A Bruxa em Forks escrita por madu


Capítulo 36
Segunda Fase Cap 16 Loucura




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Cap. 16 Loucura

Bella

    Minha paz reinou nos dias seguintes. Graças a toda conversa de Draco e de Lilá, esqueci o assunto Victoria, afinal ela já estava morta mesmo e as pessoas que eu amo protegidas.

    Mas, com tudo que aconteceu, comecei a ter mais pesadelos. Acordava sempre gritando com a sensação de que algo muito ruim estivesse pra acontecer. Na primeira manhã Lilá me perguntou sobre esses pesadelos, mas eu nunca me lembrava e aquilo virou rotina.

    Na terceira vez que acordei gritando, tive um pequeno vislumbre de pessoas encapuzadas com mãos em formas de garras segurando meu pescoço, mas foi só um vislumbre, depois eu me esqueci do pesadelo e voltei a dormir. Eu tinha aprendido a conviver com os pesadelos, mas não com a sensação de terror e os arrepios agourentos que eu sentia na pele toda vez que tentava me lembrar deles.

    Já estava ficando cansada disso tudo e foi assim que uma sexta feira na hora do almoço eu disse para Lilá e Draco que tinha começado a sentar com a gente depois do deserto.

 _ Por que não passamos o fim de semana em Forks? Minha casa lá está fechada, mas dá perfeitamente para nós três ficarmos e podemos ir para La Push, o que vocês acham? – Lilá sorriu, mas Draco ficou intrigado.

 _ O que foi? – perguntei pra ele.

 _ Não acho que deva ir. – ele falou sério.

 _ Por quê?

 _ Sua família não me adora, então... – ele deu de ombros como se o assunto estivesse terminado.

 _ O que tem a ver uma coisa com a outra? – Lilá olhava de um para o outro, pela cara dela segurando o riso.

 _ Melhor não e eu tenho mesmo que fazer umas coisas no fim de semana. – ele se levantou e foi para a saída. Eu bufei.

 _ Eu mereço, ele agora com isso?! – reclamei e Lilá riu.

 _ Bella ele tem razão, sua família é capaz de matá-lo se descobre da amizade, ele nunca foi considerado de muita confiança. – ela explicou.

 _ Lilá, eu sei, mas eu confio nele e isso basta. – fui atrás dele, eu ainda o convenceria.

    Não o achei em lugar nenhum, Draco simplesmente foi embora. Com um pouco de raiva e tristeza juntos eu fui com Lilá para casa combinamos o dia seguinte.

    Fui dormir com a sensação do pesadelo nas pálpebras, eu já tinha me habituado aos sonhos esquisitos.

    No dia seguinte acordei com a sensação de memória bloqueada, mas eu nunca conseguia acessar essas memórias, por mais que eu tentasse, vi que logo eu tomaria medidas drásticas. Lilá bateu na minha porta.

 _ Entra. – disse e ela colocou a cabeça pela fresta.

 _ Bom dia, dormiu melhor hoje? – ela perguntou sorrindo, estava com cara de travessa.

 _ Dormi, o que você anda aprontando? – ela riu corando um pouco.

 _ Ah! É que vamos para La Push... Eu senti saudades dos meninos. – ela admitiu corando mais, eu ri com ela e me levantei. Fui me arrumar no banheiro e tomamos café juntas.

 _ Lilá você está gostando de um dos meninos? Vamos, me fale: quem é? – eu a provoquei. Ela engasgou com o suco e se levantou da mesa.

 _ Bella pare de bobeiras. – ela pegou suas coisas e foi para a pia lavar, Lilá como eu era um terror em feitiços domésticos. Eu não me segurei.

 _ Ah. Vai, me conta, eu juro guardar segredo. – ela riu, eu acompanhei.

 _ Não é o que você está pensando e, na verdade, ele nem me notou. – ela disse me encarando. Eu sabia que ela tinha gostado muito do meu irmão e quando ela soube que ele ficou com ela só para provocar ciúmes na Hermione não gostou nem um pouco. E com toda a razão.

 _ Tudo bem, mas pare de ser boba você é linda e eu já vi tanto Embry, como Quil e até o Jake te olhando, quem quer que seja vai ser sortudo. – ela se virou me encarando.

