When I Look In Your Eyes escrita por Pétala
Notas iniciais do capítulo
Como prometido, mais um cap.
Levantei da cama fiz minha higiene e fui até a cozinha, encontrei Carly já tomando seu café.
- Bom dia dorminhoca.
- Bom dia, nem acordei tão tarde assim.
- Sam já são 10 horas, ta tarde sim. O que a gente vai fazer hoje?
- Tô sem idéia.
- Que tal irmos ao Quimera?
- Ah não Carly eu já passo a semana lá, não to afim de ir na minha folga também não.
- Certo, vou falar com o Brad vejo se ele tem alguma idéia aí te digo.
- E lá vou eu segurar vela de novo.
- Ah Sam deixa de ser implicante que a gente nunca te deixa segurando vela não viu, sempre lhe damos atenção.
Meu celular começou a tocar. Seria ele?
-Ah, Carly eu não conheço esse número. Será que é o Freddie? – Eu estava bem nervosa e o som de heart atack ecoava pelo apartamento enquanto Carly ria do meu desespero.
-Você só vai saber se atender.
-Certo. – Respirei fundo. - Alô?
Ouvi a voz de o outro lado me responder um “oi Sam” animado, pude confirmar que era ele e toda calma foi embora. Fiquei uns dez segundo sem responder e ele prosseguiu.
-É...Quem ta falando aqui é o Freddie, tudo bem? – Ele parecia nervoso, talvez com medo da minha ração depois do ataque bipolar de ontem.
- Tudo ótimo Freddie, e você?
-Um pouco cansado ainda de ontem, não dormi muito bem, mas está tudo tranqüilo fora isso. Então, Sam eu consegui seu número com a Carly ontem porque eu queria marcar alguma coisa pra gente botar o papo em dia. Você ta livre hoje?
-Ah, espera um minuto Freddie – coloquei o telefone no mudo e me virei pra Carly que me olhava com um sorriso sugestivo.
-O Freddie me chamou pra sair – o sorriso dela aumentou – não é um encontro, ele só quer botar o papo em dia. O que eu falo?
-Vê o que ele tem a propor, como você disse não é um encontro e vocês são amigos, qual o problema em aceitar?
Tirei o telefone do mudo e voltei a falar com ele.
- Desculpa a demora Freddie é que a Carly ta aqui, e você sabe como ela é chata quando quer – reprimi um urro de dor quando Carly me repreendeu com um beliscão – mas o que a gente tava falando mesmo?
-Eu te perguntei se você ta livre hoje, a gente podia fazer alguma coisa, talvez um cinema, o que você acha?
Eu pus a mão no fone e sussurrei pra Carly “cinema” ela fez sinal de positivo com a mão.
-Por mim tudo bem Freddie.
-Eu posso passar na sua casa?
-Não precisa se incomodar, eu te encontro no shopping.
-Pra mim não é incomodo algum e é bom que aprendo logo onde é sua casa, só me passa o endereço.
Passei meu endereço para ele e continuei.
-Tem um filme muito show que eu to louca para assistir é – fui interrompida por Carly pigarreando e me estendendo a mão pedindo o celular – Freddie a Carly quer falar com você, tudo bem?
-Ok, pode passar – ele falou confuso.
-Oi Freddie é a Carly, tudo bem? – Ela se calou ouvindo-o – comigo tudo ótimo, só queria te falar umas coisinhas, ela vai perturbar você o tempo todo para assistir um filme de terror, mas você não vai ceder, ta me ouvindo? – eu não acreditava que ela ia fazer isso – Porque ela sempre tem pesadelos quando assisti a um filme assim – Eu belisquei-a e ela deu um de seus gritinhos frescos – Tchau Freddie, se eu passar a lista do que não pode fazer ela vai querer me matar – Ela me passou o celular e eu a olhei incrédula. Tapei o fone com a mão e lhe disse – você me paga Carly Shay – Ela nem parecia abalada com a ameaça – Oi Freddie, Sam de novo. Desculpa a gracinha da Carly viu, é que ela é toda cheia de graça.
-Nem precisa se desculpar, eu já conheço a peça, mesmo assim nada de filme de terror pra você viu – Ele falou autoritário.
-Mas é exagero dela. Deixa pra lá, quando chegarmos a gente decide longe da presença de certas pessoas intrometidas – Carly revirou os olhos irritada e ouvi a risada de Freddie.
-Ok então. Eu passo aí as seis, tchau e até mais tarde.
Desliguei o telefone enquanto dirigia minha atenção à história de Carly.
-Ahhh, mentira! Já pro teu quarto, vamos te arrumar!
- Estou tão horrorosa assim que eu tenho que e arrumar com sete horas de antecedência?
-Claro que não, então se você não vai precisar da minha ajuda, eu tenho que resolver umas coisas em casa. Você vem comigo?
-Não, eu vou ficar em meu apartamento, tenho que arrumar esse lixão mesmo, e amanhã começa a rotina.
-É verdade, ta precisando mesmo.
-Ei também não precisa concordar neh!
- Mas é verdade. Tchau! – Ela levantou, pegou a bolsa em cima do sofá e saiu.
Comecei a faxina e a situação tava mesmo crítica, porque quando olhei no relógio já eram cinco horas. - Cinco horas! - Corri para o meu quarto e comecei a me arrumar. Coloquei uma música alta para evitar a confusão de pensamentos que invadia minha mente, 10 anos mudam muita coisa, eu não sabia como agir com ele, pois não defini o que ele significava para mim e tampouco sabia o que eu significava para ele.
Vesti uma saia cintura alta, preta com uma t-shirt, coloquei um sapato casual e passei apenas um lápis de olho e um batom cor de boca, quando o interfone tocou. Olhei meu relógio, seis horas em ponto.
-Dona Samantha, tem um rapaz aqui chamado Freddie querendo subir – Era Joe, o porteiro.
-Pode deixar eu já vou descer – desliguei o interfone, peguei uma bolsa pequena, o celular, a carteira e saí. Respirei fundo. – É Samantha, é agora.
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Quero saber o que acharam. Espero que tenham gostado.