História sem Título escrita por Feeds


Capítulo 29
Capítulo 20 - A volta


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!
Tenho uns comunicados tristes para vocês:
Esse é o último capítulo dessa primeira fase de História Sem Título.
Provavelmente só vou poder postar a 2ª fase no fim do ano porque o meu colégio tá super puxado e não vai dar tempo de escrever regularmente e, além disso, quero postar depois de terminar de escrever então.. vai demorar mesmo :/ Desculpem!
Porém, 5 meses passam rapidinho - espero - e eu vou voltar com algumas surpresinhas.
Agora, aproveitem o último capítulo e quem adivinhar de quem é o POV (ponto de vista) dele vai ganhar um... Parabéns de coração
Obrigada a todos que comentaram, especialmente à Razi e a Maria Júlia que são as comentadoras mais ativas! Não tinha como eu não falar delas
Beijões!



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O sol estava a pino, provavelmente já passava do meio dia e eu mal podia acreditar que estava a caminho da tão conhecida branca e enorme casa. Mesmo depois de três anos, parecia que foi ontem que eu tinha saído de lá, saído do meu verdadeiro lar... mas tinha sido por uma boa causa não era? Era pra eu me controlar, me aperfeiçoar, era o meu destino.

Quase sorri quando lembrei o que eu senti naquele dia, no dia que eu fui embora, no dia que eu deixei a minha família de consideração. Medo, aceitação, surpresa, felicidade e por fim tristeza, afinal, nem tudo era perfeito. Naquele dia eu finalmente entendi o que tinha acontecido, entendi qual era meu futuro, o que eu era, e essa era a melhor parte daquilo.

O que será que eles perguntariam pra mim quando eu entrasse pela porta de mochila nas costas e um sorriso no rosto? Será que eles ainda me aceitariam? Vacilei com esse pensamento, durante esses anos eu tive medo do que eles pensariam de mim, mas eu sabia que pelo menos uma pessoa iria me entender, o meu melhor amigo, o meu irmão, com certeza ele ia me aceitar de volta e com certeza eu iria cobrar meu livro de volta. Rezei para que ele tivesse tomado conta do meu livro direitinho, o livro da minha infância o livro que meu pai tinha me deixado, o livro que minha mãe lia pra mim...

Lembrei do senhor Maicon sentado na cadeira de costume, em um dos primeiros dias que eu tinha chegado ao campo de treinamento, me contando sobre minha mãe e meu pai. “Dois arteiros! Quando chegaram aqui, aprontaram muito! Todos já sabiam que eles iam acabar ficando juntos. Roberto e Kate eram os mais fortes que tínhamos aqui. Juntos, eles eram praticamente invencíveis, pena que eles tenham tido um inimigo tão traiçoeiro e que nunca se dava por vencido...”

Esse inimigo se chamava Darin, e quando eu ficasse mais forte eu ia me vingar, com certeza.

Mas esses anos no campo também me trouxeram amigos, a Viviane e o Lucas, por exemplo. Mas nenhum deles eram iguais ao amigo que eu sabia que sentia a minha falta, e que estava na casa a qual eu estava a caminho agora.

Quando eu cheguei perto da casa vi que tinha uns dois seguranças no portão distraídos, ouvi a conversa deles.

- Que calor cara! – o da direita falou.

- Nem me diga. Gostaria de poder tirar esse terno! – o da esquerda retrucou.

Eu queria chegar de surpresa então deixei aqueles dois conversando e resolvi entrar por trás da casa pulando o muro. Sumi atrás de uma árvore, dei a volta e olhei para cima. O muro tinha bem uns cinco a sete metros. Se fossem três anos antes, certamente eu não conseguiria subir, mas agora eu tinha habilidades suficientes, ou até demais, para pular esse muro, e para ajudar ainda tinha umas árvores por perto. Resolvi subir na árvore e de lá pular facilmente para o outro lado do muro. Dei uns passos para trás, pulei e pousei em um galho suficientemente forte da árvore. De lá dava pra ver a enorme casa branca. Dei outro pulo e caí do outro lado do muro, finalmente faltavam poucos passos para eu rever as pessoas que faziam parte da minha vida.

De repente ouvi um rosnado, olhei alarmado, mas depois sorri, era o Caco, o bulldog meu e do Josh que ganhamos no dias das crianças a 6 anos atrás, muito tempo. Fui em direção a ele permitindo que ele me cheirasse e no mesmo instante ele me reconheceu. Ele latiu.

- Shshs amigão! - sussurrei - Isso é pra ser uma surpresa!

Fiz cócegas na sua barriga por um tempo, mas depois suspirei e deixei-o ir, afinal, eu tinha umas coisas para resolver e pessoas para ver.

Fui em direção a enorme casa branca decidido, finalmente parei em frente à porta de madeira. Apurei a minha audição e ouvi o barulho da TV ligada, no canal de esporte. Ouvi também um barulho que parecia ser de uma colher mexendo algo em uma panela, me concentrei um pouco mais e consegui identificar o som de uma música de balé em algum lugar do andar de cima. Meus olhos brilharam, minha mãe estava dançando. Fora isso, a casa estava silenciosa.         

Toquei a campainha. Segundos depois uma das pessoas que eu mais desejei rever abriu a porta. Eu vi a expressão no seu rosto mudar de surpresa para choque e depois, para meu alívio, uma expressão de felicidade.

- Olá Josh. – falei sorrindo.

- Esmond!


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Notas finais do capítulo

E aí! Gostaram?
Daqui a alguns dias - ou talvez amanhã - eu posto um capítulo extra!
Beijos!
o/