Quem acorda no sábado às oito e meia? Exatamente, ninguém acorda nesse horário no sábado, porém eu fui obrigado. Por mim, eu ia nessa festa meio dia, mas a vida não colabora com as coisas que eu quero fazer, lá estava eu coçando os olhos e tomando coragem para levantar, me arrastei até o chuveiro e me joguei lá dentro. A agua fria fez me obrigou abrir os olhos, lavei meu cabelo, rápido e me ensaboei. Sai do banho um pouco mais desperto, coloquei uma calça jeans, uma regata porque estava muito calor, um tênis. Abri o guarda roupa, não estava achando a minha mochila. Abri a porta do quarto e senti um cheiro forte de café e chocolate, aí meu Deus! Minha mãe deve ter feito bolinhos para mim, eu amo bolinhos.

–Mãe? – sai do quarto e andei até a sala, ela estava sentada vendo uns programas estranhos de minas de ouro.

–Percy, o que foi querido? – Ela perguntou abaixando um pouco a televisão, sorri.

–Você sabe onde está a minha mochila?

–Acho que está no escritório, em cima da cadeira de madeira. – Assenti, dei a volta. Ainda meio tonto por causa do sono, abri a porta branca, a sala tinha muitos livros imediatamente lembrei de Annie, do lado oposto a escrivaninha estava a cadeira de madeira, minha mochila estava ali. A peguei e a levei até o quarto, abri em cima da mesa e peguei uma muda de roupa, chinelo, um calção azul, peguei um pouco de dinheiro, óculos escuros porque sim, já o coloquei na cabeça. – Não esquece o protetor solar. – Ouvi minha mãe dizer, abri o armário novamente e vi que a foto, minha de Luke, Nico e Thalia Não estava mais lá, peguei o protetor e coloquei na mochila, a fechei.

Encarei o meu quarto, para ver se não tinha esquecido nada. Parecia ontem, que eu estava em baixo da cama chamando Annabeth para sair comigo. As coisas estavam se encaixando, finalmente.

(...)

Estava sentado na mesa, comendo bolinhos azuis e tomando café, quando meu pai com o cabelo todo bagunçado sentou- se a mesa.

–Bom dia. – disse sorrindo, ele me encarou sem entender.

–Você acordado? – revirei os olhos. – É mesmo o final dos tempos. – minha mãe gargalhou.

–Ele vai à festa do amigo dele, vai voltar amanha de manha. – minha mãe respondeu tranquila, eu amava minha mãe por ela ser tão calma, era raro tipo muito raro mesmo ela levantar a voz. –Não se lembra querido? Ele nos avisou na terça. – Meu pai negou e coçou a cabeça

–Eu nem ia tão cedo, mas vou ter que mostrar o caminho para o pessoal.

–Por isso acordou cedo desse jeito no sábado? – Assenti, meu pai encheu a xicara e bebeu o café. – Nina ficara chateada, queria que você a ajudasse a procurar um livro na biblioteca.

–Eu a levo ela no domingo, à tarde. – disse sorridente, eu estava morrendo de saudade de passar um tempo com a minha irmãzinha.

–Eu aviso, assim que ela acordar. – disse minha mãe, estendendo a bandeja de bolinhos. – Quer?

–Mãe, você me conhece há quase dezessete anos. - ela levantou a sobrancelha. – deveria saber que eu nunca recuso bolinhos azuis! - meu pai balançou a cabeça rindo.

Olhei o relógio eu tinha que sair daqui oito minutos, levantei da mesa peguei meu prato e a xicara, levei até a pia e os lavei rapidinho. Fui até meu banheiro, escovei os dentes e tentei arrumar meu cabelo, já estava na hora de cortar. Fechei a porta, peguei o celular e mandei uma mensagem para Annabeth.

“Estou saindo de casa sabidinha, daqui dez minutos estou na sua porta.”

