Depois das demonstrações públicas de afeto na calçada, Dimitri finalmente se de lembrou onde estava e se sentiu sendo de certa forma invadido pela presença das outras pessoas que por ali passavam, o que o fez se recolher em sua postura habitual e se dirigir a Rose um pouco sem jeito.

- Quer ir pra outro lugar?

- Pra onde você quer ir?

- Pra qualquer lugar com menos gente. –disse um pouco tímido.

- Por mim tudo bem. –ela sorriu puxando os lábios para dentro da boca.

Dimitri respirou fundo e segurou a mão da garota, logo a conduzindo pela calçada e atravessando a rua em direção ao carro, onde eles entraram e logo se dirigiram para um lugar menos agitado. Durante o percurso Rose segurava a mão direita de Belikov, que mantinha os olhos atentos no transito enquanto dirigia com responsabilidade.

Não demorou muito até que eles chegassem ao destino. Rose desceu do automóvel e acompanhou Dimitri rumo a porta da entrada da residência do mesmo, onde Rose usou uma piada descontraída para disfarçar seu nervosismo.

- Uau! É tão excitante ter que esperar você destrancar a porta pra eu poder entrar! –ela dizia esfregando as mãos.

Dimitri apenas virou o rosto para vê-la e riu diante do comentário inesperado. Ele podia esperar qualquer coisa dela, menos aquela piadinha, e isso o fez sorrir abertamente. Quando entraram, Rose girou os olhos ao redor de todo o cômodo como se buscasse reconhecer cada pedacinho do mesmo e ao se lembrar de cada detalhe, ela sorriu satisfeita.

- Como se sente? –perguntou ele se aproximando após fechar a porta.

- Eu gosto daqui. –ela sorriu e se virou. –Talvez por sua causa...

- Por minha causa? –ele sorriu e deu alguns passos até ela.

- Você mora aqui. Já é uma boa razão pra eu gostar...

- Eu senti falta de te ver aqui. –disse levando suas mãos até os quadris da garota. – Essa casa parecia vazia sem você.

- Teoricamente a minha presença aqui não fazia muita diferença levando em consideração que a física ensina que um corpo não sólido não ocupa espaço e...

- Rose... –ele interrompeu.

- O que? –ela riu.

- Fica quietinha... –ele sorriu e então se inclinou na direção dela beijando-a.

Rose respirou fundo e retribuiu o beijo, logo levando suas mãos rumo aos botões da camisa que ele vestia e as deixou ali repousadas enquanto movia os lábios de maneira mais sinuosa buscando agradar Belikov. Ele por sua vez, apertou-a contra seu corpo, e começou a dar passos lentos para frente obrigando-a a retroceder na mesma velocidade até sentir seu traseiro bater contra o encosto do sofá. Mais uma vez eles afastaram os lábios para tomar fôlego, e Rose olhou fixamente nos olhos de Dimitri enquanto mordia o lábio inferior e pensava em mil coisas.

- Você quer beber alguma coisa? –disse ele em tom suave.

- Não. –ela respondeu em um sussurro.

- Quer... Sentar?

- Não. –disse balançando a cabeça negativamente.

Eles mantiveram o silencio, enquanto apenas trocavam olhares de cumplicidade então Dimitri conduziu sua mão direita até o rosto da garota, tocando-a suavemente com as pontas dos dedos enquanto analisava cada detalhe do lindo rosto dela, que pra ele era o mais bonito que ele já tinha visto em vida. Rose fechou os olhos apenas para intensificar a sensação da pele dele tocando a dela, e movia suavemente o rosto conforme ele a acariciava. Os lábios dela permaneceram parcialmente entre abertos atiçando o desejo dele por tomá-los novamente, e quando os dedos dele deslizaram sobre eles, Rose abriu os olhos e lançou sobre o moreno um olhar firme e sensual que motivou o corpo dele a se aquecer, imediatamente causando-lhe um espasmo rápido abaixo do umbigo.

