A Valsa da Morte escrita por Ana_Gabi, Gabriela Fortunato


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ouláa meeus amorees , quanto tempo nãao?!!
*correrdaspedradas/tomatas* siim, sbemos que demoramos muiiito pra postaar, desculpeem nós, considerações, e explicações e satisfações todas no aviso
esperoo que se divirtam nesses dois novos cap. que postamos pra vocês
Beeijos das escritoras que ama muiiiiito vcs :*



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Capitulo 2


 


Acordei suavemente de manhã com Edward ao meu lado e a primeira coisa que eu vi ao abrir os olhos foi seu rosto perfeito.


 


Ele olhou amorosamente para mim e sussurrou "Bom dia meu amor" em meu ouvido


 


“Bom dia” eu respondi sorrindo, pensando em como a minha vida era e ficaria cada vez mais feliz com Edward ao meu lado.


 


Levantei preguiçosamente e fui tomar um banho e me arrumar, enquanto Edward foi para a cozinha preparar meu café da manhã.


 


Olhei-me no espelho antes de entrar embaixo d'água e mais uma vez me perguntei o que Edward tinha visto em mim. Eu estava completamente despenteada, tudo bem que dessa vez foi ele quem me deixou assim, mas, eu ainda não conseguia acreditar que eu tinha me casado com aquele ser perfeito.


 


Apesar de que ele sempre me disse o contrario, eu ainda achava que ele já tinha me dado demais. Só o fato de ele ser meu marido já era muito mais do que eu podia querer. E o que eu tinha dado a ele? Nada! Mas talvez eu ainda tivesse alguma forma de retribuir toda essa vida que Edward estava me dando.


 


Saí do banho enrolada numa toalha, escovei os dentes e fui para o quarto pegar uma roupa limpa. Edward já estava com meu café pronto em uma bandeja cuidadosamente ajeitada em nossa cama.


 


"Linda" ele disse me olhando e sorrindo. Perdi-me em seus olhos por um momento e logo após olhei para mim.


 


"Linda?" perguntei calmamente. Ele apenas balançou a cabeça afirmativamente.


 


Ou ele era maluco por me achar linda enrolada numa toalha, ou ele estava ficando terrivelmente pervertido! Ri do meu comentário e uma ruga se formou em seu belo rosto.


 


"No que está pensando Bella?" ele ainda tinha ficava frustrado por não ler meus pensamentos. Eu sinceramente, só agradecia a minha aparente falha cerebral.


 


"Que você é maluco Edward. Como posso estar linda assim?" ele sabia que eu editava boa parte do que eu pensava, mas ele já nem reclamava mais. Eu estava começando a resistir ao seu charme, quando se tratava de meus pensamentos.


 


"Você é linda Bella! É a mulher mais linda que eu conheço!" depois da Rose acrescentei mentalmente, mas eu não precisava discutir isso com ele agora, "E é minha esposa. Eu sou o cara mais sortudo do mundo"


 


Sorri agradecida para ele e fui pegar uma roupa limpa. Escolhi um vestidinho de verão azul e branco que estava no enorme closet que Alice tinha me dado de presente e uma sapatilha cor da pele com um laçinho em cima.


 


{ vestido - http://img.posthaus.com.br/Web/posthaus/fotos/52585_600_1.jpg }


 


Olhei para ele marotamente e perguntei


 


"Me dá licença ou me troco assim mesmo?"


 


"Pode se trocar aqui mesmo, eu não me importo!" ele riu e eu o acompanhei "Não há nada aí que eu já não tenha visto antes"


 


Enrubesci violentamente e virei de costas para ele. Mas já que ele começou, resolvi provocar um pouco também


 


Olhei por sobre o ombro para o rosto dele e comecei a abrir lentamente a toalha. Ele me olhou com um misto de surpresa e alegria, e antes que eu terminasse de abrir a toalha, ele estava atrás de mim me abraçando pela cintura e fechando cuidadosamente a toalha.


 


"Sinto muito Bella, mas se você continuar com isso, eu temo não me controlar e te agarrar agora mesmo. E eu faria isso, se não tivesse prometido a Esme que a levaria para visitá-la daqui a pouco." ele suspirou " Seja uma garota boazinha e não me torture. Se troque no banheiro e venha comer." Eu assenti e ele me entregou o vestido e a sapatilha "Só não pense que eu serei tão bonzinho da próxima vez!"


