Dramione: The End Will Never Come escrita por Rafinha


Capítulo 2
Capítulo 1. Fofoca




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Pude perceber que o Expresso de Hogwarts ia ganhando cada vez mais velocidade enquanto eu, Harry e Ron estávamos sentados em uma cabine. Estou sentada no canto da janela, observando a paisagem que o trem nos proporciona. Cada vez mais, nos distanciamos da estação. E pergunto-me o que me espera no Sexto Ano, já que nunca tive um ano escolar "normal". Assim que a viagem realmente começa, me viro para os rapazes. Ron localiza-se ao meu lado, e Harry á minha frente.

— Vocês já notaram? — começou Harry, ajeitando sua postura. — Perceberam que Malfoy pode estar tramando algo?

— Ah, Harry. Me poupe! — reclamo. — Tu ainda estás sismado com essa história?

Percebo um olhar estranho vindo dos garotos... Ótimo! Agora vão pensar que eu realmente me preocupo com Malfoy. Mas a verdade é que apenas estou do lado da verdade.

— Não sei não, Mione — Ron começa a dizer —, você sabe que a família do Malfoy não é flor que se cheire. Muito menos ele. É bem possível que esse garoto esteja tramando algo.

Tudo bem. Dessa ver ele me pegou. Mas não deixaria isso claro, não faz meu tipo. Porém, acho que não pude deixar de demonstrar um certo coramento de minha parte.

— Tudo bem, Ron. — digo, impaciente. — Mas é verdade mesmo que vocês acreditam nessa história ridícula de que o Malfoy é um comensal da morte? — deixo escapar uma leve risada. E noto Ron me acompanhando também.

— É, talvez não um comensal da morte — eu e Ron agora fitávamos Harry —, mas de fato, ele tem que estar tramando algo!

E então finalmente noto Harry direito, percebi que ele ficara um pouco irritado quando eu chamei a história de Draco Malfoy ser um comensal da morte de "ridícula". Eu o entendo um pouco, detesto quando ninguém pensa do mesmo jeito que eu.

— Sim, Ron. A chance dele estar fazendo algo nada bom é alta. — comento.

— Eu estou dizendo, Malfoy é um comensal da morte! — Harry agora está impaciente. — Por que ainda não aceitaram? Vocês viram com seus próprios olhos que Lúcio Malfoy é sem dúvidas um Comensal! — ele falava em tom alto, a qualquer momento estaria gritando.

— Tudo bem, Harry. — digo. — Mas Lúcio é Lúcio, Draco é Draco. Embora nenhum dos dois sejam amigáveis, você está fazendo o que fizeram com Hagrid quando a gente estava no quarto ano.... Julgar alguém por causa de sua família. — eu dizia calmamente, e percebo que isso pegou Harry.

E então Harry desistiu da ideia de nos convencer, e talvez por causa disso, ficamos todos em silencioso. Começo a olhar pela janela, e pensamentos me atingem... O que será que Draco Malfoy pode estar fazendo? Não cheguei a demonstrar na conversa com os meninos, mas de fato eu suspeito que Malfoy possa ser um Comensal sim... Mas o que ele faria em Hogwarts? Estaria espionando alguém? Mas vejamos... Quem na escola é mais provável para ser vigiado?.... Ah, como eu sou tola, é óbvio que seria Alvo Dumbledore, o diretor. Ele é o único bruxo que você-sabe-quem teme.

Minha expressão agora mudou... Estou assustada.

Será mesmo que algum comensal está vigiando Dumbledore? E até mesmo... Esteja lá para matá-lo? Mas não! Se essa pessoa existir, não pode ser o Malfoy! Eu me recuso a aceitar que um adolescente tão novo esteja indo para o lado ruim da vida. Que esteja planejando um assassinato. E não um simples assassinato, mas sim a morte do maior bruxo da atualidade! Isso não vai acontecer, eu não vou deixar!

Em seguida, graças a deus, Ron muda de assunto e entra em uma conversa agradável, que dura a viagem inteira. Quando notamos que Hogwarts está cada vez mais perto, trocamos nossas vestes e nos preparamos.

— E então, já têm noção da anormalidade que pode acontecer conosco esse ano? — pergunta Ron.

— Faço a mínima ideia, só gostaria que não acontecesse. — diz Harry em um tom baixo.

