acontece... Tivemos azar. - expliquei e ela assentiu.
- Lamento , na mesma. - disse ela e beijou-me a testa, eu sorri. docemente.
Vi o meu pai e a minha mãe caminharem na nossa direção e então a Melissa despediu-se.
Eles chegaram ao pé de mim e eu sorri abertamente. Levantei-me e abracei a minha mãe.
-Como está? - perguntei e ela sorriu.
-Obrigada, por me salvares. - falou ela, emocionada.
-Só.. vamos para casa. - pedi eu e olhei para o Chris, que assentiu, também emocionado.
Fomos para o carro e nem uma palavra trocamos embora, tenha a certeza que a razão pela qual tive de ficar à espera no guiché, foi para ele lhe contar tudo.
Descemos do carro e entramos em casa , o Gerard não estava e agradeci mentalmente por isso, caminhamos até à sala e sentamos-nos sofás.
-Muito bem! Ambas precisam descansar, por isso quartos. Nem sei para que se sentaram... - refilava o meu pai, enquanto eu e a minha mãe nos olhávamos sorridentes. Que homem galinha, por favor. Ele finalmente parou.
-Acabas-te Chris? - perguntou a Victoria, e eu quase ri.
-Sim. - respondeu ele. - Quarto, tu! - e apontou para mim, eu rolei os olhos, levantei-me e fui para o meu quarto.
Fechei a porta e fui até à minha cama, sentei-me e apalpei os bolsos do vestido, que não tirava à dias, e olhei o meu telemóvel. Tinha mensagens. "Ainda estás na delegacia? Sai daí, rápido! - Allison" , outra "Por favor, estás bem? - Allison" e mais recebidas em apenas 30 min.: "Soube do que aconteceu. Vou-te ver assim que possa. - Erica" , outra "Preocupado. - Stiles". E ainda 4 chamadas perdidas da Allison. Uau, nunca estive tão concorrida! Respondi à Erica "Está tudo bem, não precisas. x - Alexia" e ao Stiles "Não fiques, Sty :) Fico bem. x - Alexia". Ía a guardar o telemóvel quando ele apitou, e li nova mensagem, abri e li-a "-O Sty ficou melhor ;) Stiles".
Coloquei-o em cima da secretaria e tirei o vestido, sujo de sangue. Fui até ao banheiro e tomei um longo duche, e quando saí olhei-me, ainda nua, no espelho. Não havia nada de cicatrizes, nada. Vesti uma camisola de manga curta larga e calças de desporto, sentando-me de seguida na secretaria. Já que não tenho ido à escola o mínimo é estudar. E assim fiquei o resto da tarde , até chegar a Allison, se bem que só soube da chegada dela 2h30 depois de ela realmente chegar.
-Posso entrar? - perguntou ela.
-Lembras-te de mim, Allison?- perguntei irónica. Ela entrou e sentou-se na cama , eu rodei a cadeira e fiquei de frente para ela.
-Entendo que estejas chateada, Alexia. - disse ela e sorriu triste.
-Não, Allison, não entendes! - exclamei eu, e voltei a virar-me.
-Na outra noite, foste corajosa. - elogiou ela e eu rolei os olhos.
-Não! Não fui! - exclamei, exaltada.
-Quando tens medo e, mesmo assim fazes, isso é coragem, Lexi. - disse ela.
-Que queres!!? - perguntei alto, virando-me na cadeira ao mesmo tempo.
-Que me perdoes. - pediu ela e eu neguei com a cabeça.
-Pelo quê?! - perguntei extremamente alto e depois continuei - Pelas mentiras? Por teres passado por mim , aliás por todos nós na delegacia e nem nos teres ajudado? Por teres montes de armas? Por teres me levado contigo aquela discoteca , e depois eu ter voltado com o Stiles? - ela apenas baixava a cabeça e disse:
-Eu...
-Pois é, Allison! Não tens sido propriamente um exemplo de irmã! - gritei e ela levantou-se.
