A Realeza - Casamento Real escrita por Mia Golden


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!
Está aí o capítulo 20.
Hoje mesmo sai o capítulo 21.


MGolden ♥



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Capitulo 20

Já estávamos há um pouco mais de uma hora no ar. Eu estava recostada na poltrona aconchegante do avião sonhando com as poucas, mas, maravilhosas palavras de Maxon. Sentia-me mais aliviada por saber que ele tinha me perdoado, e agradecida a Aspen por ter dado sua palavra.

Mas é claro que nem tudo ainda estava bem, pois, teria que confrontar o rei Clarkson e fazer os que os rebeldes queriam. Convencê-lo a acabar com as castas. Quando olhei para a janela, percebi que estávamos chagando e daqui a alguns minutos colocaria meus pés outra vez no palácio real.

Quando enfim estávamos em solo, um dos rebeldes foi à frente para me ajudar a descer do avião. Caleb estava logo atrás de mim. Quando caminhamos mais um pouco avistei um carro a nossa espera. Ele nos levaria para o castelo.

- Então senhorita? Preparada? – disse Caleb abrindo a porta do carro para que eu entrasse.

- Sim – disse seguido de um suspiro. E entrei no carro.

- Está bem então – ele disse entrando no carro também.

Demoramos cerca de meia hora para chegar até o castelo. Quando estava próximo a ele percebi muitas pessoas nas ruas, elas estavam em frente ao portão do palácio. Pareciam preocupadas. É claro! Elas estavam com medo de saber que a nação estava sobre domínio dos rebeldes e assustadas querendo saber noticias da família real. Para o povo, os rebeldes eram o tipo de pessoas que eles deveriam abominar, pois, o próprio rei colocou isso na cabeça deles, mas eu percebi que não era assim, eles só eram mal interpretados e se muitas vezes tinham reações violentas, eram por que queriam ser mais vistos e ouvidos. Pois eu via em Caleb, ele é um sulista, e desde o primeiro momento que eu o conheci percebi que existia uma pessoa boa.

Passamos por aquele mar de gente, e logo entramos no pátio do castelo. Quando desci do carro vi pouco estrago. Acostumada a presenciar a bagunça que os rebeldes faziam quando invadiam o palácio, principalmente os sulistas, percebi que eles foram muito espertos no plano de ataque. Provavelmente pegaram a todos de surpresa.

- Vamos entrar senhorita – disse Caleb.

- Quero ver o Maxon – disse.

- Como eu disse o príncipe esta longe – disse ele – e também não sei para onde o levaram. Mas primeiro venha! – disse apontando para a estrada do castelo – quero lhe apresentar meu pai, senhorita. – concordei com a cabeça e entramos.

Chegado lá dentro, o lugar estava tomado por rebeldes. Alguns sentados nas poltronas, alguns no chão, outros bebiam, tudo estava de pernas para o ar. Lá dentro estava mais bagunçado do que do lado de fora.

- Onde está seu pai Caleb? – perguntei a ele.

- Ele está ali – disse ele apontando para um homem que estava de costas conversando com outro – venha! – disse Caleb me puxando pela mão. Quando nos aproximamos, o homem se virou, viu seu filho e sorriu e depois olhou para mim. Era o Coronel Walters.

- Pai –disse Caleb – olha quem está aqui! – Eu o olhava incrédula. O Coronel Walters era um rebelde! E ainda um sulista!

- Senhorita America – disse ele com simpatia – que bom que esta de volta.

- Err... obrigado – disse o olhando ainda surpresa.

- Pelo jeito conheceu meu filho – disse ele abraçando os ombros de Caleb – ele foi bonzinho com você? Por que se não foi, darei um jeito nele. – disse ele com um jeito brincalhão olhando para o filho. Caleb sorriu e eu também.

- Sim, ele foi muito atencioso comigo – disse sinceramente.

- Isso é ótimo – disse o coronel – quer conhecer minha filha?

- Sua filha?

- Sim, ela está aqui também.

- Bom... é claro. – disse com um sorriso forçado. Queria logo ver Maxon!

- Fran? – chamou o Coronel Walters. Uma menina, pouco mais jovem do que eu se levantou e veio em nossa direção.

- Papai – disse ela se aproximando. Ela me viu e fez uma reverencia. Fran era muito parecida com Caleb.

- Essa é uma de minhas filhas – disse o coronel – como eu tinha lhe dito na primeira vez que nos vimos, ela ama a senhorita. – disse ele abraçando a filha.

- Papai – disse ela parecendo encabulada.

- Obrigado – agradeci.

- Não se lembra de mim, senhorita America? – perguntou Fran.

- Não! – disse a olhando melhor se me lembrava de alguma coisa – desculpe.

- Pois eu me lembro – ela começou – eu lhe vi em cima da árvore em um dos nossos ataques. Se lembra de mim agora? – disse ela sorrindo.

Me lembrei sim! A garota que fez uma reverencia para mim quando me escondi em uma árvore em um dos ataques rebeldes. Então é ela!