 


"Mal posso esperar" sussurrei em seu ouvido e saí para o banheiro enquanto sentia Edward se contrair atrás de mim, num esforço para não me agarrar. Ri internamente e conclui que meu marido estava realmente ficando pervertido!


 


Assim que tomei meu desjejum, fomos para a casa dos Cullen, onde eles me aguardavam com uma surpresa


 


"Feche os olhos Bella" Alice disse saltitando ao meu lado e colocando suas mãos em meus olhos


 


Eles me conduziram para fora da casa, onde uma leve brisa trazia o ar fresco da manha e o reconfortante calor do sol aquecendo o planeta.


 


"Preparada Bella?", Alice perguntou e eu assenti com a cabeça. Ela tirou as mãos dos meus olhos e eu lentamente os abri. O que eu vi me fez ficar de boca aberta sem conseguir falar algo que saísse com nexo.


 


A minha frente estava o carro mais lindo que eu já tinha visto. Uma BMW preta conversível com bancos de couro.


 


{http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/25/BMW_Limited.jpg }


 


"É seu" Edward disse "Para substituir sua velha picape Chevy"


 


Eu olhei estupefata para eles ate que Emmet quebrou o silencio.


 


"Mas não é uma beleza? O que achou Bella?" ele ria abertamente.


 


"É lindo!" foi tudo o que eu consegui dizer. Abracei Edward e olhei para todos os Cullens "Obrigada" eu disse timidamente


 


"Você não vai reclamar?" Edward perguntou surpreso.


 


"Como eu poderia? Apesar de não achar necessário tanto dinheiro sendo-" Edward me silenciou com seu dedo


 


"Você merece! E eu ficaria muito melhor, sabendo que você não está dirigindo aquela picape velha!"


 


Todos riram do comentário de Edward e depois fomos para a sala conversar. Alice estava toda saltitante por causa do meu vestido.


 


Passamos à tarde com eles e ao anoitecer retornamos para nossa casinha, onde Edward preparou um maravilhoso jantar para mim e depois leu O morro dos Ventos Uivantes para mim.


 


Fomos para o quarto e dessa vez eu realmente não escapei dos seus braços quando fui trocar de roupa. Foi mais uma noite maravilhosa nos braços de Edward.


 


Já estávamos instalados na nossa nova casa há uma semana e todos os momentos eram maravilhosos. Eu estava muito atarefada cuidando de pequenas coisas que eu devia trazer para casa e tentando decidir qual faculdade eu e meu marido iríamos cursar.


 


Aquele sonho estranho que eu tive no dia do meu aniversário não se repetiu mais, e eu decidi que não valia à pena ficar pensando em pesadelos que me deixavam com medo, por isso tratei logo de esquecer tudo aquilo. A caixinha de música ainda me intrigava um pouco, mas não dei muita importância a isso, já que agora, quando eu adormecia, era ela quem tocava enquanto Edward cantava em meu ouvido a nova canção de ninar que ele tinha composto para mim.


 


[Canção de ninar2: http://www.youtube.com/watch?v=AyCDKKjO-Yo&NR=1]


 


Minha vida estava perfeita demais para eu me preocupar com pesadelos bobos. Edward era simplesmente o marido perfeito! E eu o amava cada vez mais, se é que isso era possível.


 


Edward tinha saído para caçar com Emmet e Jasper e como eu tinha me recusado a ir ao shopping com Alice e Rose, eu estava pela primeira vez sozinha em casa.


 


Estava em nosso quarto olhando a magnífica vista para o jardim, absorta em meus pensamentos sobre Edward, minha vida e também sobre Jacob. Eu estava ficando com saudade do meu melhor amigo, desejava vê-lo, mas sempre que eu ia fazer uma visita Edward inventava alguma desculpa e não me deixava ir, mas já que agora ele não estava em casa, bem, por que não?


 


Deixei um bilhete, avisando aonde eu iria, em cima da mesa, peguei a chave do meu carro novo e saí em direção à reserva.


 


Como eu esperava, não fui muito bem recebida pelos lobos, que achavam que eu ia lá para espioná-los e depois contar tudo aos Cullens, mas como sempre Jacob me recebeu com um enorme sorriso no rosto e um abraço caloroso. Como eu adorava vê-lo feliz assim!