-E achas que é fácil, Alexia? Esconder tudo que te rodeia?! - perguntou ela gritando também.
-Então porque escondes? A única coisa que eu queria era ir para a escola e não me sentir excluída. - expliquei e acrescentei de seguida- Ou então poder confiar na minha irmã. Mas não posso! Em ninguém! - ela começou a gritar:
-Podes confiar em nós! Na tua familia! Mas...
-Parem!!!!! - gritou o meu pai, que apareceu repentinamente na porta do quarto com a mãe atrás.
Nós olhamo-nos as duas e baixamos a cabeça. Eu não sou de me chatear , mas estou confusa com toda esta situação. Tudo isto!
-Desculpa, Allison. - pedi , e olhei-a.
-Desculpa, também. - pediu ela e olhou-me.
-Muito bem, agora desçam. Está na hora de umas explicações. - mandou o Chris e ambas assentimos, descendo logo atrás deles..
Chegamos à sala e todos nos sentamos, e mais uma vez Gerard não estava lá. Olhei de relance para o Relógio da sala e vi que eram 20:00h. O ar estava tenso e eu estava tensa, muito nervosa. Detesto estas conversas, são sempre más noticias. Eu estava ao pé da Allison.
-Como começamos? - perguntou a Allison, e eu olhei-a sem entender.
-Pelo principio, Allison. - respondeu a minha mãe, determinada.
-O quê? - perguntei olhando todos.
-O Scott, o Derek... tu viste. - acusou o Chris e eu comecei a abanar a cabeça, aquele assunto era para nunca mais se falar.
-Não... - sussurrei.
-O Kanima. - acusou ele novamente e eu parei de abanar a cabeça.
-É o Jackson. - disse a Allison e eu assenti.
-Eu sei.
-Sabes? - perguntou ela e eu voltei a assentir.
-O Matt disse-me, mas não acreditei. - expliquei baixo.
-O Scott, o Isaac, a Erica, o Boyd, o Derek eles são lobisomens , Alexia. - disse o meu pai e eu abri a boca.
-Não pode. - sussurrei. - Não existem lobisomens. Não dá.
-Tu viste os olhos do Scott, e os do Derek que eram vermelhos sabes porquê? Porque ele é um Alfa. - explicou Chris novamente e depois continuou - A Erica , o Isaac e o Boyd são do bando do Derek.
Por alguma razão, eu acreditava. As palavras alojavam-se na minha mente, e eu acreditava nelas. Ele tinha razão eu vi. E percebi eles partiam-me o coração para tentar salvar a minha vida.
-E o Scott? - perguntei, tão baixo que nem sei como eles ouviram.
-É um ómega. Ou seja um lobo solitário. Não pertence a nenhum bando. - respondeu a Allison.
-E o que vocês têm a ver com isso? - perguntei e levantei a cabeça olhando cada um deles - Melhor, o que eu tenho a ver com isso?
-Todas as famílias têm um segredo. - disse Allison e sorriu.
-Nós somos caçadores, Alexia. - respondeu a Victoria. Eu arqueei as sobrancelhas, como uma pergunta muda e o Chris respondeu:
-De lobisomens. Somos caçadores de lobisomens. - eu pensei, eles só podem estar a brincar.
-Estão a brincar?! Argent significa prata em Francês, a sério? - perguntei retoricamente e ironicamente , olhando para a Allison - E como um lobisomem se transforma?
- Uma mordida de um Alfa, ou uma maldição de familia, no caso do Derek. - explicou a Allison, olhando para a nossa mãe - Antes o Alfa era o tio do Derek , o Peter, mas mataram-no, então o Derek ficou o Alfa.
-Mas a Lydia, ressuscitou-o. - completou o meu pai, e eu rolei os olhos, típico da Lydia.
-Eles matam ?! - perguntei exaltada.
-Alguns. - respondeu Victoria e eu assenti entendendo.
