Vizinhos escrita por Mallu Lynx


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu sei povo de deus que demorou, mas eu tava fazendo prova, da um desconto ae!
Eu me surpreendi com o fim do capitulo, não tinha ideia de que isso iria acontecer, então eu sei que pode chocar, mas relaxa que ainda tem água para rolar por debaixo dessa ponte!

QUERO MUITOS REVIEWS!!!!
E aceitando recomendações também.

Respostas aos comentários la no fim.



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- Jay... – Murmurou uma Lílian mais do que aflita, os cabelos longos escaparam do coque solto no alto da cabeça dela caindo sobre o rosto mais pálido do que o normal da garota. – Você não vai falar nada? – Perguntou em um fio de voz.

James a encarou pensativo, mas com a cabeça completamente vazia, ele queria gritar, mas não de raiva, ele não sentia aquilo, só para colocar para fora, seja lá o que estivesse sentindo. Tentou recomeçar a respirar a medida em que seu coração voltava a bater, segurou as mãos trêmulas e inquietas dela entre as suas para tentar ter o mínimo de firmeza para falar alguma coisa, e algo que não fosse deixá-la pior.

- Eu iria perguntar como, - Disse se sentindo um completo idiota. – Mas acho que nós dois sabemos como aconteceu.

E ela começou a chorar, muito.

Tinha falado merda.

O coração dele se apertou com força, a mesma força com que ele a apertou contra o seu corpo, balançando o corpo para frente e para traz, ele tinha que falar, qualquer coisa, suas mãos mergulharam no mar vermelho que era o cabelo dela e fez carinhos ali.

- Lils, ta tudo bem, meu amor. – Murmurou contra o cabelo dela. – Vai ficar tudo bem.

Ela murmurou algumas coisas contra o peito dele, mas ele não conseguiu entender uma palavra.

Ele a afastou levemente do corpo e colocou os cabelos dela atrás das orelhas delicadas.

- Vai ter quer repetir querida. – Pediu sorrindo.

- O que eu vou fazer agora? – Perguntou com o rosto vermelho.

- Ser mãe, ter nosso bebê, ser feliz. – Respondeu encostando a orelha dela contra o peito dela.

- Mas eu tenho 17 anos.

- Eu posso e vou cuidar de você e desse bebê, e não porque é minha obrigação, mas porque eu quero Lílian e porque eu estou feliz porque vamos ter um filho. – Murmurou baixinho enquanto afastava os cabelos que insistiam em cair na testa dela.

- Como eu vou contar para os meus pais? – Perguntou ainda mais aflita.

- Você não está tomando as pílulas? – Perguntou lembrando do detalhe naquele momento.

- Sim, há quatro meses, mas eu parei no sábado, quando achei que estava grávida, eu não quis arriscar, e hoje eu fiz um teste de farmácia e deu positivo. – Ela estava mais ereta agora, ainda apertava a mão dele com força, mas ele fingiu que aquilo não o incomodava.

- Cumprimos nossa obrigação para evitar o pequenino, mas ele quis vir, tenho certeza que os seus pais vão entender Lílian. – Ela riu e ele se sentiu mais aliviado e pela primeira vez se permitiu ser atingindo pela notícia de que iria ser pai e se permitiu beijá-la enquanto a segurava com força.

- Você ta mesmo feliz? – Perguntou depois que o beijo acabou.

- Claro que eu estou. Eu queria ter um filho com você, não pensava em fazer agora, mas isso não significa que a gente realmente fosse ter agora, mas eu estou feliz, é nosso.

- Eu tô com medo. – Ela confessou.

- Vai passar, a gente vai casar mais cedo do que o esperado, mas eu não faço nenhuma objeção a isso, passar mais tempo com você ao meu lado não vai ser problema, mesmo tendo que dividi-la.

- Como eu vou contar para os meus pais? – Perguntou agora mais aliviada.

- Nós vamos contar Lily, quantas vezes eu vou ter que dizer que não é mais apenas você, agora somos nós, me entende? – Garantiu com um sorriso no rosto que se agravou com a confirmação da ruiva. – Então vamos descer, quanto mais cedo contarmos melhor.

- Repita. – Murmurou o George sentado no sofá da sala. O copo que ele segurava tinha caído no chão, mas o barulho e os cacos de vidro espalhados pelo tapete da sala foram sumariamente ignorados enquanto o pai de Lílian olhava para o casal a sua frente abismado.