 


Eu não entendia porque Edward ainda insistia em ter ciúmes de Jacob, ainda mais agora que Jake estava namorando uma garota da reserva. Parecia que eles estavam se dando bem, e eu estava feliz por isso.


 


"Estava sentindo sua falta Bella", Jacob me disse em meio ao seu sorriso. "O seu marido não estava deixando você vir me ver, é?" completou ele, zombeteiro


 


"Eu também estava sentindo sua falta Jake" disse e completei no mesmo tom zombeteiro dele, "Anda tendo muito trabalho por aqui que não vai me visitar nunca?"


 


Ele me olhou divertido e nós começamos a rir. Como era gostoso estar com meu melhor amigo! Então ele subitamente parou de rir e arregalou os olhos.


 


"Uaauuu" ele disse estupefato olhando para o carro "É uma BMW limited, conversível e com blindagem a prova de balas e fuzis?!"


 


"Como?" perguntei "A prova de balas e fuzis?!?" olhei para o carro também, Edward não tinha me falado que o carro era blindado


 


"Sim. É o mais novo lançamento da BMW. Deve estar disponível só na Europa ainda!" ele estava literalmente babando pelo carro "Eu posso não gostar daquele sanguessuga, mas tenho que admitir duas coisas: primeira: ele tem muito bom gosto para carros, além de uma enorme conta bancaria e segunda: ele realmente quer te proteger!"


 


"Oh" foi o único som que saiu da minha boca. Um carro a prova de balas e fuzis??


 


"Posso dar uma volta?" Jacob me perguntou com aquele olhar de cachorro sem dono, ou melhor, de lobo sem dono. Ele sabe que eu não resisto a isso.


 


"Pode Jake. Claro que pode. Tome" joguei as chaves para ele e fui para o banco do carona


 


"Valeu Bells", ele respondeu todo animado


 


Saímos da reserva e fomos para uma estradinha quase deserta que tinha ali perto. Nunca senti tanto medo com Jacob ao volante. Ele chegou a 200 km/h em menos de 10 segundos e só parou quando a estrada estava terminando ha mais ou menos 20 km de distancia de onde saímos.


 


"VOCÊ É MALUCO?", perguntei assim que recuperei a voz. Ele ainda estava extasiado com o carro.


 


"Ah Bells, você nunca vai fazer isso mesmo! Deixa-me curtir um pouquinho vai??" aquela carinha de novo.


 


"Ah, tudo bem!!" eu disse derrotada e ele sorriu vitorioso "Mas só no trajeto de volta e..."


 


"E..." ele me incentivou


 


"Nenhuma palavra disso ao Edward!"


 


"Não se preocupe! Ele nunca vai ficar sabendo!!" sorrimos cúmplices e ele voltou pela estrada numa velocidade ainda maior que a anterior.


 


Chegamos novamente à reserva e ele me convidou para entrar e tomar um suco enquanto eu me acalmava e a gente conversava. Assim que eu entrei pude ver a aglomeração de garotos em volta do carro. Sorri e me sentei no sofá


 


"Mas como vão as coisas por aqui?" Perguntei querendo saber de Billy, e os garotos do bando.


 


"Estamos todos bem, Billy e Charlie vivem mais juntos do que nunca, por isso depois dos meus horários de ronda tem sobrado bastante tempo pra namorar!" exclamou ele todo contente.


 


"Fico muito feliz com isso, Jake!! Como está indo o namoro? E os garotos do bando como estão?"


 


"Tá ótimo, Bella!! Estão todos na mesma, a não ser que tivemos um novo imprint por aqui" Disse ele rindo de alguma coisa que eu desconhecia enquanto me servia um copo de suco e se sentava novamente ao meu lado no sofá.


 


"Quem foi dessa vez?" perguntei curiosa "Qual dos garotos?" ele riu antes de responder


 


"Foi a Leah" eu o olhei espantada "Ela teve o imprint com o sobrinho da vizinha dela que veio passar um tempo aqui, bom,  agora acho que ele vai se mudar para cá." eu não conseguia achar onde minha voz estava, a Leah?