-E eu? - perguntei , a medo.
-És um caso especial. Não há um desses à seculos. - respondeu Victoria, com um sorriso orgulhoso.
-Anh? - sussurrei eu , confusa.
-És uma guardiã, Alexia. - respondeu Chris e sorriu.
-O que é isso? - perguntei .
-Diz a lenda... - começou Allison - que as guardiãs servem para proteger os lobisomens.
-Tens poder. Podes reavivar o lado lobisomem de um deles, para os curar mais depressa. - disse Chris - Ou podes curar a licantropia, quando ainda estão na fase inicial, como fizeste com a tua mãe. E os teus olhos mudam para um azul brilhante.
-Isto é demais!- exclamei, com a cabeça baixa.
-A mãe foi mordida pelo Derek, naquele dia da discoteca e o código da nossa familia diz : não lobisomens. - explicou a Allison , com rancor na voz - Eu estava a tentar mata-lo , junto com o pai e o Gerard , naquele dia, na delegacia. - eu levantei-me indignada.
-Código? A mãe ía morrer! - exclamei alto - Mas matar o Derek é demais!
-Ele quase a matou, se não fosses tu! - exclamou a Allison de volta - Ele merece morrer!
-Não foi ele que quase a matou, Allison. Foi a faca. - respondi, corrigindo.
-Estás tão enganada... - sussurrou ela - Se não fosse ele, a faca não tinha de se enterrar na barriga dela!
-Quem te anda a dizer isso, Allison? Tás diferente. - acusei - E que raio se passou entre ti e o Scott?!
-O avô e tem razão, Alexia, devias ouvi-lo! - exclamou Allison e eu arregalei os olhos - E o que quer que houvesse entre mim e o Scott acabou!
-Meninas, acalmem-se! - gritou o Chris, mas eu estava mesmo vidrada nas palavras da Allison, os nossos pais continuavam a gritar , mas nós continuávamos a discutir.
- Avô? Desde quando o chamas assim?! Eu não gosto do facto do Gerard ter-te mudado! Ele mudou esta familia, desde o momento em que entrou nesta casa. Eu preciso da minha irmã, a minha irmã que não é uma cabra que esconde segredos de mim. Eu gostava que tu não te tivesses tornado, o que te tornas-te Allison! - acusei eu , de uma só vez e olhei-a indignada. Ela disse:
-Desculpa que...
-Não quero ouvir que te desculpas, nem nada! - exclamei , enquanto os nossos pais ainda nos gritavam - Só quero voltar a ouvir uma palavra dessa boca, quando a Allison voltar! - ela olhou-me com os olhos arregalados e eu recuei, virando costas e fui para o meu quarto.
Pov. Allison
Eu estava com lagrimas nos olhos. Mas ela tinha razão, eu não era a mesma. Mas para mim isso era uma coisa boa! Mas e se ela estiver certa?
Senti braços ao meu redor e olhei, é o meu pai.
-Ouviste pai? - perguntei-lhe eu.
-Sim, e lamento muito Allison. - respondeu ele, abraçando-me com força.
-Eu quero a minha irmã de volta. - pedi e ele beijou o topo da minha cabeça.
-Eu sei, querida! - disse o meu pai e a minha mãe olhou-me com pena.
O Chris largou-me e resolvi subir para o meu quarto, sem jantar , até porque não tenho fome nenhuma.
Deitei-me na cama e apaguei.
~dia seguinte, Sexta-feira~
Pov. Alexia
Sim é verdade, ontem adormeci e acabei de acordar com o barulho do despertador.
Bateram à porta e eu sussurrei um entre e a porta abriu-se, revelando a minha mãe. Tapei a cabeça com a colcha e ela sentou-se na beira da cama, destapando a minha cabeça.
-Tás pronta, para ir para a escola? - perguntou ela e eu assenti - Levanta-te, eu ajudo-te.