 _ Acha mesmo? – eu concordei coma cabeça e ela sorriu timidamente.

     Arrumamos as malas já que o nosso plano era passar o fim de semana na minha casa em Forks. Eu que estava esperando uma linda oportunidade de pular do penhasco como Jake tinha prometido, coloquei meu maiô na mala junto com tudo. Agora que era primavera, quem sabe daria pra gente tentar umas loucuras?

    Nós estávamos indo para a sala combinar o local para aparatarmos, meu carro ainda estava abandonado no lugar onde deixei, o interfone tocou e o porteiro avisou que era Draco. O deixamos subir, eu abri a porta e o encontrei com uma cara de dúvida com uma mochila, eu ri. Ele não achou graça e me olhou mais emburrado, puxei-o pelo braço.

 _ Vamos, quase você fica pra trás. – ele rolou os olhos.

 _ Bella. – ele disse de uma maneira que eu gostei, eu gostava quando ele esquecia de me chamar de Swan e me chamava de Bella.

 _ Calma, Alfred não vai estar lá, ele ficou em Londres resolvendo uns negócios. – ele respirou aliviado. Engraçado o medo dele de Alfred, também depois do que a família dele fez no passado, mas Draco não era a família dele, era uma pessoa separada e eu estava dando de verdade uma chance pra ele.

 _ Vamos aparatar primeiro ao lado do carro, como vocês não sabem onde é se segurem em mim. – eles se seguraram e aparatamos onde o carro estava.

    Entramos e fomos para minha casa em Forks, que deveria estar um caos de sujeira. O tempo estava abafado, entregando que logo ia chover ou abrir um sol escaldante, o que era bem raro aqui, mas seria melhor. Fomos conversando bobeiras e Lilá provocando o Draco porque não conseguiu ficar longe da gente muito tempo, ele rolava os olhos, mas ria das brincadeiras. O clima estava tão ameno e leve que minha dor foi mesmo praticamente esquecida ali naquele dia e naquele momento.

    Em casa o susto foi menor do que eu esperava. Aparentemente Alfred estava usando a casa ainda. Aí me lembrei que sempre que dava ele visitava Billy, o pai de Jake. Só comida mesmo que não tinha, eu e Lilá ficamos no meu quarto e Draco ficou no quarto de hóspedes.

    Depois que deixamos as coisas no lugar, resolvemos ir fazer compras. Eles queriam dirigir.

 _ Vocês estão uns abusados. Claro que eu continuo dirigindo. O dia que os dois aparecerem com uma carteira de motorista de verdade pra mim e sem confundir o examinador pra passar no exame, aí sim eu deixo essa arma nas mãos de vocês. – eles riram da minha cara. Eu bufei.

    Compramos só porcarias, afinal três adolescentes juntos... Nem parecia que eu e Lilá morávamos sozinhas ou que Draco morava numa mansão e que éramos responsáveis. Faltava mesmo Jake e os meninos.

 _ Bella? – escutei meu nome numa voz que eu me lembrava ser de uma pessoa bem irritante.

 _ Jéssica. Tudo bem? – ela encarou tanto Lilá e deixou o olhar em Draco tempo demais.

 _ Nossa, nunca mais vimos você. Como está a escola em Seattle?

 _ Bem, Jéssica esses são Lilá e Draco. – eles se cumprimentaram e antes que ela me enchesse de perguntas eu disse:

 _ Foi bom te ver, mas temos mesmo que ir. – ela fechou a boca decepcionada, mas concordou. Pagamos nossas compras e fomos para casa.

    Eu entrei com as sacolas e fui seguida por Draco e Lilá que estavam com cara de interrogação pra mim.

 _ O que foi? – perguntei.

 _ Você quase mordeu a menina no mercado. – Lilá disse querendo me zoar porque ela fazia uma cara de pavor pra mim, Draco se escangalhou de rir.

 _ Eu não gosto dela, era das que sempre deu em cima de Edward. – não pude evitar fazer cara de sofrimento, nem meu olhar melancólico. De repente La Push era mais que necessário.

 _ Vamos para a reserva? – perguntei antes que eles me cravassem de perguntas, parecia ser o que Draco faria. Eles concordaram e fomos para o carro.

