NO CAPÍTULO ANTERIOR:

E assim o jantar transcorreu. Na hora da sobremesa foi a hora da descontração, todos contando piada e rindo. No final ajudei Alice a retirar os pratos, me despedi de Edward com um selinho e fui me deitar. Lá de cima, deitada na minha cama, com as roupas trocadas e já pronta pra durmir, uma música lenta e calma começou a soar no ambiente, vindo lá de baixo, e eu sabia que Edward estava tocando piano. E foi assim, ao som dos dedos de Edward nas teclas do piano, que entrei no mundo dos sonhos...

[...]

Três dias depois.

Eu e Edward estávamos felizes, claro, "ela" continuava a se insinuar, mas, essa loira besta não vai mais me atingir. O sexo estava ótimo, Edward sabia como fazer uma mulher se sentir amada na cama. Essa noite, estávamos em seu quarto, ele estava me beijando loucamente. Quando percebi, metade das nossas roupas já estava no chão.

-Estou sem camisinha! - anunciou ele

- Ainda quer fazer?

-Claro, eu tomo pílula.

Nossa, aquele dia foi o melhor. Edward me dominou completamente. Confesso que nem me preocupei com aquilo!

Duas semanas depois. Tudo estava indo bem, até atrasar. Nunca achei que a pílula pudesse falhar. Nunca atrasa, minha menstruação nunca atrasa! obviamente eu não contei ao Edward, mas fui fazer o teste. Deu positivo. Tinha algo crescendo dentro de mim, uma outra vida, um ser, não tenho palavras pra expressar como eu me sentir. Eu estou gravida. eu fui pra casa correndo pra contar a Edward, eu entrei pelos fundos por causa da garagem, afinal eu tinha que guardar a moto, mas ai eu ouvi.

-Mais cedo ou mais tarde ela vai saber que Rosalie é filha da Rene! - exclamou Esme, e eu não acreditei no que eu ouvi.

-Ela vai nos odiar, Charlie só se suicidou porque descobriu isso.

 Foi nossa culpa ele ter morrido! - exclamou Carlisle.

-Sua culpa, você que teve um caso com Rene! - corrigiu Esme.

Minha cabeça doía, latejava, era muita informação, então era isso que Edward escondeu de mim, eu pensava em me matar também, mas não faria isso com um ser dentro de mim, não tinha essa coragem, então eu pensei: Eu precisava de um tempo pra por tudo em ordem, meus sentimentos, pensamentos, essas informações, então eu não sabia da minha própria vida, eu tinha uma irmã que me odiava e que eu a odiava, ela queria o que era meu..

Não pensei em mais nada, fui até o meu quarto, embaixo da cama, eu peguei uma pequena maleta, algo que coubesse na moto, joguei tudo o que eu consegui dentro dela, abri o cofre que ficava no meu closet e peguei um bolo de dinheiro o suficiente pra eu me virar por um mês ou dois, até conseguir um modo de me sustentar. Em silêncio eu fui para a garagem, levantei o banco e coloquei a bagagem ali, e assim dei partida na moto.

Eu precisava Fugir!

As lágrimas escorriam por meu rosto, enquanto a minha moto alcançava alta velocidade na estrada de La Push. Não sabia pra onde eu iria, então eu lembrei de uma tia que Carlisle um dia mencionou comigo, em uma conversa onde eu perguntei. Eu não sabia de muita coisa sobre ela somente o nome e a cidade onde ela morava.

Depois de alguns dias de viagem mais do que cansativos, eu cheguei em Phoenix. Precisava encontrar minha tia, mais eu necessitava de um descanso. Procurei um hotel, uma pequena pousada e me hospedei lá mesmo, só uma noite de sono, pois no outro dia, eu tinha que começar a busca pela minha tia.

No outro dia acordei não muito cedo, já que o cansaço apossou-se do meu corpo noite passada, tomei café em uma padaria perto do local onde me hospedei, passei na primeira banca que encontrei e comprei um mapa da cidade, aproveitei e perguntei ao Jornaleiro se ele conhecia uma moça chamada Carmem Denalli. Nada, mas ele disse que uma senhora poderia me ajudar, sendo assim, me indicou no mapa como chegar lá, peguei a moto e fui pra lá.

O dia passou rápido e eu não consegui encontrar a minha tia, rodei pela cidade inteira e ninguém a conhecia, voltei para o hotel, mas antes comprei uma pizza. Depois de ter lanchado eu precisava dormir, afinal amanhã, eu teria que procurar novamente pela minha tia perdida.