De Volta escrita por Porcoelho


Capítulo 7
Surpresas da Vida


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!Me desculpem a demora. Sei que demorei muito. Mas faculdade é igual a trabalhos, trabalhos, provas e mais trabalhos. Bom, vamos ao que interessa. Espero que gostem do capítulo:D



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CAPÍTULO 6

Surpresas da Vida

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Enquanto andava pela fazenda, Sakura pensava em como o tempo passa rápido, em como a vida vai tomando seu rumo, às vezes, sem que a gente perceba. Quando você pensa que tudo vai ficar do jeito que está, o destino te surpreende.

Quando mais nova, Sakura acreditava que passaria o resto da vida em Konoha. Ela sempre tivera o sonho de tornar-se uma médica; mas achava que isso não passava de um sonho mesmo. A garota acreditava que se casaria, e se tornaria uma ótima dona de casa – assim como a mãe —, de preferência cuidando de uma casa na fazenda Uchiha. Casada com Sasuke, claro.

Mas ela sabia, por experiência própria, que as vezes o destino acaba te levando a outro lugar.

Hoje ela havia realizado seu sonho. Hoje, seu presente e seu futuro estavam em Tóquio. Seu amor, e futuro marido, também.

Agora, só faltava ela contar essa última parte aos pais.

Já haviam passado alguns dias desde o almoço. Dia em que ela, Naruto, Hinata e Sakuke combinaram de ir ao parque. Daqui a dois dias, no sábado, o parque estaria aberto ao público. Sakura pensava nisso, enquanto andava pela fazenda Haruno.

Era cedo e ela já estava de pé, e caminhava pelos campos. Gostava de fazer isso, gostava muito da tranquilidade de Konoha, e de como se sentia bem e livre ali.

Depois de andar por algum tempo, resolveu sentar – na grama mesmo – e apreciar a vista. Estava tão absorta em pensamentos, que nem percebeu a aproximação de Sasuke.

—Invadindo a propriedade alheia, Sakura? —perguntou ele, fazendo piada.

—Acho que é você que está invadindo a fazenda Haruno, Uchiha —respondeu ela, no mesmo tom brincalhão.

—Acho que não, Haruno. A divisa entre as fazendas é ali, a dois metros.

—Ah, então acho que sou mesmo uma invasora – continuou com a brincadeira.

—Não se preocupe, não vou correr atrás de você com uma espingarda – disse ele, relembrando do acontecido com Oruchimaru.

—Isso é realmente um alívio.

Sasuke riu. Depois sentou no chão, ao lado dela.

Sakura olhava a paisagem a sua frente. Sasuke olhou-a de canto, ela parecia feliz; estava tão serena, tão linda…

Quando os olhos dela encontraram os seus, foi ele quem se virou para frente, sem jeito, por ter sido pego.

—Tudo certo para irmos ao parque depois de amanhã? —perguntou Sasuke, disfarçando, ainda olhando os campos a sua frente.

—Acho que sim. Falei com Hinata ontem, e está tudo combinado.

—Legal – disse ele. Desde que Sakura havia voltado, Sasuke não sabia como agir perto dela. As vezes, não sabia o que dizer. Estava se esforçando ao máximo para ser gentil e simpático; o que já era muito difícil para alguém como ele.

—É, acho que vai ser legal sim – concordou ela. – Mas acho que nós dois vamos acabar sobrando.

Espero que você esteja certa, ele queria dizer. Torcia internamente para que Naruto e Hinata deixassem ele e a garota que estava sentada ao seu lado sozinhos.

—É – foi tudo o que ele disse.

Agora ele voltou a ficar monossilábico novamente? Pensou Sakura.

Mas logo o Uchiha puxou assunto:

—Mas talvez seja até bom não ficar muito perto do Naruto, não é? —questionou ele, espirituoso. —Vai que ele destrua algum brinquedo de novo. Eu não quero ser detido como cúmplice.

Quando Sasuke havia ficado tão brincalhão assim?

Sakura não sabia. Ela só lembrava que antes o Uchiha não era nem um pouco adepto a brincadeiras. Mas, parece que agora era ele quem fazia as piadas.

—É, você tem razão. Também não quero ser presa – falou ela, aos risos. —Preciso voltar para Tóquio depois das férias.