- Estou grávida. – Havia uma certa firmeza em sua voz, mas por causa apenas da mão firme de James apertando a sua.

- Pensei que estivesse tomando pílulas, meu bem. – Falou a mãe dela com um tom calmo.

- E eu estava, há dois meses, mas parei no sábado quando pensei estar grávida, não queria prejudicar o bebê. – Respondeu.

- Então, não foi por falta de tentar não engravidar, esse bebê queria vir e não havia nada que vocês pudessem fazer para evitar isso. – Murmurou mais calma do que a filha achava que iria ser possível quando ela contasse o que estava acontecendo. – Seu pai vai se acalmar em alguns minutos e recolher os cacos que derrubou sobre o meu tapete. Além de tudo você tem o James, não é James? – Perguntou olhando para o noivo dessa vez.

- Mas é claro que sim Ana, eu estava tentando convencer a Lily que não vou abandoná-la, mas parece ser um pouco complicado de fazê-la entender que não vou fazê-lo. – A ruiva sentiu o abraço e o calor de James ao seu redor, ela sentia a segurança, mas por quanto tempo?

- Mas eu não estou pronta para isso.

- Ninguém está, eu não estava pronta para ser sua mãe mesmo depois de já ter tido a sua irmã. – Aquilo não havia ajudado. – Meu amor só nos sentimos prontas quando seguramos o bebê e tem vezes que só depois de um tempo, eu ainda não estou pronta, imagine você, meu bem?

- Me sinto vazia. – Sussurrou.

- É só o choque, em pouco tempo vai se sentir preenchida, é um bebê, uma vida, estou orgulhosa de você.

Com o peito ofegante encarou a mãe incrédula, como assim 'orgulhosa de você'?

Lílian se sentia uma total e completa tola, grávida, 17 anos, aquilo era cúmulo da irresponsabilidade.

- Você vai ser mãe, cedo, é verdade, mas esse bebê teve trabalho para entrar aí, significa muito, e eu vou ser avó. – Ela estava aos prantos e com um sorriso no rosto, Lílian esperava que a mãe estivesse aos berros, mas nem ela nem seu pai pareciam dispostos a elevar a voz, isso porque o seu pai estava total e completamente estático em seu lugar no sofá. – Estou orgulhosa porque está carregando um milagre, o seu milagre querida.

- As coisas vão ficar melhores quando o choque passar. - James murmurou contra os cabelos dela.

- E vai passar? – Perguntou olhando para ele.

- Vai. – Garantiu ele, mesmo que não tivesse certeza.

- Amanhã nós vamos a médica, saber se está tudo bem, de quanto tempo está, todos esses detalhes emocionantes, a barriga crescendo, eu mal posso esperar. – A mãe parecia uma adolescente, batendo palmas, sorrindo, lembrava Marlene, falando nela, como diabos ela iria falar aquilo para a amiga?

- Você precisa descansar agora. – Murmurou James. – Há quanto tempo não dorme direito?

- Eu não durmo desde de sábado.

- Bom está na hora de isso acontecer não é? – Perguntou a mãe levantando do sofá. – Agora os dois vão para a casa e vão dormir, amanhã à tarde nós vamos a médica, mas durante a manhã pode dormir, não precisa ir à escola.

- Mãe, a senhora tem certeza disso? – Perguntou enquanto se levantava junto com o James do sofá e eram praticamente arrastados para fora da casa.

- Vão ter um bebê, o estrago já ta feito. – Falou a mãe com um sorriso no rosto enquanto abria a porta.

- Espera. – Falou a Lílian. – Pai, o senhor ta bem? – Perguntou por cima dos ombros da mãe.

- Ele vai ficar melhor depois que assimilar. – Garantiu a mãe enquanto os colocava para fora da casa. – Agora vão descansem.

Os berros estavam chegando ao quarto dela, novamente, Marlene sabia muito bem que estava acontecendo novamente, claro que sabia, a vizinhança toda devia saber, os pais dela estavam no quarto, brigando, berrando, não havia barulho de nada quebrando, até porque não devia haver mais porra nenhuma para que seus pais quebrassem mais dentro do quarto deles.

Não tinha ideia do motivo da briga daquela vez, pelo menos não era ela, isso ela sabia, saiu do quarto sem fazer o menor ruído, e desceu até o bar na sala, sabia que não devia beber, mas a última coisa que pensava era que era ilegal beber, quando seus pais berravam era só o que ela tinha a fazer.

Onde estava a vodca?

