Now Link, fill up your hearts so you can shoot your sword with power

And when youre feeling all down the fairy will come around

So you'll be brave, and not a sissy coward - System Of A Down, The Legend Of Zelda

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Fomos à arena e Percy e Annabeth seriam os instrutores. Lá estavam Nicolly, Kamilla e mais alguns campistas que eu não conhecia.

Percy nos deu uma demonstração de como desarmar um inimigo, usando um dos bonecos de treinamento. Depois pediu para que tentássemos sozinhos.

Eu não conseguia de jeito nenhum. Percy tentou um monte de espadas diferentes, mas ou espada pesava muito na minha mão, ou era muito leve, ou era muito longa.

– Definitivamente não. – disse ele tirando a última espada que ele me entregara e que eu quase cortara meu próprio pé ao tentar pegá-la. – É, vamos ter que mandar fazer uma para você. Vamos até as forjas ver se alguém pode fazer uma agora.

Fomos caminhando em direção às forjas. Era enorme, parecia um galpão com chaminé do tamanho de uma casa. Por dentro, era cheia de máquinas que zumbiam e vários campistas estavam forjando armas.

– Ei – gritou Percy – Alguém pode fazer uma espada agora?

– Claro – disse Leo Valdez. Me lembrei dele pelo rosto de elfo, ele era muito fofo.

– É para ela. – disse Percy. – Eu tentei todas as espadas do arsenal, mas nenhuma dá certo. Não se assuste se não conseguir fazer uma que sirva para ela. – ele se virou para mim. – Não se preocupe, aconteceu o mesmo comigo quando cheguei. Nenhuma espada servia porque eu já estava destinado à uma espada – ele tirou algo do bolso e me mostrou. Era uma incrível, emocionante e poderosa... caneta.

– É sério isso? – eu disse rindo. Então ele destampou a caneta e ela se transformou em uma espada de bronze com um tridente e uma inscrição em grego no cabo, que eu, por alguma razão, entendi: Anaklusmos. Contracorrente. (N/A: Momento estapeamento à la The Sims u.u). – Uau. – eu disse.

– Então, Leo, não se assuste se não conseguir forjar uma espada para ela. – disse ele com um sorriso no rosto. – Tchau, então. Me procure depois que a espada estiver pronta.

E saiu andando. (N/A: Jura? pensei que ele ia sair voando, igual os filhos de Zeus!)

– Ok – disse Leo. Então ele me puxou para  uma das fornalhas vazias e pegou uma fita métrica. – Qual é o braço da espada? – ele perguntou.

– Não sei. Acho que o direito. Eu sou destra.

– Certo – disse ele. E começou a medir meu braço, minha altura e até os meus dedos. Anotou tudo num bloco e me perguntou: – Vai ser no formato do que?

– Como? – eu disse, sem fazer a menor idéia do que ele estava falando.

– A espada de Percy se transforma numa caneta. A de Jason se transforma numa moeda romana. A sua vai se transformar no que? Tem que ser algo que possa ser facilmente disfarçado, como um anel ou um broche.

– Atá. Acho que poder ser no formato desse anel. – eu lhe mostrei meu anel de caveira.

– Ok. – ele disse. – Posso? – disse ele apontando para o anel.

– Claro – eu disse, lhe entregando o anel. Ele o pegou e fez um esboço num caderno de rascunho do anel e da espada. Ele também escreveu muitas contas e medidas que me davam dor de cabeça só de olhar. Depois ele foi a um lugar cheio de metais dourados.

– Bronze Celestial ou Ouro Imperial? – ele me perguntou.

– Ahn... – eu devia estar com a maior cara de ponto de interrogação, porque ele riu. – Ei, eu cheguei aqui ontem, ok? Ainda não aprendi sobre isso!

– Você é grega ou romana? – ele disse, ainda tentando controlar o riso.

– Grega – disse alguém atrás de mim. Me virei e vi Nico di Angelo parado na porta das forjas. – Percy disse que ela foi reclamada por Poseidon, não Netuno. – e então acrescentou: – Olá, para vocês.

– Oi – eu disse. Leo apenas acenou com a cabeça.

– Ok – disse ele. – Bronze Celestial, então.

– Quíron pediu para eu vir te avisar que ele quer falar com você quando Leo terminar de fazer sua espada. – disse Nico virando-se para mim.