Rose deslizou seus dedos pelo peito de Dimitri e se entreteve em abrir os botões da camisa dele bem devagar, enquanto seus olhos o fitavam a face. Ele por sua vez, desviou o olhar para ver as mãos dela lhe tocando sem permissão, e adorou a sensação que aquilo lhe causava intimamente. Ele segurou firme o rosto dela, com ambas as mãos e então a tomou em um beijo carregado de desejo e sensualidade. Os corpos se colaram parcialmente de maneira súbita enquanto seus lábios se entrelaçavam quase se tornando um só naqueles movimentos apaixonados e ardentes. Rose já havia aberto praticamente toda a camisa do médico, mas havia se deparado com uma maldita regata que ele usava por baixo e que a impedia de sentir a pele dele, então parcialmente irritada com o empecilho Rose puxou apressada a camisa enfiando suas mãos por baixo da mesma e apertando a cintura dele. Ao sentir as mãos dela sobre si, Dimitri respirou pesadamente enquanto sentia seu corpo dando sinais de inúmeras formas possíveis, o que o motivou a beijá-la de maneira ainda mais intensa, enquanto deslizava suas mãos pelas laterais dos braços dela apertando-os entre seus dedos.

Os beijos eram cortados milimetricamente apenas em busca de ar, e os sons podiam ser ouvidos por ambos, que ofegavam de desejo um pelo outro. Quando Dimitri sentiu as unhas de Rose lhe arranhando a pele, não pode mais controlar o que sentia. Ele desceu suas mãos rumo aos quadris da garota logo a erguendo sobre o encosto do sofá e colocando-a sentada sobre o mesmo, e na sequencia envolveu as pernas dela ao redor de sua cintura a tomando no colo.

- Você não fez a pergunta que eu esperava. –disse ela afastando os lábios e os conduzindo até o ouvido dele.

- Que pergunta? –ele questionou ofegante enquanto beijava os ombros de Rose.

- Não perguntou se eu queria subir. –respondeu mordendo o nódulo da orelha do médico e respirando em seu ouvido.

- Você quer subir? –disse em um quase gemido.

- Quero. –respondeu revirando os cabelos dele entre seus dedos.

Dimitri levou seus braços até a curva dos joelhos de Rose e a ergueu do sofá deixando-a totalmente em seu poder, e se virou logo seguindo rumo às escadas com ela em seu colo. Rose manteve seus braços agarrados no pescoço de Dimitri enquanto espalhava beijos e mordidas por todo o mesmo local. Dimitri se via louco por ela cada vez que ela o atiçava.

Eles atravessaram o corredor, e logo chegaram ao quarto onde já estiveram tantas vezes juntos embora não pudessem se tocar. Dimitri andou até a cama, e depositou o corpo de Rose sobre a mesma logo caindo sobre ela e cobrindo-a de beijos ao longo de toda a pele, desde a curva do pescoço até o decote de sua blusa. Seus dedos seguravam a alça da blusa dela, enquanto puxavam a mesma para os ombros deixando o caminho livre para seus lábios cobrirem-na sem empecilho. Rose delirava com a boca entre aberta, e segurava firmes os fios de cabelo dele motivando-o a continuar.

Dimitri se pôs de joelhos sobre a cama enquanto a olhava totalmente entregue abaixo de si, e se livrou da camisa de botões jogando-a em um canto qualquer do chão. Rose por sua vez o olhava desejando que ele tirasse mais do que apenas aquela camisa, e então sem nenhum pingo de acanhamento ela conduziu suas mãos até os quadris de Dimitri e deles partiu para o cinto do moreno tomando a liberdade de afrouxar o mesmo.

Os olhos de Dimitri estavam em êxtase vendo-a reagindo a cada movimento que ele fazia, em uma sincronia perfeita. Ele se livrou da regata que vestia e os olhos da garota se encheram de uma excitação incomum quando viu aquele corpo inteiro fervendo por ela. Dimitri por sua vez, ajudou-a a se livrar do jeans apertado que ressaltava suas curvas e apenas foi parado pelas botas que ainda estavam nos pés da garota, mas ele logo se livrou delas também depois de esboçar um sorriso divertido. Rose não aguentava mais esperar por ele, e se livrou sozinha da blusa ficando apenas com suas roupas intimas diante dos olhos dele. Quando ele voltou a depositar o peso de seu corpo sobre o dela, a ouviu dizer:

- Eu sou como você imaginava? –perguntou tocado o rosto dele.

- É muito melhor Roza, muito melhor... –respondeu em um sussurro e logo tomou os lábios dela novamente.

