My Angel escrita por Maisa Cullen


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, desculpe pela demora em postar, mas acabei meio que me perdendo no capitulo, hoje finalmente eu terminei de escrevê-lo, e dedico ele aos leitores desaparecidos: Laara Martins, Popo e Andressa Fonseca.
Gente, tô sentindo saudade de vocês e da Lais Swan, que infelizmente está tendo problemas para manter suas leituras.
Beijos pra todos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402003/chapter/11

PDV BELLA

A surpresa inicial por estarmos em Paris logo foi substituída pelo encanto que aquela cidade me causou. Havia estado aqui uma vez como anjo da guarda, mas não prestei muita atenção na cidade, isso pode parecer impossível, mas geralmente anjos não se prendem tanto em coisas terrenas, e eu não havia parado muito para observar o quanto aquela cidade era linda. Agora, com as cores do crepúsculo colorindo o céu e as luzes iluminando o horizonte, era fácil entender porque era a escolha favorita de viagem para os humanos.

Do aeroporto pegamos um carro, Carlisle havia realmente planejado tudo pelo visto. Eu admirei os lugares por onde passávamos como uma criança humana que vê o Papai Noel pela primeira vez. Carlisle riu da minha curiosidade e foi me contado sobre todos os marcos históricos, parecia conhecer tudo tão bem quanto um guia turístico.

Passamos por pontes de uma arquitetura impressionante, enormes arcos sobre avenidas, fontes, praças e catedrais. Carlisle fez questão de mostrar um pouco da cidade, e eu não poderia reclamar, estava adorando, apesar de não saber bem para onde ele estava me levando.

Fizemos um trajeto agradável, até que de repente o carro parou, eu pensei que já tivéssemos chegado a seja lá onde ele estava me levando, mas definitivamente ele me deu um susto quando paramos em frente a um shopping, enorme, e com várias pessoas já logo na entrada.

Já comentei que eu tento evitar lugares assim e também ser vista por humanos?

__Bella.__ Carlisle me chamou.

Eu pisquei algumas vezes, ele já havia saído do carro e estava me esperando com a porta aberta. Eu respirei fundo.

__Com medo de um shopping?__ Ele indagou com uma sobrancelha erguida.

__Não é bem o shopping que me intimida.__ Falei.

__Venha.__ Ele chamou.

__Não poderíamos continuar o passeio?__ Sim, eu estava querendo dar o fora dali.

__Nós vamos.__ Ele disse, mas para meu temor completou.__ Lá dentro.

Desisti de tentar persuadi-lo e sai do carro, ele me ajudou e logo estávamos entrando no shopping, nos juntando ao movimento de pessoas que pareciam dançar a nossa volta, talvez seja porque eu estava olhando para todos os lados, como se de qualquer lado pudesse aparecer algum perigo.

__Olha para os lados como se os humanos fossem atacar você.__ Carlisle comentou rindo levemente.

__Não.__ Sim.

__Bella.__ Pelo seu tom ele havia percebido minha mentira.

__Para que me trouxe aqui?__ Troquei de assunto.

__Não adivinhou ainda?__ Ele indagou divertido.

__Não.__ Disse e ele riu.

__Jura?__ Ele tentou prender outro riso.__ O que humanos fazem em shoppings?

__Não sou humana.__ Argumentei.

__Exatamente, e as suas roupas também não disfarçam muito isso.__ Ele indicou as minhas roupas enquanto falava.

__O que tem de errado com elas?__ Indaguei.

__Nada, se deixar de lado o fato delas parecerem brilhar.__ Ele comentou extremamente natural.

__Apenas para olhos aguçados.__ Acrescentei.

__Os humanos discordam de você.__ Ele indicou um dos lados, os rostos pareciam me acompanhar enquanto passava.

__Você ganhou.__ Não tinha como argumentar contra um fato confirmado.

Ele riu e negou levemente com a cabeça, estava se divertindo com a situação. Se ele achava que eu chamava a atenção, o que devo dizer dele? Por onde passávamos éramos seguidos por olhares masculinos e femininos, no quesito chamar a atenção estávamos empatados.

Mas apesar de toda a situação eu estava perfeitamente confortável ao seu lado, era diferente das outras poucas vezes em que estive cercada de humanos que me viam. Normalmente eu apenas era vista por meus protegidos, salvo algumas raras exceções em que estive visível para tantas pessoas.

Nessas poucas exceções eu fiquei extremamente desconfortável, pois em cada olhar humano que recebia tinha a sensação de que eles sabiam o que eu era. Se parar para pensar, isso é meio intimidador, não me sentia eu mesma nas vezes em que estive nessa situação. Mas agora com Carlisle essa sensação não parecia se manifestar, eu estava bem longe de me sentir desconfortável em sua presença.

Por muito tempo eu convivi entre os humanos sem realmente entendê-los, não entendia, por exemplo, essa necessidade que eles tinham de se relacionar uns com os outros em diferentes níveis, eles tem amigos, familiares, pessoas próximas, paixões e uma infinidade de denominações para classificar as pessoas que os cercavam.

Acho que somente agora começo a compreendê-los, a entender as necessidades afetivas que os humanos têm, e pra falar a verdade não foi tão difícil como eu imaginei que seria, simplesmente aconteceu e eu começo a me acostumar com a ideia.

Distanciei-me um pouco de meus devaneios para poder acompanhar o que acontecia a minha volta, Carlisle e eu andávamos tranquilamente pelo shopping, diferente de vários turistas que eu via pelo caminho tirando fotos, rindo, ou as pessoas aparentemente ocupadas que andavam apressadas penduradas em telefones, havia ainda aqueles que faziam passeios em família. Era como a visão de um quadro onde Carlisle e eu parecíamos alheios, completamente deslocados da realidade, mas ao mesmo tempo fazíamos parte do conjunto.
Era incrível para mim como um mesmo lugar poderia ser ocupado por tantas pessoas diferentes sem deixar de constituir uma mesma imagem, ao mesmo tempo todos eram diferentes e iguais, em suas particularidades, em suas vidas tranquilas e perfeitamente acomodadas.

