Katerina Narrando:

Eu havia me mudado para aquela enorme mansão, a pedido de Klaus. Estava encantada com ele, pois havia se colocado a minha disposição, iria procurar pela minha filha, além de ser lindo, gentil, inteligente e ter um sorriso e sotaque apaixonantes. Convidava-me para vários passeios, mais quase nunca podia ir comigo a nenhum deles, então Elijah me levava para conhecer a propriedade e fazer as mais variadas coisas. Hoje, Klaus tinha deixado um vestido de baile em cima da poltrona que ficava em meu quarto, havia pedido para que eu o usasse quando me levasse para o salão de baile da grande mansão, onde ele disse que iria me rodopiar ate que eu me cansasse. Tomei um banho, coloquei o vestido verde escuro, o colar e os sapatos que vinham junto dele, tomei meu café-da-manhã e me encaminhei para o salão de bailes, onde para meu desapontamento encontrei Elijah e não Klaus.

–Bom dia, Katerina. –desejou ele sinceramente, com um sorriso leve. Me recriminei por me desapontar, pois Elijah também era uma grande companhia.

–Bom dia, Elijah. –respondi , ele me estendia a mão, mais ao invés de concede-la para que o mesmo a beijasse, vencia distancia entre nós e o abracei. Ele retribuiu surpreso, relaxei em seus braços, podia senti-lo sorrir e mesmo que não pudesse ver isso, sabia que era bonito como em todas as vezes que eu o vira sorrir. Ele me soltou e disse:

–Não é o que esperava, não é?

–Realmente não, não era mais gosto muito da sua companhia Elijah, você é bom. –falei tocando seu rosto.

–Essa é uma das coisas que não sou. -disse ele amargo e baixando a cabeça.

–Não entendo. –falei confusa

–Claro que não. –disse ele. –Mais eu não sou bom, Katerina posso lhe garantir.

–Claro que é, todos temos algo bom dentro de nós, Elijah. Assim como temos demônios, só não podemos deixar que ele nos dominem. - respondi segurando seu belo rosto entre minhas mãos, eu nem havia percebido que havia me aproximado dele. Olhei para seus olhos escuros e depois para sua boca, Elijah se aproximou mais e mais ate colar sua boca na minha e aos poucos iniciar um beijo doce, terno e delicioso. Passei os braços ao redor de seu pescoço, enquanto ele me trazia para mais perto dele, aprofundamos mais beijo que se tornou urgente e um tanto quente, suas mãos passeavam pelo meu corpo me causando sensações deliciosas. Suspirei contra sua boca e mordi seu lábio inferior, o fazendo gemer baixinho, um ponto pra mim, continuamos a nos beijar como se dependêssemos desse beijo pra continuar vivendo, mais infelizmente tive de me afastar daqueles belos lábios em busca de ar. Olhei para Elijah e seu rosto parecia iluminado, um lindo sorriso doce e sincero dançava naqueles lábios convidativos e seus olhos exibiam uma luz imensa.

–Katerina...

–Sim?

–Obrigado. –disse ele

–Pelo quê? –perguntei, ele acariciou meu rosto com as costas de sua mão direita e disse:

–Por me fazer ter essa sensação de felicidade depois de tanto tempo... - disse ele deixando a frase morrer no ar.

–Eu é quem devo agradecê-lo por me fazer feliz como não me sinto há muito tempo também. – dei-lhe mais um selinho demorado e saí correndo para dentro da casa. No caminho encontrei Klaus, ele sorriu levemente ao me ver e disse:

–Srta. Petrova... Acompanha-me? – após pronunciar essas palavras num sotaque delicioso e sexy, ele me estendeu o braço.

–Claro que sim. – disse meio hesitante, acompanhei-o por corredores enormes ate pararmos numa porta. Eu já o vira entrar ali muitas vezes, mais nunca havia pisado naquela sala, quando ele abriu a porta eu fiquei surpresa ao ver que quadros por todo o lado, junto de um divã, telas em branco, pinceis e tintas.

–Srta. Petrova me daria a honra de pintar um retrato seu? –perguntou-me Klaus.