- Nossa! – disse surpresa – É claro que eu me lembro agora.

- Sempre gostei de você – disse ela com um sorriso amoroso – alias, eu e minha irmã mais nova. – disse ela. De repente percebi que ela ficou triste, quando olhei para o Coronel Walters e Caleb, eles também pareceram tristes.

- O que ouve? – perguntei colocando a mão em seu ombro.

- É que ela está muito doente senhorita – disse ela com um olhar de partir o coração.

- E o que ela tem? – perguntei.

- Ela está com principio de pneumonia – disse Fran.

- Eu sinto muito – disse de coração – e como ela se chama? – perguntei.

- Ela se chama Iris, tem nove anos – disse ela com os olhos cheios d’água.

- Eu sinto muito, de coração! – disse colocando a mão no peito.

- Por isso senhorita America – disse o coronel – precisamos de sua ajuda.

- Esta bem, só me diga o que tenho que fazer – disse.

- Venha comigo, por favor – disse ele. Eu o acompanhei.

O Coronel Walters e seus filhos começaram a me levar até as escadas. Quando subíamos percebi que estávamos indo em direção ao gabinete do rei Clarkson. Só de me lembrar da ultima vez que subi aquelas escadas, eu tremia. O coronel parou na porta e se virou para mim.

- Acredito que meu filho lhe contou mais ou menos por cima o que tem que fazer, não é senhorita? – perguntou o coronel.

- Sim senhor – disse.

O coronel suspirou. Parecia exausto. Pegou minhas mãos e me olhou nos olhos: - Senhorita – começou ele – todo o nosso destino, depende da conversa que terá com o rei – ele disse – precisamos muito que fale por nós. Precisamos de esperança. Você é nossa esperança! – ele disse com os olhos brilhando. – Sabia que estava emocionado, e também sabia que minha conversa com o rei poderia ter algum resultado positivo, pois, ele tinha uma filha doente que poderia morrer se caso não acabasse com as castas. Eles precisavam de ajuda.

- Eu sei o que quer dizer, coronel – disse o olhando – eu ouvi seu discurso, e como citou a parte sobre o “futuro dos nossos filhos”, entre outras coisas. – disse. Ele só baixou a cabeça. Ainda segurava minhas mãos.

- Nós somos muito mal interpretados senhorita – disse ele agora olhando para mim – se atacamos, é para lutarmos por nossos direitos. Também somos filhos de Illéa. Nós não escolhemos nascermos pobres, existem muitos em nosso meio que poderiam ser um dois ou até mesmo da elite – ele continuou – também temos nosso valor.

- Agora eu vejo isso – disse olhando para Caleb e Fran.

- Então, boa sorte! – disse ele me puxando e me abraçando – vou entrar junto – ele disse e se virou para os filhos – Caleb e Fran, vocês ficam aqui fora vigiando para que ninguém entre, está bem? – disse ele. Os filhos concordaram.

O coronel abriu a porta e então foi quando eu avistei todo o gabinete do rei revirado. Os belos quadros e aquelas esculturas todas destruídas. Havia mais ou menos uns cinco rebeldes por ali. Mas eu não via o rei Clarkson.

- Por aqui senhorita America – disse o coronel me guiando mais para dentro da sala. – De repente o susto. O rei estava sentado no chão, suas roupas, pelo que eu via, estavam sujas de sangue e um pouco rasgadas. Ele estava de cabeça baixa.

- Olhe para mim – disse o coronel com os dentes cerrados. Ele falava com raiva. Nem parecia o homem que eu conversava há pouco. Ele insistiu falando mais alto – OLHE PARA MIM.

Quando o rei Clarkson levantou a cabeça, o choque. Ele estava com o rosto machucado. O seu olho esquerdo estava inchado e roxo. Por um momento até senti pena do homem. Mas só um pouco! Devagar o rei olhou para mim.

- Se levante – ordenou o coronel. Devagar o rei se levantou. Ele parecia com dor.

O coronel continuou: - Se curve para ela – ordenou o coronel mais uma vez. – Aquilo me pegou de surpresa, então olhei para o Coronel Walters. Ele parecia soltar fogo pelas ventas.

- Se não se curvar, faço você se curvar – disse ele dando um passo para frente.

- Coronel? – o chamei e ele se virou para mim – Me deixe conversar com ele, por favor! – implorei a ele. Não precisava que o rei se curvasse diante de mim. Só precisava do seu respeito e sua benção para me casar com Maxon. Só isso!

- Tem certeza? – ele perguntou.

- Sim, eu tenho.

- Está bem, qualquer coisa pode chamar – disse ele se afastando e fazendo sinal para os outros homens saírem com ele. Ouvi quando fecharam a porta.

Olhei para o rei Clarkson. Ele estava em silêncio. Ele olhava a janela. Sabia que estava com responsabilidades, mas, precisava confronta-lo. Naquele momento eu tinha o poder nas mãos.


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