Rosa Adormecida escrita por Kuroi Namida
Notas iniciais do capítulo
Oie!!! Acho que vão gostar desse capítulo, ele está mais engraçadinho como os outros! Sem drama hoje! Beijus
Naquela tarde, como prometido assim que teve uma folga no hospital Dimitri resolveu levar Rosemarie até a residência de sua avó Yeva para uma conversa bastante diferente. Enquanto Dimitri esperava do lado de fora da porta da casa da avó, Rose olhava ao redor de todo o jardim da entrada durante uma caminhada curta que fazia afastada de onde Dimitri se encontrava.
- Rose? –ele chamou.
- O que? –ela disse de longe.
- Vem... –ele fez sinal com a mão olhando para os lado percebendo que havia um vizinho de sua avó recém saindo de sua casa.
- Dimitri! –disse o sujeito sorridente. – Como vai?
- Tudo bem Hickman? –respondeu enquanto desviava os olhos rapidamente para Rose e via a mesma andando até a janela da casa.
- Tudo certo! Olha eu acho que dona Yeva deu uma saída.
- Sério? Ela marcou comigo... –disse notando quando Rose escorou simbolicamente as mãos no vidro para ver dentro da casa.
- Que idiota! –disse Rose. – É mais fácil eu entrar e ver se tem alguém. –ela riu encarando Dimitri.
- Acho que ela deixou as chaves debaixo do tapete! –disse Hickman desviando atenção do moreno.
- Ah! –Dimitri sorriu. – Obrigado!
- De nada! –sorriu o sujeito.
- Que falta de cortesia convidar alguém a sua casa e sair! –disse Rose ao se aproximar vendo Dimitri abaixando-se para apanhar as chaves.
- Ela deve ter tido algum imprevisto e... –quando ele se levantou Rose não estava ali. – Rose? -ele franziu a testa. – Rose? –ele olhou ao redor. – Rose? –ele simulou um chamado alto.
Sem resposta o médico colocou as chaves na porta e a abiru logo entrando na casa e encostando a porta. Logo que deu dois passos viu Rosemarie descendo as escadas e sorrindo:
- Casa bonita!
- Como é que você chegou aí tão rápido?
- Caso você não tenha notado eu não tenho um corpo físico e pesado! Consigo me mover bem mais rápido do que você...
- É eu percebi... –disse deixando a chave sobre uma mesinha e se virando sem encontrar a garota de novo. – Rose?
- Oi! –disse atrás dele dando-lhe um susto.
- Dá pra parar? –disse em tom sério. – Não consegue ficar quieta em um mesmo lugar por pelo menos dois segundos?
- Desculpa querido, mas você tá falando com uma garota em coma! Ficar parada no mesmo lugar é comigo mesma. –disse em tom irônico.
- Isso não é engraçado.
- Eu sei! –ela franziu a testa.
- Só se comporta tá bom? –Dimitri se afastou.
- Ai como você é chato! –disse Rose unindo as sobrancelhas e vendo-o se virar encarando-a com ar todo sério. – Gostava mais de você quando você não sabia que eu estava por perto. –ela andou pela sala.
- Eu também gostava mais de você quando não podia te ouvir tagarelando no meu ouvido o dia inteiro. –retrucou Dimitri.
Rose enfiou a língua entre os dentes e fez careta para o médico agindo igual criança e depois se jogou no sofá com os pés pra cima.
- Fique a vontade Rose. –disse ele encarando a cena.
- Que foi? Não posso sentar também?
- Pensei que não tivesse um corpo para sentir fadiga. –ele foi irônico sem mostrar os dentes.
- Só porque não posso sentir os moveis com a minha bunda não significa que eu não possa agir como se pudesse.
Dimitri sacudiu a cabeça apertando os lábios e seguiu pelos dois degraus que o levariam ao outro cômodo dizendo:
- Fique aí.