    Na ida o clima ficou leve de novo, eu dei graças que os dois notaram que eu não queria mesmo falar nada do meu passado com Edward, eu não queria me encolher, nem ficar muda, nem ter falta de apetite, nada dessas coisas de novo. Eu era forte e já tinha aprendido a conviver com minhas decisões.

    Estacionamos na beira da casa vermelha. Estava tudo fechado, o que era bem estranho, mas eu mal desliguei o carro, estava abrindo a porta quando uma mão enorme me pegou pelo pulso.

 _ Jake. – eu falei surpresa. Ele me segurava com força, sua pele queimava a minha, parecia febre, ele deveria estar doente, mas seu olhar de ira pra mim me assustou.

 _ O que você é? – ele perguntou com o rosto bem próximo ao meu.

 _ Do que você está falando? – eu tentei tirar meu pulso do seu aperto de ferro e ele me segurou mais forte, quase me machucando.

 _ Jacob. – escutei uma voz grossa atrás e vi que era um cara, o tipo parecido com o Jake, mas eu não me lembrava dele.

 _ Ok, Sam. – Jacob disse me encarando.

    Draco e Lilá saíram do carro, mas eu vi mais quatro figuras emparelhadas atrás de Jake, consegui ver Embry me encarando com medo. Jake no aperto que dava no meu braço sentiu a minha varinha que estava no porta varinhas amarrado ao pulso. Ele puxou meu braço, eu tentei recolher meu cotovelo, mas ele era bem mais forte.

 _ Isso é o que? – ele disse puxando a varinha. Depois foi tanta coisa junta que eu quase não vi direito o que aconteceu.

    Draco sacou sua varinha e apontou para Jake ameaçadoramente, Lilá tentou se interpor e entrou entre eu e Jake tentando me puxar.

 _ Jacob, solta ela, ta louco? Draco guarda isso. O que está acontecendo aqui? – ela sacudia Jacob tentando empurrá-lo, acho que ele piscou e viu tudo que acontecia. Ele foi segurar o pulso de Lilá e ela o encarou com fúria.

 _ O que é vai me machucar também, seu bruto? – ela gritou.  Mas ele a olhava com cara de idiota, os olhos meio desfocados. Acho que ele se esqueceu do aperto que me dava.

 _ Jake, me solta. – ele piscou aturdido e me olhou, totalmente sem reação ele me soltou, mas a minha varinha ainda na sua mão. Escutei a risada o Embry.

    Que raio o que estava acontecendo ali? Fui ao lado de Draco e olhei pedindo que ele abaixasse a varinha, trouxas não podiam nos ver e Draco agindo assim poderia colocar nossa vida nesse país em risco.

   Fui puxar Lilá, mas ela começou a agir estranho também, eu podia jurar que ela estava cheirando o ar. Meu pai, estamos ferrados, além de Jake enlouquecer, agora Lilá se comportando como lobisomem aqui. Eu queria gritar: “acordem vocês estão loucos”, mas isso só provaria o quão louca era a coisa toda.

 _ Mas é claro! Veja Bella, não notou nada de diferente neles? – ela disse chegando perto de mim. Jake não tirava o olho dela. Eu queria minha varinha de volta. Então olhei para os meninos e não vi nada de novo, a não ser que Jake parecia ter crescido um pouco e com certeza estar freqüentando uma academia. E exibia sem camiseta os músculos, ele e os amigos, que coisa mais boba. Encarei Lilá sem entender nada.

 _ E você Draco? – Lilá perguntou pra ele que fez não sem tirar os olhos de Jacob e seus amigos.

 _ Também, se vocês não passassem todas as aulas se alfinetando teriam percebido tudo, vimos no terceiro ano, transformofos. Olhem. – Lilá indicou os meninos. Eu ainda não tinha entendido onde ela queria chegar.

 _ Os lobos que você viu. – eu olhei para Lilá e Sam ao mesmo tempo deu um passo para ela, Jake se interpôs entre Lilá e Sam.

 _ Ah! – eu disse com a compreensão de tudo. – Uau.

    Analisei os meninos e realmente eles podiam ser transformofos, mas o estranho é que eles eram humanos comuns, nós só tínhamos estudado transformofos bruxos.

 _ O que vocês são? – Sam disse me encarando, mas quem respondeu foi Lilá.