 


"Oh" foi tudo o que eu consegui dizer e Jake começou a rir da minha cara, me fazendo esquecer o meu espanto e rir com ele.


 


De repente ele parou de rir e uma sombra de preocupação cruzou seu olhar.


 


"O que foi?" perguntei preocupada.


 


"Nada" ele disse tentando voltar ao clima descontraído.


 


"Não me venha com essa Jacob!", ele não iria me enganar, "O que aconteceu? O Sam não quer que você me conte?"


 


"Bella," Jacob fez uma careta, "você me conhece bem demais pra eu esconder alguma coisa de você!" eu ri do comentário dele e ele continuou "É que o bando está meio preocupado!"


 


"Com o imprint da Leah?" ele riu melancolicamente da minha pergunta.


 


"Não, não é isso!" ele parou um instante e depois prosseguiu "Todos nós estamos nos sentindo estranhos ultimamente, como se algo ruim estivesse se aproximando, mas não conseguimos saber o que é!", eu o olhei ternamente, "Sam está quase maluco tentando descobrir o que é isso, tudo o que temos para investigar é uma musica, uma melodia muito bonita, mas sem significado para nós!"


 


O olhar preocupado de Jake e seu tom de voz me fizeram recordar daquele sonho estranho que eu tive. Por quê? Bem, naquela hora, eu não sabia.


 


"Jake, há quanto tempo vocês estão ouvindo essa musica e sentindo isso?" perguntei.


 


"Há uma semana eu acho Bella" olhei para ele espantada e ele perguntou preocupado "Você sabe alguma coisa Bella?"


 


"Não, eu acho que não! Jake," disse meigamente "eu preciso ir embora agora" ele fez um beicinho e eu tive que rir


 


"Tudo bem, mas prometa que volta logo!" ele exclamou pidão me dando um abraço apertado.


 


"Claro" falei sorrindo e retribuindo seu abraço.


 


Cheguei em casa e fui direto para o quarto. Edward ainda não tinha voltado, mas eu sabia que ele chegaria logo, e como eu não queria preocupá-lo, pelo menos não agora, decidi dar uma olhada naquela linda caixinha de musica novamente.


 


Ela estava em cima da cômoda, onde tinha ficado desde o meu aniversario e depois daquele dia eu nunca mais tinha tocado nela.


 


Seria realmente possível que aquela caixinha com uma musica tão linda, que me lembrava vagamente uma valsa, pudesse ter algo a ver com aquela seita do meu sonho?


 


‘Não seja boba Bella!’, sussurrei para mim mesmo "Isso é impossível" tentei me acalmar, mas eu já tive tantas experiências de quase morte que estava decidida a não procurar mais nenhuma pelo resto da minha existência.


 


Só havia uma coisa pela qual eu morreria, e com certeza Edward não precisaria que eu morresse por ele. Afinal, o que poderia afeta-lo tanto assim? Nada que eu pudesse imaginar.


 


Sentei na cama e olhei atentamente a caixinha, como que esperando que ela fosse falar comigo. Ri de mim mesma e a peguei.


 


Ela era tão indescritivelmente linda que eu não conseguia acreditar que ela poderia estar ligada a algum tido de coisa ruim. Mas algo nela era misterioso e enigmático. Eu deveria estar ficando maluca. Mas depois de viver num mundo de vampiros e lobos e experiências de quase morte seguidas, acho que não é tão maluco pensar nisso.


 


Pensei por um segundo se eu queria realmente investigar isso, aquele sonho, agora que eu estava decidida a pensar nele, estava ainda totalmente vivido em minha mente. Eu ainda conseguia sentir o olhar daquele líder encarando o meu.


 


Ouvia nitidamente suas palavras e as duvidas de seus seguidores. Eu devia ir até o fim, agora que tinha começado. Mas inconscientemente eu já sabia que aquilo era muito mais do que um pressentimento ruim do bando, ou que apenas os envolveria. Algo muito maior estava em jogo ali, e eu iria descobrir o que era.


 


Comecei a estudar a caixinha lentamente, olhei detalhadamente para os seus desenhos, mas não achei nada fora do comum. Então observei o entalhe dos quatro corações, e com um pouco de receio o toquei novamente. Prendi a respiração esperando ser transportada novamente para aquele corredor escuro e frio, mas nada aconteceu. Suspirei aliviada, talvez eu realmente estivesse ficando maluca.


