Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 2
Scorpius Malfoy - A Visita ao Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, quero agradecer aos comentários e aos que favoritaram minha história :)



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— Scorpius! Scorpius, querido! Está na hora de acordar.

Scorpius abriu os olhos, sendo momentaneamente cegado pela luz do sol que penetrava pela janela, e se deparou com sua avó, Narcisa Malfoy, sentada na beirada de sua cama, olhando bondosamente para ele. Raramente a avó agia assim, o que significava que ela estava de bom humor. Seu cabelo loiro com alguns tons de grisalho estava preso em um rabo de cavalo elegante, e ela estava vestida para viagem: vestido preto, com botas e uma capa. Onde será que ela iria?

— Que horas são? - perguntou o garoto, se espreguiçando e bocejando ao mesmo tempo.

— Hora de você levantar - respondeu Narcisa - Você puxou seu pai, ele demorava muito para acordar também quando tinha a sua idade.

— A senhora está vestida para sair - observou o garoto, coçando o olho - Aonde a senhora vai?

— Aonde "nós" vamos - corrigiu ela - Se esqueceu de que iremos ao Beco Diagonal comprar suas coisas para Hogwarts?

Bastaram essas palavras da avó para Scorpius despertar completamente. Puxa, como foi que ele pôde esquecer que iria ao Beco Diagonal comprar as coisas para Hogwarts? A famosa Escola de Magia e Bruxaria que todos os garotos de sua idade estavam loucos para ir, assim como ele. Como ele pôde esquecer-se disso? Levantou-se de um pulo da cama, quase atropelando a avó e correu para o banheiro, teria que se arrumar depressa. A cada peça de roupa que colocava a expectativa e a excitação cresciam dentro de seu peito. Finalmente, terminou de se arrumar em tempo recorde e se olhou no espelho. As vestes pretas para sair estavam ótimas nele, os cabelos loiros e os olhos azuis se destacando.

Saiu do Banheiro, e viu que a avó não estava mais em seu quarto. Desceu as escadas dois degraus por vez e correu o mais rápido que conseguiu em direção a cozinha, virou para a esquerda e...

BAM

Bateu de frente com seu pai, Draco Malfoy, que vinha pelo corredor na direção contrária segurando um exemplar do Profeta Diário. Deram de cara mesmo. Foi tamanha a força com que deram o encontrão que os dois, Scorpius e Draco, caíram sentados no chão.

— Scorpius - gritou Draco, com o susto.

— Desculpe pai - falou ele, pegando o jornal do pai e o ajudando a se levantar.

— Aonde vai com tanta pressa? - perguntou Draco, massageando o traseiro.

— Estava indo tomar café - respondeu ele entregando o jornal para o pai.

— Está com tanta pressa assim para tomar café? Ou é outra coisa?

— As duas coisas, quero tomar café logo, para irmos ao Beco Diagonal...

— SCORPIUS. - ele foi interrompido pela voz grave do seu avô, Lúcio Malfoy, vindo em sua direção, os cabelos grisalhos refletindo a luz do corredor com a capa farfalhando atrás de si, de um lado para o outro - Não vai tomar café? Já estamos atrasados para irmos ao Beco Diagonal, anda, engula tudo e vamos. Quanto mais cedo voltarmos melhor.

Sim, o avô de Scorpius, Lúcio Malfoy, não era um poço de simpatia. Desde a queda de um antigo bruxo das trevas chamado Voldemort, o qual Lúcio era servo - ou melhor dizendo, um "Comensal da Morte" eram como chamavam todos os aliados desse antigo Bruxo - o humor dele se tornou ácido, o que acabava contagiando os demais da casa. De acordo com o que a mãe de Scorpius, Astoria havia lhe contado, a avó, o avô e até o pai de Scorpius, eram "Comensais da Morte", porém, quando um garoto chamado Harry Potter - o qual seu pai sempre odiou quando estudavam em Hogwarts, mas criou um pouco de simpatia depois que ele salvou sua vida - derrotou o bruxo e prestou depoimento a favor deles, diminuindo o tempo de prisão em Azkaban para um ano. Desde então ele criou essa antipatia com todos que o cercavam. Segundo Draco ele nem sempre foi assim.

