With Or Without You escrita por Annye


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá.
Não, não abandonei e nem vou. Peço que entendam que tem sido cada vez mais difícil para eu arranjar um tempo de escrever (trabalho, estudo, sou beta, estou em meio ao curso de direção, estou aprendendo teclado, tenho aula de inglês, francês, alemão, canto, teatro, dança, academia e vida social, então...), mas vou finalizar a fanfic, como sempre afirmo, ok? Agradeço de coração a você que continua acompanhando.

Vamos descobrir algumas coisas?
Boa leitura.



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Emmett

Eu estava tranquilo no escritório. Cara, a palavra escritório para mim era tão estranha. Quer dizer, não a palavra em si, mas Emmett o gostosão das senhoras virando homem de negócios é no mínimo a coisa mais bizarra que existe.

Apesar disso, eu não tinha o que reclamar. Graças à galeria, além de trabalhar com Rose, eu tinha chance de sustentá-la de verdade. Não estava nem perto de tudo que ela tinha herdado, mas já era alguma coisa...

Sem contar que eu finalmente larguei o quiosque na praia. Ah, e o trabalho de striper de vez (até porque Rose prometeu que enfiaria o poste em minha garganta se eu aceitasse um trabalho desses de novo).

Rose. Como uma mulher pode ter me ganhado tanto? Eu, aquele lobo solitário que vivia por ai, andando pelo mundo onde fosse melhor. Hoje, não consigo mais ficar longe dela. Esses dias mesmo, eu encontrei um cara que trabalhava comigo em despedidas de solteira, e as palavras que ele usou para me descrever agora foram “coxinha e pau mandado”. Ok, talvez eu tenha ficado mesmo um pouco “coxinha” (afinal, antes eu fazia fogueiras com ternos e gravatas, e hoje, cá estou eu com um armário cheio dessas peças), mas eu quero estar à altura de Rose, e para isso eu precisei mudar. E sobre pau mandado, bem, acho que isso tem mais a ver com felicidade. No momento não posso ser feliz se Rose não for, por isso, faço o que posso para vê-la sorrir, mesmo que isso consista em abrir mão de algumas coisas. E claro, até hoje não abri mão de nada que eu gostasse muito, afinal Rose também quer minha felicidade.

Meu celular vibrou em minha mesa, tirando-me de meus devaneios. Olhei no identificador e atendi prontamente.

– E ai cabeça?

– Sério cara, você deveria parar de me chamar assim. Parece algum codinome de presidiário. – reclamou Edward, como sempre.

– Para de ser chorão, bro. Mas e ai, me ligou apenas para reclamar de seu apelido, Edinho? – respondi, chamando-o pelo outro apelido que ele tanto odiava.

– Tem mais sim, mas precisa ser tratado cara-a-cara. Bella e eu vamos jantar hoje em seu apartamento, pode ser? – apesar do tom sério que ele usou, eu estava despreocupado. Para marcar um jantar assim, deve ser mais uma escapada para os dois, do que realmente um assunto sério.

– Já que você se convidou, fica difícil negar. – eu disse bem humorado. – Vou avisar Rose, mas passem lá em casa lá para às oito horas, para dar tempo da ursinha e eu...

– Muita informação cara, muita informação! – Edward me cortou. – Combinado então.

– Falou cara! – me despedi.

– Falou. Ah, só para constar, Edinho é a puta que te pariu! – Edward disse, e eu ri antes de desligar. Xingar a mãe de um órfão era no mínimo irônico.

Fui em direção ao ateliê de Rose, avisar sobre o convite inesperado de nossos amigos. Quando cheguei lá, ela estava desenhando algo que me deixou bem preocupado.

Rose direcionou a dor de perder seus pais em sua arte, e por um bom tempo angústia e dor era tudo o que se via nela. Entretanto, agora ela pintava um quadro pesado, como se sentisse culpada. No centro, havia uma silhueta feminina, mas era impossível identificar se era alguém específico ou não.

– Vai ficar me espionando? – perguntou Rose, ainda colorindo seu quadro. Ela odiava ser observada.

– Desculpe, vim chamar você e não pude evitar. – eu disse sorrindo. Ela deixou o pincel na bancada, e veio em minha direção.

– Veio me chamar para quê? – perguntou ela, enquanto me abraçava.

Não resisti ao impulso de beijá-la. Rose tinha os melhores lábios do mundo, e se eu pudesse, não pararia de beijá-la nunca. Na realidade, se dependesse de mim mal sairíamos da cama, mas ela sempre tinha algum discurso sobre “prioridades”.

– Temos um jantar hoje à noite. – informei, parando com o beijo, mas logo lhe dando um selinho.

– Por quê? – questionou com um tom malicioso. Ai, desse jeito ela me mata. Juntei nossos lábios novamente, colando nossos corpos dessa vez. Conforme nosso beijo ficava mais intenso, eu a suspendi, pegando no colo, e ela cruzou suas pernas ao redor da minha cintura.

Coloquei-a sobre a bancada, já levantando sua regata e distribuindo beijos por seu pescoço e ombro. Ela estava tão ávida por prazer quanto eu, me ajudando a desabotoar e abaixar as roupas que impediam nossa união. Quando eu estava com Rose às coisas eram assim, intensas, enervantes e avassaladoras.

– Acho que você veio me fazer um convite. – disse ela, entre suspiros e arfadas.

– Ah, claro. Hoje a noite Edward e Bella irão jantar lá em casa. – respondi, parando com as carícias, e recebendo um gemido de indignação.

– Então é melhor a gente terminar o que está fazendo aqui mesmo. – ela disse, enquanto se encaixava em mim.