A achou pela metade, e a garrafa nem era tão grande assim, subiu para o seu quarto e fechou a porta, iria sair dali, precisava espairecer. Procurou o casaco longo e preto de couro, seu celular, colocou o salto e vestiu o casaco por cima da camisola rosa de cetim curta.

Saiu para a noite fria sentindo a vodca descer pela garganta queimando agradavelmente, andou alguns metros e sentou na primeira parada de ônibus que achou, não tinha a menor ideia de para onde ia, mas não estava nem um pouco disposta a ficar em casa.

Sirius ouviu a batida na porta e se espantou, pediu licença ao advogado que estava conversando com ele sobre o divórcio.

-Não tenho ideia de quem possa ser. – Murmurou se levantando.

Abriu a porta e se já estava preocupado antes sentiu o sangue gelar quando viu Marlene encostada na soleira da porta, usando uma camisola rosa curta e segurando uma garrafa de vodca na mão. Estava completamente bêbada e ele não tinha ideia de como tinha chegado ali.

Preocupado ele a pegou no braço e a levou para dentro do flat, fechou a porta com o pé e deu um beijo na testa dela.

- Remo me desculpe, mas temos que conversar depois. – Disse para o advogado sentado em uma poltrona enquanto colocava a morena sobre a sua cama, ela estava novamente com a garrafa na boca, engolindo a vodca como se a vida dependesse daquilo. – Pode me ligar amanhã? – Perguntou enquanto lutava pela garrafa com Lene. – Tenho que cuidar disso aqui.

- Ela está bem? – Perguntou o advogado se levantando.

- Vai ficar. – Cuidaria daquilo, finalmente conseguiu pegar a garrafa da mão dela e a colocou no chão.

- Quem é Sirius? – Perguntou Remo quando Sirius abriu a porta para que ele passasse.

- Minha noiva. – Ele simplesmente ignorou o olhar espantado do amigo e atravessou o corredor e pegou o casaco escuro jogado no chão. – Não vamos falar sobre isso, não agora. Tenho que descobrir o que aconteceu com ela. – Murmurou enquanto fechava a porta.

- O que aconteceu com você? – Perguntou enquanto colocava o casaco sobre a cadeira perto da porta.

Ela estava com a garrafa na boca novamente, irritado puxou a garrafa de sua mão e derrubou o resto do conteúdo na pia da minúscula cozinha. Voltou para a cama onde ela estava deitada e tirou os sapatos de salto alto, como ela tinha conseguido andar até ali com aqueles saltos?

- O quanto bebeu? – Perguntou enquanto colocava os sapatos no chão.

- Hummmm – Ela murmurou. – Um Missi...ssipi e meio. – Ela disse grogue.

- O que?

- Uma garrafa e...alguma...coi... – Ela murmurou.

- Entendi. – Puxou-a pelo braço. – Vamos.

I'm high above the city... – Cantava embolado enquanto ela era arrastada para o banheiro.

- O que? – Perguntou enquanto a ajudava a tirar a camisola, ela não estava usando nada por baixo.

And... now i'm falling babythrough the sky...thro...ugh the sky. – Ela cantava enquanto ele abria o chuveiro e garantia se água estava gelada o suficiente para que ela melhorasse.

- Você está um pouco desafinada meu amor. – Ele disse enquanto a ajudava a entra debaixo da água.

Ela gritou, esperneou e molhou inteiro durante o banho, mas estava mais lúcida quando ele a enrolou em uma toalha felpuda.

- Consegue andar até a cama? – Perguntou enquanto tirava a própria camisa encharcada.

Ela não o respondeu apenas andou até a cama e sentou-se nela, ficou ali parada e se balançando para frente e para trás.

- Como chegou aqui? – Perguntou ainda no banheiro e tirando a calça.

- Ônibus. – Ela respondeu. – Depois desci na loja de bebidas à uns três quarteirões daqui e vim andando.

- Bêbada e com esse salto? – Perguntou preocupado enquanto enrolava uma toalha na cintura. – Como chegou viva?

- Estou acostumada.

- Acostumada? – Perguntou preocupado enquanto andava até a cozinha e esquentava a água para fazer um café forte.

- Meus pais estavam brigando em casa quando eu sai, bebi meia garrafa no ônibus e desci para comprar mais. – Murmurou enquanto ele se sentava ao seu lado.

- Costuma beber desse jeito? – Perguntou, como ele não havia percebido que ela bebia?

