The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 53
|Hiccup| The power of the big four


Notas iniciais do capítulo

Dor no coração. Eu confesso que não tinha ideia de como terminar a fanfic. Sim, esse é o capítulo final e no começo não era para ser, mas no fim foi agora. Estou com medo de não ser convincente, pois tenho medo de capítulos finais (nunca foi boa em finalizar as coisas, por isso que nenhuma fanfic minha eu consigo terminar), então é uma sensação nova e libertadora. Mas calma, ainda vai ter um epílogo, então esse é o capítulo final, mas tem o epílogo e... Enfim, vocês entenderam. Ah, claro, vai ter ainda um pequeno texto que irei escrever de agradecimento por vocês me acompanharem nessa saga por sete meses. Amo vocês e espero que gostem do fim.



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Quando Jack saiu com Breu da sala, Soluço precisa confessar: estava furioso. Ele nem olhara em seus olhos, não dissera absolutamente nada. Quais eram seus planos? Pior: havia planos? Soluço não confiava em Breu, nem deveria confiar. Como saberia que esse deus não estaria mentindo?

Minutos depois, o que parecera a eternidade, Breu voltara. Ele estaria feliz? Soluço não sabia, mas pela expressão do deus, poderia ser.

Com um movimento de mão, a névoa que o prendia se dissipou. Soluço tocou nos pulsos, fazendo com que o sangue voltasse as mãos. Levantando os olhos, furioso, teve coragem de encarar Breu.

– Ele vai morrer – as palavras saíram com fúria extrema da boca de Soluço.

– É o acordo. – Breu estava mais calmo agora. – E falta poucos minutos para eu finalmente subir ao poder.

– Tá. – Soluço estava impaciente. – Acordo. Agora faça a sua parte dela.

Breu que ia saindo da sala, virou-se para entregar sua atenção novamente ao menino.

– Ah, sim. Como eu poderia esquecer? – uma névoa envolveu Soluço, transportando-o para onde quer que fosse.

***

Era uma guerra.

Soluço estava entre cavalheiros. Estranhamente eram de todas as legiões, todos lutando um do lado do outro. O coração de Soluço pulou, pensando como Jack ficaria orgulhoso em ver isso.

– Ei, garoto! – um cavalheiro da legião do Fogo gritou. Foi quando percebeu que uma figura negra e magrela, um guerreiro de Breu vinha o atacar.

Soluço desviou e tentou agradecer o cavalheiro, mas ele já havia se misturado na multidão. Seus pensamentos agora eram: achar Merida e Rapunzel, salvar Jack, destruir Breu.

Enquanto corria, sentiu seu Soul-Patronus brilhar intensamente, distanciando dele. Era um sinal? Soluço precisava segui-lo.

Soluço achou estranho o fato de seu Soul-Patronus estar levando-o para fora da legião. Ele ia até a floresta, e isso era para ele no mínimo estranho. O que o esperava lá? Ele tinha medo.

Entrando finalmente na floresta, Banguela voltou ao normal. Olhando de um lado para o outro, Soluço notou que ao longe estavam as pessoas que ele mais desejava achar: Merida e Rapunzel.

Merida parecia ter notado-o também, porque ela saiu correndo para encontrá-lo. Quando finalmente estavam um lado do outro, eles se abraçaram intensamente, e Soluço se permitiu em beijá-la.

O beijo foi rápido e urgente, refletindo o desespero e gratidão de ambos. Quando se soltaram, Soluço viu Rapunzel ao longe, feliz em vê-lo, mas claramente tristonha.

– Cadê Jack? – perguntou Merida no ouvido de Soluço, para Rapunzel não ouvir.

– É complicado... – Soluço suspirou e sussurrou o mais baixo possível. – Não tiha o que fazer, você conhece Jack. Ele estava tão determinado e eu não...

– Soluço, me conta devagar. – Merida arquejou.

Antes que dissesse alguma coisa, novamente seu Soul-Patronus brilhou, distanciando-se dele. O mesmo aconteceu com o Soul-Patronus de Merida e Soluço percebeu com surpresa que na verdade todos os Soul-Patronus brilhavam em chamado para outro lugar.

Soluço apertou a mãe de Merida, beijando-a na testa suada e com o olhar a convidou para seguirem seus Soul-Patronus.

***

Rapunzel ia cabisbaixa ao lado de ambos, claramente perturbada, mas ela não falava nada. Ela não perguntara sobre Jack nem dissera um oi a Soluço. Soluço se sentia mal por não falar nada, mas ele não se sentia preparado. Além de que, em minutos veriam Jack novamente quando ele fosse... Não, Jack não iria morrer, ele não poderia.

