Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 29
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Gente, cortou meu coração ver a cena em que a Angie tava saindo da casa do German e os dois se olharam, sério :( e quando ela conversou com o Jeremy :( mano, por que o Asla tá fodendo a Anshie? :(((( Vou criar uma série em que só a Angie vai ser feliz e todo mundo vai se foder ♥

Sobre o capítulo: Nada a declarar, apenas boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/403691/chapter/29

01 de Fevereiro Sexta-feira

POV. Angie

Hoje acordei ansiosa, preocupada, aflita e sem conseguir deixar de pensar no que eu faria quando encontrasse o German. Ramalho contatou-me ontem chamando-me para uma reunião de professores que ocorrerá hoje pela tarde. Eu almocei e quando deu 13h30, Jackie ligou e disse para eu descer pois eles já estavam chegando.Pelo visto, Pablo não ia sair tão cedo da casa dela e acho que nem ela queria isso. Os dois estavam bem e felizes. Vê-los daquele jeito fazia-me sentir uma saudade enorme da época em que eu nem imaginava que tudo não passava de uma mentira. Não que eu goste da ideia de ser iludida, não, quando eu descobri tudo a dor que eu senti tornou-me fria e calculista mas o que eu quero dizer é que eu sinto saudade da sensação de felicidade que eu era capaz de sentir quando estava com ele, essa sensação que eu perdi e nunca mais senti de novo depois que eu descobri a verdade. Eu balancei a cabeça tentando, de uma vez por todas, afastar qualquer pensamento sobre o passado e sobre ele e desci, eles já estavam em frente ao prédio dos meus pais. Já resolvi a situação da mudança e agora estou no apartamento deles. Eu entrei no carro, disse um “oi, gente” acanhado e o resto do caminho foi puro silêncio. Vez ou outra Pablo e Jackie entreolhavam-se preocupados e eu pergunto-me se eles pensavam que eu não sabia que era por minha causa.

Chegamos na escola e uma nostalgia inundou meu peito, lembrei-me do primeiro dia em que estive aqui e lembrei-me do que aconteceu durante o ano inteiro. Nos dois primeiros anos após a escola, eu falava daquele ano como se fosse o pior da minha vida, mas depois eu comecei a perceber que não podia deixar um pequeno fato estragar o ano inteiro, afinal, foi naquele ano que conheci alguns dos meus melhores amigos. Nós entramos no estacionamento e eu reparei em todos os carros parados, o do German já estava lá. Passei a respirar um pouco mais rápido. Caminhamos lentamente e em silêncio até o prédio principal.

– Angie, – Jackie olhou-me enquanto entrávamos no prédio principal, Pablo também o fez. – você está bem?

– Sim, Jackie, obrigada. – Eu dei um sorriso bastante inseguro. Nós continuamos caminhando em direção à sala de reunião. Paramos em frente a porta e os dois olharam-me.

– Está preparada? – Pablo perguntou receoso.

– Sim. – Murmurei olhando para a porta. Não, eu não estava preparada mas ignorei isso. Então Pablo deu uma batida na porta e abriu-a, Ramalho veio e o abraçou.

– Como você está, rapaz? – Ramalho falou sorrindo.

– Estou bem, senhor, estou bem. – Pablo disse sorrindo e foi abraçar alguns outros professores. Ramalho deu um rápido abraço em Jackie e depois veio abraçar-me.

– Oh Angeles, você está uma mulher, – disse sorrindo – está linda! – e afastou-se de mim.

– Obrigada, senhor Ramalho. – Eu disse sorrindo.

– E como você está? – Ele perguntou-me, nesse momento a professora Olga veio abraçar-me, ou melhor, triturar-me porque né...

– Eu estou bem. – Falei com dificuldade pois estava sendo apertada pela Olga.

– Minha pequenina, está tão linda, está uma moça. – Olga falou e afastou-se para olhar-me. – Estou tão feliz que esteja conosco. – Eu sorri.

– Obrigada, Olga. – Eu olhei por toda a sala e mais alguns professores vieram cumprimentar-me. German não estava na sala. Nem ele e nem Jade. – E como estão as coisas por aqui? – Perguntei quando os outros professores afastaram-se e apenas Olga e Ramalho ficaram parados em minha frente.

– Está tudo bem, Angie. – Ramalho falou e fechou a porta da sala. Caminhamos até o outro lado da sala e encostamos na parede da janela. – As coisas estão um pouco diferentes. – Ele disse e olhou para a Olga.

– Eu já sei sobre o noivado do German com a professora Jade. – Os dois olharam-me surpresos.

– E como você está? – Olga perguntou.

– Bem. – Forcei um sorriso.