- Só quando meus pais estão brigando. – Ela murmurou enquanto deitava a cabeça no ombro dele.

-Não acontece com tanta frequência. – Ele pensou consigo mesmo. – Acariciou os cabelos molhados.

- Está tudo girando. – Lene sussurrou. – Pode me levar para o banheiro? Preciso vomitar.

Ele a ajudou a andar e esperou segurando os cabelos dela enquanto ela vomitava dentro do vaso.

- Está se sentindo melhor? – Perguntou quando ela acabou de vomitar.

- Sim.

- O café está pronto, você vai beber e se sentir melhor.

Sirius a colocou na cama, já sem roupa e enrolada no lençol e lhe entregou a xícara de café e dois comprimidos de aspirina. Com caretas ela engoliu o café amargo e os comprimidos, bem como o copo d'água que ele lhe entregou.

- Quem era o seu amigo que eu expulsei daqui? – Perguntou receosa.

- Meu amigo e advogado Remo, estávamos acabando de discutir um acordo com Dorcas.

- Atrapalhei mesmo né?

- Nada que não possa resolver amanhã. – Ele a acomodou na cama posicionando melhor os travesseiros e cobrindo completamente o corpo nu dela com o lençol. – Seus pais precisam saber que está aqui.

- Eu você não ligaria.

- Porque, eles devem estar preocupados.

- Nem sabem que eu sumir, há essa altura eles já devem estar na cama e não estão dormindo nem discutindo, muito pelo contrário, típico. – Ela murmurou virando de lado.

- Ok, mas amanhã você vai acordar cedo, vou lhe deixar em casa para que vá para escola. – Sirius pegou a xicara e o copos vazios e levantou da cama, mas ela o segurou pelo braço.

- Promete que a gente não vai brigar nunca? – Perguntou enquanto o encarava.

- Não posso prometer isso. – Ele disse enquanto colocava as coisas de volta na mesa de cabeceira e sentava novamente.

- Então promete que a gente não vai se separar.

- Eu prometo. – Ele sabia muito bem que não tinha o direito de dizer aquilo para ela, mas a morena o olhava tão frágil e parecia tão sozinha que ele só queria que ela tivesse paz, nunca tinha visto a noiva tão...adolescente antes.

- E que vai me amar?

- Sim.

- E que não vai me fazer beber por que estou com raiva de você.

Deitou ao lado dela na cama a abraçando.

- Eu prometo, agora você precisa descansar. – Murmurou contra a testa dela, os braços firmes ao redor do corpo delgado, agora ela estava segura. - Eu amo você.

- Eu também. – Ela respondeu antes de cair no sono profundo.

James arrumou a cama enquanto Lílian estava no banho, havia algo novo dentro dele.

Felicidade claro.

Embora fosse muito cedo, para os dois, eles sobreviveriam a isso, era cedo, mas isso tinha acontecido e não havia nada que eles pudessem para mudar aquilo e ele percebeu que não queria, não queria mudar aquilo.

Uma criança!

Cedo, mas ele estava tão feliz, era um pedaço dos dois, algo que não tinha mais nada de mais ninguém, como ele poderia não gostar de ser pai e de um filho da ruiva, nada poderia ser melhor do que aquilo, exceto é claro quando eles se casassem, esperava conseguir adiantar ainda mais a data de casamento deles, mesmo que ainda não tivessem nenhuma.

Sentado na cama ele se pegou pensando em como seria o futuro dos dois, um menininho, ele o ensinaria a jogar bola, ela o ensinaria a ser uma boa pessoa e Sirius o ajudaria a corrompe-lo, e Lílian tentaria matar os dois por causa disso.

- Do que você ta rindo? – Ela perguntou o assustando encostada na porta do banheiro.

- Do futuro. – Respondeu levantando da cama. – Você precisa descansar. – Comentou enquanto a abraçava.

- Eu sei. – A ruiva deitou a cabeça no ombro dele. – Você também.

- Porque não deita enquanto eu vou tomar banho?

- Porque não tomou banho comigo? – Perguntou manhosa o mantendo junto do seu corpo o dele pela cintura.

- Por que se não, nós não iriamos tomar banho. – Respondeu mordendo a orelha dela.

- Senti falta de ser sua.

- Porque não fica deitada na cama e espera que eu vá para lá?

- Tenho que esperar mesmo?

- Sim, porque aí podemos passar a noite inteira só do seu lado. – Murmurou malicioso, ele mordeu o pescoço delgado dela. – Não lhe parece uma ideia melhor?