Guardei o celular no bolso, entrei no quarto de Nina, tinha uma parede azul com bolinhas roxas, fiquei alguns segundos encantado com aquela cor, era demais. Dei um beijo na testa da pequena que dormia tranquilamente, sorri. Sai do seu quarto, me despedi de minha mãe com um abraço apertado e de meu pai.

–Juízo. – Os dois disseram em uníssono, antes de sair é claro roubei mais um bolinho em cima da mesa e desci de elevador comendo, aquilo era muito bom. Bolinhos no sábado de manha faziam o sábado ficar bem mais divertido, o que parecia ser impossível. Logo, cheguei no piso aonde estava minha belíssima, maravilhosa moto. Coloquei os óculos, o capacete e segui pelas ruas até o apartamento de Annabeth, ela não havia descido ainda. Meu celular começou a tocar a musica do imagine dragons.

–Alo?

–Percy, você já acordou? – Era Josh, pude ouvir um barulho de agua e uma musica que tocava bem baixinho. Aposto que o DJ estava arrumando as caixas de som.

–Já, estou buscando Annie.

–Sério? – bufei, porque ninguém acredita que eu já levantei? – Pensei que você não ia conseguir acordar tão cedo. –ele deu risada.

–Estou indo lá para sua casa, buscar o pessoal.

–Okay, já me ligaram avisando que estão. – Josh foi cortado, por um barulho muito alto de algo caindo no chão. – EU FALEI PRA TOMAR CUIDADO!

–Para de gritar seu louco. – disse rindo, ouvi a risada de Dan, do outro lado da linha. – Tá, vou desligar. Daqui umas duas, três horas eu estou aí.

–Até. – disse Josh, desliguei o celular e fiquei encostado na moto, logo vi Annie descendo sorridente como sempre e linda, cara ela não cansava de ser tão bonita não? Pude perceber que ela estava de biquíni, por baixo da regata e outra blusa por cima, usava um short jeans e tênis, ela também estava com uma mochila. – Oi sabidinha. – dei um selinho nela. –Porque demorou?

–Olha pra cima, vê alguma coisa? – Olhei para cima, nos prédios e vi uma janela aberta com uma mulher de cabelos castanhos.

–O que tem? – perguntei confuso.

–Olha direito. – Fiquei alguns segundos olhando a mulher, então eu vi que ela usava um binoculo gigante, apontado em nossa direção. Não pude deixar de rir, acenei e Annie colocou a mão na cara.

–É a sua mãe não é? – perguntei rindo, Annie revirou os olhos.

–Sim, ela tá meio louca ultimamente.

–Ela parece ser legal. – Annie arregalou os olhos e negou com a cabeça.

–Que tipo de mãe, compra um binoculo. Para observar a filha, isso não é normal, nem um pouco. – Coloquei uma mecha do seu cabelo, atrás de sua orelha.

–Nenhuma mãe é normal, aceita. – Ela revirou os olhos, fomos até a moto, a entreguei um capacete, coloquei a sua mochila, nos bolsos da moto. –Vamos? – Ela assentiu, subi na moto e ela logo em seguida.

–É para segurar forte né? - vi seu sorriso maroto, pelo espelho. Assenti, e seguimos rumo a casa de Josh e Dan, mais conhecida como a belíssima mansão de tio Poseidon. Pude notar, que tinha muitos, carros na frente da casa deles, carros muito bonitos, ouvi muitas buzinas quando eu cheguei.

–Falta alguém? – Perguntei, sem descer da moto. Vi travis e Connor em cima do carro, cinza. Todo mundo estava com cara de sono, pude ver. Leo, Chris, Frank, Clarisse, Lee Fletcher, Will Solace, Polux, Castor. Muitas pessoas que eu só tinha visto na escola, muitas que eu nunca tinha visto.

–Thalia e Piper. – Leo disse e eu suspirei, desci da moto. Annie ficou em cima dela.

–Tinha que ser. – Annabeth disse, ouvi risadas.

