Certo.

Peter e James juntos no mesmo espaço durante um ou dois meses só pode resultar em uma COMPLETA, ABSOLUTA E DESASTROSA EXPLOSÃO!

Afinal, encaremos os fatos, os dois se odeiam tipo muito e tem plena capacidade de se matarem antes do fim de semana. Ótimo, mais trabalho para mim.

–Baker, você tem noção do quanto isso é ruim? – James continuava a reclamar no meu ouvido, e bom pra ser sincera tudo o que eu queria era gritar com ele e dizer que meu ouvido não era pinico como nos velhos tempos (cara como chegamos a isso) mas, ele tinha razão, aquilo tinha tudo para dar errado e era muito, MUITO ruim. –Baker você esta ao menos me escutando sua ruiva inútil?

–Claro que estou seu imbecil. Eu tenho direito de pensar também.

–Então o que faremos senhora pensadora? Ambos sabemos que ele pode muito bem acabar com as nossas vidas em um piscar de olhos, ainda mais se ele descobrir que nós... bem... – Ele começa a ficar extremamente vermelho mas então, faz uma cara de nojo ao se lembrar da cena.

–Que nós nos beijamos Crayn?

–Isso... – Deus, como ele pode ser tão infantil? – Mas isso não vem ao caso, pois ele é simplesmente a pessoa que mais encheria devido a esse... acontecimento inoportuno.

Nesse ponto eu já estava quase tacando um sapato na cara dele.

–Inoportuno. Inoportuno. INOPORTUNO JAMES CRAYN. – é estou irritada mas tentei me controlar. – cof cof primeiramente Crayn, você me beijou, eu sou completamente inocente. Segundo, você foi todo fofo no baile e não esta mais agindo como você nas ultimas semanas seu inútil.

–Sim ruiva, mas isso não quer dizer que...

–OTIMO. NO FIM DE TUDO VOCÊ REALMENTE CONTINUA O MESMO OTARIO DE SEMPRE.

–Eu não acredito que você...

Mas eu já não estava mais o ouvindo.

AQUELE IDIOTA, eu gritava mentalmente, ele conseguiu fazer com que eu gostasse dele (UI) mesmo depois de todo o ódio acumulado durante todos esses anos, para no fim ele me cuspir? Resolver que era nada e brincar com os meus sentimentos como se eu fosse uma droga de uma Barbie? Maldito baile que causou tudo isso.

Ugh, La vou eu chorando novamente e sem perceber por onde ando enquanto amaldiço a droga do baile eu simplesmente... CAIO NO CHÃO COMO SEMPRE.

–É SERIO ISSO? QUEM POS A DROGA DO PÉ NA MINHA FRENTE DESSA VEZ? – não podia ser melhor, poxa universo. Eu me levanto olhando em todas as direções ate perceber que a criatura está bem na minha frente e pior, rindo como se não tivesse medo da morte.

– Foi um baita tombo Anne, deixe-me ver, o segundo só hoje mas quantos podem ser enquanto eu permanecer nesse inferno? É melhor eu começar a anotar em um caderno. – Peter provoca enquanto lança um olhar malicioso.

–Vai se ferrar Peter – ele se vira rindo e vai indo embora – pelo menos me ajude a levantar desgraça!

Ele continua rindo a medida que me ajuda a desencalhar do chão, mas em um momento seu olhar malicioso vacila e eu consigo perceber uma preocupação passar rapidamente por seus olhos.

–Peter... O que houve? Algum problema?

Sua gozação vacila e ele me olha com surpresa.

–Como assim? Nada. A única pessoa com problemas aqui é você com o chão.

–Cara, eu o conheço a vida toda Peter, eu SEI quando você está preocupado com algo, como aquela vez que você...

–Certo Anne, certo você venceu. É todo esse lance de eu ficar aqui. Eu ouvi que recentemente uma garota aleatória já entrou por falta de mulheres e...

–Lucy.

–O que?

–O nome da suposta “garota aleatória” é Lucy e ela eh minha melhor amiga.

– Tanto faz, eu...