— Estou indo vô - respondeu Scorpius voltando a correr para a cozinha, deixando seu pai e seu avô sozinhos no corredor.

Ele fez o que seu avô pediu. Mandou goela abaixo todo o café da manhã em dois minutos e foi correndo para o Hall. Ao chegar, já encontrou todos lá, vestidos com capas de viagem, esperando ele. Lúcio estava visivelmente irritado, colocando suas luvas nas mãos como se estas estivessem sujas de bosta de dragão. Ele sempre ficava irritadiço quando tinha que ir para algum local com uma grande quantidade de bruxos. Narcisa cantarolava baixinho prendendo a capa de viagem em Draco enquanto sua mãe, Astoria Malfoy, estava vestida igual sua avó, com um belo vestido preto, botas e capa de viagem. Scorpius se dirigiu a eles e levou um grande abraço de urso dela, porém não pôde deixar de reparar que ela estava com a aparência esverdeada. Após o abraço, eles saíram para o Jardim.

Estava um belo dia. O Jardim dos Malfoy, bem cuidado e cheio de árvores e plantas que Scorpius desconhecia, estava úmido pela chuvosa noite anterior. Atrás das árvores mais distantes, era possível ver o Pavão da família Malfoy andando em direção á um amontoado de palhas, que era onde ele dormia.

Ao chegarem ao portão da casa, Lúcio deu a mão para Narcisa, e em seguida, desaparataram. Scorpius pegou na mão de seu pai e de sua mãe e juntos, os três desaparataram também. Ele já havia aparatado antes, por isso não se surpreendeu com a sufocação e a sensação de enjoo que a Aparatação provocava. Aparataram em frente á um bar, com cheiro de mofo e bebida, o Caldeirão Furado. Entraram.

Se o cheiro da porta do bar era ruim, no interior do bar era pior ainda. Ele era particularmente pequeno, repleto de mesas e cadeiras de madeira usada, tornando um pouco difícil a locomoção e não estava cheio, tinha apenas algumas poucas pessoas, tomando seu café da manhã e conversando baixinho. Todos pararam de conversar e olharam para a família Malfoy assim que eles entraram no bar. Uns fizeram caretas, outros olhavam com repugnância. Scorpius sabia que nem todos acreditavam que seu avô havia de fato se regenerado e se tornado do bem depois da queda de Voldemort. No Balcão, se encontrava um velho de ar cansado usando vestes pretas, limpando uns copos com um pano sujo. O velho notou que eles estavam entrando e lhes dirigiu um sorriso forçado, murmurando:

— Sr. Malfoy e sua família. Que prazer recebê-los em meu bar.

— Poupe-nos de suas falsidades, Tom - respondeu Lúcio, ríspido - Só estamos indo ao Beco Diagonal, comprar as coisas que meu neto irá precisar para estudar em Hogwarts.

Um burburinho correu no bar e todos os olhares se dirigiram para Scorpius, deixando-o desconfortável.

— Ah sim, o mais novo Malfoy - disse Tom com uma expressão curiosa no rosto - É um prazer conhecê-lo.

— Igualmente - falou Scorpius, dando um sorriso ao homem, o que irritou seu avô.

Eles seguiram para um aposento pequeno demais para eles que ficava no fundo do bar e não tinha nada além de vários barris e sacos de café. Lúcio tirou a varinha do bolso e bateu em um tijolo na parede que ficava de frente para porta. No mesmo instante, o tijolo em que ele tocou com a varinha, se moveu para o lado, e todos os tijolos daquela parede fizeram o mesmo, revelando uma passagem para um Beco cheio de lojas bem pintadas vendendo diversos tipos de coisas, desde doces e sorvete a objetos pretos que soltavam uma fumaça verde. O Beco Diagonal. Não estava muito cheio naquele dia, o que para o avô de Scorpius, foi uma maravilha.