- Claro vou ligar a TV pra ver o que tá passando! Ah é, eu não tenho dedos sólidos... –disse a garota em tom alto.
Dimitri seguiu até o escritório da avó onde a mesma costumava cuidar de seus afazeres pessoais, e de seus hobbies e procurou por algo em particular. Não encontrando este regressou pelo corredor e se dirigiu a cozinha onde abriu a geladeira e procurou algo para beber. Assim que fechou a porta deu de cara com Rosemarie em pé atrás da mesma, no susto Dimitri quase deixou o jarro de suco natural cair no piso.
- Eu não disse pra você esperar na sala? –reclamou ele.
- E eu por acaso sou cachorro pra você dizer senta Rose, rola Rose, abana o rabinho Rose? –disse ela cruzando os braços.
- Ah... –ele resmungou qualquer coisa em russo depois disso enquanto andava até a pia.
- O que significa isso aí que você disse? –ela se virou.
- É um palavrão em Russo. –ele respondeu sem se virar.
- Legal! Mas quando quiser me xingar pode fazer isso na minha língua doutor?
- Você é sempre assim? –Dimitri virou o rosto encarando-a.
- Depende! Você quer dizer transparente? –o moreno quase riu, mas ao invés disso Dimitri simplesmente se afastou segurando o copo já cheio com suco e andou em direção à sala.
Quando Dimitri se aproximou do sofá da sala onde anteriormente Rosemarie estava sentada, ele deu uma boa olhada ao redor e logo se sentou apanhando uma revista de sobre a mesinha de canto. Quando voltou a erguer os olhos notou que Rose estava de pé diante da estante observando os porta retratos.
- Você não pode agir como se tivesse um corpo sólido? –Dimitri levou os olhos para as paginas da revista de curiosidades.
- Cada um se diverte como pode doutor Belikov. Você canta musiquinhas no elevador eu faço isso! –ela sorriu sinicamente.
- O que mais você me viu fazer? –o rapaz a encarou enquanto bebia suco.
- Como assim? –disse Rose supostamente com a mão sobre a estante.
- Você me viu trabalhar, me viu no elevador, me viu lendo no meu quarto... –ele ergueu uma sobrancelha fazendo uma cara sagaz.
- Quer saber se eu te vi trocando de roupa ou tomando banho doutor Belikov? –debochou Rose. – Não! Para o seu governo eu perdi meu corpo não a vergonha na cara.
- Que bom. Por que seria constrangedor pra você. –ele riu baixando os olhos em direção a revista.
- O que quer dizer com constrangedor para mim? –disse ela escorando os cotovelos no encosto do sofá atrás do médico.
- Quer dizer que... –ele se virou para encarar a garota e ouviu a porta abrir.
Suas palavras foram interrompidas pelo som de Yeva adentrando a residência com uma pilha de sacolas em mãos que ela parecia trazer do mercado. Dimitri se levantou e deixou seu copo assim como a revista sobre a mesinha e andou até a avó para ajudar a mesma com as compras.
- Deixa, eu pego isso! –disse ele.
- Ah, obrigado querido! –Yeva sorriu levando a mão as bochechas do neto.
- Vó não faz isso. –reclamou o moreno ficando sem graça.
- O que foi? –perguntou a mulher. – Rose está aqui? Está com vergonha pela moça ver sua avó que trocou suas fraldas e limpou sua bunda suja quando você era menino agora apertar suas bochechas?
Rosemarie deu uma gargalhada tão alta que se mais alguem além de Dimitri pudesse ouvi-la teria levado um susto achando que era alguém passando mal.
- Obrigado Yeva. –retrucou Dimitri.
- Não seja bobo Dimka, é só uma menina! –sorriu a mulher.
- Que mania estranha dessa família. Você me chama de pequena Rose e essa sua avó pensa que eu tenho doze anos... –reclamou Rose sentindo-se frustrada.
- Deve ser o seu tamanho. –respondeu Dimitri passando por ela enquanto levava as sacolas.