 _ Bruxos, agora devolva a varinha de Bella. – ela disse para Jacob como uma ordem e ele na hora me devolveu, Sam bufou.

 _ Bruxos não existem. – ele disse e Draco riu alto.

 _ Nem lobos gigantes caçando vampiros. – Lilá falou. Escutei uns suspiros altos e estalar de língua dos meninos atrás, mas não vi quem era.

 _ Agora que cada um sabe do outro, vamos. Vocês são perigosos. – Draco disse me puxando.

 _ Como você descobriu? – Jake perguntou com cara de idiota olhando Lilá.

 _ Ah! Pelo cheiro, Bella me contou da clareira e eu analisei agora e juntei tudo. – ela disse dando de ombros, Lilá tinha o olfato apurado por ser um lobisomem.

 _ Pelo cheiro? – Jacob perguntou confuso.

 _ Lilá tem um olfato apurado. – Draco respondeu quando Lilá ficou sem saber o que dizer. Esse tempo todo tendo que lidar com o preconceito de todos quanto a sua condição fizeram com que ela ficasse mais arredia.

 _ Bella temos que conversar. – Jacob disse dessa vez sem a fúria no olhar. Ele olhou para Sam que acenou com a cabeça brevemente. Eu fui me virando para ir conversar com Jake e Draco segurou meu braço.

 _ Bella é perigoso. – mais um que vai ficar me protegendo, eu já vi tudo.

 _ Tudo bem, Jake é meu amigo, ele não vai me machucar. – eu virei para Jake e ele concordou. – Eu já volto. Vocês me esperam? – perguntei e Lilá e Draco acenaram. Fomos indo para a praia e vi os amigos de Jake entrando na casa e Lilá com Draco entrando no carro, ele não tirou o olho de mim.

    Caminhamos em silêncio, as descobertas de cada um fazendo os pensamentos voar. Tenho certeza que ele tinha tantas perguntas quanto eu.

 _ Você caça vampiros? – ele começou.

 _ Não, Laurent veio me pegar. Ele e Victoria estavam com planos de me matar e aos Cullens depois. – respondi sendo sincera.

 _ Há quanto tempo isso aconteceu, foi sempre assim? – eu perguntei.

 _ Não, pra mim faz pouco tempo. – eu vi dor nos olhos dele.

 _ Você não gosta? – perguntei, ele fez que não.

 _ Você sempre foi assim? Eu vi você na floresta. Assustou-me seu poder. – ele me perguntou.

 _ Sim, nasci bruxa. Lilá e Draco são também. – ele me olhou.

 _ Lilá também nasceu assim, com vocês não é tipo uma transformação, ou vocês falam umas palavras diferentes e aí fazem as coisas? – eu sorri.

 _ Claro que falamos, eu estudei numa escola pra bruxos, aprendi tudo que sei lá. Mas tem que nascer com magia em você também, somente palavras sem ter magia nada acontece, seria o seu caso. Você com minha varinha não faria nada a não ser se machucar, mas eu... – ele concordou. Sentamos-nos na árvore de sempre e conversamos sobre tudo, menos da cara de pateta que ele fazia sempre que ouvia o nome Lilá. Do resto falamos tudo. Começou a escurecer.

 _ Tenho que ir. – eu disse. Ele se levantou e fomos para a casa dele. Lilá e Draco não estavam no carro.

 _ Onde ela foi? – ele perguntou aflito.

 _ Jake o que é isso com a Lilá? Vamos, me fala logo, eu vi que você fica como bobo só à menção ao nome dela. – ele sorriu e coçou a cabeça.

 _ É uma coisa de lobo difícil explicar, mas seja o que for eu prefiro falar com ela primeiro. – eu concordei, entendendo tudo, ele estava apaixonado por ela.

 _ Vamos voltar amanhã se você quiser. A gente queria pular dos penhascos.

 _ Ela vem também? – ele perguntou.

 _ Claro, Lilá gosta muito de vocês. E Draco também. Tem problema? – ele fez que não todo feliz.

 _ Então amanhã eu prometo salto de penhascos. Traga Lilá e seu amigo almofadinha. – eu ri. Entrei no carro.

 _ Vai deixá-los para trás?