Levantei-me e ela ajudou-me a escolher a roupa. Vesti uns calções brancos, com uma camisola azul solta e sandálias, olhei-me ao espelho e sorri, ao mesmo tempo que a Victoria me penteava.
-Ainda te dói? - perguntou ela e eu fiz um gesto de mais ou menos com a mão. -Estás linda.
-Só que as mães mentem. Está na descrição do cargo delas. - acusei eu e rimos.
O meu telemóvel apitou, peguei o dizia nova mensagem , abri e li a SMS "Vens à escola? Provavelmente já sabes de tudo, por isso precisamos falar. x- Erica" . A verdade é : eu não estou preparada para falar sobre isso com alguém. Não com um lobisomem.
-Vou andando. - disse , pegando nas chaves do MEU carro.
-Pequeno-almoço primeiro. - avisou ela e eu rolei os olhos, descendo as escadas e indo para a cozinha.
Estava a acabar , quando a Allison entrou na cozinha com o nosso pai e eu saudei:
-Bom-dia, pai. - ele sorriu e beijou-me a testa. A Allison sentou-se ao meu lado e entrou o Gerard.
-Bom-dia, neta. - saudou ele e beijou a testa da Allison que sorriu-lhe, rolei os olhos e ía a sair da cozinha mas o Gerard colocou-se na minha frente.
-Bom-dia, neta. - saudou ele, mas desta vez para mim. Ele ía a dar-me um beijo, mas eu passei ao lado e gritei da sala:
-Tchau mãe e pai! - e saí de casa com a mala e a chaves na mão.
Entrei rapidamente no meu carro e vi a Allison a sair de casa, eu arranquei, e cheguei depressa à escola. Consegui ver ela a chegar quando saí do carro. Caminhei até aos cacifos , e a vi a Lydia a aproximar-se e sorri.
-Olá, Alexia. - saudou e abraçou-me- Ainda bem que voltas-te! Olha vem aí a Allison. - olhei e vi-a entrar.
-Tenho de ir! - exclamei e comecei a andar rapidamente em direção à sala de aula. Esperei, a professora estava atrasada.
-EI! - gritou o Stiles, e vinha a correr na minha direção , eu sorri-lhe. Ele , finalmente, chegou ao pé de mim e eu beijei-lhe o rosto - Estava tão preocupado, Lexi!
-Estou bem. - disse, e depois lembrei-me da Allison - Ou não.
-Então? - perguntou ele, e fomos entrando na sala ,o professor chegou agora.
-Eu e a Allison discutimos feio , Sty. - respondi, triste - Ela está uma autentica obcecada!
-Nós sabemos. - disse ele e sentou-se ao meu lado. Virei-me para ele.
-E eu estou confusa, sabes? - perguntei, ele assentiu e apontou para o professor/treinador que já tinha iniciado a aula , o que me fez voltar para o quadro. Mas notei que o Scott não estava na sala. Mas no mesmo momento ele entra e eu desvio o olhar e a cara.
-McCall! - exclamou o treinador - Atrasado , outra vez, SENTA-TE! - Scott obedeceu e teve logo de se sentar à minha frente, sério?!
-Alexia? - chamou ele, e eu ignorei - Por favor, posso explicar? De certeza que te contaram a versão deles. - eu olhei-o e ía responder, mas o treinador falou para o Scott:
-McCall, sabes uma coisa?- Scott negou com a cabeça - Foste proibido de jogar! Pelas tuas notas!
-Gerard...- sussurrou o Stiles e eu olhei para o lado, ele assentiu .
-Como? Não podem! - exclamou Scott .
-Podem , e fizeram, TUDO PORQUE ESTÁS SEMPRE DESATENTO! - gritou o treinador e continuou a gritar para o Scott.
-Treinador. - interrompi eu, levantando o braço.
-Diz, Argent! - pediu ele grosso e eu exclamei:
-Mas sem o Scott, não temos grandes chances de ganhar!