—Você está ansiosa para voltar? —perguntou ele, não se atrevendo a encará-la totalmente, apenas a olhando de canto.

Ela estava? Sakura não sabia o que responder. Ela estava aproveitando as férias. E, pensando bem, não queria voltar para a capital. Não que ela não gostasse de sua vida em Tóquio; mas, estava se sentindo muito bem ali, em Konoha. Ela voltaria quando tivesse que voltar – daqui a menos de dois meses. Enquanto isso, iria usufruir de suas férias.

—Não, eu estou gostando das minhas férias – respondeu por fim. —Konoha me faz sentir tanta paz e tranquilidade.

Também é um ótimo lugar para pensar, constatou Sakura.

Não passava um dia sequer sem pensar no pedido feito pelo namorado. As vezes, achava que estava sendo boba, e que já deveria ter aceitado o pedido de Sasori quando o mesmo o fez. Mas, por outro lado, achava que se casar tão nova era uma atitude precipitada.

Por um momento, pensou em falar com Sasuke sobre o assunto. Eles eram amigos agora, não? Ela podia pedir conselhos a ele…

Porém logo desistiu da ideia. Se ela falasse sobre o pedido de casamento com ele, poderia parecer que ela só estivesse fazendo isso para esfregar na cara de Sasuke que não sentia mais nada por ele, e que já estava quase noiva. E, apesar de ter pensado em fazer isso para se vingar do Uchiha há algum tempo, não sentia mais vontade de fazê-lo.

—Bom, acho que eu já vou indo – falou ela, levantando-se. —Preciso ajudar minha mãe com o almoço – disse, enquanto via Sasuke ficar de pé também. —Bom… Até sábado! —se despediu, enquanto já seguia para a fazenda Haruno.

—Até! —respondeu ele, enquanto fitava a garota se afastando.

E ele ficou parado lá, no mesmo lugar, até a silhueta dela desaparecer de seu campo de visão.

—E aí, quer que eu vá buscar um babador pra você, Sasuke? —perguntou Itachi, que já observava o irmão há algum tempo.

O filho mais velho de Mikoto e Fugaku morava na fazenda Uchiha, mas ele e Konan tinham sua própria casa, mais afastada da residência dos pais. Todas as manhãs ele se juntava a Sasuke para trabalhar nas plantações e resolver assuntos da fazenda.

—Vamos trabalhar – falou Sasuke, impaciente.

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..

...

—Naruto, eu finjo que não te conheço se você entrar nessa fila – falou Sakura.

—Meu Deus, dobe. Quantos anos você tem? —Sasuke perguntou.

—Como vocês são chatos – falou Naruto, emburrado. Afinal, qual o problema em querer andar no carrossel?

Já fazia algum tempo que eles estavam no parque. Naruto e Hinata haviam passado na fazenda para pegar Sakura. Depois foram até a fazenda Uchiha buscar Sasuke. O loiro fez questão que todo mundo fosse na sua nova caminhonete.

—Naruto, acho que não é uma boa ideia. Por que a gente não vai no carrinho bate-bate agora? —sugeriu Hinata, querendo convencer o noivo a desistir da ideia de andar nos pôneis cor-de-rosa do brinquedo.

—Ótima ideia meu amor – falou ele. —É por isso que eu te amo Hina, você é tão inteligente – falou, e depois deu um selinho na namorada.

Sakura revirou os olhos. Será que ela também era tão melosa assim quando estava com Sasori? Mas, por fim, sorriu. Naruto e Hinata ficavam tão perfeitos juntos; e ela se sentia tão feliz por eles.

Se dirigiram até a fila do bate-bate, que – Sakura constatou – estava bem mais vazia do que a do carrossel.

Alguns minutos depois, já estavam entrando nos carrinhos. Hinata não queria dirigir, então ela e Sakura entraram no mesmo carro. Já Sasuke e Naruto, só faltaram correr até os carrinhos de bate-bate, para ver quem pegava o melhor. As garotas só se olharam. Para elas, todos os carros eram iguais. Mas, Sakura concluiu que a rivalidade dos dois continuava a mesma.

Depois que saíram do brinquedo, Sakura e Hinata foram comprar algodão-doce, enquanto Sasuke e Naruto discutiam quem tinha batido em mais carros.

