The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 20
|Jack| Self Destructive


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, gostaria de agradecê-los por estarem comigo nessa jornada de postagens. Obrigada.
Não imaginava que teria leitores, pois eu acreditava que ninguém nesse Brasilsão além de mim sabia o que era The Big Four.
Por mais que ainda sejam poucos, sei que ainda aumentará mais gente.
Eu sinceramente não consegui elaborar do modo que desejava esse capítulo. Deve ser porque eu estou mega ansiosa para continuar os capítulos do Soluço e da Merida, hehe
Espero que gostem e entendam o motivo de Fergus estar tão irritado.



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O som das folhas farfalhavam perto dos ouvidos de Jack.

O chão estava úmido e aconchegante em seus pés.

Jack acreditara que seu tio estaria entre as pedras. Não fora o caso.

Estranhamente ele fora guiado por Jamie até os três. Fazia pouquíssimas horas que seu tio desaparecerá estranhamente e Jack perguntava-se loucamente por quê.

Jack sempre se sentira sozinho. Nunca seu tio explicara o motivo dele não se lembrar de nada a não ser seu nome. A única coisa que ele falara fora: com o tempo você entenderá.

E cada tentativa de perguntas, seu tio ignorava completamente.

O que Jack sabia: seu aniversário, que seu tio era por parte de pai e que sua família morrera. O motivo? Era o que Jack mais ansiava em saber.

Quem ele era? O que ele tinha? O que aconteceu? Por que essas coisas estão acontecendo com ele?

Até onde ele sabe, ter um único membro em sua família e ela ainda sumir na sua frente justamente no dia de seu aniversário não é algo que pode se chamar de sorte.

Ele não era o melhor tio. Mas era seu tio.

Jack não podia perguntar, questionar, reclamar. Apenas concordar e calar-se perto do tio. Era como se vivesse em uma ditadura.

Quantas vezes Jack sentira a vontade de afogar aquela cabeça velha de Elijah.

Ele abriu a porta da casa e jogou-se no sofá. Nada parecia diferente. A casa estava quieta como sempre, arrumada e o cheiro de Elijah ainda estava na casa com seus pertences. Jack não mudaria nada, pois era assim que deveria ser. A casa ainda pertencia a Elijah.

Jack pegara a espada em sua mão e a encarou. Seu reflexo estava na lâmina prateada. Ele não conseguia se encarar por muito tempo e desviou o olhar.

Não que ele se considerasse feio ou algo do tipo. Jack sentia que ele apenas poderia olhar nos olhos de alguém quando a entendesse. Quando quisesse passar a verdade a ela e confiança.

Mas Jack não confiava em si mesmo. Não se entendia. Olhar para si mesmo era tão doloroso quanto imaginar o quão feliz ele deveria ser no passado.

Mas por algum motivo, Jack não conseguia parar de pensar nos olhos de Rapunzel. De ninguém de sua Legião ele encarava. Nem de Darcy e nem de qualquer valentão. Mas algo em Rapunzel fazia com que ele quisesse que ela o entendesse.

E quem sabe assim ele também se entenderia.

Jamie coçava o pescoço com o bico. Jack não se conteve e sorriu. Por birra, ele não costumava sorrir em momentos alegres. Ele apenas sorria para provocar alguém.

Enquanto Jack estava deitado no sofá com os olhos fechados, ele levantou-se como um furacão lembrando-se de algo: os cavaleiros da Legião do Fogo deveriam estar chegando.

Rapidamente, Jack pegou sua espada e a guardou em suas costas, dentro da jaqueta por precaução. Ele respirou fundo e saiu da casa.

Tudo parecia normal. Não tinha sinal de cavaleiros algum. Mas foi então que Jack notou que sim, haviam cavaleiros.

Eles estavam com longas capas e capuz. Os Soul-Patronus estavam escondidos dentro das capas. Era um ataque surpresa?

Jack decidira não atacar. Se ele fazia parte da Profecia, ele deveria ter paz com as outras Legiões. Só atacaria se eles reagissem...

Não reagiram. Alguém da corte do rei propusera a eles algo. O cavaleiro da frente confirmara com a cabeça e acenou para o s outros seguirem. Todos foram.

Na praça central, todos se juntaram para assistir algo. Jack pediu passagem e ficou na frente, para observar melhor. Darcy gritava para chamar a atenção dele. Ele não se virou.

O homem da frente da cavalaria arrancou o capuz. Cachos ruivos voavam ao redor. Era Fergus.

O castelo ficava no centro, perto da praça central. O castelo era feito de gelo e era extremamente belo. O rei estava sentado em seu trono, na praça, e encarava Fergus. Ele pediu para que ele aproximasse.

- Exijo uma conversa particular. – gritou Fergus, para que todos ouvissem.

- Você invadiu minha Legião. As regras são minhas e tudo que propor terá toda a legião como testemunha.

Fergus bufou, irritado.

- Então é isso que deseja? É isso que terá!

Fergus pulou do cavalo e olhou o rei da Água nos olhos. Ele então virou-se para a população e disse:

- Rei Akvo*, um grande rei. Esse homem brilhante sabe muito bem que nós estamos em perigo. Que nós podemos ser extintos. Como? A Epidemia do Breu voltou.