Todos os guerreiros haviam parado de lutar, já que extranhamente todos os seres de Breu haviam se dissipado. Agora todos seguiam seus Soul-Patronus para um mesmo lugar. Era uma mistura de cores brilhantes no escuro, uma quantidade absurda de legionários nunca antes visto. Estaria aqui todos os legionários com mais de dezesseis unidos? Soluço via de longe seus colegas de classe e entre eles Astrid. Parecia décadas que não a via.

Um som de explosão ressoou de longe e então ele viu: um palácio surgia no topo do monte da Legião da Água, grande e explendoroso e na sacada imensa Breu em forma imensa, sorrindo com crueldade.

– Precisamos chegar mais perto. – Merida disse, ao ver que os Soul-Patronus os levaram até essa reunião assustadora.

– Espere – Soluço disse enquanto olhava para a sacada. – Olhe o que está entrando ali...

– Jack! – Soluço ouviu Rapunzel gritando, pois ela também vira o que estava entrando. Jack amarrado, pronto para o que poderia vir.

Merida olhou para cima e viu também que Jack estava na sacada. Parecia vulnerável, mas ao mesmo tempo poderoso.

– Então era isso? Jack vai ser...

– Morto. Sim, Merida. Mas eu não tive meios de impedi-lo. – Soluço disse com desespero e culpa.

– Temos que fazer alguma coisa. Soluço, pense, rápido! – Merida o pressionou, preocupada demais para agir com calma.

– Precisamos falar com Rapunzel, cadê Rapunzel?

Soluço varreu a área com os olhos e viu que Rapunzel corria loucamente em direção ao monte, os longos cabelos loiros voando e varrendo o chão sujo e com vestígios de guerra.

– Merida, venha. – Soluço agarrou a mão de Merida, levando-a consigo.

– Espere, e a Rapunzel?

– Ela está indo pra lá. – Soluço apontou com a mão trêmula para onde ia Rapunzel correndo. – Precisamos detê-la a qualquer loucura.

– Merida parou bruscamente de correr e o encarou por segundos.

– Não. Ela o ama, Soluço, não entende? Precisamos embarcar com ela em qualquer loucura.

Soluço suspirou e concordou com a cabeça, voltando a correr atrás da garota.

Rapunzel estava na beira do monte, arregassando o vestido para subir, mas ela estava trêmula demais para fazer isso. Merida tocou em seus ombros pelas costas e Rapunzel soltou um grito horrorizado.

– Me solta, me solta... – Rapunzel parecia segurar o choro, sua voz embargada.

– Você não vai conseguir subir esse monte, Rapunzel. É baixo, mas olhe para você...

– EU NÃO VOU PERDER MAIS NINGUÉM! – Rapunzel se soltou das mãos de Merida, tentando subir em vão.

– Rapunzel, escute: tem outro modo de fazermos isso... – Soluço começou falando.

– Não, Soluço, pare! Você deveeria ter feito algo, você sabe disso.

– Olha só, eu sei disso. – Soluço extravazou, sua dor aparente na voz. – Mas Jack faz o que ele quer e como ele quer, você está enjoada de saber disso. – Soluço chegou perto dela, as mãos tremendo. – Se você quer ajudá-lo, saiba que não é assim, indo atrás de missões suicidas. Você nunca conseguiria entrar naquele palácio, acredite. Se podemos fazer algo, tem que ser aqui. E rápido.

Rapunzel começou a chorar, lágrimas saindo de seus olhos, manchando seu rosto cansado. Ela abraçou Soluço, necessitando de apoio.

– Psiu, vamos conseguir. – foi o que Soluço conseguiu dizer. – Porque nós três juntos somos capaz de enfrentar Breu.

Usando a trilha do monte para subir, eles subiram correndo, preparados para o que iria vir. Já ao lado do castelo, eles arrombaram a porta dos fundos bruscamente com o chicote de Rapunzel, subiram as escadas – Merida flechando quem quer que entrasse em seus caminhos – e Soluço guiando até o caminho, pois era o único que já estivera ali. Quando chegaram na porta da sacada, entraram sem pensar, dando de cara com Breu em tamanho multiplicado e Jack com a cabeça presa na guilhotina, pronto para ser morto.

– Não! – Rapunzel correu até Jack, e foi quando a lâmina de cima baixou para cortar a cabeça do garoto.

Antes que cortasse, a lâmina se dissolveu em terra, caindo no chão, espalhando-se. Jack estava com os olhos fechados fortemente e Rapunzel parou de correr, espantada. Jack vivera.

Ela notou que seu Soul-Patronus flutuava ao céu, tomando uma cor antes nunca vista: roxo. Virou-se e notou que Soluço e Merida também tinham os Soul-Patronus roxeados e os legionáarios de baixo também – milhares de Soul-Patronus roxeados flutuando sob a cabeça de todos, em comunhão.

Rapunzel correu e abraçou Jack pelas costas, tentando acordá-lo. Ele estava vivo, pois seu Soul-Patronus ainda brilhava, mas não se mexia, não a respondia.

