Um filho de Hefesto, Uma filha de Atena. escrita por GarotaDoValdez


Capítulo 15
Capítulo 12 - O sequestro


Notas iniciais do capítulo

Após assustar vocês durante 3 capítulos, eu vou dar um tempo com esses sustos.Aos que ficarem confusos com esses capítulo, manda um review e eu explico direito kkou, espere o próximo capitulo!bjos e boa leitura!



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*POV EMMA*

Estava deitada em algum lugar, só não sabia aonde. A cama era aconchegante, não luxuosa, nem sura como pedra.

– Ela deve acordar logo, logo. - ouvi a voz de um garoto dizer.

– Ela vai ficar bem? - era uma garota, eu conhecia a voz, mas não conseguia lembrar de quem.

Ainda estava de olhos fechados, ouvindo a conversa.

– Claro que vai. Fizemos o que nós conseguimos.E com a grande ajuda que tivemos, o nosso trabalho foi melhor ainda. Todas as feridas estão fechadas e logo estarão completamente boas depois de um copo de néctar e um pouco de ambrósia. - disse.

– Tudo bem então. Muito obrigada.

– Não há de quê. Somos profissionais nisso. - ouvi algumas risadinhas abafadas e depois ouvi passos de algumas pessoas.

Abri os olhos e piscando algumas vezes, consegui deixar minha visão focada. Vi um grupo de filhos de Apolo saindo por uma porta. Eu estava numa cama móvel na sala de estar da Casa Grande.

Ao meu lado, estava Annabeth, sorridente.

– Finalmente a Bela Adormecida está acordando. - ela disse.

Eu não fazia ideia de quem era essa "Bela Adormecida", mas parecia ser o nome de algum desenho infantil. Nunca vi desenhos infantis, meu pai me proibia de ver TV.

– Por quanto tempo fiquei apagada? - perguntei confusa.

– por 3 dias.- disse ela tranquila.

Me levantei, ficando sentada, num pulo.

– 3 DIAS?

Ela riu.

– Sim. Você ficou fora do ar por 3 dias.

Olhei ao redor.

– O que aconteceu? Quer dizer, como apaguei? O que aconteceu enquanto eu estava dormindo?

– Você não se lembra como apagou?

– Me lembro, sim. Foi depois que eu peguei a bandeira. Como foi, eu não sei descrever, mas me lembro muito bem.

– Pois bem. Depois de você cair desmaiada, alguns campistas filhos de Ares, que eram fortes, nos ajudaram a levantar você e a trazer pra cá. Depois disso, alguns filhos de Apolo drenaram o veneno do seu sangue e...

– Drenaram o veneno? Mas como? - a interrompi.

– Nem queira saber. Foi nauseante. Quase que eles não conseguiram, mas no final deu tudo certo. Você poderia ter morrido, sabia?

– Eu quase morri pelo menos 3 vezes, então, não me surpreendo. - falei para descontrair.

Nós duas rimos.

– Dai depois eles trataram de seus ferimentos. A coisa estava feia. Você estava muito machucada. Tinha cortes profundos e alguns rasgos na sua pele. Por um momento achamos que nada poderia te salvar. Mas eles são muito bons.

Olhei para o meu corpo.Se você olhar por bastante tempo consia achar marcas de algumas cicatrizes. Mas eram bem poucas. Nem parecia que eu tive tantas feridas assim, estava mais ou menos nova e folha.

– Mas quem realmente nos surpreendeu e quem fechou completamente todas as suas feridas - ela me ofereceu um pouco de ambrósia - foi a nossa mãe. Por mais incrível que pareça, ela passou por aqui no acampamento e nos ajudou na sua cura. - Annabeth comentou.

Eu arregalei os olhos surpresa. Mas depois sorri. Atena tinha falado comigo na arena e depois veio aqui para me ajudar.

– Ela disse que você se saiu muito bem e que está muito orgulhosa de ti. - continuou.

Sorri mais ainda. E me lembrei de algo.

– E Leo? O que houve com ele?

– Ah, ele se ofereceu para ficar esses dias aqui com você. E ficou. Mas hoje ele saiu pois precisava dormir um pouco. Está lá no Bunker.

– Quando poderei ir ver ele? - perguntei.

– Assim que terminar de comer a ambrósia e tomar um copo de néctar. - ela disse

Sorri.

– O acampamento está a salvo. Ainda não consigo acreditar. - disse e depois dei um gole no néctar, que me fez sentir mais forte.