–Exatamente! – Travis disse sorrindo. – Aposto que não é a Thalia que está dirigindo. –mais risadas, se Thalia estivesse dirigindo. Elas já estariam lá, isso era certeza. Thalia era realmente uma louca dirigindo, lembro-me de quando ela pegou o carro de Luke pela primeira vez, quebrou o para-choque do seu carro, ele havia acabado de ganhar um porshe. Balancei minha cabeça com as memorias, não me colocaria nessa situação, não hoje.

–Liga o som! – gritou Chris, sorri. O pessoal estava muito sonolento, mas estava animado. A resposta de Chris veio de um carro um pouco afastado, com os vidros abertos. Lá dentro estava Frank e uma menina de pele morena e olhos mel, muito bonita. Acho que seu nome era Hazel.

–Tá vendo. – Me virei para Annie. – Se eu tivesse vindo com as donas atrasadas, elas já estariam aqui. – Annie disse fazendo um bico,revirei os olhos.

–Se você não viesse comigo, eu não iria vir. – disse com um sorriso de lado.

–Pare de ser possesso! – soltei uma risada.

–Quanto tempo à gente vai ter que esperar? – Perguntou Polux, subindo no capo do carro e me encarando, enquanto balançava a cabeça ao som da música de David Guetta. – Podíamos ir sem elas.

–Não, vamos esperar. – Pude o ver revirar os olhos.

–Quem deixou aquelas doidas, atrasadas. Para virem juntas? – Perguntou Leo, com um sorriso brincalhão no rosto.

–O Percy! – gritou Annabeth, me virei assustado para ela.

–Eu? – minha voz saiu mais indignada, do que eu esperava.

–Tinha que ser. – Lee se pronunciou.

Quinze minutos, depois e nada das duas. Eu estava apoiado na moto, junto com Annie, estávamos conversando sobre viagens e batatas fritas. O pessoal, estava tudo em cima do carro, conversando e ouvindo música.

–Califórnia? – sorri. – Sério?

–Sim. – Annie estava com a boca boquiaberta. - Praia todo dia. – disse com olhos brilhando. - minha mãe tem uma casa lá, mas eu quero construir do zero uma casa bem grande.

–Você é maluco! E a faculdade? - Ela arqueou a sobrancelha.

–Eu pretendo ir ao exercito, eles pagam faculdade. E quando eu cursar a faculdade, vou morar na Califórnia, porém talvez eu fique aqui. Tenho motivos, para isso. – Annie corou e deu um sorriso largo, ela era tão bonita. – E você sabidinha?

–Ah, bem. – Ela jogou o cabelo para trás do ombro. – Quero fazer arquitetura, em uma boa faculdade. Quem sabe stanford?

–Sua família, tem cara de todos vão para a mesma faculdade. – brinquei e ela soltou uma risada. – Acertei né? – Annie assentiu. – O importante é fazer algo que goste.

–Sim, já sabe o que você vai fazer?

–Ainda não, sou um perdido. – ela revirou os olhos, mexeu no meu cabelo o jogando para trás.

–Não é não, é bom ter um futuro incerto. – Foi a primeira vez, que discordei de Annie naquela dia. Eu não gosto de um futuro tão incerto, tinha medo que algo desse muito errado, que algo ruim acontecesse. Annie deve ter reparado na minha expressão confusa, e lançou um sorriso torto. – Olha, eu sei que preocupante é difícil pensar assim, mas é uma coisa que eu vivo escutando de Thalia. – Já até sabia o que era. – Vive o agora, o que passou, passou. – Annie colocou as mãos no meu pescoço, sorri de lado. – O futuro não nos pertence. – Ela se aproximou do meu ouvido. – Por isso viva o agora, viva o nosso agora. – Fiquei arrepiado, não só por ela ter falado devagar a última parte, também pelo “nós”.

–Vou tentar fazer isso. – disse baixo, beijando seu pescoço. Buzinas nos fizeram nos separar, um cadilac branco, com os vidros abertos. Eram Piper, que tinha um sorriso largo no rosto e Thalia que usava óculos escuros.

