Príncipes Não Choram escrita por Taty M


Capítulo 5
5.




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— Terráquea burra! Mulherzinha insolente.

Ele murmurava quebrando algumas rochas.

— VERME, COMO TODOS AQUI!

Ele nem tinha conseguido dormir, estava ainda mais raivoso que o normal. Sua mente sempre fora aguçada, Vegeta destilava inteligência em quase tudo o que fazia. Mas aquela...

Como ousava tratar assim o príncipe dos Sayajins?

Ela tinha que se sentir honrada por ele a ter escolhido para dividir uma cama. Quem Bulma pensava que era?

Vegeta lembrava-se de cada palavra, o tom usado, o motivo.

"— Era essa a vida que tinha em mente? Seja sincero. — a voz dela era suplicante. Suplicante por uma resposta que ele não daria.

— Sabe que não. — respondeu sem delongas, afinal ambos tinham ciência que montar uma família nunca esteve nos planos dele.

— Adeus Vegeta."

E ele saiu.

Tão rápido quanto um segundo. Se ficasse os dois acabariam se agredindo verbalmente, aquelas brigas eloquentes e grandes e no fim, seria exatamente como foi: ele indo embora.

Vegeta bufava com o tom de voz de Bulma, para completar ela falava altíssimo e isso piorava.

Exigia dele. Brigava com ele. Chorava. O abraçava o tempo inteiro, estava toda hora dando “beijinhos” chatos.

Maldita Bulma!

Ele gostava de todas essas coisas.

Sentia falta de tudo. Aquela grande... Grande ridícula!

E se ele falasse isso em voz alta perto dela, sabia exatamente o mantra que a mulher emitiria: “Ridícula? Eu, uma mulher jovem, linda, mãe e inteligente?”.

Ate isso estava fazendo falta. Sempre tão metida e vulgar.

A verdade é que ela era linda mesmo e inteligente. Mas Vegeta nunca se rebaixaria para uma terráquea e afirmaria isso.

Ainda tinha Trunks.

De todas as coisas que fugiram de seus planos, a concepção de Trunks foi a maior delas.

Ele podia ter estendido sua moradia na Terra.

Podia ter criado uma aceitação com Goku e seus colegas.

Podia ter ficado com Bulma, afinal de contas era o príncipe dos Sayajins, mas era vivo. Com desejos de macho. E Bulma era uma delicia altamente desejável.

Tudo isso era de fácil resolução. Bastava ir embora para qualquer outro planeta que resolvia.

A quem ele queria enganar?

Ele estava acostumado àquela completa maluca! Não seria tão fácil resolver isso.

Mas ainda era solúvel.

Agora com Trunks tudo mudava.

Não ia embora e deixar o filho como um bastardo do príncipe. Era seu filho, sua herança. Seu sangue puro e real corria naquele menino.

Não era como ir embora.

Que tipo de homem seria se abandonasse o próprio filho?

Mas pelo visto Bulma estava disposta a fazer isso. E agora ele estava fora.

Se ela tem em mente que Vegeta iria atrás, pedir para voltar ou algo do tipo, estava completamente enganada.

Ele nunca se humilharia a tanto por tão pouco. Ela o amava, dizia isso sempre. Então ela que sofresse seu amor!

Talvez, bem talvez ele tenha se excedido um pouco.

Quando viu Trunks chorando por algo que ele tinha falado, a raiva subiu a sua cabeça.

Lembrou-se da própria infância, lembrou quando era ainda mais novo do que Trunks e seu irmão foi mandado para outro planeta por não ser um sayajin eficiente e habilidoso.

Vegeta sabia que Tarble era inferior, mas era seu irmão. E ambos eram jovens, essa separação os chocou.

E o rei ensinou a Vegeta da forma mais dolorosa que um príncipe nunca deve chorar.

É obvio que o príncipe não guardava magoa do pai, ele estava certo. Mas quando viu Trunks...

Trunks tinha poder, era forte, só evoluía. E estava chorando.

Sua raiva nublou a visão.

Então tudo desandou. Bulma fez o que fez e ele sequer tinha se despedido do filho.

Talvez o menino não quisesse o ver nunca mais, já que tinha muito dos terráqueos em seu sangue e automaticamente era mais emocional.

Então Vegeta podia estar propenso há daqui uns dias realmente deixar esse planeta idiota.

Mas antes, tinha algo para resolver.

Não com Bulma, Goku ou qualquer outro desses.

Precisava resolver apenas com uma pessoa: Trunks.

Ele estava disposto a se despedir do filho. Pelo menos isso tinha que fazer, era uma questão de honra.

...-...-...-...-...-...

Na segunda feira de noite, Bulma e Trunks ainda não se falavam, a única reação direta para com ela foi avisar que a apresentação da escola seria sexta.

E essa interação não foi algo pacifico:

— Como foi no colégio meu filho? — ela perguntava enquanto dirigia, olhando que o menino apenas mantinha o rosto virado para o outro lado.

Quando entrou em casa ele disse diretamente.

— Sexta é a apresentação do dia dos pais na escola. — e saiu. Sem boa noite, nem nada.

Nada.

Bulma odiava essa frieza.

No outro dia acrescentou um par de brinquedos novos e Trunks pareceu nem notar. Ate mesmo na hora das refeições ele comia menos e se ela tentasse uma conversa, o rapazinho se retirava da mesa.

Na quarta feira algo diferente aconteceu. Quando a ligação da escola de Trunks foi transferida para o escritório de Bulma, ela sabia que não podia ser boa coisa.

— Bulma Briefs.

— Bom dia senhora Briefs, aqui é a diretora da escola de seu filho Trunks.

— Ah sim, posso ajudar em algo?

— Receio que será necessária sua presença na escola com certa urgência.

— Claro, vou agora mesmo.

Bulma tremia quando dirigia ate a escola. Será que algo tinha acontecido a seu filhinho?

— Ah meu Kami...


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