Depois de o grupo dar algumas voltas pelo parque, Naruto e Hinata decidiram ir andar de roda gigante. Mas, Sakura não queria ir no brinquedo. Antes do bate-bate, eles já tinham andado de barco viking e de montanha-russa, e Sakura – que não era lá muito fã de altura – achava que já tinha acabado com sua cota de aventuras pelo dia todo. Então, convidou Sasuke para ir comer alguma coisa.

Acabaram sentando numa grade baixa, que circundava todo o terreno do parque, enquanto faziam um lanche. O local era um pouco afastado dos brinquedos e da aglomeração de pessoas.

—Vamos encontrar Naruto e Hinata? —perguntou ela, depois que os dois terminaram de comer. —Acho que eles já devem estar saindo – falou, já indo em direção à roda gigante.

—Espere – pediu Sasuke, enquanto segurava o braço dela, impedindo-a de ir.

E apenas o simples contato da mão dele segurando seu braço, com gentileza, fez Sakura ficar nervosa. Fez com que o coração dela batesse um pouco mais rápido, assim como tinha acontecido quando Sasuke fez questão de pagar o cachorro-quente e o suco para ela, e Sakura - como forma de agradecimento -, o encarou e sorriu para ele; mas acabou arrependendo-se disso quando seus olhos encontraram os negros dele, e o seu coração pareceu querer saltar do peito.

Agora, Sakura constatava que realmente que havia sido muito melhor não ter ido andar na roda gigante com ele. Do jeito que seu coração estava, ela era capaz de ter um ataque cardíaco na cabine do brinquedo.

—A gente pode conversar antes de ir? —perguntou Sasuke, que já havia soltado o braço de Sakura, assim que ela se virou pra ele. —Tem algo que eu preciso te falar.

—Pode falar – disse ela, e reparou que Sasuke respirou fundo, como se estivesse tomando coragem para falar.

—Sakura, eu…Eu – Passou a mão no cabelo, frustrado por não conseguir falar. —Droga, isso é difícil.

—O que houve Sasuk…?

—Eu te amo – falou ele, de uma vez, enquanto a encarava.

—O que? Acho que eu não ouvi direito – disse ela, completamente confusa.

—Você ouviu certo, sim.

—Isso é algum tipo de brincadeira, Sasuke?

—Não, não é – disse, sério. —Eu te amo, Sakura. Sempre te amei.

—O que? Não, Sasuke. Você… Você sempre me odiou.

—Eu nunca te odiei, Sakura — disse, dando um passo à frente, em direção a ela. —Bom, é claro que quando a gente era criança e você vivia correndo atrás de mim, eu te achava irritante – falou, enquanto dava um sorriso nervoso e sem humor. —Mas, a medida que o tempo foi passando e a gente foi crescendo, eu fui me apaixonando por você – continuou ele, olhando dentro dos olhos dela. —Só que eu não sabia como agir perto de você. Não sabia o que fazer. Então continuei te tratando como sempre te tratei. Continuei sendo um idiota com você.

—Sasuke…

—Quando eu soube que você ia embora, eu fiquei arrasado. Percebi que amava você mais do que eu imaginava – confessou ele, lembrando que quando ela havia se mudado para Tóquio. —Você não tem ideia de como eu fiquei feliz quando soube que você voltaria pra cá — disse, enquanto se aproximava dela.

—Sasuke, eu… Eu não sei… Não sei o que te dizer… Eu…

—Diga que me ama. Diz que nesse tempo todo você sentiu minha falta, como eu senti a sua – falou ele, se aproximando ainda mais. —Diz que ainda gosta, mesmo que seja só pouco, de mim.

Sakura o olhou, atônita. Ela ainda não acreditava no que estava ouvindo. Sasuke Uchiha estava se declarando pra ela!

Mas Sakura não teve muito tempo de pensar em uma resposta, pois quando caiu em si, a boca de Sasuke estava colada à sua.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que a Sakura vai fazer? E o Sasori?
Prometo que vou tentar postar o próximo capítulo o mais rápido possível.
Por favor, comentem. Digam o que acharam do capítulo. Deem críticas, sugestões, opiniões e elogios (?). Qualquer um deles é bem-vindo.
Até logo!



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