– Que bom... O German não está nada bem. – Olga falou e Ramalho a olhou repreendendo-a. – Ramalho, sejamos sinceros, não é? Basta você olhá-lo nos olhos e notará que dentro dele só há tristeza. – Eu suspirei.

– Eu... não posso fazer nada. – Falei e ambos olharam-me com um pouco de indignação. Nesse momento, a porta abriu-se novamente, Jade e German entraram juntos. Ele não olhou em minha direção, entrou olhando para a frente e assim que viu Pablo, abriu um fraco sorriso e foi abraçá-lo. Fran tem toda a razão, ele está um pouco mais magro. Contudo, não perdeu o charme que possuía há cinco anos. Estava com uma calça e camisa social, sem o paletó e a gravata. Enquanto Jade cumprimentava Pablo e Jackie, ele virou-se e nossos olhos encontraram-se, meu coração descompassou e fiz uma força enorme para não esboçar um sorriso. Ele ficou sério e entreabriu os lábios, permaneceu estático por alguns minutos, a sala inteira decidiu calar-se para nos observar, e então Jade o puxou pela mão e veio ao meu encontro. Tive a impressão de que ela o fez de propósito. À medida que ele aproximava-se, o meu coração parecia querer sair pela boca, eu comecei a suar e senti algo parecido com uma corrente elétrica percorrer por todo meu corpo. Ele deu passos receosos até parar em minha frente. Olhando-o mais de perto, pude notar as mesmas marcas de expressão que ele já tinha há cinco anos, só que um pouco mais acentuadas, e reparei nas olheiras também. Olhei-o profundamente nos olhos e, Olga também tem razão, o olhar dele está mais triste do que jamais esteve antes. Senti uma vontade enorme de acariciar-lhe a face e fazer sumir toda a dor que ele sentia, mas aí eu lembrei do quanto sofri por ele e a vontade de acariciá-lo deu lugar ao ódio. Mesmo assim, admito que ele ainda é capaz de fazer qualquer mulher cair aos pés dele, continua irresistível. Quero dizer, qualquer mulher, menos eu.

POV. German

O dia amanheceu triste, como todos os outros dias, mas ainda mais porque eu preciso voltar para a escola. As aulas começam semana que vem e Ramalho convocou a todos os professores para uma reunião hoje. Eu levantei, arrumei-me e almocei. Saí de casa e passei na casa da Jade, fomos juntos para o colégio. Só uma coisa foi capaz de animar-me hoje, foi saber que Pablo voltaria para a escola como professor. Fiquei contente por saber que ele está bem, fazendo o que ele sempre quis fazer. Antes de entrarmos na sala de reunião, Jade puxou-me para uma das salas de aula e ficou enrolando dizendo-me algo sobre a grande surpresa que eu terei hoje, o que deixou-me preocupado e curioso, e sobre ela estar ao meu lado sempre. E então saímos e entramos na sala de reunião. Dei de cara com o Pablo e logo o abracei.

– Como você está, Galindo? – Afastei-me dele. – Estou muito contente por você estar aqui. – Ele sorriu.

– Obrigado, Castillo.

Nesse momento, eu passei os olhos por toda a extensão da sala, sem pretensão alguma de encontrar a pessoa que eu encontrei. Eu passei a respirar fundo, meu coração disparou, senti um frio nas entranhas e um leve tremor nas mãos. Por um momento, perguntei-me se o que eu estava vendo era real, se ela realmente estava parada do outro lado da sala apenas olhando-me. Depois de tantos anos, ainda somos capazes de nos comunicarmos apenas pelo olhar. Enquanto estive parado olhando-a e sem saber o que fazer, o olhar dela expressava compaixão, mas quando Jade pegou a minha mão e fez-me caminhar até parar em frente a ela, depois de alguns minutos, o olhar dela passou a expressar ódio e eu tive certeza de que ela não ia permitir que mais nada acontecesse entre nós dois. Ela está mais mulher e está linda, mais linda do que nunca. Eu queria acariciá-la, queria beijá-la, queria que houvesse uma forma de fazê-la acreditar que nunca foi minha intenção fazê-la sofrer e queria ter o perdão dela. Hoje eu tenho certeza de que seria capaz de largar tudo para poder ficar com ela, para tê-la em meus braços novamente, para amá-la e fazê-la feliz. Jade cumprimentou-a e eu fiquei parado feito um idiota sem ter noção nenhuma do que fazer. Eu posso estar velho mas naquele momento eu estava agindo como um adolescente.

– O-Oi – Eu consegui dizer, por fim. Ela abaixou rapidamente a cabeça e olhou-me novamente.