E por um momento eu me ponho no lugar de Harry. Fico imaginando como pode ser viver sem seus pais, e morar toda a sua vida com pessoas desagradáveis. Ter seu padrinho, o único parente que gosta, morto. Ser selecionado para um torneio que pode muito bem ser mortal. E depois, presenciar aquele que matou seus pais renascer em um cemitério, penso nos pesadelos que eu iria ter toda a noite. E também, por último, ter que viver todo o dia sabendo que o maior bruxo das trevas de todos os tempos está atrás de mim.

Fico encarando os olhos de Harry, com muita vontade de abraçá-lo e dizer que tudo vai ficar bem, mas acho que não é o melhor a se fazer.

Assim que o Expresso de Hogwarts chega e os meninos se levantam, tenho uma ideia. Penso que eu tenho que falar com Malfoy, embora eu não vá com a cara dele, acho que devo pelo menos tentar. Conversar com ele, tentar dizer que seja lá o que for o que ele está tramando, é melhor desistir para não pôr toda a sua vida fora.

— Vamos, Mione. — Rony diz, levantando-se.

— Ah, vão na frente. — eu digo, fingindo estar mexendo em alguns livros. — Vão! Podem ir! Eu alcanço vocês!

— Ok então — Harry fala, acho que ele entende que quero ficar sozinho, já que o mesmo já passara por isso antes. — Vamos, Ron.

E os dois saem da cabine.

Assim que certifico-me de que eles já saíram do trem, saio da Cabine também, mas vou atrás da cabine em que Malfoy se presencia. Olho uma por uma, mas não demora muito até achar a de Draco. Ele está acompanhado de Crabbe e Goyle. Abro a porta da cabine com força, e eles me encaram, com certo desprezo.

— Precisamos conversar. — digo com firmeza para Malfoy, que estava com cara amarrada ali no canto da janela até então.

— O que você quer, Granger? — pergunta, seu tom cheio de ódio.

— Precisamos conversar. — repito, perdendo a paciência.

— Não está vendo que já chegamos? Eu tenho que descer!

— Eu disse que precisamos conversar! — eu grito, e os três se olham.

— Ótimo! — reclama com frieza. — Só espero que não demore!

E eu e ele saímos juntos. Enquanto íamos em direção de um Vagão vazio, pude notar cabeças de meninas da Grifinória e da Sonserina para fora das cabines. E assim que entramos em um Vagão vazio, os alunos fazem esforço para escutar nossa conversa.

— Certo, o que você quer, Granger? — pergunta irritado.

— Não é nada demais — eu digo em voz alta, assim como ele, mas lembro-me de que muitos alunos estão nos vendo pelo outro vagão. Então me aproximo do ouvido de Draco e sussurro. — Só quero dizer que eu sei que você está tramando alguma coisa, Malfoy... — cochicho. — Não que eu goste de você, só não quero que um jovem bote sua vida fora.

Vejo o sorriso que se estampou no rosto de Malfoy.

— Está preocupada comigo, Granger? — ele sussurra de volta.

— Ah! — explodo em voz alta. — Eu cansei de você! Simplesmente não dá para conversar! — e eu ia em direção da porta do vagão.

— É, talvez não dê mesmo! — grita ele. E eu paro de andar. — Ninguém conseguiria conversar direito com você, sua sujeitinha de sangue-ruim!

— Acorda, Malfoy! — berro. — Acha mesmo que vou me ofender com essa ofensa baixa? Deixa de ser infantil! — e saio do Vagão, irritada, deixando Malfoy sozinho, mas sendo recebida por vários olhares surpresos do outro lado. Apenas os ignoro.

. . .

Eu, Harry, e Ron estamos sentados na mesa da Grifinória no Salão Principal. Os pratos vazios, apenas aguardando para serem enchidos assim que Dumbledore terminar de discursar –o que nem sequer aconteceu–.

Estou morta de fome, isso é fato. Mas o que tira meu apetite é quando um metido vem até mim perguntar-me sobre Malfoy. O papo de que eu e Draco tivemos uma conversa a sós se espalhou.

— Não, eu não estou namorando com ele! — respondo rispidamente para uma aluna da Grifinória.

