Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 32
A festa - parte II


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. Eu estou passando pelo o que chamo de... Tédio! Sim, muito estresse, falta de inspiração... Enfim, não estou bem mesmo. Isso me afeta quando tenho que escrever mais um capitulo da fic, pois as ideias parecem que não fluem. Mas como não quero fazer capitulo porcaria, demoro um tempinho, mas entrego algo bom.
Espero de coração que comentem, e se puder, recomendem a fic! Eu sei que isso é algo que cabe ao leitor decidir fazer, mas eu ficaria muuuito feliz se a fic fosse recomendada, ficaria muitíssimo contente!
Boa leitura!



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— Precisamos conversar. — disse sem me afastar dele pela primeira vez.

Sua expressão se mantinha séria, quase sem emoções. Não parecia com raiva, mas não diria que era uma pessoa amistosa de acordo com sua postura.

— Precisamos? — repetiu a pergunta unindo as sobrancelhas e cruzando os braços. — Porque eu não tenho nada a dizer e... Você, pelo visto... Disse até demais.

— Eu... — coloquei uma mecha do cabelo para trás da orelha. — Eu só queria... — Vamos, Leah! Diga de uma vez que se arrepende!

— Só queria... — incentivou-me.

— Desculpe. Pelo o que disse. Não devia ter sido tão grossa e mal educada. Acredite, não sou assim, talvez um pouco... — lembrei-me das inúmeras vezes que ficava provocando os outros lobos com minha arrogância. — Mas não era. Eu só... — respirei fundo — Você não tem nada a ver com meus problemas, mas acabei descontando tudo em você. — mordi o lábio inferior lembrando-me de todo meu drama vivido — Já passei por tanta coisa... Não estou acostumada com isso! Com esse seu afeto, sua preocupação comigo... É difícil pra mim! Só quero que entenda isso.

Ele ouvia tudo calado, mas quando terminei de falar e olhei novamente em seus olhos, sua expressão tinha ficado mais amena. Ele descruzou os braços e tocou meu braço direito com a mão, subindo e descendo do meu ombro até meu cotovelo e fazendo carinho com polegar.

— Vamos conversar lá fora. Está menos barulho. — guiou-me até a área de fora, onde se encontrava um belo jardim deserto.

http://www.blogdoluxo.com/wp-content/uploads/2011/06/35Hotel-Saint-Andrews-Jardim-iluminado-%C3%A0-noite-um-espet%C3%A1culo-%C3%A0-parte.jpg

Explorei bem o local com os olhos. Tinha muitas flores, a maioria vermelha. Algumas lamparinas iluminavam o caminho escuro. O jardim era dividido em quadrados, cada qual com uma espécie de plantas. Possuía muitas árvores, algumas pareciam pinheiros e chegavam a ser maiores que a própria mansão. Realmente, um lugar lindo. No jardim, havia um coreto dourado e iluminado pelas lamparinas. Era um sonho para qualquer garota que quisesse em ser princesa, o que de fato, não era meu caso.

Entramos no coreto, passamos a admirar a vista. Arrisquei olhar para ele rapidamente, mas Mason permanecia fitando o jardim. Virei o rosto rapidamente quando nossos olhos se encontraram.

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— Então... — começou ele — Você veio mesmo.

— Vim por você. Eu precisava te dizer o quanto me arrependo e...

Shiiiii —interrompeu-me apertando os olhos enquanto erguia-a mão. — Você já disse tudo. — deu um leve sorriso. — Sem contar que eu exagerei um pouco... — abaixou a cabeça.

— Não. — minha vez de interrompê-lo. — Você não exagerou em nada. Eu mereci. Eu sou a errada nessa história. — ele reergueu a cabeça.

Um silêncio desconfortável se formou entre nós. Eu estava um pouco sem jeito, principalmente porque ele não tirava os olhos de mim.

— June é mesmo insistente. Quando quer alguma coisa, não desiste até conseguir. — sorriu de canto.