Astoria tirou do bolso a lista de compras e dividiu os Malfoy para irem a lojas diferentes para ser mais rápido. Lúcio e Draco foram comprar um caldeirão para Scorpius e os ingredientes que ele precisaria para estudar poções em Hogwarts. Astoria foi atrás de vestes para o garoto e Scorpius ficou com a avó Narcisa, o que foi mais agradável do que ficar com seu avô. Eles se dirigiram á uma loja chamada Floreios e Borrões que estava repleta de livros nas vitrines e prateleiras de todos os tipos, desde pequenos menores do que a palma da mão do garoto, a livros enormes de capa dura. Eram tantos que ele sentiu uma súbita vontade de folheá-los.

Entraram e foram em busca dos livros necessários. Scorpius foi atrás dos livros "Teoria da Magia", "Guia de Transfiguração para iniciantes", "Mil Ervas e Fungos Mágicos", "Animais Fantásticos e Onde Habitam" e "Livro Padrão de Feitiços", enquanto sua avó foi atrás dos demais livros. O garoto localizou rápido quase todos os livros, só faltando um, o "Livro Padrão de Feitiços". Perguntou para a dona da loja, uma mulher alta de vestes rosa choque, onde ele estava e foi para lá. Ao chegar ao corredor indicado, localizou rapidamente o livro e percebeu ser o último da prateleira.

Correu e esticou a mão para pegar o livro, porém outra já havia se fechado em torno dele, fazendo com que as duas mãos se esbarrassem. A dona da mão era uma menina da altura de Scorpius, de cabelos ruivos, olhos verdes e vestes de trouxas. Particularmente linda. O garoto ficou olhando para ela, paralisado, de tão bonita que ela era. Ela olhou para ele, encabulada e soltou o livro, que caiu no chão com um estrondo. Alguma coisa se ativou no estômago de Scorpius, uma sensação boa, que o preencheu por completo. Quem era aquela menina?

— Você está me encarando - falou ela, encabulada.

Scorpius piscou como se saísse de um transe. Pegou o livro do chão e o estendeu para ela.

— Tome - disse ele - Você pegou primeiro.

— Não, pode ficar para você - respondeu a menina, olhando para os próprios pés.

Scorpius colocou o livro gentilmente nas mãos da menina.

— Eu insisto pode pegar, eu peço outro para a dona da loja.

A menina corou, mas sorriu. Um sorriso tão lindo que fez borboletas surgirem no estômago de Scorpius e uma súbita vontade de sair por aí cantarolando.

— Obrigada - disse ela, e dando um aceno com a cabeça, se virou e saiu correndo.

Scorpius sentiu uma alegria inexplicável que nem mesmo seu avô seria capaz de destruir. Seu coração bateu mais forte e mesmo sem querer, ele sorriu. Mas quem era aquela menina tão bonita? Por que ela ficou tão encabulada? E o que seria esse fogo dentro de Scorpius que ele não podia explicar? E o mais importante: qual seria o nome dela? Será que ele a veria de novo? Foi trazido á realidade pela voz da sua avó, que perguntou se ele havia pegado todos os livros.

"Não, só falta mais um" disse Scorpius, empurrando meio grosseiramente os livros para a mão de sua avó e correndo atrás do livro que faltava. Ele queria mesmo era procurar a garota, dar uma última olhada nela. Não a encontrou. Com o coração pesado ele pegou o Livro Padrão de Feitiços e se dirigiu a sua avó com um ar de tristeza. Ao saírem da loja, Narcisa o notou tristonho e perguntou o que houve.

— Nada! - mentiu ele.

— Não minta para mim, Scorpius - disse ela severamente.

Scorpius refletiu se devia ou não contar sobre a garota ruiva que conquistou seu coração. Por fim decidiu contar. Contou o que houve para a avó, que deu um gritinho de emoção, o que foi ridículo para a idade dela.

— Meu netinho já está apaixonado por uma garota - gritou ela, com os olhos cheios de lágrimas - Ah, vocês crescem tão rápido.

O grito de Narcisa chamou muita atenção, o que novamente, foi ridículo. Scorpius sentiu o rosto ficar quente com tantos olhares nele. Foi bem pior do que no Caldeirão Furado. Por fim, depois de chorar por um tempo, Narcisa levou seu neto para comprar uma varinha. Com o coração ainda doendo e aquela alegria dentro dele, Scorpius acompanhou a avó, se perguntando quem seria aquela menina ruiva.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim. Ficou meio longo mas tudo bem!



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