– Tá – eu disse.

Ele assentiu e saiu.

 – Posso te perguntar uma coisa? – eu disse me virando para Leo.

– Pode.

– Como Percy nunca perdeu a espada/caneta dele?

– Ela é encantada para voltar ao bolso dele sempre que ele a perder. Vou fazer o mesmo com a sua.

– Ah.

– Qual vai ser o nome da espada? – ele perguntou.

– Que tal... Ceifadora?

Leo riu e começou a forjar a espada. Eu o observava, fascinada, como ele era rápido ao modelar o bronze. Cerca de meia hora depois ele tinha construído a espada. Ela tinha cerca de noventa centímetros e era afiada como uma navalha. Ele a encantou para que ela voltasse à minha mão se eu a perdesse. Na base da espada estava escrito θεριστής (Teristys, ou seja, ceifadora). No cabo havia o desenho de uma caveira igual ao meu anel, que ele tocou e a espada se transformou num anel igual ao meu.

– Legal. – eu disse. – Muito legal. – eu estava fascinada. Uau. O garoto forjara uma espada encantada. Ele me entregou o anel e eu pulei no seu pescoço e o abraçei. – Obrigada. – eu disse.

– D-de n-nada – gaguejou ele.

– Acho que o Quíron está me esperando – eu disse, me soltando dele e colocando o anel no meu dedo. – Tchau e obrigada de novo!

– Tchau – disse ele.

Saí correndo das forjas e fui para a casa grande. Quíron me esperava lá.

– Olá, criança. – disse ele.

– Olá, Quíron. – respondi.

– Quero que conheça o nosso diretor, o deus Dioniso, ou, como ele prefere ser chamado por semideuses, o  Sr. D. – disse Quíron me levando em direção à um canto da sala onde estava um homem pequeno, mas gorducho. Tinha nariz vermelho, grandes olhos chorosos e cabelo cacheado tão preto que era quase roxo. Parecia uma daquelas pinturas de anjos-bebês, como... como... como querubins. É isso. Ele parecia um querubim que chegou a meia idade em um acampamento de trailers. Usava uma camisa havaiana com estampa de tigres e uma bermuda larga. Jogava numa máquina de Pac-man e reclamava dos fantasminhas e dizia insultos para Blinky. – Sr. D, essa é Celynne Fonseca, nossa nova campista, filha de Poseidon.

– Outra? – disse ele. – Não chegou uma semana passada? Nataly, eu acho.

– Nicolly, Sr. D – corrigiu Quíron educadamente.

– Sim, sim, isso. – disse ele com desdém e pausou o jogo. – Bom, acho que devo dizer: Bem-vinda ao Acampamento Meio-Sangue, mas não espere que eu esteja feliz por ter você aqui. – disse ele, e eu pensei rápido. Eu podia ser uma excelente bajuladora quando queria, e eu acho que ter o diretor do meu lado poderia ser bom.

– Claro, muito obrigada, Sr. D. Eu acho que vou me dar muito bem aqui, já que você e Quíron são os diretores. – eu disse, tentando colocar o máximo de respeito e admiração na minha voz. Ele me olhou com um pouco menos de desdém.

– Você fala bem, menina. Carine, não é?

– Celynne – corrigi o mais pacientemente possível.

– Isso, isso. Bem, seja bem-vinda, então. – e voltou a jogar Pac-man.

– Muito bem – disse Quíron para mim. – Posso ver sua nova espada? Nico disse que você tinha pedido ao Leo para fazer uma para você.

– Claro – eu disse e coloquei o anel na palma da mão. Ele alongou e se transformou numa espada dourada. Por incrível que pareça, ela não era igual às que eu tinha experimentado. Ela era perfeitamente equilibrada à minha mão, e não era pesada.

– Muito boa – disse ele, manejando a espada. – Leo é um excelente ferreiro. Ela é encantada para você não a perder? – perguntou me devolvendo a espada.

– Sim – eu disse tocando a caveira da base e a espada voltou à ser um anel.

– E qual é o nome?

– Ceifadora.

Ele riu.

– Ah, sim. Não havia notado o nome na base. Pensei que Leo havia se esquecido. Pelo visto, o esquecido sou eu – ele riu mais. – Muito bem, então. Pode ir.

– Tchau, então.

– Tchau – disse ele.