As lojas se estendiam em vários andares no shopping, Carlisle me convenceu a ter um momento humano, apesar de que nenhum de nós era humano. Acho que nem me lembro da última vez que fiz compras, como anjo eu não precisava, mas era impossível dizer não para seus pedidos insistentes, não que eu me incomodasse, e afinal estava sendo divertido.

Devo dizer que ao final estávamos com várias sacolas de compras, mas quando eu digo várias, quero dizer um exagero que Carlisle só me fez perceber depois de ter feito as compras, porque ele carregava a maioria, aparentemente sem se preocupar com nada.

__Eu ainda não acredito que você me convenceu a comprar tudo isso.__ Disse quando já estávamos perto do carro.

Ele riu da minha indignação, mas no fundo eu também queria rir um pouco disso. Carlisle colocou as sacolas no carro e em seguida já estava abrindo a porta pra mim, entrei e instantes depois ele já estava sentado ao meu lado.

__Vai me dizer qual a nossa próxima parada?__ Não custava tentar.

__Será a última, por hoje.__ Foi só o que ele falou.

Suspirei sem insistir mais, estava claro que ele adorava fazer suspense, então eu já estava conformada com isso. Em todo a trajeto que fizemos eu fiquei apenas observando pela janela e fiquei encantada, fazia algum tempo que eu não via as estrelas e a lua, já que enquanto estive em Forks o céu era sempre nublado à noite.

Eu via deslumbrada o céu preenchido de pontos de luz, as estrelas sempre me fascinaram, eu as observava sempre que podia e nesse momento eu estava observando o céu mais estrelado que já vira.

O percurso foi feito em silêncio, mas de forma alguma isso foi desconfortável, pois esse era um daqueles momentos em que o silêncio torna tudo mais perfeito e o clima permaneceu assim até o carro parar novamente, dessa vez não era um local movimentado ou com humanos por toda parte.

Estávamos de frente a uma encantadora casa um pouco afastada da cidade, mesmo a noite eu podia ver os detalhes da bela construção, era ampla, de aparência antiga e alguns pequenos detalhes que devem ter sido feitos na impecável restauração, de tons pastel, que pareciam um pouco mais escuros à noite. Era linda.

__É aqui que fico sempre que venho à Paris.__ Carlisle disse quebrando o silêncio.

__É linda.__ Comentei.

__Adquiri a casa faz algum tempo.__ Ele disse e em segundos estava abrindo a minha porta.

Notei que já que a casa era um pouco afastada da cidade Carlisle não precisava se preocupar com humanos por perto, então ele podia agir naturalmente sem assustar alguém, ri com o pensamento e sai do carro.

Tiramos as compras do carro e seguimos até a entrada, ele também riu contagiado pelo meu leve riso, mesmo sem saber o motivo. Do lado de dentro a casa parecia ainda mais ampla, se é que isso era possível.

Primeiramente me deparei com a sala, ela mantinha o mesmo aspecto que vi do lado de fora, era ocupada por alguns móveis bem distribuídos, algumas luzes iluminavam parcialmente o ambiente, e uma longa escada em espiral ocupava o lado leste da sala.

__Vamos subir?__ Ele me tirou de minhas rápidas observações.

Assenti levemente e ele seguiu na frente, subimos as escadas para o segundo andar, entramos em uma das portas do corredor que deu para um quarto, Carlisle colocou as sacolas em um canto e me encarou.

__Já volto.__ Ele disse e saiu.

Aproveitei para colocar as sacolas que eu trazia junto com as outras, depois dei uma volta no quarto até parar em frente ao closet, o abri, como eu esperava as toalhas estavam na parte de cima junto com as cobertas, peguei uma toalha e segui para o banheiro para tomar um banho.

PDV CARLISLE

Desci para colocar o carro na garagem e aproveitei para verificar algumas coisas na casa, quando estava subindo de volta para o quarto notei o silêncio lá em cima, abri a porta lentamente e fiquei surpreso com o que vi.

Bella estava de costas para mim, encarava o lado de fora através da grande janela do quarto, e incrivelmente sua figura parecia ainda mais surreal do que quando a vi pela primeira vez, ela estava enrolada em uma toalha encarando distraidamente a noite, a lua cheia parecia emoldurar sua silhueta, os cabelos estavam presos em um coque malfeito, a pele ainda úmida pelo recente banho.

Ela não pareceu notar minha presença, andei em sua direção meio incerto, como o observador de um quadro raro, com receio de que simplesmente se desfizesse. Sentia-me entorpecido pelo momento e deslumbrado por sua imagem.

Rodeei sua cintura e ela se virou lentamente para me encarar, ela sorriu lindamente e eu retribui, seus olhos brilhavam em um contentamento simples, eles transpareciam todos os seus sentimentos. Levei uma mão até seu rosto para sentir a maciez e colei nossos lábios.

Seus braços rodearam o meu pescoço enquanto os meus desceram para a sua cintura, nossos corpos ficaram colados e minha mão automaticamente foi até suas costas, soltando a toalha que deslizou até cair no chão. Nenhum de nós disse uma só palavra, não foi preciso, pois nossos corpos falaram por nós.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente chegamos na parte decisiva, daqui pra frente podem esperar uma bomba, porque eu avisei e vou colocar em prática, deem tchauzinho pra paz daqui pra frente e fiquem preparados.