Na manhã seguinte por volta das cinco horas, me levantei do sofá onde estava dormindo e sem fazer muito barulho para não acordar a Vivian, peguei meu all star e meu blazer e sai em direção ao meu quarto, teria que aproveitar que todos e inclusive meu lindo papai estavam dormindo para chegar lá em segurança.

Quando cheguei ao salão comunal da grifinória meu primeiro pensamento foi no meu moreno, queria muito namorar um pouquinho, com esse pensamento fui até seu dormitório onde o acordei e o chamei para meu quarto. Ele meio desorientado pelo sono me acompanhou. Chegando ao quarto retirei meu blazer e o joguei em cima da cama onde nos sentamos, ele foi logo perguntando se eu estava bem e onde eu tinha me escondido, pois meu pai estava uma fera a minha procura, lhe expliquei que estava no quarto da professora Vivian, pois lá era o único lugar onde ele não me procuraria.

O meu moreno estava com uma carinha tão linda de sono que não resisti e o puxei para um beijo cheio de saudades. O Harry ficou surpreso, mais não se opôs, logo retribuiu ao meu beijo, eu estava morrendo de saudades do meu moreno, o beijo que começou lento e cheio de saudades se tornou urgente e cheio desejo. Ele colocou uma mão em minha cintura e a outra na minha nuca fazendo um carinho que me fazia arrepiar, ele me puxou pra mais perto e eu aproveitei para infiltrar minhas mãos naqueles cabelos negros, macios e rebeldes que eu tanto amava, ele deixou minha boca quando já não tínhamos mais fôlego, para em seguida atacar meu pescoço e ombros que estavam descobertos pela minha regata. Soltei um pequeno gemido, ele estava me deixando doida com aquelas carícias. Desci minhas mãos por seu peito e parei na barra se sua camisa a levantando, ele vendo o que eu pretendia fazer levantou os braços para que eu a tirasse, em seguida a joguei no chão e fui aos poucos o puxando e me deitando fazendo assim ele ficar sobre mim na cama. Eu senti uma de suas mãos por dentro da minha blusa, eu já não conseguia racionar...

Foi nesse momento que escutamos um barulho, quando olhamos na direção da porta, a Mione estava encostada na soleira e se segurando na maçaneta, tentando respirar direito. Já estava começando a ficar preocupada com ela. Foi quando ela conseguiu nos dizer que o meu querido papai estava vindo aqui no meu quarto para me procurar. Se fosse num outro momento eu teria dado uma gargalhada pelo jeito que ela nos encontrou e pela cara que ela fez quando percebeu o que nós estávamos fazendo. Parecia um tomate. Mas nesse momento a única coisa que eu pensava era que eu e o Harry estávamos ferrados, pois se o meu pai o encontrasse aqui e nessas condições, eu nem quero imaginar. O pobre do meu moreno deveria está tendo o mesmo pensamento que eu, ele estava mais pálido do que o normal.

Junto com Harry pulei da cama. Eu comecei a correr de um lado pro outro feito uma retardada com as mãos na cabeça.

“E agora meu Merlin! Eu vou morrer. Eu vou morrer. Eu vou morrer. E o Harry vai junto. Não tem saída.”

Olhei para os dois na minha frente que esperavam eu me manifestar.

“O que eu faço agora?”

Primeiro eu parei de correr feito uma retardada e olhei ao me redor procurando minha salvação. O único modo de sair do quarto era a janela ou a porta e essa estava fora de cogitação, porque se eu fosse por ela ai seria adeusinho a Loló aqui. Triste fim esse meu. Então optei pela janela, Harry não ficou muito feliz, mas não teria como discutir, ou morreria pela janela ou pelo Snape. E a janela era a melhor opção.

– Hermione segura às pontas ai. – disse já puxando o Harry para a janela.

– O que? Você tá doida? – a garota falou desesperada.

– Gente eu nunca fui normal. – falei o obvio. – Já notou que essa frase virou quase que um bordão. – ri de mim mesma.

Da janela convoquei a vassoura do Harry que rapidamente chegou, nós subimos e partimos. Deixando uma desesperada Hermione para trás.

– Será que a Mi vai consegui? E o Snape Ló, ele sabe quando estamos mentindo. – o moreno falou preocupado.

– Calma meu amor, estamos falando da Hermione, ela é inteligente vai saber o que fazer. – disse dando um beijo nele.

“Assim espero!”

Pov Hermione

“Eu vou matar aquela garota, como é que ela sai e me deixa aqui nessa encrenca que é dela?!”

Eu estava desesperada, o que eu ia fazer, já conseguia até ouvir a voz do professor no salão comunal, foi ai que me veio a brilhante ideia. Peguei minha varinha conjurei uma nova cama, baguncei os lençóis, arrumei a da Lohane como se ninguém estivesse dormido ali, peguei uma toalha e corri para o banheiro. Fiz tudo isso em questões de segundos. E não demorou muito logo pude ouvir a porta do quarto sendo aberta de forma abrupta. Respirei fundo algumas vezes antes de sair do banheiro enrolada só em uma toalha. Mesmo não querendo corei violentamente ao ver o professor no meio do quarto. Aquele novo visual dele ficou muito lindo.

– Pro-professor? – gaguejei. E ele ficou sem reação a me ver até um pouco encabulado por assim dizer.

– Granger? O que está fazendo aqui?

– Eu divido o quarto com a Lohane professor. – e cada vez ficava mais vermelha.

– E onde está ela? – ele perguntou bem irritado olhado para qualquer canto do quarto menos na minha direção.

– Eu não sei professor, ela não apareceu aqui. – respondi, mas meu coração acelerou quando ele se aproximou da cama da Lohane e apanhou uma camisa do chão.

Até aquele momento não tinha me dado conta que o Harry tinha saído sem camisa do quarto. Meu Merlin o que vou dizer sobre isso. Só em pensar numa desculpa pra aquela camisa, que estava na cara que era masculina, ali no chão do quarto de duas garotas eu fiquei muito mais vermelha.

Ele se virou em minha direção com a blusa na mão uma sobrancelha levantada, eu não tive coragem de olha-lo, simplesmente baixei a cabeça pedindo a Merlin que abrisse um buraco pra eu me enterrar. Porém antes que ele falasse alguma coisa que me deixasse com ainda mais vergonha eu decidi tentar fazer com que ele ficasse sem jeito e saísse dali.

– Por favor, professor, não diga nada sobre isso, já é embaraçoso demais estar só de toalha na sua frente, quanto mais responder sobre essa blusa. – nesse momento ele ficou mesmo sem jeito. – Eu não sei onde a Lohane está e ela não esteve aqui. Será que agora o senhor poderia se retirar. – ele deixou a blusa na cama e seguiu para a porta.

– Eu vou matar essa garota. – ele murmurou.

– E eu também. – disse baixinho.

Quando ele saiu do quarto eu respirei aliviada, mas ainda muito constrangida pela situação.