Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 74
A Ultima Lua Cheia


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY AMORES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Olha quem voltou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu sei, eu sei... levei mais tempo do que eu disse... mas, gente, vocês não tem ideia de como minha vida ta bagunçada... enfim... consegui me organizar para escrever(estou sacrificando minhas series por isso) e voltei :)
Bom, desculpem... e desculpem mais uma vez, mas acho que não vou conseguir responder os comentarios dos dois ultimos capitulos... foram mto ( O/ ) e eu REALMENTE to sem tempo para isso, mas podem ter ctz de que eu li todos... vcs sabem que eu sempre respondo todos, mas dessa vez não vai dar :'(
Mas continuo respondendo todos a partir de agora...
E muuuuuuuuuuuuuuuuito obrigada por serem tão compreensivos quando eu disse que ia entrar em "hiatus", mesmo achei que vcs iam me bater, mas ao invés disso me mandaram mensagens fofinhas e compreensivas :D
Amo vocês seus lindos...
Enfim, sobre o capitulo... eu acho que eu não consegui mto bem colocar em palavras oq eu queria com esse capitulo, maaaaaaaaaaaaaas espero que vocês gostem :)



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O despertar da manhã pareceu se prolongar por semanas. A mulher, sentada no sofá com o olhar fixo no nada, retorcia os dedos da mão nervosamente sobre a barriga protuberante. Ela tentou relaxar e fechar os olhos por alguns segundos, expirando profundamente. Nada parecia funcionar.

Tinha sido assim a noite inteira. Ela passou a madrugada toda andando nervosa pela casa, lançando olhares irritados para o relógio que insistia em andar devagar, cada vez que passava por ele. Ela também alisava a barriga constantemente. Isso era a única coisa que conseguia dar um mínimo segundo de calma para ela.

As noites inteiras de espera, medo e preocupação sempre eram terríveis, mas ela achava que essas primeiras horas da manhã eram as piores, todos os medos começavam a crescer, e, só ali, o relógio parecia correr, levando rapidamente os minutos a mais, só fazendo a insegurança dela crescer com a demora sempre prolongada.

Para ela, uma eternidade tinha se passado quando ela ouviu um barulho na porta de entrada e soltando exclamações de alivio correu o mais rápido que conseguiu até lá, abrindo o portal para encontrar Remus Lupin caindo fraco para dentro da casa.

Tonks amparou o marido o melhor que conseguiu, guiando-o até o sofá e fazendo-o se sentar. Ela mordeu preocupada os lábios e sem dizer nada tirou o mais rápido e cuidadosamente possível o casaco e a camiseta dele.

Profundos e feios cortes marcavam o corpo do homem, o sangue escorria pelo tronco junto a marcas grandes de mordidas. Dora fez uma careta, sentou-se do lado dele no sofá e começou a mexer nos inúmeros frascos de poções que havia separado durante a noite e deixado na mesinha de centro.

– Não foi uma boa noite. – Remus murmurou.

Tonks beijou levemente o ombro dele e continuou seu trabalho de limpar feridas e aplicar poções nos ferimentos do marido. Ela queria dizer algo, mas tinha certeza de que naquela hora nenhuma palavra sairia de sua boca.

– Dora? – Ele chamou depois de alguns minutos, segurando firme no braço do sofá por causa da dor dos cortes, arranhões e mordidas sendo tratados.

– Hum?

– Como... – Lupin começou incerto. – Como é que você vai conseguir cuidar de mim e de um bebê na lua cheia?

– Você não vai começar de novo, vai? – Ela parou por uns segundos de aplicar uma massa amarela gosmenta em uma ferida particularmente feia.

– Não é isso. Não... não vou... eu só estava pensando... como?

Ela levantou uma sobrancelha rapidamente e inclinou levemente a cabeça.

– Eu espero que o bebê não me dê tanto trabalho quanto você me dá na lua cheia. Porque nesse caso eu teria que voltar para o meu plano inicial de colocar vocês dois para adoção.

Ele soltou uma risada fraca pelo nariz e balançou a cabeça negativamente.

– Eu acho que eu dou conta de vocês dois. – A mulher completou sorrindo um pouco.

Ele se virou para ela, beijou a nos lábios e se curvou, fazendo careta, para beijar a barriga dela.

– Eu ainda não terminei. – Ela falou erguendo um pote grande e um maço de algodão para ele ver.

– Não vai adiantar você fazer mais nada agora, Dora. Mais tarde.

Ela entortou a boca, mas concordou.

– Quer comer alguma coisa?

– Não... não agora. Não consigo.

Ele estava pálido, suado e visivelmente enfraquecido, se ajeitou o melhor que pode no sofá, tentando não se deitar sobre as feridas, uma tarefa realmente difícil, já que elas estavam espalhadas pelo corpo todo, e fechou os olhos. Ele adormeceu quase que instantaneamente.

Tonks ficou parada olhando o corpo maltratado do marido e automaticamente seus olhos se encheram d’água. Ela desviou abruptamente o olhar e se encaminhou para a cozinha, onde preparou um chá rapidamente e se sentou na pequena mesa, com a xícara grande a sua frente.

Ela odiava vê-lo assim. Sabia o quanto ele estava sofrendo e sofria com ele. Só podia imaginar a dor física e o mal estar que ele sentia toda lua cheia. Só podia imaginar a dor que ele, um garotinho de cinco anos, sentiu ao ser atacado por Greyback. Não era justo.

