Recomeçar - Uma Fanfic Blackwater escrita por Katy Dreamer


Capítulo 26
O outro lado da história - Pov. Leah


Notas iniciais do capítulo

Certo, certo, resolvi postar mais um pra vocês. Fiquei feliz com os comentários do capitulo anterior, por isso, dessa vez, serei boazinha. Agradeço a todos que comentaram, sei que já disse, mas isso me incentiva MUITO. Então, obrigada. Ah! Mudei meu perfil, se vocês quiserem ir lá dá uma olhada, fiquem à vontade!
A partir de agora será a versão da Leah, ou seja o que aconteceu com nossa loba durante esses meses. Se sentiram falta dela tanto quanto eu, não se esqueçam de comentar.
Por falar em comentar, a proposta inicial ainda está valendo. Quanto mais comentários, mais rápido.
Boa Leitura, amores!



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Em tantos momentos dessa minha insignificante vida, tive que fazer algo que destruiu meu coração. Na verdade, ele já foi destruído uma vez, quando Sam me trocou pela minha prima. Sem dúvida, naquele momento, tive vontade de me matar, talvez fosse menos doloroso. Só que em certos momentos da vida, temos que escolher entre o certo e fácil.

Como em tantas outras situações, levantei-me, encarei o mundo com a cabeça erguida, mas confesso que de uma menina doce e educada, passei na ser amarga e irritante. Não me orgulho disso e não digo que hoje sou uma pessoa totalmente diferente. Pelo contrário, fiz o que jurei para mim mesma que nunca mais faria. Eu me apaixonei por outro lobo.

Não o culpo, pois ele não me pediu para afastar-me. Ele nunca me pediria isso, mas saí por ele.

Dessa vez não sinto ódio de todos ou vontade de o ver sofrendo. Só de imaginar essa cena, meu coração se comprime dentro do peito. Então, acho que valeu a pena. Cada risada, cada sorriso sincero que dei foi ao lado dele. Foi ao lado do meu Jacob.

Hoje ele já deve estar bem ao lado de outra. Bella? Acho difícil. Jacob a perdeu no momento em que ela conheceu Edward, mas ele não percebeu isso. Só espero que ele esteja feliz.

***

Já dirigia a 90km/h. La Push estava, a cada segundo, tronando-se passado. Jacob? Este nunca se tornaria passado completamente, eu acho.

A estrada parecia sem fim. La Push nunca pareceu tão grande quando minha vontade era simplesmente sair daqui. Meu coração se apertava toda vez que aquele sorriso lindo e iluminado do meu amor aparecia em minha mente.

Como esquecer se a única coisa que desejava era tê-lo em ao mau lado? Essa é minha vida. Uma vida desgraçada da qual preciso me desfazer e começar uma nova. E era isso que estava disposta a fazer: recomeçar.

(...)

Abri os olhos lentamente. A imagem um pouco turva. O vidro entreaberto para que um ar entrasse. Minha bolsa, jogada no banco de trás. Os raios de Sol atingiram me cegaram, coloquei a mão na frente dos olhos para proteger-me da claridade. Já é dia? Olhei as horas no relógio do carro. Assustei-me quando vi que já eram 13h27min.

— Droga! Dormi mais do que devia!

Ontem estava tão cansada que estacionei num acostamento e resolvi dormir um pouco. Desnecessário falar que sonhei a noite toda com Jacob. Ah... Jacob! Suspirei ao lembrar-me dele.

Meus devaneios foram interrompidos quando ouvi meu estomago roncar. Saí com tanta pressa que me esqueci de trazer um lanche. Pelo menos não saí sem nada nos bolsos. Ainda tinha dinheiro para alguns meses. Mas já que escolhi uma nova vida, tinha começar com um emprego, um lugar para morar, talvez até alguém para recomeçar. Mas essa última opção demoraria a acontecer.

Peguei a chave do carro que deixei dentro da minha bolsa e liguei-o. Precisava comprar alguma coisa para comer, a fome estava me matando.

Avistei uma placa de lanchonete dizendo que havia uma a dois quilômetros. Nem é tão longe. Pensei. Coloquei o pé no acelerador e parti rumo ao meu café da manhã.

O caminho foi bem tranquilo, poucas curvas, paisagem bonita. Acho que dirigi tanto que perdi referencial de lugar. O problema era esse. Teria eu saído de La Push? Quando fiz essa pergunta, vi uma placa larga e verde escrita: Volte sempre à La Push.

Pelo menos isso. Um passo já foi dado. Mas quantos passos pretendo dar? E Jacob? Nunca mais o verei? Dúvidas e medos invadiam minha mente. Só espero que encontre minha felicidade.

