SALA DAS NECESSIDADES, 4 DE NOVEMBRO DE 1977, ÀS 7:34 DA MANHA

– Regulus, torcra de turno. E não adianta reclamar. Ordens superiores. - disse Remus Lupin, ou para os amigos Aluado.

– Tudo bem.

Esta pequena conversa estava a ser seguida atentamente seguida por nada menos que James Potter.

Enquanto os outros alavam despreocupadamente, James tratou logo de arquitetar um plano para que pudesse sair dali. Sabendo que estava seria a sua unica hipótese se fugir da sala e da vigilância constante dos amigos, saiu de fininho, o que foi conseguido devido a todos os anos e que ele e os outros tiveram que fugir do zelador e da sua maldita gata, evitando muitas detenções com as fugas silenciosas.

Assim que se viu longe do sétimo andar, começou a correr como se a sua vida estivesse em risco. Atravessou o sexto e quinto andar, e praticamente vou no quarto, terceiro, segundo e primeiro andar. Ao chegar ao primeiro andar abrandou o passo, passando a caminhar calmamente em direção ao saguão de entrada, passando a porta antiga, tendo em sua mente que seria a última vez que atravessaria aquela porta. Voltou-se para trás para poder ser o castelo uma última vez, deixando as memórias atravessarem a sua mente.

Tinha sido naquele castelo que tinha conhecido aos seus melhores amigos, irmãos de mães diferentes, já que seria impossível uma pessoa soa atura-los aos cinco. Onde tinha passado os sete melhores anos da sua vida, feito quase todas as marotices que queria, rido das piadas que lhe contavam, mesmo que não tivesse graça nenhuma e a contar piadas.

E também tinha sido lá que tinha encontrado o seu lírio, a sua ruiva, a única rapariga que ele viu com outros olhos. Quando falou com o seu pai, acerca das recusas dos seus pedidos de passeios á aldeia, ele tinha falado que era a Maldição Potter a atacar outra vez. Queria poder ficar com a sua ruiva mas não conseguia ser egoísta, não com ela. Se ela não o amasse tanto como ele a ama, não poderia fazer nada em relação a isso. Trataria de sair da vida dela e a deixaria ser feliz com quem ela quisesse, mesmo que essa pessoa fosse o Snape.

Ele não queria que os seus pais sofressem com a partida dele, mas que seguisse em frente. Que soubessem que era melhor ser assim, que ele já não tinha nenhum motivo para continuar a viver, que a única esperança que tinha foi eliminada como uma vela num vendaval, quando descobriu que a amizade que ele achava que existia entre eles os dois não passava de uma maneira para o humilhar á frente da escola.

Caminhou em direcção ao Lago Negro. Ao chegar lá sentou na margem a contemplar o seu último nascer do sol. Olhando uma última vez em direcção ao castelo, tendo a impressão de ouvir a sua ruiva a falar o seu nome, mas poderia ser apenas a sua mente quase louca a tentar fazer com que ele desistisse da sua decisão, o chamado instinto de sobrevivência dos seres humanos, mas ele tinha tomado a sua decisão e não ira voltar atrás.

Levantou-se e começou a caminhar em direcção ao por do solo, caminhando pelo lago dentro.

20 MINUTOS ATRÁS

– Sirius, o James fugiu - Disse o Regulus.

– Como assim o James fugiu? - perguntou Sirius começando-se a desesperar.

– Quando o Remus foi trocar de turno comigo, o James aproveitou-se da nossa distração e fugiu. Por incrível coincidência o Remus olhou para a cama e reparou que estava vazia e percebemos logo que ele tinha fugido. - disse Regulus de uma forma a que o seu irmão e a ruiva ouvissem, mas sem acordar as outras que estavam a dormir sem que percebessem o que estava a acontecer á sua volta.

– E onde ele está? - perguntou a ruiva preocupada.

– Não sabemos. Procuramos em todos os esconderijos, em todas as salas, casas-de-banho, biblioteca e fomos até aos cozinhas. E antes que perguntes, utilizamos o Mapa mas ele não está dentro do castelo. - disse.

– Ok. Vamos separar. Tu e o Remus vão procurar na floresta proibida, peçam ao Frank que procure convosco. Eu vou procurar no campo de Quitchit e a ruiva procura no Lago Negro.

Dizendo isto, separam-se, indo cada um para uma direção diferente.

Afinal estavam em uma missão de busca por um veela que pensa que a sua companheira o rejeitou e estavam a lutar contra o tempo, que não estava a seu favor.