Murmúrios eram possíveis de ouvir entre a multidão.

- Nós, reis, nos juntamos e discutimos sobre isso, Legionários! Mas sabe o que ele disse? Disse que não ajudaria nem apoiaria as nossas escolhas. Que da Legião dele ele mesmo cuida.

Mas todos sabem que uma Legião precisa da outra. O que seria da água se não fosse o fogo, afinal?

Os cavaleiros riram, em aprovação.

- Vocês entendem? Nós nos completamos! – o rei olhou para o rei perversamente. – Mas isso não significa que uma Legião não seja melhor que a outra.

Se Fergus queria tirar Akvo do sério,  mas não conseguiu. Akvo o encarou e fez sinal de “prossiga”. Isso decepcionou Fergus.

- Isso soa estranho, não acham? Pedi reforços ao Ar, mas eles não concordaram. Provavelmente devem ter vergonha de suas tropas. A Terra nunca ajudaria. Eles são pacifistas demais. Decidi que viria sozinho.

Porque é óbvio que a Epidemia maldita só voltou por conta do ritual. Quem fizera ele pela primeira vez? Ah, claro.

Vocês.

Estou com medo de beber a água de minha casa para não morrer sufocado pelo Breu! - Exclamou perversamente Fergus. - Eu não queria que isso chegasse a esse ponto, mas não sei se posso confiar em você, Akvo.

Toda a população gritava coisas sujas contra Fergus. Jack estava confuso mas se focava no que acontecia.

Akvo levantou-se lentamente e fez um sinal com a mão pedindo silêncio. Todos se calaram.

- Rei Fergus, peço-lhe que da próxima vez que quiser uma conversa civilizada, não invada minha Legião, por favor. Pode ter certeza que o receberia de braços abertos. - disse Akvo com uma estranha calma.

- Mas não admito que chegue em minha Legião e grite tantas injúrias contra nós.

Sobre a Epidemia: eu não contei a eles, pois isso provocaria pânico. Os casos ainda eram controláveis e sinto que cada Legião sabe se cuidar sozinha, obrigado. Se o que você procurava é encrenca, encrenca terá. Não fomos nós que convocamos Breu. Nenhum feiticeiro vive nessas terras. Todos os descendentes dos seguidores de Regulus foram devidamente julgados e mortos. Talvez tenha desconfiado de nós por sermos a Legião mais capacitada de ter a inteligência suficiente para fazer algo tão complexo. Pois bem, não fomos nós, já que nossa inteligência é tão superior que conseguimos ver as consequências que isso daria.

E também somos inteligentes o suficiente para perceber que a sua Legião, a primeira a culpar algo não comprovado possa ser a causadora disso. E na minha nada humilde opinião, a suspeita sempre persegue a consciência culpada.**

Toda a população soltou risos maldosos. Fergus tentava esconder, mas visivelmente estava sem palavras. Ele tinha entrado em na sua própria armadilha.

Fergus gritou enfadonho e pôs o capuz na cabeça, subindo bruscamente no cavalo e virando-se como um furacão para sair da praça.

Todos o acompanharam, soltando livremente seus Soul-Patronus, que provocou diversas reações na população. Muitos com medo, pois os animais pegavam fogo e seus estados eram raivosos.

Antes de saírem de vez da vila, Fergus virou-se para a praça e gritou a todo pulmão:

- Se uma guerra é o que precisamos, uma guerra teremos. Talvez a Epidemia do Breu não nos mate, mas nós mesmos nos mataremos.

Prepare-se para qualquer ataque, Akvo. Somos autodestrutíveis.

Você mesmo dissera isso.

E saiu a galopes rápidos da vila.

A cabeça de Jack balançava rapidamente. Ele concentrou-se em um ponto de sua visão e melhorou.

Jack não sabia o que era Epidemia do Breu, mas todos ao redor estavam claramente abalados. Ele se concentrou para escutar a conversa alheia e entendeu o que significava.

E se era mesmo o que havia ouvido, era uma poeira negra que envolvia a pessoa, tirando-lhes a sanidade.

Então era isso que ele havia visto agarrar seu tio. Era isso que havia acontecido.

Mas Jack não entendia por que essa poeira havia falado com ele. “Ajude-me e serás ajudado.”.

O rei saía da praça acompanhado de seus criados. A população já voltava para suas funções normais diárias. Porém odos ainda estavam receosos.

Jack então voltou a sua casa correndo e abriu a sala do tio. A areia negra continuava lá em uma pequena quantidade.

Jack teve medo de tocar ou aproximar-se demais. A areia moveu-se e não chão as palavras formaram: “Ajude-me e serás ajudado.”.

Com um impulso maluco, Jack com sua espada apunhalou loucamente o chão onde estava a areia espalhada. Estranhamente, ela se dissolveu para dentro da lâmina.

Jack escolhera não ajudar. 


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Notas finais do capítulo

Para curiosidades sobre o capítulo e quotes, acesse http://fanficb4-guerradaslegioes.tumblr.com/ :)
Digam para mim o que acharam nos reviews, ok? Não sejam transparentes ;)
*Já vou deixar uma curiosidade aqui: O nome do Rei da Água, Akvo, significa água em Esperanto.
** veja no tumblr, hehe