 


Olhei o entalhe novamente e a lembrança do líder falando com seus discípulos vieram a minha mente. Mas dessa vez eu não estava prestando atenção à conversa, algo que antes tinha passado despercebido aos meus olhos, vinha-me nitidamente agora.


 


O líder era tão impressionante que no primeiro momento que o vi, apenas consegui prestar atenção em seu jeito imperioso e na discussão que estava tendo com os outros encapuzados. Eu não tinha reparado nas roupas dele, mas agora eu conseguia ver nitidamente o entalhe da caixinha, os quatro corações, lindamente bordado em vermelho e dourado, no lado esquerdo da sua túnica.


 


Olhei novamente os corações na caixinha e o medo tomou meu corpo. O que estava acontecendo?


 


Continuei a investigar a caixinha, até que encontrei uma saliência estranha no fundo. Apertei-a e para minha surpresa um minúsculo compartimento secreto se abriu. Era como uma minúscula gavetinha, parecida com as de porta-jóias, mas que dentro continha um pedaço de pergaminho, que parecia ter sido colocado ali as pressas.


 


Peguei-o cuidadosamente, desdobrei-o e comecei a lê-lo. Dizia:


 


"Guardiã, você tem a nossa benção e a nossa esperança. O destino da nossa raça está em suas mãos. Cumpra a profecia, você foi a escolhida! Só você poderá..."


 


O pergaminho estava rasgado e com uma pequena mancha de sangue. Alguém deve tê-lo protegido com a vida. Estremeci diante desse pensamento.


 


Li e reli o pergaminho incontáveis vezes, até que a mensagem ficasse completamente gravada em minha mente. Alguma coisa me dizia que algo muito ruim estava acontecendo, e de alguma forma, eu estava envolvida nisso.


 


Resolvi pensar nisso em outra hora, afinal, daqui a pouco Edward chegaria e eu não queria preocupá-lo com minhas teorias loucas e idéias abusrdas. Guardei novamente o pergaminho no compartimento secreto e coloquei a caixinha no lugar dela.


 


Fui para a cozinha e preparei alguma coisa para comer. Esme tinha sido tão cuidadosa quando decorou e mobiliou cada cômodo da casa, que a dispensa da cozinha estava completamente lotada. Eu não sabia o que faria com toda aquela comida depois que, depois que... Que eu entrasse definitivamente para a família.


 


Estava perdida com esses pensamentos sobre o futuro quando um enorme buque de rosas vermelhas foi colocado na minha frente. Virei para o lado e me deparei com o rosto mais lindo e angelical de todo o mundo, exibindo o sorriso torto que eu amava tanto.


 


Edward.


 


"Respire Bella", ele disse rindo mais abertamente.


 


"Acho que eu nunca vou me acostumar com isso", sussurrei voltando a respirar.


 


Era verdade. Cada vez que eu o olhava eu ficava completamente deslumbrada e perdida em seus olhos cor de ouro. Esquecia-me de tudo, até mesmo de respirar, e me deixava inundar daquele dourado incandescente. Era incrível que mesmo depois de tanto tempo, e mesmo depois de estar casada, eu ainda não conseguia me acostumar com a sua perfeição.


 


Perfeição. Essa era a melhor palavra para descrevê-lo.


 


Olhei novamente para o buque. E Edward o entregou para mim


 


"Obrigada" sorri agradecendo a ele e a Deus por ter me dado o melhor marido do mundo "Algum motivo especial?"


 


"Minha esposa é um motivo mais que especial." Ele sorriu novamente e mais uma vez eu me perdi em sua perfeição "Bella, respire, eu quero você viva hoje à noite" ri do seu comentário


 


"Você é o melhor marido que eu poderia ter Edward!" disse e beijei-lhe os lábios "Eu te amo" sussurrei em seu ouvido


 


"Você é minha vida. Te amo!" ele sussurrou em resposta e beijou-me apaixonadamente


 


Esqueci qualquer coisa no mundo que não fosse Edward e seus braços. Mas dessa vez, ao dormir, fui atormentada por pesadelos terríveis de uma luta nos subterrâneos de um castelo medieval...