- Bem melhor.

Relutante ele soltou-se dela e entrou no banheiro.

Sirius ouviu o celular tocando, longe, atrapalhando seu sono, por um segundo pensou em ignorar, mas sentiu o corpo quente ao seu lado e lembrou de que não queria acordar a morena.

Rapidamente se esticou sobre ela e pegou o celular na mesa de cabeceira xingando.

- Alô. – Falou se levantando da cama com cuidado para não acordá-la.

Sirius. – Berrou uma mulher desesperada do outro lado da linha. – A Marlene está com você?

- Sim senhora, ela está, veio para cá desnorteada depois que ouviu a briga que aconteceu em sua casa. – Murmurou repreensivo. – Não estava conseguindo dormir.

Ela está bem? – Perguntou agora o pai dela, parecia ter puxado ao telefone da mulher.

- Ela estava total e completamente bêbada senhor. – Murmurou entrando no banheiro.

Como?

- Bêbada. – Repetiu irritado. – Ela começou a beber em casa enquanto vocês brigavam e veio bebendo daí até aqui, não me pergunte como ela chegou ilesa, eu não sei, mas ela chegou sem nenhum arranhão e de camisola.

Meu Deus. – Murmurou o pai preocupado.

- Sim, ela vai ficar bem, vamos voltar a dormir agora. – Disse antes de desligar o telefone irritado.

Sabia que muito provavelmente era hipocrisia de sua parte, mas pelo menos ele não tinha uma filha para ouvir as brigas que ele e Dorcas tinham, além de tudo faziam mais de três horas que ela estava em ali, como eles não haviam percebido que ela tinha sumido?

Pelo menos sabiam onde encontrá-la.

Mas e se eles não estivessem juntos, onde ela estaria?

Com quem ela estaria?

Não queria pensar naquilo.

Saiu do banheiro e deu graças por ela não ter acordado. Deitou na cama e voltou a abraça-la e dormir.

Lílian caiu sobre a cama com a respiração ofegante, James estava deitado sobre os seios dela, os dois estavam suados e cansado, mas não completamente.

- Você está bem? – Ele perguntou sorrindo.

- Estou, muito bem. – Respondeu massageando os cabelos dele.

- Você deveria estar descansando. – Murmurou enquanto rolava de lado e a puxava para cima de si.

- Eu estou descansando. – Ela disse antes de beijar o pescoço dele e mordê-lo.

- Está? – Perguntou enquanto a beijava.

Desde que eles deitaram na cama a um pouco mais de três horas, desde que haviam deitado ela realmente não havia descansado, a não ser por dois cochilos rápidos de meia hora cada um, ela realmente não tinha descansado e ele se sentia culpado por isso.

- Você aguenta outra? – Ela perguntou sorridente e mordeu o ombro dele.

- Sim. – Respondeu voltando a beijá-la e rolou por cima do corpo corado e suado dele. – Mas você vai dormir depois.

Ela riu da resposta e gemeu quando a boca dele passou a sugar os seios dela. Àquela altura nenhum dos dois estava se importando com a descrição dos dois, ele gostava dos gemidos dela e eles estavam em casa.

Lílian segurou os lençóis e o prendeu junto ao seu corpo com as pernas, ele estava querendo esperar, mas ela não, James continuava as caricias nos seios dela, chupando, lambendo e os apertando.

- Jay...

- Quietinha...

Ele finalmente penetrou-a com o seu pênis e quando ela achou que ele finalmente começaria a se movimentar James saiu da umidade dela, sorrindo ele voltou a entrar, completamente, mas então saiu novamente, continuou aquela tortura, com movimentos lentos, a boca continuava explorando os seios e o pescoço dela, não tinha a menor intenção de parar a tortura.

Desesperada Lílian continuava a tentar fazê-lo não sair completamente de dentro dela, mas não havia nada para fazer, ele era mais forte e pesado do que ela, e muito disposto a continuar aquilo.

- Jay... – Murmurou em agonia, sempre que o pênis entrava nela tentava segura-lo dentro dela, com força, contraindo os músculos, mas ele apenas gemia mais fortemente, sentindo os músculos cansarem, mas não parou.

Delicado tirou as pernas ao seu redor e afastou os joelhos da ruiva com um sorriso maldoso ele saiu de dentro dela e desceu a boca até a vagina molhada e pulsante dela.

- Jay. – Soluçou quando sentiu a boca dele em sua umidade. – Pa..pa..r...re.

