Reinventada escrita por Chloe Stangerson


Capítulo 6
Iniciada


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora. Eu estava em duvida em como descrever a Abnegação, ou a iniciação. Então vou deixar isso para o próximo capitulo, então esse ficou pequeno :c
E também minha provas tinham começado, e tive que estudar bastante porque se eu não tirar no mínimo 8, meu pai iria tirar minha internet até o próximo bimestre :c
Desculpem ok? Espero que gostem desse capítulo beem pequeno, mas vou recompensar no próximo.



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Me encaminho para onde os iniciandos da Abnegação estão. Sento ao lado de uma garota transferida da Amizade de cabelos castanhos e olhos pretos, e ela me dá um sorriso discreto. Retribuo o sorriso, com um pouco de nervosismo. Não ouso olhar para a seção da Franqueza. Não agora. Me concentro nas pessoas que ainda vão escolher.

É a vez de Dayna. Ela anda medindo os passos, o que mostra que ela está nervosa. Chega à frente do membro da Abnegação e pega a faca que ele lhe oferece. Ela olha para os seus sapatos. Fecha os olhos e abre. Olha para sua mão e passa a faca. O sangue sai imediatamente, e ela o olha com os olhos vidrados. E quando percebo, ela lança seu braço para o recipiente com vidros. Respirei aliviada e observei ela ir para a sessão da Franqueza. Eu tinha uma leve desconfiança que Dayna escolheria outra facção, e nossos pais nunca nos perdoariam por isso. Desvio o olhar quando ela chega, pois ainda não quero ver os olhos de minha mãe me queimando por dentro.

Vários passam por lá, até que vejo Katina se encaminhando. Ela não precisava esconder seu nervosismo, já que aquela hora ela precisava escolher o destino de sua vida. Kat olha para mim de relance, e vejo que ela já escolheu. Isso me deixa mais aliviada, e preocupada ao mesmo tempo.

Ela pega a faca e faz um corte rápido na mão. Em seguida, ela lança seu braço para a terra.

Eu via em seus olhos que ela já tinha escolhido isso.

Ela olha para mim enquanto se dirige para a sessão da Amizade, e eu dou um sorriso que nem eu poderia saber se é sincero. Mas eu estava feliz por Kat. Ela retribui com um sorriso que aquece meu coração. Ela está feliz, e eu estou feliz agora.

Depois de algumas pessoas fazerem sua escolha, é a vez de Lilian. Ela está palida, mais do que no começo da Cerimônia. Ela se dirige para o centro em passos curtos e controlados. Recebe a faca e a faz um pequeno corte em sua mão. E lança seu braço para a água.

Fico surpresa. Nunca iria pensar que Lilian escolheria a Erudição. Achava que ela era só aparencia. Mas as pessoas se enganam, afinal.

Paro de prestar atenção.

Quando a Cerimônia acaba, a Audácia é a primeira a se retirar. O grande salão fica um pouco mais quieto depois da saída deles. E então, é a hora da Amizade sair. Katina olha para mim dentre os iniciandos que estão vestidos de maioria vermelho e amarelo. Ela me lança um sorriso raidiante, e vai embora.

Quando a Franqueza sai, é hora de olhar para os meus pais. Eles se levantam, e meu Pai é o primeiro a olhar para mim. Ele me lança um sorriso, e percebo que ele era o único que já sabia de minha escolha. Olho para Dayna, mas ela não me encara de volta e vai embora. Isso me deixa triste, mais do que ja estava. Olho para mamãe e ela está me olhando decepcionada, mas com uma dor no olhar que me faz querer correr pra ela e abraçá-la. Mas não posso, e desvio o olhar. Ela vai embora. Todos que eu amava foram embora.

Erudição se encaminha para a porta. Lilian olha para mim e move os lábios, dizendo um muito obrigada. Eu não entendo o porque do agradecimento e os Eruditos vão embora. Só sobrou a Abnegação, que fica para ajudar a arrumar tudo. Paro de pensar nas pessoas que até agora amei e que não vou ver por um longo tempo, quem sabe nunca mais.

Nós nos levantamos e uns poucos iniciandos nascidos na Abnegação começam a arrumar o salão.

A menina ao meu lado pergunta para mim, meio perdida:

– É para nós ajudarmos também?

– Acho que sim.

Começamos a fazer o mesmo, pegando as cadeiras e as arrumando, varrendo, e eu pego um pano para limpar o centro do salão, onde nós escolhemos nossos destinos. Estava manchado de sangue em quase todo o lugar, e eu não me importava com o sangue. Limpei até não ter uma mancha. Sorri um pouco.

Quando terminamos, nós nos arrumamos em uma pequena fila e o membro da Abnegação que nos entregou a faca, se colocou a nossa frente.

– Agora vocês vão para o lar provisório de vocês, onde ficarão por trinta dias. As instruções vão ser passadas lá, assim como as roupas e os quartos. Eu sou Marcus Eaton, e bem vindos à Abnegação.

Alguns iniciandos nascidos na Abnegação sorriem, e eu também. Vou ser feliz aqui, mesmo que meu coração esteja em outro lugar. Vou ser feliz aqui, foi para isso que me transferi.

Nós andamos lentamente e passamos pelo elevador, indo em direção as escadas. Os passos ritmados, e as pessoas descendo me deixam cada vez mais feliz. Aqui é meu lugar. Chegando ao térreo ouço pessoas ofegando, a maioria transferidos. Os que já vivem aqui devem estar acostumados, e ofegam discretamente. E também estou com dificuldades para respirar, depois de ter descido 20 lances de escada.

Passamos pela frente e vamos andando para a Abnegação.

A caminhada é dificil, por causa do Sol e da longa estrada de terra. Pensei que o dia seria frio, mas me enganei. Quando chegamos, já estava derretendo.

As pessoas se encaminham para um pequeno prédio no centro da cidade. Lá, uma mulher loira, vestida de cinza se põe à nossa frente. È Abbey, a do meu teste de aptidão.

– Eu sou Abbey, e vou instruí-los. Aqui é onde você ficarão até o fim da iniciação, que é basicamente fazer trabalhos comunitários durante 30 dias.

Ela começa a andar em direção as escadas e nós subimos 3 lances. Ela abre a porta para as pessoas passarem e quando passo por ela, Abbey me lança um sorriso.

Eu retribuo e passo para o corredor.

– Vocês serão divididos entre transferidos e nascidos na Abnegação. – um homem, aparentemente da mesma idade que ela, pede para os nascidos na Abnegação para que o acompanhe.

Só ficaram 8 transferidos.

– Vocês ficarão neste quarto. Escolham suas camas e as roupas se encontram nas gavetas. O Refeitório fica no andar de baixo, e amanhã às 7 horas começam os trabalhos comunitários.

Ela abre a porta para nós entrarmos e todos entram. Quando estou passando ela coloca a mão em meu ombro.

–Que bom que escolheu a Abnegação, Melissa. Espero que goste daqui.

Eu dou um sorriso.

–Vou gostar sim, Abbey.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e se tiverem alguma sujestão para a iniciação, me digam para eu colocar :)
Rewies okay? <4