– Oi. – Senti uma frieza enorme na voz dela. Ela virou-se para Olga. – Eu vou... sentar-me, depois conversamos mais. – Ela passou por mim sem olhar-me e eu senti um perfume delicioso. Sentou-se ao lado de Pablo e Jackie. Abaixei a cabeça e a única coisa que eu consegui escutar eram as batidas do meu coração. Levantei a cabeça, cumprimentei o Ramalho e a Olga, que olhavam-me preocupados, e sentei-me. Alguns professores olhavam para mim, outros para ela e todos boquiabertos. Ramalho pigarreou.

– Acho que já estão todos presentes, podemos começar.

Ele deu início à reunião e durante a uma hora que passou desde que ele começara a falar, eu não fui capaz de prestar atenção em uma única palavra do que ele disse. Não consegui parar de olhá-la e tentar decifrar o que passava-se por dentro da mente dela. Apenas o “oi” que ela deu-me já mostrou que ela não fará questão de ser simpática comigo, muito pelo contrário, temo que este será um ano difícil. Difícil porque eu serei obrigado a vê-la com frequência sem, ao menos, ter a amizade dela, sem ter o prazer de vê-la sorrir por algo que eu disse, sem poder sentir o conforto do abraço dela. Mas o que eu queria? Ela deve ter sofrido muito quando recebeu aquela carta. A carta que eu teria escrito de uma forma bem diferente se a tia dela não tivesse dito exatamente o que eu deveria escrever.

– German... German... – Ramalho despertou-me dos pensamentos. Eu o olhei. – Está bem? – Eu assenti. – E então, você concorda?

– Com o que? – Gregório soltou uma risadinha. Ele deixou-me em paz durante todos estes anos, agora seria o momento perfeito para ele voltar a encher meu saco.

– Com o planejamento, German, preste atenção! – Ramalho falou.

– É, Castillo, preste atenção, você não é mais um adolescente para distrair-se assim. – Ramalho falou. Eu suspirei e abaixei a cabeça.

– Desculpe, Ramalho. Sim, eu concordo. – Murmurei.

– Já que todos concordam, podemos finalizar a reunião. Vou chamar um por um para entregar o horário e quem pegar pode ir saindo.

POV. Off

Ramalho foi entregando os horários de cada professor, até que todos foram saindo e sobraram apenas Angeles e German. Qualquer um poderia jurar que Ramalho deixou os dois por último de propósito. German não parava de olhá-la e Angie apenas olhava para o chão.

– German, o seu. – German levantou-se e pegou. Ramalho foi até Angie, que também levantou-se.

– O seu, Angie. – Entregou-a o papel e retirou-se da sala dando um rápido tchau para os dois. Com certeza, ele havia feito de propósito. Angie deu uma olhada no papel e percebeu que Ramalho já tinha saído e German aproximava-se dela. Ela avançou até a porta mas German conseguiu segurá-la pelo braço. O simples toque dele a fez arrepiar-se inteira.

– Precisamos conversar. – German falou, estava ofegante.

– Eu não tenho nada para falar com você. – Angie falou e tentou sair mas ele apertou um pouco mais seu braço.

– Por favor. – Ela o olhou. Ele percebeu que ela não ia mais tentar sair, soltou o braço dela e fechou a porta. Angie cruzou os braços e ficou olhando-o. – S-Sente-se.

– Estou bem em pé.

– Por favor, sente-se. – Angie suspirou e sentou-se, German sentou-se virado para ela, bem próximo. Ele ficou olhando-a e Angie apenas olhava para a mesa. – Você está linda. – Ele murmurou e Angie bufou.

– Diz logo o que você quer, Castillo. – Ele abaixou cabeça, escutá-la chamá-lo de Castillo doeu.

– Me perdoa. – German murmurou e voltou a olhá-la. Angie apenas soltou um risinho abafado.

– O que você está pensando? – Ela o olhou. – Acha que, depois de ter acabado comigo e ter me feito sofrer como nunca antes, é só chegar e pedir perdão?

– Então diz o que eu preciso fazer para ter, ao menos, o seu perdão? – Ele perguntou com a voz embargada.

– Você não terá o meu perdão, jamais. – Angie falou e voltou a olhar para a mesa. Os olhos de German encheram-se de água e ele abaixou a cabeça. – Você tem noção do que me fez passar? Tem noção do quanto eu sofri? – German derramou algumas lágrimas. – O primeiro ano foi horrível e eu só levantava da cama porque era obrigada. Você acabou com todas as minha forças, com toda a minha alegria e vontade de viver. – Angie terminou deixando um lágrima rolar pelo rosto. German a olhou.