– Nem eu. Devemos muito a você.

*POV LEO*

Depois de 3 dias cuidando de Emma, eu resolvi deixar Annabeth no meu cargo um tempinho, eu precisava dormir.

Acordo com um barulho de metal caindo no Bunker.

– Uh? - Acordo meio lerdo, grogue de sono. Esfreguei os olhos para despertar.

Acho que ainda estou meio tonto, pois eu acho que estou vendo uma garota sentada em cima do balcão aonde costumo construir coisas pequenas.

Estreitei meus olhos para ver se eu estava enxergando direito.

–Oi. - Ela disse.

Eu, no susto, gritei e cai da cama. Me levantei rápido e desengonçadamente, já com a mão no meu cinto de ferramentas, a procura de alguma arma.

Mas ai vi que a garota estava rindo muito da minha situação e quando minha visão ficou melhor, vi que se tratava de Emma. Eu ri também.

– Mas que droga, você me assustou. - eu disse rindo - como entrou?

– Você deixou a porta aberta - ela apontou para a porta do Bunker 9 que estava escancarada.

Ela se levantou. Ficamos parados olhando um para o outro, ambos sorrindo. Eu não podia acreditar que depois do que ela passou, ela ainda estava viva, aqui, comigo. Depois eu corri até ela e nos abraçamos forte.

Eu olhei nos seus profundos e penetrantes olhos cinzentos, colei a minha testa com a dela e a beijei. Ela sorria e eu também. Era um alívio estar novamente com ela.

Alguém atrás de nós pigarreou.

– Agora que o casalzinho se reuniu, vamos até a colina, Quíron está chamando a todos. - Um de meus irmãos, chamado Jake, estava parado de braços cruzados na porta do Bunker.

– Ah. - disse e nos separamos - vamos.

Sorrimos e fomos juntos para a colina. Tinha muitas coisas que eu queria falar a ela, mas poderia deixar para mais tarde.

*POV EMMA*

Na colina, todos os campistas sorriam e conversava animados sentados no gramado. Quíron me pegou pelo braço gentilmente, pediu para que Leo se juntasse aos outros e me levou até a frente.

– Emma, filha de Atena. Que se voluntariou e se arriscou para salvar o Acampamento Meio-Sangue!

Todos ficaram de pé e me aplaudiram. Meu rosto corou violentamente e esperei que ninguém percebesse.

Eu sorri e abracei Quíron.

*POV LEO*

Emma tinha uma reunião com o chalé de Atena, então, não veio comigo.

Era final de tarde e estava escurecendo. Indo de volta ao Bunker 9, passei pela Casa Grande, pelos campos de morangos, pelos estábulos... Quando ouvi um farfalhar de folhas vindo da floresta.

Olhei e fiquei observando. Nenhum monstro pode ultrapassar a barreira. Deveria ser apenas uma ninfa dos bosques. Voltei a caminhar quando ouvi novamente o barulho. Dei uma parada de depois continuei andando, dessa vez mais rápido, sem olhar para trás, o que foi o meu erro.

Alguém ou algo me pegou por trás, prendeu as minhas mão es colou um pano um minha boca. Tentei bater nessa pessoa, mas assim que aspirei no pano, fui ficando tonto em questão de alguns milésimos de segundos.

Não lembro de mais nada, apenas de que fui levado e arrastado dali, indefeso.

*POV EMMA*

Fui sequestrada a caminho dos chalés.

A única coisa de que me lembro era que me deram alguma substância que me fez desmaiar. Tirando o fato de tudo isso, já está ficando constrangedor. Sabe, já é a segunda vez que desmaio em apenas uma semana!

Estava amarrada, amordaçada, incapaz de se mexer .Eu estava no que parecia um armário de vassouras. Daqueles pequenos, escuros, sujos, apertados e, bem, cheio de vassouras.

Fiz uma tentativa de grito que foi em vão, pois nenhum som saia da minha boca. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

A portinha se abriu, e dela, entrou Marie. Uma raiva transpareceu em mim. Ela havia feito aquilo comigo?

– beba isso. - ela se abaixou, tirou o pedaço de pano que tampava minha boca e tentou me fazer beber.

Afastei a cabeça.

– O que é isso? - perguntei.

Ela colocou o copo no chão e se sentou na minha frente. Ela tinha a expressão de pena.

– Elas vão de matar, ok? Eu quero te ajudar, não vou deixar que isso aconteça.

– O que? - perguntei - quem vai me matar?