Rose envolveu seus braços ao redor do pescoço de Dimitri enquanto o beijava, e envolvia suas pernas nas dele tentando livrar o moreno daquelas calças irritantes. Quando conseguiu a proeza ela se sentiu vitoriosa e finalmente pode sentir todo o corpo dele pele a pele com o dela naquela temperatura quente, que os fazia aquecer os lençóis. As mãos de Rose avançaram pelas costas nuas de Dimitri arranhando-as e apertando-as de modo que ele manifestasse todo seu desejo abaixo da única peça de roupa que ainda os separavam. Rose sentia a fricção sobre suas roupas intimas e já se sentia úmida desejando que ele se apressasse para possuí-la o mais rápido possível. Ele por sua vez estava sendo paciente e desfrutava cada pedacinho do corpo de Rose com beijos e caricias. Suas mãos deslizavam sobre os seios firmes da garota, enquanto sua boca seguia até um deles e buscava passagem sobre o sutiã que ela vestia. Os dedos dele abriram caminho puxando o tecido rendado para baixo e sua língua seguiu até o centro daquele seio o levando para dentro de sua boca faminta, que logo se pôs a sugá-lo e mordiscar o mesmo fazendo com que Rose enlouquecesse. Ele apenas queria apreciar o gosto que ela tinha, mas pra Rose aquilo era uma tortura incessante então ela disse quase sem querer:

- Você tá me matando Dimitri. –reclamou em um gemido involuntário.

- A pressa é inimiga da perfeição Rose. –ele provocou erguendo o rosto e encarando-a.

- Eu não tenho dúvida de que você é perfeito doutor. –ela o olhou com todo seu desejo e malicia. – Mas acaba logo com isso. Eu sou sua...

- Eu sei. –ele disse aproximando o rosto do dela. – Eu sei... –e então voltou a beijá-la apertando seu quadril contra o dela a fazendo gemer em seus lábios.

Então cansado de brincar, ele a tomou nos braços e a puxou para seu colo onde abriu o gancho do sutiã que ela ainda vestia deixando-a com os seios a mostra tocando em seu peito lhe deixando cada vez mais excitado. Eles se livraram do resto das peças de roupa que só serviam para atrapalhar e então finalmente Rose pode sentir o tamanho da perfeição daquele homem lhe invadindo de maneira calma, mas deliciosa. Ao se sentir encaixada a ele, Rose gemeu de maneira ampla agarrando suas unhas nos ombros largos de Belikov, e se moveu sobre ele friccionando suas intimidades causando um atrito delicioso entre as partes. As mãos minuciosas do doutor, seguravam os quadris de Rose como se a induzisse se mover da maneira que ele gostava sobre ele. Os lábios de Dimitri permaneciam abertos pronunciando alguns sons enquanto ela dominava a situação totalmente agarrada a ele, desejando senti-lo mais fundo, e mais dentro dela.

Ele quis deixá-la no controle por algum tempo, mas depois deitou seu corpo sobre o dela, enquanto ela o envolvia com suas pernas e então a dominou com perfeição movendo-se majestosamente de modo a deixá-la alucinada. Os gemidos que escapavam pela garganta de Rose, ficavam cada vez mais altos e deixavam Dimitri cada vez mais louco. Tudo se consumou algum tempo depois, quando Dimitri se derramou dentro dela satisfazendo totalmente seu desejo, enquanto ela sentia o prazer do orgasmo lhe possuir por completo. Dimitri beijou os lábios de Rosemarie enquanto acariciava os cabelos parcialmente molhados dela, e então se deitou ao seu lado puxando-a para seu peito onde Rose pode descansar suas mãos, e recostar seu rosto.

- Sabe o que eu tava pensando? –disse ela deslizando os dedos sobre o peito dele.

- O que? –perguntou tocando os ombros dela.

- Naquele chicote da sua ex.

- Rose! –ele riu.

- É serio! –ela sorriu e ergueu o rosto colocando o queixo sobre o peito dele. – Você deixava ela te bater com aquilo?

- Eu não vou te responder isso. –ela disse sorrindo e sacudindo a cabeça negativamente sem acreditar no que ela estava falando.

- Deixava! –ela disse incrédula.

- Não. –respondeu arregalando os olhos.

- Seu safado!

- Rose!

- Pervertido! –ela riu.

- Engraçado você dizer isso depois de me chamar de doutor Belikov por meia hora! –ele provocou.

- É o que você é...

- Não aqui. –ele riu.

- Dane-se, eu sempre tive uma tara por homens de jaleco. –ela se ajeitou com as duas mãos sobre o peito de Dimitri.

- Pervertida.

- Sou mesmo, mas pelo menos eu admito não sou uma tarada incubada.

- Tá me chamando de incubado?

- Tarado incubado.

- É? –ele deslizou suas mãos até a cintura dela. – Eu vou te mostrar o tarado incubado.

Ele riu e a girou com uma facilidade inacreditável sobre a cama, logo ficando sobre ela. Rose sorriu e então ambos voltaram a se beijar, embora eles estivessem cansados e saciados, isso não os impedia de brincar...