–Finalmente! Eu já não aguentava a pegação dos dois ali - Disse Leo, com um sorriso malicioso, revirei os olhos, um pouco corado. Annie estava na mesma situação que eu. Só ouvi as Risadas, do pessoal, concordando. Vi eles descendo do capo dos carros e entrando nos seus respectivos carros. –Porque demoraram tanto?

–Quem você acha que enrolou pra caralho? – Thalia disse e apontou para Piper que estava no banco de motorista, ela a encarou indignada. Ri de sua cara. –Deixa que eu dirijo agora, Pips! – Thalia literalmente a arrancou do lugar do motorista, sorriu vitoriosa quando pegou no volante.

–Vamos? – Perguntei colocando o capacete.

–Vamos. – gritaram em uníssono, ouvi buzinas, motores rugindo. Liguei a moto, senti as mãos de annie segurando no meu abdome. Seguimos pelas avenidas até chegar à estrada, a vista era incrível, a música do carro de Frank ainda tocava alta, acho que os dois ficariam surdos. Porem estava adorando ter musica da Melanie Martinez e Annabeth enquanto viajava.

–Falta muito? – Ouvi castor perguntar.

–Metade! – Gritei, buzinas vieram em resposta. – Que horas são?

–Falta uma hora, para dar onze. – Disse Piper, sorrindo. – Está bom ai Annie?

–Muito vento na cara, isso sim. – Completou Thalia, revirei os olhos.

–Está muito bom. – Annie apertou mais forte meu abdome, sorri abertamente. –Também, porém não me importo, é bom.

–É ótimo. – disse rindo, a estrada não estava cheia, olhei no retrovisor, tinha muitos carros. As árvores ficavam mais juntas, a cada metro que íamos, era muito bom e o cheiro de carvalho era simplesmente maravilhoso, ar puro.

(...)

Quarenta e cinco minutos depois...

Logo vi a árvore, pintada de azul com ondas desenhadas brancas. Não me pergunte como e porque tinha uma árvore com desenhos de ondas a quinze metros da entrada.

–É ali! – Gritei, porque que eu fui falar isso, todo mundo começou a buzinar, MUITO.

–Eu vou ficar surda. – Gritou Piper, enquanto Thalia brincava com a buzina. – Se você apertar, isso mais uma vez.

–O que vai fazer? – Perguntou Thalia divertida, para contrariar buzinei também. Piper me encarou séria.

–Eu mato vocês dois! – Gritou Pips, eu caí na gargalhada. Thalia agora apertava mil vezes a buzina. Se a casa do tio Poseidon, era grande. A casa do campo era o dobro, era uma mansão azul marinho, com detalhes brancos. Parei a moto, no portão, do lado de dentro tinha uma cabine, com algumas TVS.

–Nomes. –Ouvi a voz, de uma caixa de som que estava presa a parede do portão.

–Percy Jackson e Annabeth Chase. – Disse, ele abriu o portão branco, tive a visão melhor da casa linda, azul marinho, com pilastras brancas, portas de madeira escura e janelas imensas de vidro. Estacionei a moto, do lado do carro de Dan e Josh. Desci da moto e ajudei Annie a descer, peguei as mochilas que estavam nos bolsos da moto, a entreguei a sua mochila. Dei um beijo na sua bochecha e a estendi o braço. Tipo aquelas cenas muito loucas, de baile. Fomos andando lentamente até a porta que estava aberta da casa, Annie apertava meu braço. A casa era magnifica por dentro, eu só tinha vindo aqui umas três quatro vezes e sempre ficava maravilhado com a decoração. O cheiro de mármore, a sala gigante com sofás de couro azul escuro, um tapete branco fofinho e uma lareira imensa que não estava acessa, podia ver a escada de mármore escuro. E uma pequena visão da cozinha, seguimos reto pela sala e já se podia ouvir a música que ainda tocava razoavelmente baixo, tinha uma porta muito grande de vidro que nos levava a visão da piscina, cheia com algumas boias sofás e cama dentro, mesas ao redor da piscina, no fundo um batender e do outro lado um DJ, com luzes que se viam porque era meio dia.