– Por favor, Jack, por favor...

Seu cabelo começou a brilhar, o dourado envolvendo-a, e ao mesmo tempo ele. Com o brilho da cura do cabelo, Jack abriu os olhos, o azul intendo tocando-a em sua alma.

Eles se abraçaram intensamente dessa vez, esquecendo-se até que Breu estava ali também.

– Pensei que fosse morrer. – Jack revelou.

– Pensei que você tinha um plano.

– E tinha, e era te salvar.

Rapunzel balançou a cabaça, afastando as lágrimas.

– Mas quem diria que no final seria você que me salvaria. – Jack falou, o cabelo de Rapunzel voltando ao normal.

– Não, não é possível, não... – Eles ouviram de longe, a voz de Breu desesperada.

E estava ali, diante de todos os legionários os quatro grande deuses: Muspelheim, Sya, Awel, Evy.

– Sua audácia foi demais, Breu. Pena que não contava que isso acontecesse. – disse Muspelhein, o grande deus do Fogo que encarava o irmão com fúria.

– Impossível, vocês estavam presos!

– Estávamos, mas a força vital criada pela união e o poder dos Soul-Patronus unidos em um só lugar trouxe nossa liberdade. – disse a linda e delicada Evy.

– Vê essa luz roxa? Esqueceu que para um existir precisa de outro? – Sya com sua voz poderosa acrescentou.

– Somos elementares, e você os reuniu. – Awel, o deus do Ar disse ao irmão.

Era algo único, os cinco deuses irmãos unidos e em tamanho gigantescos. Breu não ousava em se mexer.

– Mas e a profecia? Eu estava vencendo, os derrotando! É improvável, nunca foi para ser assim!

– Você orquestrou tudo, mas esqueceu de algumas coisas que mudaram todo o rumo. A garota, Rapunzel, você não conseguiu pegar o poder de seus cabelos, mas acreditou que, quando cortado, isso fosse anular todo o poder dela, e isso não aconteceu. Isso foi uma falha. – Evy contou a ele. – Segundo: o garoto Soluço. Você o subestimou em todo o momento, mas ele tinha a marca do dragão. Se quisesse mesmo o derrotar, teria que ter tirado-o seu dragão. Mas esteve ocupado demais com Jack Frost, o que você sempre odiou mais, não é?

– Isso está errado, Evy, era apenas necessário matar o mais forte, e eu estava com ele.

– Errou novamente. De fato era preciso matar o mais forte, e isso seria o suficiente. Mas você pegou o escolhido errado. O escolhido era e sempre foi Merida.

– A Merida? A garota de cabelos vermelhos? Impossível! – Breu estava perplexo, todos os legionários assistindo a peça. – Ela nunca teve nada de extraoridinário, ela não tem um dragão, nem poder da cura, ela não tem nada!

– Esteve errado de novo, e de novo. Não precisamos nascer com um dom extraordinário para ser extraordinário. É com nossas atitudes que revolucionamos o mundo. Você não esperava isso de uma garota, não é? – Muspelheim quem disse dessa vez.

– Não...!

Os deuses uniram seus poderes, acumulando juntos uma força que envolveu Breu, dissolvendo-o. Só era possível ouvir os protestos de Breu, não aceitando sua derrota.

– É impossível aniquilar a maldade, mas podemos lutar para que ela fique longe de nós. Agora é sua vez de ficar exilado, Breu. – Sya disse até que Breu se dissipou completamente.

Soluço, Merida, Jack e Rapunzel estavam lado a lado, olhando para os deuses como todos. Soluço estava espantado, olhando para Merida com outro olhos. Ela era a grande escolhida.

– É uma nova era. – Awel disse em direção aos legionários. – E todos os erros do passado precisam sem reparados. Nossos escolhidos, esses que vocês veem, irão juntos governa-los. A partir de hoje quebramos os muros que impedem que Legiões diferentes não se comuniquem entre si. Espero que todos aceitem todas as mudanças e que deem vivas para seus novos reis: Jack, Soluço, Merida e Rapunzel.

Os quatro deuses também se dissiparam, deixando todos os legionários quietos, absorvendo a informação. De longe ouviu-se um viva, e então outro e outro e estavam todos os legionários unidos, batendo palmas e comemorando a vitória.

Soluço tocou a mão de Merida, apertando com força. Merida então segurou na mão de Rapunzel que estava ao seu lado e notou que Rapunzel também segurava a mão de Jack. O sol nascia no horizonte, pois amanhecera. E Esse era o fim do começo e o começo de uma nova era.


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Notas finais do capítulo

Esse eu quero reviews, e dos longos, hein? Depois de uma quantidade razoável de respostas eu posto o epílogo e meu texto de agradecimento. Obrigada por tudo pessoal!