– Muito obrigada pela consideração. – disse Bella ironicamente, quando nos viu passar pelo corredor que levava ao nosso apartamento. Os dois estavam sentados em frente à porta, pelo visto, há algum tempo.

– Pensei que Edward tivesse a chave do apartamento. – Rose comentou, enquanto procurava o chaveiro na bolsa. Edward e Bella se levantaram, pegando uma pasta cheia de papéis. Talvez por costume, franzi o rosto, nunca gostei de papelada, e agora abominava com ainda mais forças.

– E correr o risco de pegar vocês dois transando no meio da sala? Eu passo. – brincou Edward.

– Ha-ha, muito engraçado. – Rose disse revirando os olhos. – Quem ouve, pensa que somos dois ninfomaníacos que não param por um segundo.

– Ah, e não são priminha? Então me diga, por que vocês se atrasaram? – Edward nos provocou. Ok, tínhamos mesmo demorado porque perdemos a noção da hora dentro do ateliê. Mas é claro que a ursinha não ia admitir isso.

– Demoramos porque ficamos presos no trânsito, ora. – respondeu ela, toda petulante.

– Trânsito, das oito até ás nove e meia? Você nunca foi uma boa mentirosa mesmo, Rose. Mas adorei, vou usar essa. – Bella também entrou na brincadeira.

– Ok, ok. Deixem minha ursinha em paz. Vamos entrar e jantar logo, pois quanto mais rápido vocês terminarem essa visita, mais rápido poderemos voltar a fazer o que vocês sabem que estávamos fazendo. – admiti por fim, fazendo com que Edward e Bella rissem, enquanto Rose me dava um tapinha no ombro.

O jantar foi bom, como eu já esperava. Ligamos para pedir comida em um restaurante japonês, e então comemos peixe cru e alga (sabe-se lá porque acham isso gostoso), bebemos saquê, falamos besteiras, contamos sobre nossas vidas, coloquei um pedaço de wasabi no meio sushi do Edward sem que ele visse, fazendo com que ele queimasse a língua, enfim, essas coisas comuns e agradáveis que sempre aconteciam quando estava entre amigos.

Porém foi ficando tarde, e eu percebia a relutância de Bella e Edward em irem embora. Não que eu estivesse os expulsando de casa, mas eles ficavam revirando aquela pasta de papéis que tinham trago, depois se encaravam, além de cochicharem pelos cantos, e quando pareciam que iam chegar ao ponto, simplesmente falavam alguma besteira. Chegou em um momento, que não havia mais nada a dizer, estava tarde, e eu via que até Rose estava bem sem graça com a demora dois ali em casa.

Então resolvi tomar partido:

– Bem gente, a noite está ótima, mas amanhã Rose e eu precisamos ir para galeria...

– É! Eles vão precisar trabalhar amanhã cedo Bella. Temos que ir então... – Edward disse, se levantando de uma vez do sofá, já indo em direção ao seu casaco.

– Espera Edward! Emmett, esse jantar na verdade foi um pretexto. Precisamos falar com você, e tem que ser hoje. – Bella disse seriamente, me encarando. Confesso que fiquei bem preocupado, e não só eu, visto que o clima agradável deixou o ambiente, dando lugar a uma grande tensão.

– Hm, tudo bem então. O que vocês precisam falar comigo? – perguntei.

– Diga para ele, Edward. – Bella passou a bola, ganhando um olhar de reprovação do namorado.

– Certo. – Edward se aproximou de nós novamente, suspirando alto. – Emmett, primeiro queria deixar claro que descobrimos apenas há pouco tempo, ok? Tudo que vamos falar aqui é devido à situação que nos encontramos. Eu melhor que ninguém, sei como você vai ficar depois desse assunto, e é por isso que eu enrolei tanto. Mas eu preciso dizer cara. E assim...

– Cabeça, que tal parar de enrolar? – disse direto e reto. Edward e eu já éramos amigos há tempo suficiente para eu não me abalar, o que quer que ele queira falar. Então aquele “mimimi” estava sendo apenas incômodo.

– Acho que é melhor. – ele respirou fundo, e logo pegou a pasta que estava nas mãos de Bella, e entregou em minhas mãos. – Abra. – e eu o fiz. Talvez se soubesse que aquilo mudaria tanto a minha vida, o tivesse feito de forma diferente. – Essa pasta foi encontrada na casa dos Brandon. – olhei interrogativamente para ele.

– Os Brandon, você sabe, Emmett. Alice, a ex de Jasper. Estava no velório... – Bella começou a dizer, mas a voz foi falhando ao fim da sentença. Pude ver pelo canto do olho, Rose abaixando sua cabeça, mas ela ficou firme, engolindo a seco e levantando seu olhar novamente. Voltei a analisar os papéis, mas parecia até piada.

– O que exatamente significam esses papéis? – perguntei confuso. – Eu entendo que é um dossiê e, diga-se de passagem, bem completo sobre mim, porém não consigo ver um bom motivo para os familiares de essa garota terem tanto interesse na minha pessoa. Ok, sei que é difícil achar alguém tão sexy e com uma personalidade tão marcante, mas mesmo assim... – eu disse fazendo graça, tentando quebrar a tensão que eu via cada vez mais marcada em cada rosto na sala, e falhando.

– Nós ainda precisamos fazer o teste de DNA, – começou Bella – mas ao que tudo indica, Emmett, você é filho de Gregory Brandon.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Deixem seus reviews, eles são muito importantes para essa que vos fala (leio e amo todos, e se eu não respondi algum, e porque eu fiquei tão feliz que meras palavras de agradecimento não conseguiriam expressar meu sentimento).
Até o próximo.



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