— June? — perguntei sem entender o motivo da mudança repentina de assunto.

— O vestido. Ela te obrigou a usar, né?! — agora ele sorria maroto. Corei ao lembrar-me de como estava vestida.

De tantas coisas para falar, ele fala logo da droga desse vestido?!

— Er... Foi mais ou menos isso. — abaixei a cabeça, mas ele a levantou segurando com a mão direita.

— Não precisa ficar envergonhada. Você está linda. — olhei no fundo de seus olhos.

— Que bom que reparou na obra de arte da sua irmã. — brinquei.

— Acho que todos os garotos repararam. — disse mais sério, mas ainda tentando brincar.

O silêncio voltou a reinar, mas não durou muito tempo.

— Agora que você já disse, acho que é minha vez de falar. — permaneci em silêncio esperando sua conclusão. — Leah, eu não estou tentando te pressionar a nada. — Não? Então por que seu coração acelera quando eu estou por perto? — Está certa, eu não conheço sua história, mas como eu poderia? Você sempre se afasta ou me afasta, e não sei se sou eu o motivo.

— Você? Por que eu te afastaria? Somos amigos. — fingi que não desconfiava de suas intenções comigo.

—Deixe-me terminar. — prosseguiu — Desde que você chegou aqui, eu... Não sei explicar. É como se algo me dissesse que você é... Que você poderia ser... — nossa respiração acelerou junto com nossos corações. — Minha. Só minha. — entrei em choque com aquela declaração. — Mas tanta coisa aconteceu Leah. Passei por tanta coisa que... Eu não... Não consigo... Não sem você ao meu lado. — segurou minhas mãos com delicadeza — Leah, você sabe, acho que todo mundo sabe que você mexeu comigo de uma forma que nem eu entendi. Quando você pôs os pés naquela casa e eu te vi pela primeira vez, eu vi algo diferente que nunca encontrei em garota alguma. Vi a dor em seus olhos, mas também vi o amor. Você se faz de durona, mas é capaz de amar alguém mais que a si mesma, eu vi isso. Vi que por baixo desse muro de pedras que você construiu por cima do seu coração, há uma garota meiga e gentil que só quer alguém que a ame tanto quanto ela mesma é capaz de amar. Eu também sofri, acredite, perder um pai, o amor da sua vida, se tornar rude e amargo com as pessoas... Eu passei por isso. Mas agora tudo está tão distante... Agora eu só vejo você... Eu... Eu acho que... Eu estou me apaixonando por você, Leah.

Fiquei em choque com sua declaração. Não sabia o que fazer, o que dizer, como agir, só me sentia desnorteada. Era muita informação, muita coisa para se absorver, muita dor, mas também, muito amor. Não amor pelo Mason, mas pelo Jacob. Não seria justo com Mason, não seria justo com Jacob, não seria justo comigo.

Jacob não me quis, não do jeito que eu o queria. Sam me abandonou assim que pôs os olhos pela primeira vez em Emily. Meu pai me deixou. E naquele momento parecia que todos esses componentes significavam tudo e nada ao mesmo tempo.

Foi aí que caiu a ficha. O que aconteceu comigo, Jacob e Bella equivalia ao que estava acontecendo naquele momento. A diferença é que Edward amava Bella e Bella amava Edward. Jacob era o intruso ali. Já Mason, ele nunca foi intruso. Ele simplesmente estava ali por acaso.

— Mason... — meus olhos já marejavam — Eu não posso.

— Pode. — se aproximou mais do meu corpo, fazendo arrepios percorrem meus braços e pernas desnudas pelo vestido — Eu pude. Você também pode. E sabe por quê? Porque eu estou aqui, estou do seu lado. Só te peço uma chance, Leah. Só isso.

— Você não entende! Não é assim. Eu não posso fazer isso por que... — lágrimas já escorriam pelo meu rosto — Eu amo outro. Eu não te amo, Mason.


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Notas finais do capítulo

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