-E achas que não sei?! - perguntou ele e depois falou calmamente - Mas enfim, vamos continuar a aula.
A aula continuou, e passou depressa. Quando tocou , eu levantei-me depressa e saí da sala, a correr, mas alguém me segurou o braço. E então arrastou-me para uma despensa e fechou-nos lá. E consegui ver quem era, já estava a adivinhar.
Pov. Autora
Alexia conseguiu ver o rosto de Scott, e largou-se dele.
O rapaz queria apenas que ela o entendesse, pelo menos ela. Além disso precisa dela.
-Deixa-me explicar!- pediu o jogador de Lacrosse.
-Eu explico, Scott. - disse Alexia e começou a explicar o que lhe contaram a ela, na noite anterior, assim como o que ela passou na delegacia, o que Allison se tornou e contou-lhe o que ela era. Nessa parte ele não sabia que dizer. Ela adorava tanto mistérios que ela se tornou um, pensou Scott.
-Então agora preciso de te pedir uma coisa, Lexi. - disse Scott, com um sorriso nervoso.
-Fala. - disse ela .
E ele explicou-lhe o seu plano. Mesmo a rapariga não querendo acreditar, ele fê-la acreditar, com apenas as palavras.
Porque apesar das mentiras, ela sentia que podia acreditar em Scott ,cegamente, e ele nela.
E agora não havia segredos, entre melhores amigos.
-Eu faço-o, vou mesmo fazê-lo! - exclamou Alexia, determinada.
-Porque queres tanto fazer isso? - perguntou Scott, rindo da determinação da sua amiga.
- Porque disseram-me para não te ajudar.
- Vamos! - disse Scott, colocando o braço por cima dos ombros dela e sorrindo.
Antes de saírem espreitaram para o corredor e não viram ninguém, então saíram.
Começaram a rir.
- Gosto do teu riso. - comentou o rapaz.
- E eu gosto que me faças rir! - exclamou ela e ele recorreu à sua audição aguçada para escutar o coração de Alexia. Ela não lhe estava a mentir, ela não o faria.
Pov. Alexia
O resto do dia passou depressa e encontrei a Erica antes de entrar no carro. Conversamos e expliquei-lhe tudo, somos melhores amigas e eu não consigo evitar, são meus amigos.
A familia Argent está tão enganada e eu posso provar o contrario. Estão todos cegos.
Cheguei agora em casa e estavam todos já na sala, mas faltava o Gerard.
-O Gerard? - perguntei a todos, sorrindo.
-Aqui. - respondeu ele e todos olhamos, eu sorri largamente. E levantei-me.
-Allison. -chamei, olhando para ela e olhou-me - Desculpa pelo que te disse. Tinhas toda a razão.
-A sério? - perguntou ela levantando-se e eu assenti. Ela abraçou-me, e eu queria chorar, mas as lágrimas não vinham. Pareciam inundar o meu corpo e eram lágrimas que queimavam, mas não saiam. E eu não estava assim, por ter estado chateada com a Allison, mas sim por estar a mentir-lhe. A eles.
-E porque me procuravas, querida? - perguntou Gerard.
-Porque ... - disse olhando para os meus pais - Quero me tornar uma caçadora. E quero que o avô me treine.
Todos me olhavam espantados. Os meus pais sorriam triste e a Allison e o Gerard sorriam abertamente.
Ele estendeu-me a mão , a mim e à Allison, e nós agarramos. Iniciamos os treinos, nessa mesma noite e estendeu-se pelo fim-de-semana todo. A verdade é: estou tão forte e boa como a Allison, se não melhor.
É muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando. Porque enganar dói e esse é o problema da dor, ela precisa ser sentida.
E percebi que o que levara os meus amigos e familia a mentir para mim foi o amor. Assim como eu estou a mentir para eles.
Amor faz de nós uns mentirosos.
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Reviews pessoaaaal , fico à espera ((:
Gostaram ? :b
Como sempre,
Kiss ♥