Não era justo que ele sofresse assim. Remus era o homem mais gentil e amável que ela já conhecera. Calmo e inteligente, ele entendeu desde muito cedo a repulsa que a maioria das pessoas sentiria se descobrissem seu segredo. Viveu a vida inteira atormentado por isso.

Na verdade, viveu a vida inteira na reclusão, no preconceito e na pobreza. Tudo por que Greyback decidira fazer o pai dele pagar por suas palavras. Resolveu esbanjar toda sua crueldade e podridão em um garoto de cinco anos de idade. Decidiu acabar com a vida de alguém tão cedo.

Grossas lágrimas começaram a escorrer pelos olhos de Tonks e cair sobre a barriga e o corpo dela foi balançado por fortes soluços. Mas ela se recompôs o mais rápido que conseguiu, enxugou as lagrimas, colocou a xícara na pia e voltou para sala, no mesmo momento em que Remus acordava repentinamente e se curvava em direção ao chão, vomitando.

Ela se sentou na beirada do sofá e colocou a mão suavemente nas costas dele enquanto ele continuava a colocar todo o conteúdo do estomago para fora. Passaram se quase dois minutos até que ele erguesse a cabeça e se deitasse devagar outra vez no sofá. Tonks agitou a varinha e toda a sujeira sumiu do chão, depois pegou o conteúdo do maior frasco sobre a mesinha, pôs em um copo e entregou para ele.

– Obrigado. – Ele murmurou.

– Pelo menos você não vomitou em cima de mim, igual eu fiz com você no começo da gravidez. – Ela deu de ombros, sorrindo um pouco.

Um sorriso dolorido se formou no rosto de Remus, os olhos fechados, enquanto ele se deitava outra vez no sofá.

– Não foi um bom jeito de acordar no meio da noite. – Ele falou.

– Não tenho culpa que não deu tempo de levantar ir para o banheiro. Eu estava virada para você na hora.

– Você dormiu? – Ele perguntou, abrindo os olhos e notando as profundas olheiras sob os olhos dela.

– Claro. Tive uma adorável noite de sono. E você?

– Você devia dormir. Não adianta ficar me esperando.

– Eu sei que não. Eu realmente espero que você não apareça por aqui no meio da noite. Mas não consigo dormir. E desse jeito eu treino para quando o Ted nascer. Você devia treinar também, porque se está pensando que vou acordar todos os dias de madrugada sozinha...

– Eu duvido que você vá acordar qualquer dia de madrugada. Ninguém consegue te acordar de madrugada. – Ele interrompeu rindo um pouco.

– Bom, alguém vai ter que dar comida para ele, então eu acho que eu vou ter que acordar. Agora fica quieto, senta e deixa eu terminar de limpar seus cortes.

Ele suspirou um pouco e obedeceu prontamente à mulher, que voltou a mexer nos inúmeros frascos ao seu lado.

– Dora?

– Hum?

– Você tem medo que o Ted nasça como eu, não tem?

– Não, Remus, quero que ele passe exatamente pelas mesmas coisas que você. – Ela revirou os olhos.

Ele ficou em silencio, mais uma vez apenas segurando forte no braço do sofá, com os olhos fechados e respirando fundo. Tonks suspirou alto e continuou:

– É obvio que eu não quero que ele seja um lobisomem, Remus. Eu sei o quanto você sofre com isso e não quero que nosso bebê passe pela mesma coisa. Mas... mas se ele for assim... bom, eu já aprendi a como cuidar de um lobisomem, não é? E... além disso, se ele for como você é, fora da lua cheia... eu não posso imaginar nada melhor que isso.

Ele sorriu, e ainda de olhos fechados disse:

– Muitas vezes que quis morrer durante a lua cheia. Para isso acabar logo. Mesmo na época da escola, com James, Sirus e... bom, o Peter, que foram as luas cheias mais, por falta de outra palavra, fáceis que eu já tive. Mesmo naquela época, varias vezes eu só queria morrer.

– Remus...

– Mas – Ele continuou, interrompendo-a. – Mas agora, mesmo quando a transformação começa, e eu sei o que vai acontecer depois, eu não quero mais isso. Por que agora eu tenho o Ted. Eu não posso deixar ele sozinho só para não sofrer mais com as transformações. Eu não quero deixar ele sozinho só por isso.

Tonks sorriu e afagou o cabelo dele, mais uma vez depositando um beijo no ombro nu do marido.

– Remus, como... como vai ser se ele for como você? Por que... como um bebê pode se transformar?

– Não sei. – Ele balançou a cabeça. – Eu realmente não sei. Eu nunca ouvi falar de um caso assim.

Ela entortou a boca apreensiva e concordo com a cabeça.

– Bom, nós vamos descobrir na próxima lua cheia, não é?

– Por quê? – Ele deu um pequeno pulo no sofá.

– Remus, que tipo de pai você é? – Ela riu e balançou a cabeça. – Tem só alguns dias até ele nascer.

– Eu sei que falta pouco. – Ele sorriu. – Eu só não tinha percebido que na próxima lua ele já vai estar aqui.

– Minha mãe jura que não passa de uma semana até ele nascer, então a não ser que a Terra comece a rodar diferente, esse é a ultima lua cheia sem o Ted.

– A ultima lua cheia sem o Ted... – Ele repetiu em voz baixa.

– É...

– A próxima lua cheia vai ser difícil...


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Notas finais do capítulo

prometo que o proximo capitulo vai ser melhor ;)