 _ Eles devem ter aparatado. – ele fez que sim, eu já tinha explicado isso pra ele. Eu liguei o carro e fui para casa.

    Draco e Lilá estavam ali brigando, ele dizendo que era perigoso e ela que eu estava bem.

 _ Oi, vi que regredimos. – eles riram.

 _ Não, mas Draco é muito zeloso em relação a você. – Lilá disse zombando dele. – E aí o que ele disse? – eu vi um brilho no olhar dela.

 _ Lilá você e... – eu vi Draco e calei minha boca, falar dessas coisas bem na frente dele não seria legal.

 _ O que? – ela disse.

 _ Nada, mas ta tudo bem, como ele é diferente não se importou, até gostou. Ele quer que a gente vá amanhã saltar do penhasco. – ela deu um gritinho de alegria e subiu como uma louca. Deixando-me com um Draco furioso.

 _ Ah! Seja bonzinho, vai ser divertido e eu posso saltar usando magia. – ele riu da minha cara de choro e subimos para dormir, eu estava muito cansada. Foi a primeira noite desde que ataquei Victoria que não tive pesadelos. Sonhei com Edward, mas foi um sonho bom.

    Mesmo sendo um sonho bom, eu acordei com a sensação de vazio e infelicidade maior que em todos os dias. O buraco no peito doía mais que tudo. Saltar dos penhascos seria uma distração e tanto.

    Ansiosamente esperei Lilá e Draco acordarem e quando isso aconteceu, esperar por eles tomando café da manhã foi um martírio, mas vendo minha ansiedade eles comeram logo e foram se arrumar. Eu coloquei o maiô por baixo da roupa e coloquei a varinha no bolso da bermuda. Eu estava de regata e não queria o porta varinha visível no meu braço.

    Pegamos Jake que se sentou feliz atrás com Lilá. Eu ainda ia querer saber o que acontecia com esses dois, porque eu podia jurar que escutei um suspiro atrás de mim. Eu estava cercada de gente apaixonada. Isso me fez acelerar, eu precisava escapar do ambiente “amor”. Machucava.

    Depois que chegamos ao penhasco eu saí do carro quase que correndo. Draco saiu logo depois, ele foi até borda.

 _ Nossa é alto, deve dar muita adrenalina. – ele se virou para me ver. – Você tem certeza que quer fazer essa loucura? – eu sorri. Ele concordou, Lilá e Jake chegavam rindo atrás da gente.

 _ Vamos? – Jake perguntou. Ele tirou a camiseta e juro que vi Lilá virar os olhos, ela paquerando era um terror. Depois foi a vez dela e ele também parecia bem bobo com relação a ela. Esses dois não me escapam. E como eram fortes e ágeis, saltaram sem saber se eu e Draco íamos com eles.

 _ Isso é curioso, depois não me culpe por implicar com a Lilá, ela parece boba e o lobo parece um idiota. – eu fiz cara feia pra ele, mas não durou ele disse tudo o que eu pensava.

 _ Viu até você concorda. – eu me virei e tirei a roupa ficando de maiô. Ele ficou de bermuda. E como Draco era branco! Um contraste com o bronzeado de Jake.

 _ Vamos. – ele falou na beirada.

 _ Vai na frente, eu já vou. – ele foi. Escutei um barulho e o vi emergindo na água, os três me chamando com as mãos.

    Olhei bem o céu, o dia estava lindo. Segurei a respiração e pulei dando um grito de liberdade. Caí na água e uma onda enorme me puxou para umas pedras que estavam perto. Fui com a mão pegar a varinha e me lembrei que tinha deixado ela no bolso da bermuda, mas Jake com sua força me puxou pra cima.

 _ Cadê seu pauzinho mágico? Está louca, querendo se matar? – ele disse quando eu cuspia água salgada. Draco e Lilá já ao meu lado, Draco estava bem, mas ele estava de varinha e Lilá também tinha muita força física, ela não precisava de magia pra ficar ali. Para eles era como se fosse uma piscina, só pra mim era um mar revolto.

 _ Minha varinha ficou lá no bolso.

 _ Accio. – Draco disse e depois me entregou a varinha.

 _ Eu queria poder fazer isso. – Jake disse e rimos.

