Me acordei com um peso em cima de mim. Fui me virando aos poucos e percebi que era Maxon me beijando no ombro. Quando o vi, sorri. Seu cabelo estava todo desarrumado, e mesmo assim, não deixava de ser lindo.

- Bom dia, minha linda esposa? – disse ele escorando a cabeça no meu ombro.

- Bom dia, meu lindo maridinho – disse me virando e ficando de barriga para cima. Maxon estava de lado, escorado no braço.

- Esta melhor hoje? – perguntou ele. Naquele momento, me lembrei do que aconteceu na noite anterior. Coloquei a mão no rosto por causa da vergonha.

- Err... – disse um pouco sem jeito.

- Ei? Esta tudo bem – disse Maxon puxando minha mão do meu rosto.

- Tem certeza? – perguntei a ele.

- Sim senhora – disse ele com um sorrisinho.

Eu e Maxon ficamos na cama por mais alguns minutos. Aproveitamos este tempo para ficarmos só nos beijos. Ele, nem por um momento passou dos limites comigo. Depois nos levantamos para nos arrumar para nossa viagem de lua de mel. Maxon até poderia mudar de roupa na minha frente, mas ele não fez. Ele pegou suas coisas e foi se trocar no banheiro. Senti um pouco de raiva de mim mesma por estar fazendo ele se sentir daquele jeito comigo. Mas também aliviada por ele estar entendendo meu momento delicado.

Dez minutos depois ele saiu do banheiro. Ele usava calça jeans com uma camisa preta. Acho que nunca vou me cansar de admirá-lo. Logo, eu entrei no banheiro e me troquei. Descemos e tomamos um café rápido, pois só tínhamos quarenta minutos segundo Maxon que ainda mantinha segredo do lugar onde passaríamos nossa lua de mel.

Nos despedimos de todos e fomos em direção ao carro que nos esperava. A nossa viagem durou trinta minutos então percebi que estávamos chegando a uma pista de avião. Nós descemos e logo entramos no jato particular. Me lembrei que era o mesmo em que fui trazida de volta para Angeles quando Caleb foi me buscar em Carolina.

- Você não pode me dar uma pista de onde vamos? – perguntei a Maxon que se sentou ao meu lado.

- Isso é surpresa – disse ele pegando minha mão.

- Esta bem – disse a ele. Maxon me puxou para mais perto e me abraçou pelos ombros.

- A única coisa que posso dizer é que a viagem vai durar no máximo doze horas – disse ele.

- Doze horas? – disse o olhando.

- Sim – ele concordou com a cabeça.

- Então é um lugar bem longe – disse.

- Precisamos ficar longe por um tempo, sozinhos, só você e eu – disse Maxon me beijando.

Algumas horas se passaram e logo nos começamos a dormir outra vez. Sabia que Maxon não me contaria de jeito nenhum aonde nos iríamos, então desisti de lutar e deixar por ele, pois sabia que ele sempre me surpreendia. Não sei exatamente o tempo que dormimos, mas de repente senti alguém me balançando de leve. Abri os olhos e vi que era Maxon.

- Amor, chegamos – disse ele me dando um beijo na testa.

- Humm! – me ajeitei na poltrona e me espreguicei, olhei pela janela do avião – está escuro! – disse encostando o rosto na jenela.

- Sim, é madrugada ainda por aqui – disse Maxon se levantando.

- Agora você vai me dizer onde estamos? – insisti outra vez.

- Só quando estivermos no carro – disse ele.

Descemos do avião, e por incrível que pareça o clima era um pouco mais quente apesar de ser madrugada. Quando saímos de Illéa, nos estávamos no outono. Não sei que lugar era aquele, mas o clima era muito bom. Maxon e eu entramos no carro e logo começamos a andar. Mais alguns metros se passaram e percebi que luzes começaram a aparecer. Eram luzes de prédios. Alias, era um lugar muito bonito e iluminado, nada parecido com Illéa, era um lugar com ruas limpas e monumentos grandiosos. Apesar do horário, havia pessoas nas ruas. Já estava muito curiosa.

- Maxon? – disse me virando para olha-lo – você vai me dizer onde estamos? – insisti.

- Sim, esta bem – disse ele.

- Que lugar é este? – perguntei.

- Estamos na ilha de El Dourado – disse ele.

- Ilha? El Dourado? – disse o olhando. Ele concordou.

- Isso mesmo, estamos na America do Sul, Brasil – disse Maxon. Olhei outra vez pela janela completamente maravilhada.