- Diga oi a menina por mim Dimka! –sorriu Yeva.
- Ela pode te ouvir vó. –ele retrucou indo pra cozinha.
- Ha! –disse Yeva. – Sendo assim fique a vontade querida!
- Obrigado! –disse Rose vendo a mulher olhando ao redor. – Mas eu estou na sua frente! –ela sorriu.
- Se eu fosse você não seria tão gentil. –disse Dimitri voltando da cozinha. – Rose não é tão adorável quanto você pensa. –ele se dirigiu a avó e mais uma vez Rose fez careta. – Na verdade ela acabou de zombar de você. –ele riu encarando a garota.
- X9... –retrucou Rose.
- Por que ela faria isso Dimka? –riu Yeva indo para a cozinha.
- Por que ela é irônica e sínica. –respondeu.
- Melhor do que ser um velho resmungão de apenas... Quantos anos você tem mesmo? Dimka. –ela debochou.
- Vinte e oito, e Dimka é apelido de família... –ele retrucou.
- É impressão minha ou vocês dois estão discutindo? –perguntou a mulher com olhar confuso.
- Seu neto é um grosso! –disse Rose se sentando na pia.
- Está maltratando a pobre garota Dimitri Belikov? –insistiu.
- Se você ficasse com ela um único dia falando no seu ouvido, se jogaria na frente de um carro só pra poder encontrá-la do outro lado e esganá-la com as próprias mãos. –disse Dimitri enquanto guardava latas no armário onde Rose estava sentada.
- Se eu pudesse te daria um chute na bunda agora mesmo seu metido. –retrucou Rose sacudindo as pernas no ar.
- Mas você não pode... Acostume-se com isso. –disse Dimka encarando-a.
- Idiota.
- Nunca pensei que veria meu Dimka falando com sua amiga imaginária depois de tanto tempo. –falou Yeva.
- Como assim depois de tanto tempo? –disse ele.
- Querido você não se lembra? Quando era pequeno você contava estórias sobre suas aventuras como uma menina chamada Eva.
- Aha! Então você já nasceu com esse defeito de fabrica! –riu Rosemarie enquanto Dimitri apenas a encarava com olhar seco.
- Eu não me lembro disso dona Yeva.
- Você apanhou na escola uma vez por que falava com essa tal de Eva Dimka. Foi uma fase difícil da sua vida querido. –Yeva abraçou o neto pela cintura ficando quase debaixo do braço do mesmo por ser muito baixa.
- Tadinho! –riu Rose fazendo biquinho proposital.
- Eu era só uma criança. –resmungou ele jogando um olhar mortal sobre Rose.
- Isso explica por que só você consegue me ver! –seguiu Rose. – Ouvi dizer que pessoas com problemas mentais veem coisas além do que as pessoas normais conseguem!
- Aha! Você é uma piada Rose. –ele respondeu em tom sarcástico. – Mal consigo conter meu desejo interno de rir.
- Não se reprima Dimka! –ela riu.
- Querido não me disse por que trouxe Rose aqui. –se manifestou Yeva totalmente perdida no meio da conversa já que só ouvia seu neto falando com o vácuo.
- Ah! Eu já tinha esquecido... –ele encarou Rose mostrando seu olhar seco outra vez. – Quero saber o que exatamente você fez que permitiu que eu visse Rose.
- Eu farei um chá, então sentaremos na sala e falaremos sobre isso... –ela sorriu e tocou o braço do neto logo se dirigindo ao fogão e colocando uma chaleira de água para esquentar.
Enquanto isso Rosemarie sacudia suas pernas sobre a pia mantendo o sorriso sínico na cara trocando olhares entre a avó do rapaz que andava pela cozinha, e com o próprio que ainda mexia nas sacolas de compras mantendo expressão de médico.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo mais explicações sobre o porque de Dimitri conseguir enxergar Rose!!! Beijos