Mais alguns minutos e cheguei a tal lanchonete. Não era tão grande, mas também não era pequena. Tinha azulejo laranja e branco. As mesas e cadeiras combinavam com a cor dos azulejos. O balcão era preto com detalhes dourados. Uma placa grande estava pendurada na parede informando os lanches que eram servidos. Tocava uma música do Nickelback, Rockstar. Amo essa banda.

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Sentei-me em uma daquelas cadeiras compridas de balcão e esperei ser atendida. Aproveitei para reparar no local. Não estava tão cheio, mas dava para perceber que era movimentado.

Uma garota morena de olhos verdes, cabelo cacheado, vestido branco e alguns colares pretos, sentou- se ao meu lado. Era muito linda. Uma beleza diferente das garotas de hoje, parecia algo natural e sereno. O que me chamou atenção foi seu sorriso. Uma arcada dentária perfeita e dentes brancos. Só de vê-la sorrir, dava vontade de sorrir.

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— John, por favor, um suco de laranja. — pediu ela toda delicada.

— Com açúcar, June? — perguntou o tal de John.

— Sim, por favor.

Ela apoiou os braços no balcão enquanto esperava seu suco. Sua expressão era suave. Parecia que o mundo era só um arco-íris para ela. Tem gente que nasceu com sorte nesse mundo.

Não sei por que, mas não conseguia parar de olhá-la. Algo nela me chamou a atenção. Até que seus olhos caíram sobre mim. Rapidamente me virei para frente. Devo ser louca de ficar encarando uma desconhecida.

— Oi. — viro-me novamente para a garota — Meu nome é June. Você é nova aqui? Nunca te vi. — ela apoiou o cotovelo na bancada e a cabeça na mão.

— Er... Sou. — cortei o assunto. Não iria ficar conversando com alguém que nunca vi.

— Legal. Veio de onde? — insistiu. Pensei antes de responder. Deveria dar essa informação? Ah! Que mal ela pode fazer?

— La Push.

— Sério? — animou-se. Garota esquisita. — Já fui lá uma vez. Conheço as lendas Quileutes. Morro de medo delas. — riu com seu próprio comentário. — Mas sei que só são lendas.

— Que bom. — voltei a olhar o cardápio.

— Vai ficar quanto tempo? — Como ela é insistente!

— Muito, espero. — sussurrei a última parte.

— Já sabe onde ficar? Temos ótimos hotéis aqui, só que são um pouco caros.

— Não se preocupe com isso.

— Eu me preocupo, sim. Gosto de ajudar as pessoas. Tenho esse defeito, ou é qualidade? Depende do ponto de vista — voltou a rir. Sua felicidade chegava a ser irritante. Já ia dispensá-la, quando me ocorreu um pensamento.

— Sabe de algum lugar que precise de funcionários. Preciso de um emprego.

— Humm, que tipo de emprego?

— Qualquer um.

— É que minha mãe tem uma biblioteca, mas ela não está muito bem de saúde, eu faço faculdade, meu irmão... — ela parou por uns instantes — Enfim, precisamos de alguém para cuidar do estabelecimento.

— Perfeito. Só me passar as informações...

— Só que tem um porém. — interrompeu-me — Digamos que... Todo o dinheiro que conseguimos, gastamos com o tratamento da minha mãe e com a minha faculdade. Você já tem onde ficar?

— Não. — fiz cara de desentendimento — Por quê?

— Eu acabei de ter uma ideia.

— Olha, se não tem como pagar, é melhor...

— Mas temos como pagar. Quer dizer... Bem, temos um quarto sobrando, você pode ficar lá. Hospedagem e alimentação seria seu pagamento.

— Eu não sei... Você disse que os hotéis daqui são caros, né?

— É. Você escolhe.

Precisava de um lugar barato para ficar, arranjei um de graça. Precisava de um emprego, arranjei um legal. Nesse caso, eu poderia economizar meu dinheiro e gastar com outras coisas mais úteis.

— Tá, acho que não tenho muitas opções. — forcei um sorriso, mas acho que saiu mais como uma careta.

— Ótimo. — ela abriu um largo sorriso. Depois virou-se para o balconista. — John, um suco e um misto-quente para a...

— Leah. — completei.

— Para a Leah. — continuou. — Por minha conta.

— Eu posso pagar.

— Sei que pode. — voltou a me fitar. — Considere que é só para comemorar uma nova amizade. — não cedi. — Por favor.

— Ok. — concordei, já que era pelo bem da “nova amizade”


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Notas finais do capítulo

E aqui começa mais uma jornada com nossa Lee. O que o destino preparou pra ela? Comentem!