- Sempre achei que ilhas eram desertas – disse.

- Não esta, – disse ele se aproximando da janela também – El Dourado é uma ilha pertencente ao Brasil, um lugar bem moderno como você pode ver – disse ele apontando para os prédios luminosos –este país é um dos lugares mais ricos do mundo.

- Brasil! – disse – Me lembro de ter lido sobre este pais em um livro, mas foi a muito tempo.

- Sabia que aqui, também existe uma família real? – disse Maxon.

- Não, não sabia – disse sorrindo.

- Pois é, o príncipe e a princesa daqui que são casados têm quase a nossa idade – disse Maxon.

- Serio? – perguntei surpresa.

- Sim, e na verdade foi o príncipe daqui que nos cedeu algumas regalias enquanto estivermos em lua de mel. – disse Maxon me abraçando.

- Que bom! E qual é o nome dele? – perguntei.

- Príncipe Gabriel – disse Maxon – e a esposa dele é a princesa Carmen.

- Que incrível! Nós vamos conhecê-los? – disse.

- Talvez sim, provavelmente quando formos jantar em um dos restaurantes do príncipe – disse Maxon.

- Uau! Este pais é incrível – disse.

- É um país livre, e o povo é muito acolhedor – disse Maxon – a família real brasileira é um exemplo de liderança. Aqui não a fome nem pobreza. Eles sempre se preocupam com o melhor. - Percebi nos olhos de Maxon que ele queria que Illéa fosse como o Brasil.

- Quem sabe... quando você for o rei, não consiga transformar Illéa como este lugar – disse dando um beijo em sua bochecha.

- Até pode ser, mas demoraria um pouco – disse ele me olhando.

- Melhor tarde do que nunca – disse acariciando seu rosto – até por que eu irei ajudá-lo – disse.

Então, Maxon me puxou e me beijou. A viagem durou uns trinta minutos e logo nos chegamos a um prédio. Era lindo e parecia luxuoso. Descemos do carro e entramos, então percebi que era um hotel cinco estrelas.

- Sejam bem vindos! – disse um homem de trás do balcão de recepção – o quarto de vossas altezas já esta a espera.

- Muito obrigado – agradeceu Maxon.

O nosso quarto era no décimo andar. Quando entramos, fiquei deslumbrada com tanto luxo. Era parecido com um quarto de realeza mesmo. Então comecei a me aproximar da enorme janela. Puxei as cortinas e de repente fiquei maravilhada. Era o mar. Nosso quarto era de frente ao mar.

- Maxon! Olhe! – disse. Maxon veio em minha direção e olhou pela janela também – que lindo o mar – disse completamente hipnotizada.

- Gostou? – disse ele passando os braços por minha cintura.

- Amei – disse.

- Fico feliz, queria dar a melhor viajem para você – disse ele beijando meu pescoço.

- Vamos poder entrar no mar? – disse me virando para olha-lo.

- Claro que sim! Amanhã mesmo – disse Maxon.

Eu e Maxon estávamos cansados por causa da viajem, então simplesmente nos trocamos e fomos dormir. Fiquei na expectativa no caso de ele querer exercer suas obrigações de marido. Mas nada. Deitamos e apagamos por completo.

Eu e Maxon nos acordamos às três da tarde. Fusos horários diferentes. Logo depois de nos arrumamos, descemos e fomos comer alguma coisa. Nunca tinha comido frutos do mar. Era delicioso. O restaurante do hotel era a beira mar. Parecia o paraíso. Depois de comermos eu e Maxon fomos para o centro da cidade. Caminhamos por tudo. Passamos por barraquinhas de frutas frescas até lojinhas de lembrancinhas com coisas lindas. Maxon, é claro, comprava tudo o que eu queria. E ele tinha razão, as pessoas eram muito simpáticas e calorosas. Eu e Maxon caminhamos bastante e logo nos sentamos em um banco para comer um sorvete.

Caminhamos mais um pouco. Estava cheia de sacolas, e então percebi que Maxon não tinha nenhuma. Pensei que poderia lhe comprar algo. Mas o que? Iria ter que procurar, mas sem ele.

- Maxon? – o chamei. Nos estávamos abraçados enquanto caminhávamos pela cidade.

- Sim – disse ele se virando para me olhar.

- Preciso ir a um lugar – disse.

- Claro! Onde? – disse ele parando.

- Bem... err... você não pode ir junto – disse alisando minha saia.

- Por que não? – disse ele surpreso.