–Hey Percy! – Disse Daniel animado. – Hey Annabeth! – Tá ele estava tipo muito animado, vi Josh dançando sozinho uma música.

–Eae. – Disse dando um abraço em Dan.

–Hey! – Disse Annie sorrindo abertamente.

–Bonito aqui não é? – Dan perguntou olhando Annie, que ainda estava de queixo caído, encarando o lugar.

–É muito lindo.

–Percy, eae. – Josh disse vindo em minha direção e me abraçando. Notei que minha regata estava totalmente molhado, encarei Josh balançando a cabeça e Annabeth começou a rir. – Quer um abraço também? – Annie saiu correndo, comecei a gargalhar e Dan revirou os olhos.

–Todo mundo chegou de boas? –Pergunto Dan, nem precisei responder, muitas pessoas começaram a entrar e cumprimentar os dois, muitas mesmo. Logo o DJ, aumentou bastante a musica e o pessoal já estava dançando, se jogando na piscina, jogando os amigos na piscina.

–Percy, aonde é o banheiro? – Perguntou Piper, junto com a minha loira e Thalia.

–Bom, é só subir a escada. Direita, a terceira porta. – Sorri. – Se quiserem eu levo vocês lá. – Fui cutucado por Leo, sorrindo que usava um calção com labaredas.

–Chega mais, Percy. – Encarei Annie, sorrindo forçado.

–A gente já volta. – Disse Piper, Annie mandou uma piscada para mim e Thalia revirou os olhos azuis.

– Eae. – Leo abriu um sorriso muito grande, bateu a mão no meu ombro. Ué?

–Eu só queria agradecer, sabe. . . – Levantei a sobrancelha. – Por ter aberto os olhos do meu melhor amigo. – sorri.

–Jason? – Ele assentiu, ainda sorrindo.

–Ele realmente tá mal, porque não fazia ideia das coisas que fazia, mas vai ficar bem. Eu sei que não existe perdão, para tudo que ele te fez. – Seu sorriso largo, diminuiu. – Contudo, obrigado. Ele pode voltar a ser quem era, LC mexeu com a sua cabeça, fez uma lavagem cerebral. Jason sempre foi um cara legal, vocês até poderiam ser amigos. –sorri fraco.

–De nada Leo, eu só fiz o que achei certo. – Leo sorriu, mostrando os dentes brancos. – Espero muito que as coisas deem certo agora.

–E vão. – Ele falou sério, ainda com um sorriso e saiu. Fui até a sala tirei a calça jeans que me impedia de entrar na piscina, a regata e fiquei apenas com o calção azul com palmeiras. Coloquei as roupas dentro, da mochila e a coloquei do lado da lareira. Sai de lá, fui em direção ao batender.

–Vai querer o que? – O homem que atendia os pedidos tinha um sorriso divertido no rosto, cabelos loiros que iam até abaixo das orelhas, usava uma roupa meio havaiana.

–Me vê uma marguerita. – Disse jogando o cabelo para trás, Thalia se sentou ao meu lado. Levei um susto.

–E você princesa vai querer o que? – ele disse em um sorriso de orelha a orelha, Thalia sorriu maliciosa para o homem. Ele preparava a minha bebida rapidamente, e no final colocou em um copo azul, claro que fiquei encarando o copo ate pegar a bebida.

–Faz o que tem melhor. – Ele sorriu e começou preparar alguma coisa de morango com tequila, Thalia estava usando um biquíni preto e estava mais magra que o normal, não deixei de notar.

–Valeu cara. – Disse bebendo, rapidamente e sentindo a vodka descer cortando a minha garganta. Deixei o copo no balcão sorrindo e notei Thalia revirar os olhos. Menina doida, vi ela receber a bebida e ir até uma mesa aonde estava Clarisse. Corri até a beirada da piscina, pulei num mortal fazendo molhar grande parte das pessoas. Dei uns mergulhos e fui até o começo da piscina que era raso, ficava agua somente no meu tornozelo. Foi quanto eu vi a deusa, era sim uma deusa porque olha. Annabeth entrava agora pela porta de vidro, com um biquíni azul com faixas pretas, que pernas eram aquelas? Fiquei em um transe, provavelmente babando olhando ela entrar e vir em minha direção.