– Eu sei que você sofreu e eu sabia isso ia acontecer mas eu fui obrigado a escrever aquela carta, fui obrigado a deixar toda a nossa história para trás, eu tive que fazer algo que fizesse com que você me esquecesse.

– Então você conseguiu fazer tudo direitinho.

– Por que? Você não sente mais nada por mim? – German disse com uma voz entrecortada. Angie suspirou e o olhou.

– O que você queria? Que eu ainda morresse de amores por você? Que eu ainda fosse capaz de fazer qualquer coisa para estar com você? – Angie disse com os olhos estreitos e fixos em German. – Agora me diz, você ganhou um prêmio por fazer isso comigo? Você fez isso para sentir prazer ao saber que eu estava sofrendo por você? – Ele começou a chorar e balançar a cabeça negativamente.

– Angie... – Ela voltou a olhar para frente. – Eu a amo, sempre a amei e ninguém sabe o quanto eu sofri e venho sofrendo por fazer o que eu fiz com você. – Ele abaixou a cabeça e os dois ficaram em silêncio. As lágrimas cessaram e ele olhou-a novamente, ela permanecia com o olhar fixo sobre a mesa. – Olhe para mim. – Ela não olhou. – Por favor. – Angie não mexeu-se. German segurou o rosto dela, fazendo-a olhá-lo e aproximou mais o seu rosto ao dela.

– Me solta. – Ele balançou a cabeça negando.

– Acredita em mim, meu amor. – Os olhos dela começaram a lacrimejar e ele voltou a chorar. – Acredita em mim, eu juro que a última coisa que eu queria no mundo era fazê-la sofrer.

– Me solta, German. – Angie falou com a voz embargada. Ela segurou os pulsos dele e tentou puxá-los mas ele resistiu.

– Por favor, me perdoa, Angie. – Involuntariamente ela passou a chorar também.

– Não, eu não quero e não consigo perdoá-lo.

– Não diz isso. – Ele balbuciou. – Diz que ainda me ama, que quer ficar comigo, que precisa de mim... – Ele encostou a testa na dela e fechou os olhos – mesmo que não seja verdade, diz isso, por favor.

– Eu não vou fazer igual você fez comigo, eu não vou mentir, mesmo que seja isso que você mereça. – Ela falou com a voz entrecortada e ele abriu os olhos já inchados de tanto chorar.

– Eu te amo, meu amor – Ele sussurrou e, com isso, encostou suavemente os lábios aos dela. Ela não tentou resistir ao beijo. Um beijo lento e acolhedor, suas línguas entrelaçavam-se carinhosamente como se dissessem uma para outra que estavam com saudade. German acariciava o rosto de Angie com o polegar e Angie apenas segurava os pulsos dele. E então Angie caiu em si e terminou o beijo tirando as mãos de German de seu rosto e empurrando o rosto dele. Ela passou as costas da mão na boca como se estivesse limpando-a e German abaixou a cabeça.

– Nunca mais encosta em mim, entendeu? – Angie falou levantando-se e German a olhou. Ela reuniu toda a frieza que havia em seu interior e continuou: – Eu odeio você, Castillo. – Ele entreabriu a boca e juntou um pouco as sobrancelhas. Escutar aquilo deu a ele a pior sensação que a vida poderia oferecer-lhe. – Se você realmente sofre o tanto que você diz, é porque você merece. – German abaixou a cabeça, sentindo-se humilhado e o maior lixo da face da Terra, e voltou a chorar. Ela caminhou até a porta e o olhou, ia dizer algo mas decidiu por não fazer, pois vê-lo daquele jeito fê-la mal, ela arrependeu-se pelo que disse e decidiu que era o suficiente. Abriu a porta e saiu sem olhar para trás, porque se olhasse, corria o risco de voltar pedindo desculpas pelo que havia dito a ele.

POV. Angie

Por que eu não consegui evitar aquele beijo? Por que tudo que ele dizia e a forma como ele dizia fazia eu quase acreditar nele? Por que sentir o toque dele em meu rosto causou a mesma sensação que causava há cinco anos? Saí da sala de reunião com todas essas perguntas em minha mente e somados a elas um arrependimento e uma angústia dentro do meu peito. Talvez eu não devesse falar aquelas coisas daquela forma para ele mas eu sempre acabo lembrando do que ele fez comigo, eu sempre vou lembrar. Caminhei até o estacionamento chorando, tentei disfarçar quando aproximei-me do carro da Jackie mas ela e o Pablo perceberam.

– Droga. – Pablo falou.

– O que aconteceu, Angie? – Jackie perguntou.

– Nada, só... vamos sair daqui, eu preciso... relaxar, só isso. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inalcanzable" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.