Antes dela fazer mais uma pergunta, Dumbledore levanta-se de sua mesa, e ela é obrigada a sentar-se. Assim que percebemos Dumbledore, o salão inteiro fica calado. E ele começa a discursar.

Fala sobre os perigos que hoje acontecem, fala de Tom Riddle, e outras coisas. E termina apresentando os novos Professores. Snape agora dá aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Horácio Slughorn é o atual Professor de Poções e, uma tal de Ângela Longstride é a nova professora de Trato das Criaturas Mágicas. Ela é linda, cabelos cacheados e negros, um rosto novo, unhas caprichadas, e segurava uma revista de fofocas nas mãos.

— E para terminar, quero dizer que o Profeta Diário concordou em deixar vocês informados de tudo — ele começa a dizer —, por esse motivo, em breve vocês receberão um Profeta Diário novinho em folha. — e termina com um sorriso, sentando-se.

Em seguida, diversas comidas suculentas aparecem nos nossos pratos. Tudo que você pode imaginar. Apenas sinto a água em minha boca, encho meu prato com várias coisas deliciosas, e me deliciava comendo –estou me sentindo um Ron da vida–, mas não deixava de ficar atenta às corujas que viriam entregar o Profeta Diário.

...

Cerca de uma hora depois, ainda comíamos no salão principal, mas estava quase no fim. E quando eu finalmente terminava de devorar a sobremesa, corujas e mais corujas começam a voar em nossa volta, deixando cair jornais para todo canto da mesa. Pego o primeiro que jogam na mesa da Grifinória, e Harry e Ron –e mais alguns alunos– vão correndo ler comigo. Logo na primeira página, dizia sobre um Bruxo que pensou ter visto Voldemort, mas de acordo com descrições, as duas pessoas não se comparam. Após lerem o artigo, os colegas que liam comigo pararam e voltaram a se sentar. Pelo jeito só se interessavam pela primeira página.

Decidida a ler todo o jornal, viro a página, e solto um gritinho agudo ao ver uma foto minha e de Draco cochichando. E não é só eu que se surpreende com a noticia, Malfoy e mais alguns alunos desinformados também. E quando menos percebemos, todos ignoram a noticia sobre o Bruxo que pensou ter visto Voldemort para a noticia em que falava de mim e de Draco.

Tento ver quem escreveu o artigo, mas não diz nada. Então apenas leio o título, e logo em seguida a noticia, e logo no final se encontra a foto minha e de Draco cochichando.

 OS AMANTES DE HOGWARTS

Hermione Granger e Draco Malfoy apresentaram hoje, logo após o Expresso de Hogwarts ter chegado, terem um amor secreto. E foi realmente uma surpresa para todos seus colegas, já que de acordo com muitos alunos da Sonserina, que preferiram não revelar seus nomes, eles nunca se deram bem.

"Draco e Granger sempre se odiaram. Ela e seus dois amiguinhos da Grifinória sempre tiveram muita rivalidade com a Sonserina, principalmente com Draco, Crabbe e Goyle. Isso pegou todos nós de surpresa, Crabbe me disse que não acreditou quando Hermione invadiu a cabine deles e chamou Draco, que tentou hesitar, mas não conseguiu." Diz as alunas anônimas.

Ele um sangue puro, e ela uma sangue-ruim. Pode um romance entre esses dois rolar? Desde quando esses dois jovens estão apaixonados? Eles realmente esconderam esse romance por anos? E como pode aparentarem se odiarem, mas depois terem um caso? Isso é realmente amor? Não esquecemos o fato dos Malfoys serem ricos, seria Hermione Granger uma interesseira? Como os pais desses dois irão reagir, já que são famílias completamente diferentes? E até quando os dois irão negar o "lance" deles?

"Hermione e Draco é algo interessante. Quando descobri desse romance fiquei muito surpreso, mas não deixo de apoiar. Isso pode mostrar que os opostos podem sim se atrair! Eu e minha amiga não duvidamos nada que o amor deles seja verdadeiros. Demos até um nome para o casal... "#Dramione", o que acham?" Dizem duas alunas da Grifinória.

Agora basta esperar se o casal "Dramione" irá revelar alguma surpresa a mais ou irão admitir seu romance.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, pessoal. Comentem a opinião de vocês e tudo o mais.

P.S.: Ângela é uma personagem minha, tá bom?