–Para de babar, Percy! – Gritou Connor com uma voz travessa, eu nem me dei o trabalho de revirar os olhos. Ainda estava encarando Annabeth. Fiz gesto para ela entrar na piscina comigo, a sabidinha me lançou um olhar maroto e um sorriso de lado. Tenho me surpreendido cada vez mais com Annie, era incrível como um simples gesto dela me enlouquecia. Ela veio em minha direção rápida, colocou uma das mãos na minha nuca e a outra no meu rosto, a puxei pela cintura e nos beijamos enquanto caímos na agua. E aquele com certeza, foi o melhor beijo subaquático de todos os tempos. Ficamos submergidos durante um tempo, voltamos a superfície e ela ficou colada comigo, com as mãos em torno do meu pescoço. Nem me importei, com os gritos, com a musica que tocava, somente com a garota em meus braços que tinha um sorriso encantador.

(...)

Já tinha acontecido de tudo um pouco naquela festa, tinha gente dançando em cima da mesa, pessoas conversando/ gritando, bebidas muitas bebidas, pessoas pulando muito dentro da piscina, gente sendo jogada na piscina. A maior loucura, sem contar a pegação que rolava solta.

–Eu estou falando serio, se vocês me jogarem na piscina. Eu processo vocês. – Gritou Piper que dançava junto com Annie. Leo e Connor estavam ao seu lado, se entreolharam e em seguida olharam para mim que bebia alguma coisa azul, coloquei a bebida no balcão. – Até você? Isso é crueldade. – Ela olhou para os lados, Annie ria histérica da cara de Piper. –Joguem a Clarisse!

–O que tem eu? – Disse Clarisse, que vinha em nossa direção.

–Aí a oportunidade a jogue. – Connor foi para perto de Clarisse, ela o lançou um olhar maligno. Tá até eu fiquei com medo, Connor deu meia volta e voltou sorrindo para Pips.

–Se jogarmos a Clarisse, ela nos mata no treino. – Disse Leo, Clarisse o lançou um olhar satisfeito, porém quando dava meia volta. Um vulto de cabelos castanhos, a jogou na piscina e caiu junto da agua com ela.

–Meu Deus.

–EU VOU TE MATAR! – era Chris com um sorriso gigante nos lábios, as mãos dela estavam no peito dele, ela ficou vermelha. Annie me encarou maliciosa, não só ela como todos os presentes. – Sério Chris. – Ela disse séria, se afastando dele e o encarando vermelha. – Você é um homem morto. – Clarisse saiu da piscina.

–UAU. – gritaram Piper e Leo em uníssono, encarando Chris que ainda estava com um sorriso grande no rosto, mas dava para ver que ele estava muito vermelho.

–Chris e Clarisse. – Disse Thalia se aproximando, de boca aberta e sorrindo maliciosa para Chris que ainda estava na agua.

–Calem a boca. – Ele disse mexendo no cabelo e mergulhando logo em seguida. Vi Piper tentando sair de perto de Leo, ela estava fugindo.

–Não pense que nos esquecemos de você. – Disse mandando uma piscadela para ela, Annie veio ao meu lado reforçando o lado esquerdo para ela não poder escapar.

–Eu apoiava Percabeth. – Ergui a sobrancelha. – Não apoio mais. - ela sorriu, vi annie sorrir abertamente e eu lá confuso sem entender nada.

–Percabeth?

–Até eu entendi. – Leo disse revirando os olhos e colocando a mão na cara. O encarei confuso, dando um passo a direita, para Piper não escapar ela ainda ia ser jogada na agua.

–Percy mais Annabeth igual à Percabeth. – Disse Piper mostrando a língua. – Entendeu? – Assenti com a cabeça, encarei Leo. Apontei para Piper. – Vocês realmente estão com fogo, que tal jogarem a Thalia?