- Maxon, preciso que confie em mim, está bem? Dê-me mais ou menos uma hora – disse alisando sua camisa.

- Mas você não pode ir sozinha.

- Uns dos seguranças vão comigo então – disse a ele. Maxon começou a pensar.

- Maxon? – o chamei.

- Está bem, mas você vai acompanhada por um dos seguranças – disse Maxon se virando e fazendo sinal para um dos homens e pedindo que me acompanhasse.

- Obrigado meu bem – disse dando um beijo nele.

- Mas só uma hora! Se passar disso, vou ter que ir atrás de você – disse ele segurando minhas mãos.

- Esta bem, não se preocupe – disse.

Logo, me separei de Maxon. O segurança ficava por perto me observando. Comecei a caminhar pelo centro da cidade procurando um lugar para comprar um presente para Maxon. Ele me dava tantas coisas, e até agora não tinha dado nada a ele. Caminhei mais alguns metros quando me deparei com uma lojinha diferente. Ela possuía muito itens para fotografia. Me lembrei que Maxon adorava fotografia. Certa de que ali acharia o presente perfeito para ele, entrei.

O lugar era ambientado por temas sobre fotografia. Maxon amaria aquele lugar! Um homem se aproximou para me atender.

- Posso ajudá-la? – perguntou o homem gentilmente. Algo que também reparei, era que as pessoas falavam bem o inglês. Incrível!

- Sim, por favor, gostaria de presentear meu marido, ele ama fotografia – disse ao homem.

- Então está no lugar certo – disse ele me levando até o balcão.

- O que ele ainda não tem sobre fotografia? – perguntou o homem.

- Bem... as únicas coisas que ele tem, são as suas máquinas – comecei a pensar melhor – pelo menos, e só isso que eu me lembro.

- Humm! – o homem começou a pensar.

- Gostaria de dar algo diferente a ele – disse.

- Acho que sei de algo que ele possa gostar – disse o homem indo em direção a outro balcão – você disse que ele gosta muito mesmo de fotografia não é? – perguntou o vendedor.

- Sim, muito – concodei.

- Então, olhe isto – o homem colocou uma caixa em cima do balcão.

- O que é isso? – perguntei curiosa.

- É um kit de livros sobre fotografia – o homem abriu a caixa e lá havia três livros grandes. Muito bonitos. – aqui fala sobre a história da fotografia, as fotos históricas do mundo, fotos artísticas, ilustrações de todas as maquinas que já existiram, entre outras coisas.

Peguei um dos livros na mão. Eles eram de capa dura. Comecei a folhar as páginas e me encantei com tantas coisas interessantes. Maxon, com certeza iria gostar.

- É incrível! Vou levar – disse ao homem.

- Uma ótima escolha. Tenho certeza que seu marido vai gostar – disse ele arrumando os livros dentro da caixa.

- Espero que sim.

- Quem ama fotografia, ama estes livros também – disse ele levando a caixa para o outro balcão.

- Por favor senhor, embrulharia para presente? – perguntei.

- É claro!

O vendedor embrulhou o presente de Maxon. Era um papel prateado com um laço vermelho. Ele colocou em uma sacola e logo paguei. Fiquei orgulhosa de conseguir achar algo que ele poderia gostar. O segurança estava me esperando do lado de fora da loja e eu entreguei a sacola a ele e pedi que colocasse no carro para que Maxon não visse. Ele obedeceu. Então percebi que faltavam poucos minutos para voltar. Comecei a me apresar, senão Maxon iria atrás de mim.

Me aproximei do lugar onde Maxon me esperaria, e como prometido, ele estava lá a minha espera. Quando ele me viu, ele bateu o dedo em cima do pulso, fazendo de conta que era um relógio. Entendi o que ele estava se referindo.

- O que? Eu cheguei a tempo – disse com um sorriso inocente.

- Sim, eu sei – disse ele me pegando pela cintura – mas o que eu estava querendo dizer é que está na hora de nós irmos para a praia.

- Praia? – disse toda feliz.

- Você não disse que gostaria de ir? – perguntou ele me puxando mais próximo.

- Sim, é claro! Então vamos! – disse o puxando pela mão.

- Achou o que queria? – perguntou ele.

- Err... sim – disse me aproximando da porta do carro.

- E o que é? – perguntou ele curioso. Me virei para olha-lo.

- Isso é surpresa! – disse com um sorrisinho.

 Entramos no carro e partimos para o hotel para depois irmos para a praia.