 


Sonho On


 


"Terminei de escrever o bilhete a nossa Guardiã. Ela saberá o que fazer e saberá que tem o nosso apoio" Mal o líder daquela seita misteriosa terminou de falar e a sala onde eles se reuniam foi invadida.


 


"Me entregue o pergaminho seu velho nojento" uma voz rude gritou ao fundo.


 


O líder apenas meneou suavemente a cabeça e olhou para seus súditos


 


"Temos então um traidor? Um delator vil e merecedor da morte? Ora, mas a que bando de ratos você se entregou, Marcus!" O líder se pronunciou colocando discretamente o pergaminho na manga de sua túnica


 


"Co... Como..." balbuciou um homem completamente confuso, devia ser Marcus


 


"Ora, pare de tolice!" a voz rude e cruel falou novamente "Me entregue o pergaminho e vocês viverão! A escolha é sua, Eleazar!"


 


"Aro..." ele fez uma pausa e os dois se encararam "Nunca vou lhe entregar" ele disse ainda com a voz serena, embora extremamente firme


 


"Acabem com tudo!" Gritou Aro furioso e se dirigiu a Eleazar que se preparava para lutar.


 


"Defendam a nossa causa! É por ela que lutamos! Morram em nome da salvação se for preciso!" Eleazar gritou e todos os seus súditos, exceto Marcus, começaram a guerrear com os seguidores de Aro. Era uma luta tenebrosa, gritos, urros e brados selvagens foram varias vezes ouvidas e logo havia uma imensa fogueira num canto da sala e um cheiro acre de carne queimada tomava o ar.


 


A luta começou fervorosamente e assim continuou por muito tempo, mas no centro da confusão, a batalha principal acontecia.


 


"Você vai morrer Eleazar. E não há nada que você possa fazer! Eu vou ficar com esse pergaminho!" Aro urrava golpeado Eleazar.


 


"É o que pensa Aro!" Eleazar defendia-se e atacava extremante bem, mas ele não contava com o olhar rápido de Aro, que tinha percebido onde ele tinha posto o pergaminho e num golpe rápido agarrou a manga de sua túnica.


 


Num breve cruzar de olhares Eleazar e Aro se separaram e num momento de confusão entre todos que lutavam, Eleazar desapareceu, deixando atrás de si um, Aro convencido e arrogante, acreditando que seu oponente havia fugido da luta com medo de morrer.


 


~*~*~*~*~*~


 


No corredor escuro, correndo o Maximo que conseguia, Eleazar seguiu para fora do castelo e entrou num beco escuro do pequeno vilarejo que ficava nos arredores. Ali, mortalmente ferido por um dos golpes que Aro que havia dado com pólvora, para logo em seguia atear fogo, o que o estava consumindo lentamente, Eleazar pegou o pedaço de pergaminho que havia conseguido segurar e o colocou dentro da pequena caixinha que viria a ser a salvadora de sua raça.


 


Sentindo a aproximação de algumas pessoas, Eleazar deixou a caixinha no chão e sumiu nas sombras para morrer sozinho.


 


O grupo se aproximou do beco, era uma família de camponeses que tivera que buscar o pai que estava se embebedando no bar da vila. Uma criança, uma menininha de uns 6 anos, fui o reflexo do ouro da caixinha contra a luz do seu lampião, e impulsionada pela curiosidade infantil, achou a bela caixinha de musica delicadamente colocada perto de sua porta.


 


Depois de verificar que não havia ninguém olhando, a criança pegou a caixinha e entrou em casa.


 


Naquela noite, um terrível grito foi ouvido das profundezas da terra, e muitos juraram que era o grito do diabo enraivecido.


 


Sonho Off


 


Acordei com um grito profundo de angustia e terror. Edward me abraçou fortemente, e não agradeci por estar na segurança de seus braços.


 


"Tudo bem. Eu estou aqui! Foi só um pesadelo!" ele disse gentilmente.


 


Mas eu sabia que não tinha sido apenas um pesadelo. Aquilo tinha sido real. Tão real quanto os braços de Edward me envolvendo. Eu precisava entender tudo o que estava acontecendo. Pessoas haviam morrido por isso, e pessoas ainda poderiam morrer. Eu tinha que saber. Mesmo que fosse terrível, mesmo que fosse perigoso. Eu estava envolvida em alguma coisa, e eu precisava saber o que era.


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