    Agora com minha varinha eu pude controlar o ambiente a minha volta, nós colocamos o feitiço cabeça de bolha e mergulhamos, Lilá fez um em Jake. Era tanto mel que já me dava dor de dente só de ver.

    Draco e eu nos afastamos dos dois e vi que logo Lilá e Jake estariam namorando, o que ele acharia quando ela contasse que era um lobisomem? Espero que ele não ligue. Eles faziam um bonito casal.

 _ Posso dizer uma coisa? – Draco me perguntou jogando água no meu rosto, eu e ele tínhamos subido e pulado mais umas três vezes só que eu pulei sempre com a varinha depois.

 _ Pode. – eu falei jogando água nele também.

 _ Eu nunca me diverti tanto. – ele disse intenso. Algo nos seus olhos que eu não pude identificar.

 _ Eu também me diverti muito ontem e hoje. – já estava bem tarde e vimos uma tempestade se aproximando.

 _ Vamos. – Jake nos chamou. Ele já puxava Lilá com ele. Eu fui saindo também e Draco simplesmente aparatou. Eu vendo que não tinha mesmo ninguém, fiz o mesmo, e Lilá depois com o Jake.

    Ele me fez lembrar Edward há meses atrás quando eu aparatei com ele. Jake se abaixou e ficou ali tremendo, Lilá se abaixou preocupada com ele.

 _ Eu te machuquei? – ele olhou pra cima e se levantou.

 _ Não, mas foi a coisa mais doida que aconteceu comigo. – ela suspirou aliviada. Colocamos as roupas e fui levar Jake. Escutei-o insistindo com Lilá pra ela ficar. Ela aceitou e eu e Draco voltamos para Forks. Estava na hora do crepúsculo.

    A volta foi silenciosa. Draco não disse nada, isso me deixou livre para pensar em tudo. A situação de Jake e Lilá, então era dele que ela gostava, eu tinha desconfiado. Mas eu nunca tinha o visto lançar olhares pra ela antes de ontem, bom não como o Embry fazia tão abertamente. Foi tão instantâneo, como se o fim dos segredos fizessem algo mais. A curiosidade iria durar até eu conversar com os dois. Estacionei o carro na garagem e olhei um carro que estava no outro lado da rua e meu coração acelerou. Eu conhecia aquele carro. Reconheceria em meio a mil carros. Olhei para todos os lados e não vi ninguém.

    Minha casa ainda estava silenciosa e escura, o sol já tinha se posto.

 _ Bella o que foi? – Draco perguntou me vendo agir estranho.

 _ Temos visita, não se assuste. – eu dei um passo para a casa. E ele veio atrás de mim, percebi que alerta, ele não acreditou quando disse para não se assustar.

 _ Não faça nada. – eu disse entrando na casa.

    Com a volta para cá ontem, percebi que eu, nem Draco ou Lilá lançamos feitiços de proteção na casa, eu sabia que com minha saída daqui naquela época, tudo que eu lancei de proteção foi desfeito. E agora tinha um Cullen na minha casa, a percepção de que Alice pode ter visto meu futuro voltou. Quem será que era? Carlisle? Ou o próprio Edward?

    A casa estava escura e com o coração martelando no meu ouvido, tateei na parede para ascender a luz. Fui surpreendida por uma Alice no hall me olhando de cara feia. Eu pouco me importei com as conseqüências disso. Pulei nela.

 _ Alice. – disse abraçando ela. Ela estava dura como pedra, mas depois foi como uma se estatua ganhasse vida.  Ela retribuiu o gesto me abraçando também.

 _ Bella. – ela disse depois que eu a soltei. Ela encarava Draco. Olhei para trás, ele só olhava encostado no beiral da porta.

 _ Alice esse é Draco, Draco, Alice. – eles se cumprimentaram só movimentando a cabeça.

 _ Vou subir. Qualquer coisa eu to lá em cima. – ele disse indo para escada.

    Puxei Alice para a sala, ela veio sorrindo.

Edward

 _ Como sempre tarde demais. Começo a desconfiar se é mesmo a vampira que você procura. Ninguém nunca a viu, desconfio que seja uma tática pra te manter aqui. – Zafrina me disse depois que voltou da busca de uma pista.