Ele apenas riu e continuou a beijá-la e suga-la fortemente. O clitóris, a entrada dela, ele parecia estar em todos os lugares a fazendo chegar cada vez mais perto de mais um orgasmo, mas ele não parou, continuou, dessa vez com os seus dedos e boca. Com um sorriso ele sentiu a cabeça sendo pressionada contra a região, as mãos dela em seu cabelo, puxando e ao mesmo tempo o pressionando.

- Jay... – Murmurou enquanto alcançava mais um orgasmo.

Respirando profundamente ele colocou as pernas dela sobre os seus ombros e a penetrou firme e fortemente, recebendo um pequeno grito em resposta.

- Machuquei você? – Perguntou antes de começar a movimenta-se dentro dela.

- Não pare.

Segurou com força as cochas dela enquanto se movimentava rapidamente dentro dela, os olhos presos aos dela, as mãos da ruiva procuravam as dele e a segurou com força. James continuou a entrar e sair de dentro dela, com força e rápido, deixando marcas na cintura dela, gemendo em resposta junto com ela, que sempre que parecia chegar perto de um orgasmo dava pequenos gritinhos que tentava abafar com a boca sobre o travesseiro.

James retardava o prazer dela saindo de dentro dela e passando alguns segundos apenas a massageando a vagina com a cabeça do pênis. Ele sorriu para ela e então entrou novamente dessa vez ele continuou a entrar e sair até que finalmente deixou que ela gozasse junto com ela.

- Agora você vai dormir. – Murmurou ofegante antes mesmo de parar de ejacular dentro dela e deu-lhe um beijo no joelho.

- Com prazer.

Ele a acordou com um café da manhã, Lílian sorriu em resposta e sentou na cama, era tarde, mesmo, mais de nove da manhã, as coisas estavam melhor, sobreviveriam ao fato deles estarem para ter um bebê, sobreviveram.

- Gosto disso.

- O que? – Perguntou a ruiva com um morango na boca.

- Do fato de que você está esperando um filho nosso. – Respondeu sorrindo.

- Entendo como se sente, não tinha me sentido grávida antes, mas hoje acordei me sentindo pela primeira vez desde sábado completa. Acordei feliz, me sinto melhor. – Ela segurou a mão dele com força, sentindo a energia que vinha dele e a felicidade que ele parecia estar sentindo desde que ela havia dito que estava grávida. – Como você conseguiu ficar tão feliz desde o primeiro momento em que eu te disse?

- Eu sabia que ia dar tudo certo, desde o primeiro momento.

- Como?

- Eu só sabia minha ruiva. – Respondeu enquanto colocava um morango perto da boca dela.

- É bom que pelo menos alguém tenha uma segurança nesse ponto.

- Você vai se sentir melhor quando for ao médico. – Ele comentou.

- Eu estou feliz.

- Marlene já sabe?

- Claro que não.

- Precisa contar a ela.

- Vamo pensar em coisa boa Potter?

- Acorda...

- Não. – Respondeu Marlene firmemente a voz que tentava tirá-la dos seu sono nos braços de Sirius, muito provavelmente era a voz dele mesmo.

- Mas você tem que levantar. – Ele comentou rindo.

- Num quero.

- Mas tem que fazer. – Ele respondeu a puxando para perto de si. – Sua cabeça está doendo muito?

- O suficiente para que eu me arrependa de ter bebido, mas não o suficiente para me deixar sem dormir. – Retrucou sem se mover, o rosto enfiado nos travesseiros e o edredom lhe cobrindo até um pouco acima do pescoço, parecia estar empacotada nele.

- Mas eu tenho que te levar em casa, para que você vá para escola, pode dormir no carro se quiser.

- No carro não tem você. – Ela murmurou em resposta.

- Tem sim, como espera que ele ande se você vai estar dormindo. – Ele retrucou sorrindo.

- Mas não tem você assim. – Respondeu colocando um travesseiro em cima do rosto para tapar o sol e as vozes.

- Se eu te der algo em troca, você levanta? – Perguntou malicioso enquanto as mãos começavam a passear delicadamente pelo corpo nu dela.

- Não.

Mas ele ignorou a resposta malcriada, uma das mãos desceu para a vagina dela, quente, mas ainda não molhada o suficiente para que eles pudessem brincar adequadamente. Afastou a perna dela a colocando por cima da sua para que pudesse ser melhor acesso, eles estavam deitados de conchinha, mas ela não parecia se importar com a ereção dele fuçando a bunda dela.