Então ela me contou toda a história.

*POV LEO*

Minhas mãos, meus pés, estavam presos. Minha boca, amordaçada. Eu estava jogado no canto de uma grande e vazia sala.

Eu reconheci o lugar na mesma hora. Era o do meu sonho. Aquele cujo Emma estava sendo morta. Tentei sair, o que só me prendeu mais.

No outro canto da sala, uma porta se abriu e Johanna entrou. A Empousa do meu sonho então era ela. Ela caminhava em minha direção, com uma enorme faca curvada, com um sorriso maligno estampado em seu rosto. Seus olhos cintilavam de ira.

– Ela pode ter salvo o acampamentozinho. Mas ela não pode salvar você. Nem mesmo você vai poder salva-la. Será um privilégio poder matar vocês, agora que estão indefesos.

Eu me contorci em outra tentativa de fuga. Mas algo chamou mais a atenção dela e a minha também.

Um estrondo ecoou pela sala e as portas foram abertas violentamente.

Emma entrou segurando uma espada comum de bronze celestial e eu me perguntei aonde estaria a sua Montante. Johanna rugiu de raiva e partiu pra cima dela. Emma levantou sua espada as duas começaram a lutar.

Eu me debatia e tentava me soltar freneticamente, pois sabia o que estava prestes a acontecer e eu tinha que impedir que aconteça.

– Garota tola - Johanna gritou - Você ainda acha mesmo que você esta nesse maldito acampamento por acaso? Acha mesmo que se seu pai estivesse vivo você estaria aqui?

Emma parou e pensou um instante. Depois sua expressão mudou e acho que ela tinha entendido.

– Não... você... mas como... - ela parecia confusa.

– Sim.- Johanna rugiu. ela sorriu amostrando todas as suas presas - Fui eu. Eu matei seu pai, Emma. Fui eu esse tempo todo. - ela riu com satisfação.

Emma golpeou com sua espada, mas Johanna defendeu, usando o facão como escudo. As duas lutavam vorazmente, e eu achava que não iriam parar até que alguém morresse.

Eu continuava com minha idiota tentativa de me soltar.

Então aconteceu. A exata cena do meu sonho.

Johanna desarmou Emma jogando sua espada para longe. Ela dá um golpe com a faca e Emma tenta desviar, sem sucesso. Johanna enfiou a faca no peito de Ema que atravessou-a e ela caiu de joelhos, olhando alarmada para a faca em seu peito. E ela caiu.

O ar foi tirado do meu pulmão. Gritei o mais alto que pude. Eu queria que ela me matasse ali e agora. Pode parecer um pouco dramático, mas eu não queria aceitar um mundo sem Emma.

Comecei a chorar desesperadamente e a gritar. Johanna ria satisfeita e olhava para mim com desgosto.

Por um momento de pura alegria para mim, Johanna perdeu o ar. Uma espada, a Montante de Emma tinha atravessado-a. Ela olhou assustada, gritou de agonia e depois, se desfez em pó.

Quem estava atrás das cinzas de Johanna era Marie. Ela devia ter encontrado a espada de Emma, pensei.

Eu estava com tanto ódio e tanta raiva que acabei pegando fogo e as cordas pegaram fogo junto, e libertando. Fiquei com mais raiva ainda. Por que não pensei naquilo antes? Poderia ter salvado-a.

Me acalmei o suficiente para que o fogo apagasse, deixando minha roupa um pouco chamuscada.

Corri ainda chorando para Emma e me ajoelhei ao seu lado.

– Leo, espere... - Marie falou a cima de mim.

– Emma! - eu gritei para o corpo. - por favor, não... Volte para mim.. VOLTE! - eu desabei a chorar.

Então, olhando para o rosto pálido e morto de Emma, as feições dela começaram a mudar. Ela ficou mais magra, seus cabelos cacheados se tornaram lisos, seu rosto mudou... Eu, sem entender nada, me afastei.

Me levantei totalmente confuso e olhei para a Marie que estava de pé. Ao olhar para ela, arregalei meus olhos. Minha cabeça girou, sem entender nada. Com os olhos inchados, vermelhos e fungando, estava Emma.

E o corpo morto no chão era o de Marie.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente estamos chegando ao final da fanfic :/Faltam apenas poucos capitulos! E para a alegria de vocês, terá um epílogo (:Não percam os próximos e últimos capitulos!Posto semana que vem, até o dia 27/09!o que acharam? :3