Então, meus docinhos...

Eu devo algumas boas explicações para vocês e estou aqui, depois de um longo tempo (acho que quase dois anos), para dar-lhes.

Comecei essa história em uma época da minha vida em que eu estava com minha saúde mental debilitada. E a escrita me serviu como um refúgio.

Eu não precisava me preocupar com os meus problemas, pois tinhas os personagens – que tristemente não me pertencem, já que foram parte de um show da Disney que eu acompanhei até seu último episódio – e o enredo para focar.

Com o tempo eu fui piorando e o bloqueio foi se instalando, o que me deixava longos períodos sem escrever... E o que mais me inspirava a continuar era o apoio de vocês.

Quando eu percebi que não conseguia prosseguir, mesmo com todo o carinho e amor que vocês me transmitiam, tive que me afastar.

Não estou 100%, mas no geral, estou um pouco mais forte.

Vivo um dia após o outro. Aguentando o mundo. As pessoas. E tudo ao meu redor. Como todos nós. Por que eu sei que não sou só eu que tenho problemas pessoais, familiares, entre amigos...

Escrevi essa história para tentar passar a mensagem de que não estamos sozinhos.

O Austin tinha o pai. Os amigos. A Ally.

A Ally seus amigos. Sua família. O Austin.

Você não está sozinho(a)!

Existe um momento da vida em que nós achamos que a vida é dura só para nós.

Mas não é.

A vida te machuca. Te faz sangrar. Faz seu coração doer. Seu peito sentir aquela sensação inexplicável de desalento.

Mas todos passam por isso.

Alguns escondem melhor que outros.

E outros preferem enxergar o que a vida tem de melhor a oferecer.

Eu tenho de exemplo essas pessoas.

Por que sempre ficar com pensamentos escurecidos e depressores - como eu fiquei - não fazem bem.

Te destroem. E te matam aos poucos.

Por isso, cuide-se.

Busque ajuda se achar que vai se machucar de alguma forma.

Eu sei que às vezes não é fácil. Inclusive com pais que acham ser "besteira".

Mas procure um tio que entenda.

Um primo legal.

Uma amiga de infância.

E converse com eles.

Mas não se esconda ou fuja.

Por que você não está sozinho!

Eu não queria deixar a história sem um fim. Eu já sabia tudo o que ia acontecer, mas eu resumi um pouco as coisas... Foi o final que eu ansiava? Sim. Do mesmo tamanho? Não. Da mesma qualidade? Talvez...

Eu esperava ao menos mais uns seis ou sete capítulos. Queria colocar todos os pingos nos i’s. Preencher todos os vazios.

Mas eu fiquei feliz.

E espero que vocês tenham ficado também.

Sei que nem todos aqueles que me acompanharam desde o início vão estar aqui me dando um tchau – ou até breve, já que eu escrever é uma das minhas maiores paixões. Mas se um dia, vocês aparecerem, eu quero deixar meus mais sinceros agradecimentos.

E um recado: Vocês são incríveis! Muito f*d**! E tem um lugarzinho para cada um de vocês aqui no meu coração. Ele é um pouquinho sujo e enferrujado... Mas a parte viva guarda o carinho que vocês me deram. O amor que me proporcionaram, e a essa história.

O Austin fica agradecido por todo o trabalho que vocês tiveram em desvendá-lo.

A Ally fica entorpecida em saber que vocês usaram de seu precioso tempo para compreendê-la.

E eu agradeço pelo amor.

Se vocês quiserem conversar comigo sobre qualquer coisa, desabafar, ou comentar sobre como estão, mandem-me uma mensagem. Se quiserem meu e-mail, me peçam. Assim como eu desabafei com vocês em cada pedacinho dessa história – um escritor, muitas vezes, usa de seus próprios sentimentos para dar vida a sua trama -, eu adoraria se vocês fizessem o mesmo comigo.

Não vou julgar. Vou apoiar no que eu puder.

E vou agradecê-los o máximo que eu conseguir.

Amo muito vocês.

De verdade.

Com carinho, Gio.

XOXO