–TANTO FAZ NADA, ELA É MINHA MELHOR AMIGA SUA DESGRAÇA. –Certo, vocês devem estar pensando tipo “nossa que menina deselegante”, e realmente eu me exaltei mas cara pra defender minha melhor amiga e botar medo no Peter, vale a pena.

–Ta ta, a Luuucy - ele debocha – foi coloca no acampamento devido as faltas, e... bom, e se não houver garotas para mim? Vou ser sincero, eu não estou com muita vontade de dormir na mesma cama que um homem - Como eu queria poder rir alto naquele momento – alem disso, nem sei o que estou fazendo aqui ainda.

–James me disse que é devido as suas férias e seus pais queriam lhe tornar alguém mais responsável e tudo mais.

– Exato, mas será que eles não pensaram que eu tinha planos para essas férias? Isso tudo é extremamente ridículo!

–Relaxa ai criança – minha vontade era de dar uns tapas na cara dele e manda-lo parar de ser uma menininha mimada – Agora, respire fundo porque nós iremos arranjar uma garota para você.

Pensei nas possibilidades, ele não poderia estar ali sem um par poderia? Talvez algum garoto tenha se machucado ou desistido do programa? Ou os pais não terem aprovado a garota? Eu realmente não sabia se realmente tinha chance de ter alguma menina sozinha. Tentei avaliar todas as possibilidades e enfim... não cheguei a lugar nenhum, então perguntei a Peter.

–Tudo o que me disseram foi o numero do meu chalé e que meus pais mandariam minhas coisas direto do meu quarto da universidade. – ele respondeu.

–E qual o numero?

–An... deixe-me ver – ele remexeu em sua mochila até final mente achar um papel com um numero escrito de mal-jeito. - 364.

–Nossa você foi realmente premiado. –Eu respondi com ironia reconhecendo pra que área aquele chalé ficava.

–Por quê?

–Se eu não me engano este é o chalé vizinho ao da garota mais perversa e inútil da face da Terra, a qual você pode se referir também como Bruxa absoluta ou simplesmente Kimberly.

–Oh, Kimberly. James me falou dela – eu o olhei com descrença – O que? Podemos nos odiar mais continuamos sendo irmãos falando de garotas.

–Desnecessario.

–De qualquer forma, qual o problema com ela afinal?

–Acho que o cabeça oca do James não lhe informou tudo corretamente.

–Provavelmente. Mas me conte você mesma então.

Fomos caminhando e conversando a respeito em direção ao próximo setor onde se encontrava o chalé 364. Foi divertido conversar novamente com o Peter, assim como na infância, ele era meu confidente e nos protegíamos ate que ele foi crescendo e se revelando tão mal quanto o irmão. Eu devaneava nos velhos tempos, afinal tudo parecia tão mais fácil... ate mês passado se James cruzasse meu caminho toda a universidade sabia que acabaria em uma treta giganorme enquanto hoje em dia, eu tenho essas drogas de sentimentos me atrapalhando em tudo o que eu faço. E quando me dou conta chegamos ao tão famigerado chalé, e eu estava certa (como sempre) exatamente ao lado do chalé da bruxa .

–Bom, aqui estamos. – Peter disse com 0 de entusiasmo.

–Quem saiba sua nova “esposa” não esteja ai

–Não sei – é ele continuava preocupado.

–Ta ta, chega de suspense Crayn – eu abro a porta do chalé e me deparo com uma garota de rabo de cavalo que me parecia um tanto familiar. Ela estava com o rosto levemente manchado como se finalmente tivesse parado de chorar.

Quando ela finalmente nota nossa presença ela me olha com um olhar quase que mortal.

–O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO AQUI? NÃO BASTA MACHUCAR MINHA AMIGA AGORA VEIO ATRAS DE MIM TAMBEM?

Eu e Peter nos olhamos confusos e eu dou de ombros, não fazia ideia de quem aquela garota era... não, em meio a gritaria alguns traços pareceram ainda mais familiares.

Ah não.

Minha vida podia ficar pior do que estava.