–Vai deixar essa Lia? – Perguntou Annabeth, levantando a sobrancelha. É a minha sabidinha gosta de ver o circo pegar fogo, Thalia encarou Piper indignada e foi até onde ela estava pegou no seu branco e a jogou na piscina. Thalia violenta, estava rindo de uma Piper a encarando séria de dentro da piscina.

–Ops. – Disse Connor, empurrando logo em seguida Thalia na piscina, a cara que ela fez ao cair merecia uma foto, de verdade. Não fui o único a achar isso, até porque se ouviram muitas risadas.

–Vai se foder Connor! – Gritou Thalia, com os olhos azuis furiosos. – Vai se foder todos vocês.

–Apoio. –Tinha até esquecido que Piper, ainda estava na agua furiosa. Ela e Thalia começaram uma guerra. Eu como uma pessoa bem louca, pulei novamente em um mortal molhando as duas.

–Exibido. – Ouvi Annie dizer, pulando logo em seguida na piscina. Connor e Leo também pularam e então começamos a jogar muita agua um nos outros.

–É GUERRA! – Gritou Josh pulando na piscina, derrubando Frank e Hazel que estavam sentados, praticamente se engolindo. Ouvi um muxoxo dos dois. A guerra ficou muito encirrada, foi quanto Annie jogou muita agua em mim, aí a coisa realmente ficou séria. A encarei sério e logo em seguida puxei pela cintura.

–Pensei que fosse me afogar. – Ela disse com a sobrancelha erguida e um sorriso maroto, a puxei pela nuca vi ela sorri de lado.

–Está duvidando? - sussurrei em seu ouvido, senti ela se arrepiar.

–Você não conseguiria. – Ela disse e encarei seus olhos tempestuosos que estavam fixos na minha boca. É eu realmente jamais conseguiria, nunca machucaria a minha loira.

–Não mesmo. – Disse apertando sua cintura e a beijando lentamente. Estava lá eu muito feliz, com Annabeth até que muita agua foi jogada em cima de nós dois, eu nem conseguia enxergar de tanta agua.

–Arrumem um quarto, casal sessenta e nove. – Gritou Josh, mais agua, não dava para responder, muito menos enxergar. Porém eu tive uma brilhante ideia, até porque eu sou um gênio. Puxei Annie e fiz sinal para ela mergulhar junto comigo até o fundo e assim nos fomos de mãos dadas até o outro lado da piscina, nos sentamos na beirada observando o bando de retardado jogando muita agua onde nos estávamos.

–Cárdico né? Você não me engana. – Annie disse e eu soltei uma risada.

–Já te falei você me curou. – Ela sorriu e mexeu no meu cabelo que estava grande e caindo nos meus olhos, o jogou para trás.

–Pare de ser fofo. – annie disse dando uma risada gostosa de ouvir, sorri de lado. Coloquei meu braço em volta em torno dela e ficamos ali abraçados vendo um bando de gente retardada jogar agua no nada sem parar.

–O bando de gente estranha! – Gritou Dan, do lado de fora da piscina. Todos que estavam dentro da piscina pararam de jogar agua, aonde era para eu e Annie deveríamos estarmoa. – Eles nem estão mais aí. – Dan apontou para mim e Annie que estávamos abraçados, Leo e Josh nos fizeram uma cara do tipo ‘’what’’, já Piper e Connor era “Como vocês foram parar aí?”, Thalia fez o que sempre faz revirou os olhos. –E parem de tacar agua para fora da piscina! – Tá aquela foi a gota d’agua, porque ele foi dizer aquilo? Todos, que estavam na festa se viraram indignados para Daniel, o jogaram na agua e aí sim começou uma guerra muito louca, eu como um ótimo amigo taquei agua nele também. E ficamos ali, curtindo e dançando na piscina até anoitecer, mas a noite é uma criança a festa ainda não tinha acabado por mim? Nunca deveria terminar.