Começou com uma massagem rápida e firme no clitóris dela que rapidamente ficou inchado, em respostada as caricias na parte externa da vagina ele recebeu um longo gemido dela o que fez com que penetrasse um dedo nela, com movimentos rápidos ele a excitou até senti-la completamente úmida em sua mão e sentir o corpo feminino começar a estremecer em seus braços.

Jogou com um sorriso o travesseiro que estava em cima da cabeça dela para longe e a penetrou com o pênis, sentindo-a se abrir completamente para ele com um sorriso, devagar, ele começou, era cedo, podiam se divertir por mais pelo menos meia hora, além de tudo tinha lido que sexo podia melhorar a dor de cabeça das mulheres, aquilo justificaria o atraso, se ele existisse.

Mas ele foi lento, entrando e saindo de dentro dela, sem pressa, a boca respirava quase que tranquilamente no ouvido dela, ele conhecia a morena que tinha na cama, ela não iria se satisfazer com aquilo, agora mesmo podia senti-la tentando se livrar do abraço que as mãos dele mantinha em sua cintura para que ela mesma pudesse fazer o que ele não estava fazendo, penetrá-la mais rápido.

As mãos dele passearam pelo corpo, tocando os seios dela, apertando os mamilos e sorrindo com a reação deles aquelas caricias, distribuindo pequenos beijos e mordidas pelo pescoço e ombros...

Até que ela não aguentou mais e rolou para o lado, sem deixar que o pênis saísse de dentro de si, e ficando por cima dele. Gemeu mais alto quando finalmente pode começar a subir e descer mais rápidos, as mãos apoiadas no cochão, com as pernas abertas para se apoiar melhor, Marlene rebolava sobre o pênis dele em um ritmo que ela sabia que faria muito bem aos dois, que daria exatamente o que eles precisavam.

E não demorou muito assim, pouco tempo depois ela já podia sentir suas terminações nervosas em completo estado de agitação, espalhando pequenos tremores pelo seu corpo que recebia o esperma de Sirius enquanto ele a acompanhava em seu gozo.

Minutos depois eles estavam abraçados na cama, com sorrisos bobos nos lábios e suados.

- Está mais disposta agora? – Perguntou sorrindo contra a orelha dela.

- Podemos dizer que sim. – Ela respondeu sorridente.

- Então podemos continuar isso no banheiro? – Ele perguntou com a mãos já apertando a bunda dela contra o seu corpo.

Lílian passou a manhã muito relaxada, isso é verdade, James estava sendo um pão novamente, parecia tão feliz que ela não sabia o que fazer, apenas se deixava levar pela felicidade dele e se sentia preenchida, mas à medida que a tarde foi chegando a tensão aumentava, quase podia ser cortada por uma faca.

- Porque está nervosa? – Perguntou a sua mãe quando ela entrou no carro. – Está tudo bem?

- Está mãe.

- E o James? – Perguntou Ana antes de ligar o carro.

- Que tem ele?

- Não vem?

- Eu pedi para que ele ficasse em casa, além de tudo não me sentiria confortável com ele lá.

- Filha está mesmo tudo bem? – Perguntou a mãe antes de sair com o carro.

- Está mãe.

- Eu quero dizer com você e com James. – Disse séria.

- As coisas voltaram ao normal agora que não é mais segredo o que estava acontecendo comigo, é só que...

- É só que...

- Ele está tão feliz sabe? – Ela se sentia horrível por ter que dizer isso, mas era a verdade. – Eu não sei se consigo me sentir feliz como ele, me sinto culpada por isso. – Sussurrou constrangida.

- Querida, você devia parar de se preocupar sobre o como você deveria estar sentindo-se e passar a pensar em como está se sentido, talvez perceba que as coisas não estão tão ruins quanto parecem.

A ruiva estava nervosa quando saiu da sala da médica, mais do que quando havia entrado, a mãe ficou preocupada principalmente porque a garota não deu uma palavra se quer desde que haviam saído do consultório.

Entraram em casa, James estava sentado no sofá conversando com o seu pai quando elas entraram na casa, o rosto dele segundos antes sorridente se apagou quando viu a expressão dela.

Preocupado ele levantou do sofá e caminhou até a noiva, tentando decifrar a expressão dela, não conseguiu definir se era algo bom ou não.

- E então? – Perguntou finalmente.