    Eu cheguei horas depois. Voltando da casa de Ingrid e Vivian. Elas me falaram dessa pista meia hora antes e eu passei uma mensagem para Zafrina, na esperança dela ver algo antes que eles apagassem todas as pistas, mas nada. Eu também comecei a suspeitar que era tudo um engodo, eles me enganaram sempre desde o começo.

    Meu relacionamento com Ingrid tinha evoluído. Eu ainda não acreditei, mas eu estava namorando ela. Tudo era um suplício, mas a pior hora eram os beijos. Talentosa como minha espécie era ela caiu direitinho nas minhas mentiras.

    Sempre que estava perto dela, cada minuto era um sacrifício enorme. Eu não via a hora de sair dali, mas agora que saí, encontro uma Zafrina sem notícias animadoras. Resolvi que estava na hora de eu mesmo fazer uma incursão sozinho. Eu tinha que ver o tal local sem pistas com meus próprios olhos e não através das memórias de Zafrina.

    Apesar das recomendações dela, saí. Estava quase amanhecendo e eu fui rapidamente de carro para o local. Um gueto, um amontoado de casas de alguns imigrantes espanhóis. Cheguei ao local e estacionei o carro o mais distante possível. Pude ver a claridade se intensificando, mas eu estava obstinado. Eu não suportava mais ficar ao lado de Ingrid, eu precisava encontrar Victória.

    Entrei na propriedade, parecia que várias famílias viviam ali juntas e subi, era no sótão. Casas brasileiras nunca tinham porão nem sótão, mas nessa aqui tinha, essa foi a pista. Estavam todos dormindo ainda, mas eu escutei uma ou outra mente se preparando para acordar. Subi na minha velocidade de vampiro e abri a porta fez um leve rangido. Não tinha mesmo nada, nem um leve odor de vampiro, nem uma carta, nem um rastro.

    A desesperança me abateu e me deitei ali. Eu sabia que os humanos não viriam.

    Escutei cada um dos humanos nas rotinas de suas insignificantes vidas. Senti os cheiros de carne, suor, poluição e fiquei ali. Zafrina ligou uma vez, mandei uma mensagem avisando que estava bem, porém preso e fiquei esperando a noite como a criatura sombria que eu era.

    E me peguei pensando nela como a dias não fazia.

    O dia passou como um ano, lento cada lembrança me dilacerando, eu me perguntava: quanto mais eu poderia suportar?

    O celular tocou. Vi no visor: Rosálie.

    Ela nunca me ligou, não nesses meses todos. Então com preocupação pela minha família atendi.

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N/A: O atraso nem foi minha culpa *o cap ta com beta desde de sexta* nem contei nada lalala kkk. Coitada. Eu ponho a coitada mesmo pra trabalhar kk.

Gente ta ai mais um cap. Pra quem não sabe eu odeio a Nessie e odeio Jake/Ness então ele nunca vai ser dela nas minhas fics. Emprestei ele ai pra Lila nessa fic kkkk Calmem que a Ness vai ter algo especial!

Gente eu lancei essa semana uma fic Ed/Bella muito diferente do que tem por ai. Dá uma passada e ser for seu estilo de leitura ai aproveita: mas leiam primeiro os avisos da fic!

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/70197/Immortal_-_Eternal

Madu

XD

N/B: Ai meu pai que nervoso!!!

Não acredito que chegamos nessa parte, eu tava louca por ela!! Amei o POV da Bella e como ocorreu o lance de Jake e Lilá (ameeeei esse casal), a conversa de Bella e Jake contando um ao outro toda a verdade!  E o Draco??? Gente, ele ta apaixonado, certeza! E é tão protetor com ela, ele ta mto fofo!!

E o POV do Ed??? Já to com medo de ler o próximo, imagina o desespero dele qndo a Rose disser que ela se matou??? Aiinn, to com medo, mas muito ansiosa!!

Então amores da minha vida: deixem muitos, mas muitos reviews! Preciso ver a conversa de Bella e Alice, o Edward angustiado pela “morte” da Bella (ain, será que agüento?) e a fuga das duas pra salvar ele!!! Aiin, to quicando de curiosidade!! *Alguém manda eu parar de falar aiin??*

Bom, é isso... to empolgada demais até pra escrever!

Mil beijos a todos!

Quero ver chuva de reviews, hein?

Bjo e fui!

Fer!

;D


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