- A médica disse que eu estou bem, mas preferiu fazer um exame de sangue para ter certeza de que está tudo bem mesmo, amanhã eu vou colher o sangue e em uma semana teremos o resultado.

- E o bebe? – Perguntou o pai.

- Ela não pôde dizer nada sobre ele, por isso pediu os exames.

Cansada demais para continuar com aquilo ela simplesmente arrastou James de volta para a casa dele e pulou em sua cama, dormiu imediatamente sem parecer se importar se os seus pais gostariam que ela estivesse ali ou não.

Aquela foi definitivamente a semana mais longa na vida de James e de Lílian até o momento, alguns dias depois da visita ao médico Lílian se pegou conversando com a sua barriga e soube que tudo iria ficar bem.

Marlene claramente surtou ao saber que iria ser tia.

Lílian foi tão apertada pela amiga que não saberia mais dizer com certeza onde ficava cada órgão do seu corpo, mas o importante era que Marlene não havia tentado matar o James como a ruiva esperava, porque naquela semana não estava nem um pouco disposta a evitar um assassinato, mesmo que fosse o de James.

Ah, claro! Havia o James, ele parecia estar nas nuvens e agora que por algum motivo que ela ainda não havia entendido, mas não iria reclamar, sua mãe passara a quase que obriga-la a dormir com ele, o moreno não ia dormir sem antes ter uma longa conversa sobre a vida e sobre o seu dia com a barriga dela.

Lílian se sentia tranquilizada com isso e sempre acabava dormindo com o som da voz dele a mantendo segura, mas desconfiava que ele continuava a falar com a barriga mesmo depois que ela dormia.

Mas aquele era o dia, o exame seria entregue na casa dela, provavelmente quando chegasse da escola já estaria lá, o que a preocupava no exame era o que não havia contado para ninguém que não fosse o James, mas a média não tinha certeza que ela estava grávida.

Ele não pareceu se abalar com isso, mas ela sabia que ele ficaria arrasado se não estivesse grávida.

O envelope estava em cima de sua cama, como se fosse um presente, o que claramente não era, agora que estava se permitindo ficar feliz com a notícia de que seria mãe, de repente tinha medo de que não estivesse.

Como James reagiria?

Respirando fundo ela segurou o envelope e ligou para James.

- O resultado chegou Jay. – Murmurou assim que ele atendeu o celular.

- E então? – Ele perguntou ansioso.

- Eu ainda não abri.

- Abra Lil's. – Ele pediu.

- Tudo bem. – Colocando o telefone entre o ombro e o ouvido ela começou a rasgar o envelope e então abriu e começou a ler o exame.

- E então? – Ele perguntou depois de algum tempo de silêncio da parte dela.

- Jay...

- Você está bem? – Ele estava preocupado ela podia perceber.

- Você poder vir para casa? – Lílian estava a ponto de chorar, ele podia perceber aquilo, o que só serviu para afligi-lo ainda mais.

- Estou saindo daqui agora, me conte Lil's, está tudo bem? – Perguntou enquanto ela ouvia uma porta fechando do outro lado da linha.

- Eu não estou grávida James. – Conseguiu dizer aos prantos.


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Notas finais do capítulo

Então povo num é pra odiar a autora por causa desse capitulo não ok?
Eu precisava que ela não estivesse grávida, mas isso só fica mais claro no próximo capitulo, esperem e leram.

Resposta aos comentários:

Gabis Ludwig: Então aqui está de uma pessoa ansiosa para outra, porque eu também estou pelo próximo capitulo.


TayaC: Olha aí, mais uma para você, aparentemente essas reviravoltas são a alma da história, mas bom Dorcas fica pro próximo capitulo, mas aguarde porque ela num vai ficar quieta, parece que ainda num é a Hora do Harry.


TaynaraSama: A mãe da lene definitivamente parece ter problemas, mas não acho que isso vá deixar as coisas ruins entre os dois, veja só o que aconteceu porque ela ficou irritada nesse capitulo, até que eles aproveitaram, mas eu estou preocupada com a nova descoberta sobre a bebida da Lene. E sim Dorcas ainda nem começou. Continue lendo.


Luna Kori: Parece que ainda não, mas ainda não sei se vai ser o melhor para os dois ela não estar grávida, será que James aguenta? Eu ainda não sei e o próximo acabou de sair. kkkkkkk

EU QUERO MUITAS REVIEWS PORQUE O PRÓXIMO CAPITULO VAI SER BATATA QUENTE E EU QUERO INCENTIVO

BJBJ



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